VAMOS AO TRABALHO...
HOMEM CARREGA 20 CANECOS DE CERVEJA E BATE RECORDE
Reinhard Wurz quebrou o recorde mundial de carregar canecos de um litro de cerveja em um pub de Sydney, AustrĂĄlia. Wurz teve de carregar 20 canecos por 40 m para quebrar a marca anterior que estĂĄ registrada no Guinness Book, que era de 16 canecos.
Fonte: Terra- 15/11/07.
PALAVRA DA SEMANA: CANDIDATO
Em latim, candidatus significava "vestido de branco", jĂĄ que os postulantes a um cargo pĂșblico usavam togas inteiramente alvas, que denotavam franqueza e sinceridade. Ă o que as empresas continuam a esperar dos candidatos a emprego - a verdade -, embora o terno escuro seja mais recomendado em entrevistas.
"Quanto antes vocĂȘ conseguir um emprego, para entender como o mercado funciona, mais fĂĄcil serĂĄ definir o rumo de sua carreira."
Max Gehringer - Fonte: Ăpoca - NĂșmero 495.
TRABALHADOR Ă UM LUXO
Transformar salas ociosas em porta de entrada de jovens ao mercado de trabalho Ă© um caminho inspirador.
Uma escola pĂșblica de ensino fundamental e mĂ©dio da cidade de SĂŁo Paulo vai começar a fazer, no inĂcio do prĂłximo ano, uma experiĂȘncia para empregar jovens no mercado de trabalho. Nos perĂodos vespertino e noturno, quando existem salas vagas, serĂŁo ministrados cursos gratuitos para webdesigner e tĂ©cnicos em montagem de rede de computadores.
A julgar pelas estatĂsticas divulgadas na semana passada pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação) sobre a carĂȘncia de 40 mil tĂ©cnicos por ano, no Brasil, em tecnologia da informação, a chance que tĂȘm aqueles jovens de obter um emprego Ă© enorme. AlĂ©m de jĂĄ faltar mĂŁo-de-obra especializada, segundo informa a entidade, brasileiros que desenvolvem programas estĂŁo se mudando para outros paĂses, atraĂdos por bons salĂĄrios.
Abalada por uma antiga crise, aquela escola (Carlos Maximiliano Pereira dos Santos) estava ameaçada de fechar e resolveu se mobilizar. Uma das saĂdas para a situação foi atrair para lĂĄ alunos interessados em entrar no mercado de trabalho.
A idéia surgiu como forma de resolver o problema da falta de espaço que o governo estadual encontra para, por meio do Centro Paula Souza, expandir a sua oferta de cursos técnicos. Veio, assim, a oportunidade de economizar dinheiro aproveitando salas vazias da escola.
Do encontro de dois problemas, surgiu uma solução aparentemente simples ou mesmo irrelevante. Simples ou nĂŁo, a idĂ©ia nada tem de irrelevante: transformar salas ociosas em porta de entrada de jovens ao mercado de trabalho Ă© um caminho que pode ser mais inspirador do que se imagina para estimular o crescimento do paĂs, gerar empregos, aumentar salĂĄrios e distribuir a renda. Ă um dos modelos a serem acompanhados para tentar evitar o chamado "apagĂŁo de trabalhadores".
A forma mais simples de constatar como o despreparo dos brasileiros produz desemprego e baixo salĂĄrio estĂĄ no relatĂłrio divulgado na semana passada pelo governo federal, que mostra a dificuldade das empresas em contratar mĂŁo-de-obra.
Empresas de setores estratĂ©gicos da economia chegam a repensar investimentos por causa da falta de trabalhadores e atĂ© cogitam a possibilidade de expandir seus negĂłcios em outros paĂses em vez de fazĂȘ-lo aqui. Foi o que sinalizou, por exemplo, a Companhia Vale do Rio Doce. Vive-se, neste momento, uma ansiedade decorrente do risco de falta de gĂĄs, o que agrava o medo de um apagĂŁo energĂ©tico. A Petrobras informa que, para explorar as gigantescas reservas de gĂĄs (e mesmo de petrĂłleo) e nos tirar da imprevisibilidade externa, nĂŁo hĂĄ mĂŁo-de-obra disponĂvel.
Ă mais fĂĄcil perceber o risco para a geração de empregos quando se fala de infra-estrutura fĂsica (portos, estradas, usinas hidrelĂ©tricas e aeroportos). O inusitado Ă© que, agora, todos estĂŁo vendo, na prĂĄtica, o que alguns acadĂȘmicos, baseados nos mais abundantes estudos, vĂȘm hĂĄ anos alertando: a relação entre educação e dinheiro no bolso. Com isso, o tema educação sai do mundinho fechado de especialistas e pedagogos e passa a virar conversa de bar -assim como os buracos das estradas ou a tragĂ©dia dos aeroportos.
Centenas de milhares de empregos estĂŁo disponĂveis todos os anos, mas nĂŁo sĂŁo ocupados por causa de uma cadeia de incompetĂȘncia, patrocinada com recursos pĂșblicos. Ă uma cadeia que começa numa escola que forma indivĂduos incapazes de ler um manual, passa por uma estrutura educacional que nĂŁo valoriza o ensino tĂ©cnico e por empresĂĄrios que nĂŁo educam seus trabalhadores, atĂ© chegar aos sistemas sindicais patronais e de trabalhadores, que oferecem cursos obsoletos. HĂĄ anos, empresĂĄrios reclamam do atraso de uma sĂ©rie de cursos do chamado "sistema S" (Sesi e Senac) -sem falar no desvio de dinheiro que vai para os sindicatos.
DaĂ que aquela experiĂȘncia de transformar salas de aula vazias em rota para o emprego Ă© algo que ajuda a evitar o "apagĂŁo do trabalhador" -e, de quebra, dinamiza a educação pĂșblica.
PS - Coloquei em meu site (www.dimenstein.com.br) uma sĂ©rie de artigos crĂticos sobre os programas de formação profissional no Brasil, alĂ©m de informaçÔes sobre novos cursos tĂ©cnicos e superiores que se adaptam Ă s mudanças do mercado de trabalho. Outro modelo a ser estudado Ă© uma experiĂȘncia do Instituto OI Futuro: estĂŁo ensinando jovens de escolas pĂșblicas no Nordeste a desenvolver software para telefones celulares. A Secretaria da Educação do Estado de SĂŁo Paulo promete para o prĂłximo ano oferecer cursos tĂ©cnicos semipresenciais, reduzindo custos.
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/11/07.
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