FM - Faculdade Mental

FORMANDOS & FORMADOS - 09/08/2012

O SHOW DOS "REIS" DA LOGÃSTICA

LOGÃSTICA LUNÃTICA (AS BANDEIRAS DA LUA)

English:
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-19050795
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http://news.discovery.com/space/flags-on-the-moon-still-standing-120731.html
More details:
http://news.sky.com/story/966979/apollo-landing-flags-still-upright-on-moon
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http://www.facebook.com/NASA
http://www.facebook.com/pages/Apollo-Missions-1967-1972/121878207838913
Os astronautas das missÃµes Apollo que pousaram na Lua deixaram a marca do pioneirismo americano: seis bandeiras bem fincadas. Na semana passada uma sonda operada pela Nasa mostrou que elas ainda estÃ£o lÃ¡, apesar das baixÃssimas temperaturas e dos raios ultravioleta aos quais nosso satÃ©lite Ã© naturalmente submetido. A comprovaÃ§Ã£o foi obtida por meio da anÃ¡lise das sombras que elas projetam no solo lunar. A Ãºnica flÃ¢mula da qual nÃ£o se encontrou rastro Ã© a da missÃ£o Apollo 11, provavelmente arrancada pela forÃ§a dos motores da nave no momento em que ela partiu de volta para a Terra.
Antonio Carlos Prado, FabÃola Perez e Laura DaudÃ©n â€“ Fonte: Isto Ã‰ â€“ EdiÃ§Ã£o 2230.
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http://news.sky.com/story/966979/apollo-landing-flags-still-upright-on-moon
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PARA ONDE VÃƒO AS NOSSAS UNIVERSIDADES
A expansÃ£o do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades pÃºblicas quanto para as privadas.
O primeiro grupo vivenciou uma expansÃ£o dos campi muito significativa, atravÃ©s da profusÃ£o de cursos -muitos dos quais, entretanto, pautados pela razÃ£o instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.
O segundo grupo viu o governo do PT mostrar tambÃ©m um lado generoso em relaÃ§Ã£o aos mercados.
Faculdades em sua grande maioria de fachada, autodefinidas como "instituiÃ§Ãµes do ensino superior", carentes de rigor cientÃfico mÃnimo em sua docÃªncia e pesquisa (esta, salvo raras exceÃ§Ãµes, inexiste neste ramo empresarial), tiveram seus cofres inflados com o ProUni.
JÃ¡ que os pobres sÃ£o tolhidos em larga escala das universidades pÃºblicas -uma vez que frequentam o ensino fundamental em escolas pÃºblicas, que se encontram destroÃ§adas-, o governo Lula encontrou uma saÃda bÃ¡rbara: reuniu-os nos espaÃ§os privados do ProUni.
De outra parte, deu-se positivamente a ampliaÃ§Ã£o das universidades pÃºblicas, atravÃ©s da expansÃ£o dos cursos nas instituiÃ§Ãµes federais e da contrataÃ§Ã£o significativa de docentes. Mas o governo o fez deslanchando o Reuni, programa de expansÃ£o das universidades federais.
Constrangidos pelo produtivismo (anti)acadÃªmico e calibrados pela competiÃ§Ã£o, hÃ¡ precarizaÃ§Ã£o de condiÃ§Ãµes de trabalho. Os salÃ¡rios sÃ£o baixos. A carreira, mal estruturada.
Mas o governo nÃ£o contava que essa ampliaÃ§Ã£o quantitativa tivesse fortes consequÃªncias qualitativas: a nova geraÃ§Ã£o de jovens professores, doutores em sua grande maioria, parece nÃ£o aceitar sem questionamentos esse lado perverso do Reuni, que quer assemelhar universidades pÃºblicas Ã quelas onde viceja o ProUni.
Dando aulas muitas vezes em galpÃµes, sem salas de professores (quando hÃ¡, sem condiÃ§Ãµes de pesquisar), os docentes, cujos adoecimentos e padecimentos, para nÃ£o falar de mortes, nÃ£o param de se ampliar, decretaram uma ampla e massiva greve nas federais.
Querem melhores salÃ¡rios, condiÃ§Ãµes de trabalho dignas e carreira efetivamente estruturada.
Os conservadores dizem, tentando mascarar o desejo pela completa privatizaÃ§Ã£o, que a greve dos docentes pÃºblicos Ã© uma forma de "receber sem trabalhar". "Esquecem" algo elementar: qual docente, no juÃzo razoÃ¡vel de suas faculdades, quer arrebentar seu calendÃ¡rio e repor aulas quando deveria estar em fÃ©rias?
SÃ³ mesmo as vozes conservadoras podem identificar uma greve, com suas atividades, assembleias, debates, desgastes, riscos e tensÃµes, como "descanso remunerado", argumento histÃ³rico das direitas derrotado pela ConstituiÃ§Ã£o de 1988.
Para muitas dessas vozes, a pesquisa e a reflexÃ£o livres incomodam. Elas gostariam de privatizar as federais, convertendo-as ou em universidades profissionalizantes ou, ao menos parte delas, em "universidades corporativas", uma flagrante contradiÃ§Ã£o, pois universalidade nÃ£o rima com corporaÃ§Ã£o.
HÃ¡ um segundo ponto importante: muitos alegam que Ã© preciso investir no ensino bÃ¡sico, o que os leva a recusar o apoio Ã universidade pÃºblica. Mas alguÃ©m seriamente acredita que aqueles que querem destroÃ§ar a universidade pÃºblica querem, de fato, um ensino bÃ¡sico pÃºblico, laico e de qualidade?
Ricardo Antunes, 59, Ã© professor titular de sociologia na Unicamp e autor de "O Continente do Labor" (Boitempo). Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 06/08/12.
O Continente do Labor - http://www.boitempo.com/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-178-9