FM - Faculdade Mental

FORMANDOS & FORMADOS - 12/03/2009

O SHOW DOS "REIS" DA LOGÃSTICA LXII...

LOGÃSTICA "FALCOARIA"
English:
http://www.iberianature.com/spainblog/2008/10/falconry-at-spanish-airports/
http://www.worldhum.com/travel-blog/item/falcons-gulls-and-clams-at-kennedy-airport-2009/
Falcon - Environmental Services - http://www.falcon.bz/page1_en.htm
2nd International Festival of Falconry - http://www.falconryfestival.com/media/festivalhappensagainin2009/
HerÃ³is anÃ´nimos. PÃ¡ssaros e aviÃµes sempre disputaram o espaÃ§o aÃ©reo. Em janeiro, o piloto Chesley Sullenberger virou herÃ³i quando pousou o Airbus A320 da US Airways no rio Hudson, em Nova York, apÃ³s o choque de pÃ¡ssaros com as duas turbinas, assim que decolou do aeroporto La Guardia. Mas eles poderiam nÃ£o estar na via aÃ©rea da aeronave se fosse no aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, em Belo Horizonte. Para afugentar as aves que vivem no entorno do aeroporto, colado ao ecossistema do principal cartÃ£o-postal da capital mineira, a Lagoa da Pampulha, conta-se com a destreza e o temor causado por um pequeno grupo de herÃ³is anÃ´nimos do ar: cinco aves de rapina sÃ£o os valentes "funcionÃ¡rios" que protegem o caminho dos aviÃµes.
Esse Ã© o primeiro aeroporto no Brasil a adotar tÃ©cnicas de falcoaria, jÃ¡ em uso em outros paÃses, para o controle de pombos, corujas, quero-queros e pica-paus comuns na regiÃ£o do aeroporto. O time Ã© composto por dois falcÃµes-de-coleira (Falco femoralis), dois falcÃµes-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus) e um jovem gaviÃ£o-de-penacho (Spizaetus ornatus). As estatÃsticas da Infraero indicam uma reduÃ§Ã£o de 27% no nÃºmero de colisÃµes com pÃ¡ssaros em comparaÃ§Ã£o a 2007 - mesmo com o aumento no nÃºmero de voos de 9,4%. "Esse Ã© o nosso primeiro experimento e jÃ¡ somos consultados para estender o projeto a outros aeroportos", diz o engenheiro ambiental Eduardo Pio. No Brasil, a falcoaria sÃ³ Ã© permitida para manejo de espÃ©cies. "As aves sÃ£o reproduzidas em cativeiro e treinadas para a atividade, sem sobrecarga fÃsica", afirma Eduardo Pio.
Ana Paula Carvalhais - Fonte: National Geographic Brasil - MarÃ§o 2009.
Leia mais:
http://www.faunabrasil.com.br/sistema/modules/news/article.php?storyid=2145
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/02/08/ult5772u2861.jhtm
http://aviaorevue.terra.com.br/index.asp?codc=871
AssociaÃ§Ã£o Brasileira de Falcoeiros - http://www.abfpar.org/

RESPOSTA BRILHANTE
MillÃ´r Fernandes lanÃ§ou um desafio atravÃ©s de uma pergunta:
- Qual a diferenÃ§a entre PolÃtico e LadrÃ£o?
Chamou muita atenÃ§Ã£o a resposta enviada por um leitor:
- Caro MillÃ´r, apÃ³s longa pesquisa cheguei a esta conclusÃ£o: a diferenÃ§a entre o polÃtico e o ladrÃ£o Ã© que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo ? FÃ¡bio Viltrakis, Santos-SP.
Eis a rÃ©plica do MillÃ´r :
- Puxa, Viltrakis, vocÃª Ã© um gÃªnio... Foi o Ãºnico que conseguiu achar uma diferenÃ§a!!!
(ColaboraÃ§Ã£o: Wash Jr - RJ)

MOSTRA TECNOLÃ“GICA EPAMIG
A 2Âª Mostra TecnolÃ³gica da Epamig acontece dia 17 de marÃ§o, em SÃ£o JoÃ£o del Rei. Um dos objetivos Ã© levar novidades do setor aos produtores rurais.
Fonte: O Tempo - 13/03/09.
Saiba mais: http://www.epamig.br/index.php?option=com_content&task=view&id=633&Itemid=68

MUSEU VIVO DO BONDE
Dois novos veÃculos farÃ£o parte do Museu Vivo do Bonde, que estÃ¡ sendo implantado na cidade de Santos (SP). Fabricados nas dÃ©cadas de 30 e 40, eles integrarÃ£o, apÃ³s restaurados, a frota que percorrerÃ¡ a linha turÃstica, que estÃ¡ sendo ampliada de 1,7 km para 5 km. Atualmente, quatro veÃculos circulam na cidade - dois escoceses e dois portugueses, vindos da cidade do Porto (Portugal). Com os recÃ©m-chegados, doados pelo Grupo Torinese di Transporti, os outros dois em restauraÃ§Ã£o (um do Porto e outro norte-americano), o acervo contarÃ¡ com oito bondes.
Fonte: O Tempo - 10/03/09.
Mais sobre o Museu: http://guiadolitoral.uol.com.br/museu_vivo_do_bonde-1515_2007.html

BOA LEITURA
Um bom site de literatura vocÃª encontra em http://www.palavrarte.com/,
Lupa - Fonte: O Tempo - 13/03/09.

PALESTRA QUÃ‰BEC INFORMA SOBRE IMIGRAÃ‡ÃƒO
O governo de QuÃ©bec, no CanadÃ¡, oferece palestra gratuita, no dia 19, a profissionais interessados em imigrar para aquela provÃncia. Pelas estimativas, devem ser abertos 230 mil postos de trabalho nos prÃ³ximos anos. InscriÃ§Ãµes no endereÃ§o http://www.immigration-quebec.gouv.qc.ca/pt/biq/sao-paulo/index.php.
Fonte: Folha de S.Paulo - 08/03/09.

QUEM PAGA PELA EDUCAÃ‡ÃƒO
O governo decidiu propor a mudanÃ§a de alguns parÃ¢metros do programa federal que concede crÃ©dito para bancar cursos universitÃ¡rios. A ideia Ã© permitir que o pagamento desses emprÃ©stimos seja feito -em parte ou totalmente- com o trabalho do beneficiado, depois de formado, na rede pÃºblica.
O Fies (Programa de Financiamento Estudantil) se destina Ã queles alunos que, havendo ingressado numa instituiÃ§Ã£o particular, nÃ£o tÃªm condiÃ§Ãµes de arcar com a mensalidade. Pelas regras atuais, um profissional contemplado com o crÃ©dito durante trÃªs anos na faculdade tem atÃ© seis anos, depois da formatura, para quitar a dÃvida.
A proposta do governo, a ser enviada em abril ao Congresso como projeto de lei, abre a nova possibilidade de pagamento, o trabalho na rede pÃºblica, Ã s carreiras de mÃ©dico e professor do ensino bÃ¡sico.
No primeiro caso, o objetivo Ã© vincular a medida a polÃticas para diminuir a carÃªncia de profissionais de saÃºde em regiÃµes remotas do Brasil. PreocupaÃ§Ã£o semelhante -diminuir o dÃ©ficit de especialistas em sua matÃ©ria na rede pÃºblica de ensino- motiva a inclusÃ£o das carreiras pedagÃ³gicas no novo benefÃcio.
NÃ£o hÃ¡ o que opor Ã inovaÃ§Ã£o. AlÃ©m de ampliar as possibilidades de quitaÃ§Ã£o do dÃ©bito, por parte do beneficiÃ¡rio, a proposta faz uma conexÃ£o interessante com necessidades da polÃtica pÃºblica nas Ã¡reas focalizadas.
A questÃ£o a levantar, mais de fundo, Ã© por que a maioria das outras bolsas de estudo concedidas pelo Estado nÃ£o Ã© objeto de cobranÃ§a semelhante, seja em forma de trabalho, seja em dinheiro. O governo nÃ£o custeia mensalidades apenas no Fies.
Age do mesmo modo no ProUni e nas faculdades que mantÃ©m, erroneamente chamadas de "gratuitas" -gratuitas apenas para o aluno, nÃ£o para a sociedade que o financia.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/09.
Fies - http://www3.caixa.gov.br/fies/
ProUni - http://portal.mec.gov.br/prouni/

A MÃƒO INVISÃVEL
Desde crianÃ§a tenho, como todo mundo, meus medos. JÃ¡ foram maiores: medo de ver meu pai bravo, de ser obrigado a comer jilÃ³, de tirar zero na prova de matemÃ¡tica. Medo, sob a ditadura, de me ver abordado por uma viatura policial. Medo, sob a chuva capixaba, de que meu barraco na favela, erguido Ã beira de um precipÃcio, fosse levado pelas Ã¡guas.
Hoje, coleciono outros medos. Um deles, medo da mÃ£o invisÃvel do Mercado. AliÃ¡s, do que Ã© invisÃvel sÃ³ nÃ£o temo Deus. Temo bactÃ©rias e extraterrestres. As primeiras, combato com antibiÃ³ticos â€“ termo inapropriado, pois significa â€œcontra a vidaâ€ e, no entanto, os inoculamos para favorecÃª-la.
Quanto aos extraterrestres, fiquei menos temeroso ao saber que o mais longo alcance no espaÃ§o conseguido por nossa tecnologia Ã© atingido pelas emissÃµes televisivas. Com certeza, ao captÃ¡-las, os exploradores interplanetÃ¡rios chegaram Ã conclusÃ£o de que na Terra nÃ£o hÃ¡ vida inteligente...
Volto Ã mÃ£o invisÃvel do Mercado. Onde ele a enfia? De preferÃªncia, no nosso bolso. Em especial, no dos mais pobres. Ela Ã© invisÃvel porque safada, como todo delito praticado Ã s escondidas. Por exemplo, o Mercado pratica extorsÃ£o no bolso dos mais pobres atravÃ©s dos impostos embutidos em produtos e serviÃ§os. Tudo poderia nos custar mais barato se nÃ£o fosse essa mÃ£o-boba que se imiscui no que consumimos.
Agora que o Mercado entrou em crise â€“ pois a bolha que inflou estourou na cara dele â€“ onde anda enfiando a sua mÃ£o invisÃvel? A resposta Ã© visÃvel: no bolso do governo. Nos EUA, o Mercado, nos estertores da administraÃ§Ã£o Bush (de infeliz memÃ³ria), meteu a mÃ£o em US$ 830 bilhÃµes e, agora, arranca mais US$ 900 bilhÃµes da recÃ©m empossada administraÃ§Ã£o Obama. Tudo pra enfiar essa fortuna no bolso furado do sistema financeiro.
AliÃ¡s, a mÃ£o invisÃvel do Mercado ignora o bolso dos cidadÃ£os. Viciada, sempre beneficia o bolso dos ricos. Ã‰ o caso do Brasil. Diante da crise (e das prÃ³ximas eleiÃ§Ãµes) o governo trata de anabolizar o PAC, de modo que a mÃ£o do Mercado possa abastecer, o quanto antes, o bolso das empreiteiras e das empresas privadas encarregadas das obras.
Minha avÃ³ advertia: â€œVeja lÃ¡, menino, onde pÃµe esta mÃ£o!â€ E me obrigava a lavÃ¡-la antes de sentar Ã mesa. Acho que a mÃ£o do Mercado Ã© invisÃvel porque jamais se lava. Ao contrÃ¡rio, lava dinheiro sem se lavar da sujeira que a impregna. Ã‰ o que deduzo ao ler a notÃcia de que, nos paraÃsos fiscais, a liquidez dos grandes bancos foi assegurada, nos Ãºltimos anos, graÃ§as aos depÃ³sitos do narcotrÃ¡fico.
A mÃ£o pode ser invisÃvel, mas suas impressÃµes digitais nÃ£o. Onde o Mercado bota a mÃ£o fica a marca. Sobretudo quando tira a mÃ£o, deixando ao relento milhares de desempregados, jogados na rua da inadimplÃªncia, enforcados em dÃvidas astronÃ´micas.
O Mercado Ã© como um deus. VocÃª crÃª nele, pÃµe fÃ© nele, venera-o, faz sacrifÃcios para agradÃ¡-lo, sente-se culpado quando dÃ¡ um passo em falso em relaÃ§Ã£o a ele â€“ ainda que a culpa seja dele, como no caso da compra de aÃ§Ãµes que ele lhe vendeu prometendo fortunas e, agora, elas valem uma ninharia.
Como um deus, sÃ³ se pode conhecÃª-lo por seus efeitos: a Bolsa, o salÃ¡rio, a hipoteca, o crÃ©dito, a dÃvida etc. Ele se manifesta por meio de sua criaÃ§Ã£o, sem no entanto se deixar ver ou localizar. NinguÃ©m sabe exatamente a cara que tem e o lugar onde se esconde, embora seja onipresente. AtÃ© na vela vendida Ã porta da igreja ele se faz presente. E mete a mÃ£o, a famosa mÃ£o invisÃvel, a temida mÃ£o invisÃvel, essa mÃ£o mais execrÃ¡vel que a de tarados que ousam enfiÃ¡-la sob a saia da mulher de pÃ© no Ã´nibus.
Nem adiante gritar: â€œTira essa mÃ£o daÃ!â€ Apesar de a mÃ£o invisÃvel manipular descaradamente nossa qualidade de vida, privilegiando uns poucos e asfixiando a maioria, dela ninguÃ©m se livra. Como Ã© invisÃvel, nÃ£o se pode amputÃ¡-la. SÃ³ resta uma saÃda: cortar a cabeÃ§a do Mercado. Mas isso Ã© outra histÃ³ria. Hoje falei da mÃ£o. A cabeÃ§a fica pra outro dia.
Frei Betto Ã© escritor, autor de â€œA arte de semear estrelasâ€ (Rocco), entre outros livros.
A arte de semear estrelas - http://www.submarino.com.br/busca?q=A+ARTE+DE+SEMEAR+ESTRELAS&dep=+&x=9&y=5