A SOLUĂĂO PASSA PELA EDUCAĂĂO!
EDUCAĂĂO
O investimento federal por aluno no ensino superior é 11 vezes maior do que no ensino fundamental. à uma opção oposta à da Coréia, que, ao investir maciçamente na educação infantil, erradicou o analfabetismo e hoje tem 82% dos jovens na universidade.
O Brasil estĂĄ nas Ășltimas colocaçÔes do PĂŹsa, teste promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento EconĂŽmico em 41 paĂses para checar o nĂvel de conhecimento dos alunos com 15 anos.
MatemĂĄtica: Ășltimo lugar
Leitura: 37 lugar
CiĂȘncias: penĂșltimo lugar
Para cada estudante a mais, a renda do brasileiro sobre em média 10%.
Fonte: Veja - edição 1980.
OS PROFESSORES ENSINAM: ESTUDAR Ă O PRINCIPAL
O profissional de logĂstica precisa ter uma formação multidisciplinar, que inclui habilidades de negociação, visĂŁo integrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de informação, alĂ©m de possuir raciocĂnio lĂłgico e abstrato, boa gestĂŁo de rede de relacionamento, conhecimento prĂĄtico sobre fluxos produtivos, fluĂȘncia em diversos idiomas e espĂrito de equipe.
De acordo com HĂ©lio Meirim, professor universitĂĄrio e consultor da HRM LogĂstica Consultoria Empresarial, as empresas de todo o mundo vivem um momento desafiador, cujo cenĂĄrio Ă© caracterizado pela busca por maior competitividade, maior desenvolvimento tecnolĂłgico, maior oferta de produtos e serviços adequados Ă s expectativas dos clientes e maior desenvolvimento e motivação de seu capital intelectual (recursos humanos).
âPara superação destes desafios, algumas empresas buscam na logĂstica o diferencial competitivo para se manterem no mercado, com isso planejam e coordenam suas açÔes gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da matĂ©ria-prima atĂ© a certeza do perfeito atendimento ao clienteâ, explica.
EntĂŁo, para o sucesso destas estratĂ©gias logĂsticas, o professor julga necessĂĄrio contar com profissionais qualificados e que possuam uma formação multidisciplinar.
âConhecimentos sĂłlidos de administração e uma visĂŁo sistĂȘmica da empresa em sua cadeia produtiva sĂŁo requisitos indispensĂĄveis para o profissional de logĂsticaâ, Ă© o que diz Adelar Markoski, professor dos cursos de graduação e pĂłs-graduação em administração da URI â Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das MissĂ”es e da UNOESC â Universidade do Oeste de Santa Catarina e pesquisador da ĂĄrea de logĂstica.
Segundo ele, como o estudo e a utilização da logĂstica no Brasil Ă© recente, considerando a ascensĂŁo na Ășltima dĂ©cada, Ă© comum encontrar, neste cargo, profissionais que migraram de atividades como gerente de materiais, PCP ou chefe de almoxarifado. âEsta experiĂȘncia Ă© importante, mas nĂŁo suficiente. Uma visĂŁo integrada da cadeia produtiva permite entender o fluxo de produtos/serviços, informaçÔes e recursos a montante e a jusante, transcendendo as fronteiras da empresa. Ă a atividade do profissional de logĂstica, na concepção de logĂstica interna, que vai permitir a inserção de sua empresa na cadeia produtiva e, conseqĂŒentemente, colaborar para a criação da cadeia de valorâ, considera.
Para Markoski, a visĂŁo de que a logĂstica Ă© uma importante fronteira competitiva permite que empresas agreguem valor a seus produtos por meio de serviços, contudo, independente de qual etapa da cadeia a empresa estĂĄ situada, o conhecimento do consumidor Ă© decisivo em termos de competitividade.
âDesta forma, cabe ao profissional de logĂstica dominar, tambĂ©m, a tecnologia disponĂvel na troca de informaçÔes ao longo da cadeia, para a utilização de mecanismos como VMI, EDI, RF, ECR e WMS, entre outros disponĂveis. Estes permitem aplicar um modelo estratĂ©gico de negĂłcios no qual fornecedores, empresa e distribuidores agregam valor ao consumidorâ, conclui o pensamento.
Na opiniĂŁo do professor de logĂstica e marketing e consultor de empresa Waldeck Lisboa Filho, jĂĄ que a logĂstica estĂĄ passando, naturalmente, para uma fase de participação total dentro de uma organização, o profissional tem de estar integrado ao planejamento estratĂ©gico desta organização, fazendo parte de sua criação.
âVemos cada vez mais os resultados das tĂ©cnicas operacionais e indicativos da logĂstica participando de uma missĂŁo, visĂŁo, objetivos, metas, anĂĄlise swot [a Swot Analysis estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variĂĄveis: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças], ou seja, tudo que incorpora a relação da empresa com fornecedores e clientesâ, afirma.
No entanto, Lisboa Filho preocupa-se com a visĂŁo do empresĂĄrio quanto Ă função da logĂstica. Segundo ele, os empresĂĄrios sabem da necessidade da logĂstica, mas ainda nĂŁo valorizam o profissional, principalmente na mĂ©dia e pequena empresa. Este acaba sendo apenas um empregado interno, que tem a obrigação de receber, armazenar e expedir mercadorias, alĂ©m de fazer os devidos controles de estoque.
âNossa esperança estĂĄ num crescimento proporcional: o empresĂĄrio valorizando os processos logĂsticos e o profissional. E o profissional, por sua vez, preparando-se para o mercadoâ, revela.
Lisboa Filho tambĂ©m destaca o desnorteamento do mercado na oferta acadĂȘmica de conceituação logĂstica moderna na preparação de profissionais. De acordo com ele, os universitĂĄrios perceberam a oportunidade logĂstica no futuro, mas as empresas ainda nĂŁo assimilaram este nĂvel de importĂąncia.
âA preparação focada somente nos materiais e conceitos afins nĂŁo basta. O profissional de logĂstica tem de estar preparado em outras profissĂ”es, como um advogado, um mĂ©dico, um administrador, etc.â, salienta.
Para ele, a visĂŁo do profissional tem de estar amplamente se alongando no mercado, seja em estratĂ©gia ou em qualidade de operação. âO profissional de logĂstica precisa conhecer todas as ĂĄreas e crescer em cada uma delas para consolidar a sua performance na organizaçãoâ, finaliza seu ponto de vista.
Dalva Santana, diretora de logĂstica reversa e meio ambiente do NĂșcleo de LogĂstica do Rio Grande do Sul, membro do CONDEMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente, consultora e professora de logĂstica empresarial, por sua vez, aponta os desafios dos profissionais da logĂstica.
Para ela, a oportunidade na ĂĄrea logĂstica Ă© um campo muito vasto, sendo preciso estar atento aos atributos necessĂĄrios para manter a empregabilidade, termo definido como açÔes que devem ser operacionalizadas para garantir o direito de escolher seus passos futuros na carreira.
âO que Ă© necessĂĄrio para garantir sua empregabilidade neste ramo? O que deve ser feito? Como agir? Estes sĂŁo questionamentos que devem ser feitos todos os dias por estes profissionaisâ, informa.
Dalva descreve que para o âcrescimentoâ do profissional, Ă© preciso desenvolver competĂȘncias e habilidades. âHĂĄ muitas maneiras de busca de conhecimento que devem ser exercidas durante toda a vida. Nas competĂȘncias e habilidades cabe verificar se as suas estĂŁo dentro do perfil que a empresa espera e vice-versa. Ă estar preocupado na busca de desafios que o motivem na busca por resultados. Ă ter dentro de si uma certa pergunta: o que me faz ficar motivado? SerĂĄ que estou preparado?â, diz.
As redes de relacionamento construĂdas ao longo da carreira e como Ă© feita a gestĂŁo deste item tambĂ©m sĂŁo pontos importantes lembrados por ela. AlĂ©m de ser significativo o conhecimento, nĂŁo apenas adquirido de maneira formal, mas tambĂ©m aquele que estĂĄ sempre latente e, cada um: leituras, palestras, seminĂĄrios, internet e reuniĂ”es informais. âTer uma boa gestĂŁo da rede de relacionamento Ă© uma maneira de aproximar-se mais de suas metas, agregando e compartilhando conhecimentos dentro e fora da rede. JĂĄ sobre ter perfil de servir e nĂŁo de apenas ser servido Ă© uma quebra de paradigmas, uma vez que, culturalmente aprende-se a ser servido. Ă interessante lembrar a seguinte frase de um americano: âo que eu posso fazer pelo meu paĂsâ, em vez da outra frase: âo que pode o meu paĂs fazer por mimâ. Isso denota o quanto mudou de lĂĄ para cĂĄ! No mundo empresarial tambĂ©m mudou muita coisa: passamos do âeuâ para o ânĂłsââ, enfatiza.
A professora de logĂstica empresarial tambĂ©m ressalta que Ă© importante servir a equipe de trabalho com entusiasmo, ânĂŁo deixar a chama apagar e apaixonar-se pelo o que estĂĄ fazendo. Colocar intensidade no exercĂcio da atividade e âincendiarâ sua equipe.â
TambĂ©m para Marcos Henrique Yamakawa, professor/coordenador do curso de logĂstica da Escola TĂ©cnica Estadual Bento Quirino, a visĂŁo do tĂ©cnico em logĂstica deve ser generalista, Ă© necessĂĄrio conhecer a empresa como um todo, principalmente no que se diz respeito a sua missĂŁo e visĂŁo.
Para o professor, o perfil requerido no mercado é de um profissional voltado para a execução dos processos de planejamento, operação e controles de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção de måquinas e de equipamentos, compras, recebimento, armazenamento, movimentação, expedição e distribuição de materiais e produtos, utilizando tecnologia de informação na busca constante da melhoria da qualidade de produtos e serviços e redução dos custos.
âSua formação nĂŁo se baseia somente nas habilidades tĂ©cnicas da ĂĄrea operacional, como tambĂ©m na ĂĄrea administrativa em seus processos, rotinas e operaçÔesâ, enfoca.
A este tipo de formação ampla, na opiniĂŁo de Leonardo de Oliveira Pontual, professor universitĂĄrio, coordenador de projetos acadĂȘmicos da Faculdade Integrada do Recife - FIR e consultor, inclui tambĂ©m a formação humanista.
âDentre as qualidades desse profissional eu destacaria: raciocĂnio lĂłgico (precisa deduzir e subtender as causas de um problema); raciocĂnio abstrato (compreender a complexidade das variĂĄveis e enxergar virtualmente e antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação); visĂŁo sistĂȘmica (precisa ter uma visĂŁo integrada dos recursos existentes na empresa e saber desenhar e entender os processos e procedimentos); relacionamento interpessoal (precisa saber conversar, motivar e influenciar pessoas); conhecimentos do marketing (precisa se colocar sempre no lugar do cliente, sem perder de vista o custo total); prĂł-atividade (precisa ser ligado, ativo, prever possĂveis gargalos e agir, sempre). AlĂ©m disso, precisa ter familiaridade com softwares de gestĂŁo e conhecer razoavelmente a lĂngua inglesaâ, anuncia.
Ă o que Helio Flavio Vieira, professor/pesquisador (graduação e pĂłs-graduação), mestre e doutor em logĂstica e transporte pela Universidade Federal de Santa Catarina, tambĂ©m valoriza: a soma do pessoal com o profissional.
âEntendemos que um profissional de logĂstica, antes de tudo, tem de ser uma pessoa dinĂąmica e determinada, com uma boa dose de conhecimento prĂĄtico sobre fluxos produtivos e, por outro lado, com um grande embasamento teĂłrico sobre os conceitos, procedimentos, tĂ©cnicas e mĂ©todos logĂsticos, assim como das principais tecnologias de informação envolvidas nos processos.
A visĂŁo desse profissional deve ter um foco abrangente, ou seja, estar analisando um determinado processo sempre com a perspectiva da influĂȘncia deste em processos posteriores. Como a prĂłpria logĂstica o Ă©, com uma visĂŁo sistĂȘmicaâ, explica.
TambĂ©m pensa assim Jean Mari Felizardo, coordenador da AgĂȘncia de ComĂ©rcio Exterior da Faculdade Integrada do CearĂĄ - FIC, professor de logĂstica empresarial e internacional na graduação e pĂłs-graduação da mesma faculdade. Para ele, o profissional de logĂstica deve ter capacitação tĂ©cnica e humana, ou seja, deve ter raciocĂnio lĂłgico, flexibilidade, capacidade de relacionamento, ser integrador, bom negociador, alĂ©m de possuir fluĂȘncia em diversos idiomas, ter visĂŁo de futuro e nĂŁo ter medo de mudar/inovar.
âTer conhecimento do sistema integrado tanto da empresa quanto dos fornecedores e clientes. Bem como, conhecimentos das atividades para o comĂ©rcio internacional, principalmente dos processos aduaneiros e dos fatores de escolha do modal e de unitização para a internacionalização dos produtos brasileirosâ, acrescenta.
Felizardo tambĂ©m alerta para o profissional nĂŁo estar focado em capacitar-se somente na ĂĄrea de logĂstica, mas tambĂ©m obter conhecimentos na ĂĄrea da psicologia do consumidor, educação do trabalhador (em relação a alocar o funcionĂĄrio de acordo com as necessidades dos processos), ergonomia e meio ambiente (tanto para utilizar a logĂstica reversa de pĂłs-consumo quanto a logĂstica verde). âEle deve entender que o processo de logĂstica precisa ser disseminado na empresa, como se fosse a filosofia da organizaçãoâ, assinala.
MĂșltiplas habilidades deve ter o profissional, segundo Paulo SĂ©rgio Gonçalves, professor universitĂĄrio (graduação e pĂłs-graduação) da Faculdade IBMEC/RJ (originada do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) e consultor de empresas, o que seria uma junção de tĂ©cnica, informação e liderança.
âO profissional de logĂstica de hoje deve ter uma forte formação na ĂĄrea de matemĂĄtica aplicada, seja ele graduado em engenharia ou administração. Ter um vasto conhecimento das tĂ©cnicas inerentes Ă atividade (gestĂŁo de estoques, gestĂŁo de transporte, gestĂŁo de compras, supply chain, etc.). Possuir uma boa bagagem na ĂĄrea de tecnologia da informação, conhecendo, de preferĂȘncia, softwares aplicativos destinados Ă gestĂŁo logĂstica. Ter um perfil prĂł-ativo, ser criativo e, acima de tudo, contar com um grande espĂrito de equipe. Preferencialmente ter um perfil de liderança para gerenciar equipes multidisciplinares. Aliado a esse perfil bĂĄsico Ă© extremamente relevante que busque constantemente aperfeiçoamento, assim como conhecimentos das modernas tĂ©cnicas aplicadas Ă gestĂŁo logĂstica em seus diversos ramos de atividadesâ, expĂ”e.
LĂgia Duarte Guerra, coordenadora do curso superior de tecnologia em logĂstica da Faculdade Anchieta, tambĂ©m fala sobre a importĂąncia da educação formal para este profissional, que busca garantir o perfil profissiogrĂĄfico desejado pelas organizaçÔes por meio de cursos superiores que oferecem conhecimentos e habilidades que podem garantir a qualificação.
AlĂ©m disso, LĂgia apresenta uma importante novidade no setor educacional: a criação do CatĂĄlogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. âCom o crescimento dos cursos de graduação em tecnologia, no final de julho, o MinistĂ©rio da Educação â MEC, em sintonia com o setor produtivo, criou o CatĂĄlogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, cujo intuito Ă© orientar os agentes envolvidos na oferta do ensino superior, enquadrando o profissional de logĂstica na ĂĄrea de gestĂŁo e comĂ©rcio, estabelecendo diretrizes curriculares com o objetivo de formar um profissional especializado em armazenagem, distribuição e transporte, que planeja, coordena, gerencia, estabelece processos, identifica e negocia padrĂ”es de recebimento, armazenagem, movimentação e embalagens de materiaisâ, explica.
Segundo ela, os cursos de logĂstica vieram na contramĂŁo do ensino superior, pois os primeiros deles nasceram na pĂłs-graduação, formando especialistas profissionais de ĂĄreas distintas como engenheiros, administradores, economistas, arquitetos, etc., em seguida nasceram os cursos superiores de Tecnologia em LogĂstica.
âEstes cursos superiores demonstram a necessidade de profissionais aptos a reconhecer e definir problemas; equacionar soluçÔes por meio do pensamento estratĂ©gico; introduzir modificaçÔes no processo produtivo, atuando preventivamente; transferir e generalizar conhecimento e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo de tomada de decisĂ”esâ, detalha.
TambĂ©m sĂŁo buscados profissionais capazes de desenvolver expressĂŁo e comunicação compatĂveis com o exercĂcio profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicaçÔes interpessoais ou intergrupais; refletir e atuar, criticamente, sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; desenvolver raciocĂnio lĂłgico, crĂtico e analĂtico para operar com valores e formulaçÔes matemĂĄticas presentes nas relaçÔes formais e causais entre fenĂŽmenos produtivos, administrativos e de controle, expressando-se de modo crĂtico e criativo diante de diferentes contextos organizacionais e sociais, adiciona a coordenadora.
âAlĂ©m disto, deve possuir iniciativa, criatividade e determinação, vontade polĂtica e administrativa, vontade de aprender, estar aberto a mudanças e consciente da qualidade e das implicaçÔes Ă©ticas de seu exercĂcio profissional; desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiĂȘncia cotidiana para o ambiente de trabalho e de seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptĂĄvelâ, completa LĂgia.
Ela relata, ainda, que o profissional serĂĄ remunerado proporcionalmente Ă s competĂȘncias e habilidades que sua vida profissional cotidiana demandar, desde operaçÔes internas e/ou externas atĂ© multioperaçÔes, assim as redes de cooperação entre as organizaçÔes Ă© que demandarĂŁo o profissional. âĂ bom lembrar que o profissional deverĂĄ estar sempre preparado para assumir os modelos mais complexos desenvolvidos pelas Redes de NegĂłciosâ, alerta.
Ligia tambĂ©m soma Ă s qualidades necessĂĄrias ao profissional de logĂstica ser um empreendedor talentoso, criativo, feliz, autoconhecedor do que faz, tomador de decisĂ”es velozes como a transmissĂŁo de informaçÔes. âAlĂ©m disso, as pesquisas apontam para um conhecedor de processos complexos interconectado em networking. Assim, sua formação deverĂĄ ser tĂ©cnica, porque lidarĂĄ com modelagem e simuladores buscando leadtimes cada vez menores, com erros calculados durante as operaçÔes e custos baixos, e humana, porque lidarĂĄ com pessoas e precisarĂĄ cada vez mais de qualidade de vida no trabalho, pois os lĂderes mais desejados sĂŁo fascinantes e interessantesâ.
ATRIBUTOS DE UM GESTOR DE PROCESSOS LOGĂSTICOS
- Ter visĂŁo integrada e sistĂȘmica de todos os processos da empresa. A ausĂȘncia deste conceito faz com que cada ĂĄrea/departamento pense e trabalhe de forma isolada, gerando conflitos internos por poder, fazendo com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesma;
- Fazer com que materiais e informaçÔes movimentem-se o mais rĂĄpido possĂvel, otimizando os investimentos em ativos (estoques);
- Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do processo. Fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes sĂŁo como elos de uma corrente e estĂŁo intimamente interligados. Por isso, deve-se sempre avaliar se as necessidades e expectativas estĂŁo sendo plenamente atendidas;
- Planejar (estratĂ©gica, tĂĄtica e operacionalmente) e avaliar constantemente o desempenho por meio de indicadores: ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logĂstico;
- Possuir habilidades de negociação tanto no ambiente interno (com relação aos seus pares, clientes e fornecedores internos) como em relação ao ambiente externo (clientes, fornecedores, vizinhos e acionistas);
- Estar atento e atualizado em relação aos avanços tecnolĂłgicos que podem proporcionar melhorias nos processos logĂsticos;
- Desenvolver uma visĂŁo de colaboração no sentido de compartilhar informaçÔes e recursos entre os elementos da cadeia de suprimentos, visando a que todos obtenham benefĂcios que serĂŁo revertidos para a cadeia como um todo.
Fonte: Jornal LogWeb Edicao 56.