O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA XCVII...
LOGISTICA SURFISTA URBANA
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Num sĂĄbado de verĂŁo, os surfistas fazem fila Ă espera do ĂŽnibus que os levarĂĄ Ă s ondas no centro da cidade. Eles estĂŁo em Munique, regiĂŁo da BavĂĄria, Alemanha, a 640 quilĂŽmetros do oceano mais prĂłximo. Mas, no rio Eisbach, sempre hĂĄ ondas.
Elas são artificiais. Blocos de concreto, instalados no leito do rio para atenuar a força da correnteza, dão origem a ondas regulares de 1 metro de altura.
A profundidade é de 1,5 metro; contudo, a força das åguas pode lançar os surfistas contra as margens com a força de uma onda de mar com 2,5 metros.
O surfe Ă© proibido. Mas isso pode mudar se as autoridades incluĂrem as pranchas nas normas das embarcaçÔes.
Embora a polĂcia tenha afastado os surfistas quando descobriram o Eisbach na dĂ©cada de 1970, a prĂĄtica tornou-se uma instituição na cidade. Os policiais fazem de conta que nĂŁo sabem. Tirando fotoso do alto da ponte, os turistas sĂŁo bem mais numerosos que os surfistas: "Ă algo Ășnico a possibilidade de surfar bem no centro de uma cidade", comenta o surfista Maik Dengel. "SĂł em Munique".
Por Andrew Curry - Fonte: National Geographic - NĂșmero 116.
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VOAR SEM MEDO
O inĂcio, o meio e o fim da histĂłria da primeira grande empresa aĂ©rea nacional.
"A maior das maravilhas foi voando sobre o mundo nas asas da Panair", cantava Elis Regina lembrando da empresa pioneira nos cĂ©us brasileiros. Em "Panair do Brasil", documentĂĄrio narrado pelo ator Paulo Betti dentro da faixa "Ă Tudo Verdade", Ă© possĂvel acompanhar toda a trajetĂłria da empresa, desde sua fundação em 1929 atĂ© o seu fim em 1965. Durante anos, a Panair foi tida como a maior e a empresa de aviação preferida dos brasileiros (foi a primeira a ligar o paĂs Ă Europa, Ăfrica e Oriente MĂ©dio).
Dia 21, 21h, Canal Brasil.
Fonte: Monet - NĂșmero 80.
Leia mais e veja o trailer: http://www.cinepop.com.br/filmes/panairdobrasil.htm.
TESTES DE CARREIRA - COMPETITIVO, EU?
O que vocĂȘ faria para receber um elogio do chefe na frente dos colegas de trabalho?
Descubra se vocĂȘ Ă© competitivo: http://vocesa.abril.com.br/testes/carreira/Competitivo-eu.shtml.
O TESTE DO MICROVESTIDO
No cara a cara, a resposta para "onde Ă© o banheiro?" Ă© bastante cordial. "Vire Ă esquerda, depois daquela coluna", explica um estudante de direito da USP (Universidade de SĂŁo Paulo), no largo SĂŁo Francisco (na regiĂŁo central de SP).
Mas é só a moça de vestido curto virar as costas para o jovem sussurrar entre os amigos: "Puta! Puta! Puta!".
A cena aconteceu na manhĂŁ do dia 11 de novembro, quando a atriz FĂĄbia GouvĂȘa, 35, visitou quatro faculdades a convite da Folha, trajando um vestido provocante -curto nas pernas e com tecido fino, que evidenciava a ausĂȘncia de sutiĂŁ.
Em todas elas (FMU, Universidade Ibirapuera, PontifĂcia Universidade CatĂłlica e Universidade de SĂŁo Paulo), pipocaram piadinhas (discretas e Ă distĂąncia) em referĂȘncia ao jĂĄ manjado caso de Geisy Arruda, 20, aluna de turismo hostilizada na Uniban quando foi Ă aula em microvestido, no fim de outubro.
"Xiii, sĂł pode ser aluna da Uniban", ironizou uma garota na PUC, referindo-se ao caso da garota Geisy Arruda.
Na FMU, FĂĄbia pergunta sobre a qualidade dos cursos a uma turma na cantina. "Eles foram atenciosos, falaram bem da faculdade", relata. Mas foi sĂł ela sair dali para uma das alunas fulminar... "Gente, ela deve ter vindo prospectar freguesia", diz uma aluna. Todos riem.
NĂŁo que os olhares tortos sĂł tenham vindo pelas costas. "Os caras ficaram mais intimidados, olham discretamente. Mas muitas meninas me encararam feio, me mediram", relata.
Um pouco mais Ă frente, mais tensĂŁo -trĂȘs garotas olham a atriz, que responde com o olhar. De novo, Ă© sĂł virar as costas para começarem os comentĂĄrios. "Isso Ă© roupa de vir Ă faculdade?"
No largo SĂŁo Francisco, um cartaz com referĂȘncia ao caso Uniban Ă© assinado pelo "P.U.T.A. - Partido Ultra Tradicionalista das Arcadas". Ele convoca "todas as franciscanas a virem de minivestido" e diz lutar pelo "direito feminino de frequentar a faculdade (...) atĂ© mesmo sem roupa".
Um segurança, ao perceber a presença do fotĂłgrafo em direção Ă moça, a aborda e a orienta: "VocĂȘ nĂŁo pode fotografar aqui, mas pode vir com a roupa que quiser. Tem meninas com vestidos muito piores que o seu".
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/11/09.
A REINVENĂĂO DO SANTO OFĂCIO NUMA UNIVERSIDADE-EMPRESA
Durante 600 anos, autoridades eclesiĂĄsticas praticaram atrocidades, na Europa, sob pretexto de defender dogmas religiosos e bons costumes. Miravam, sobretudo, as mulheres, vistas como tentaçÔes demonĂacas, pois afetavam interesses masculinos com seus sortilĂ©gios e o saber sobre o processo reprodutivo. Calcula-se que 500 mil foram executadas apĂłs julgamento por tribunais subjetivos e sombrios. Os inquisidores tornaram-se mais cruĂ©is apĂłs a publicação, em 1484, de "Malleus Maleficarum", pois os autores, Heinrich Kramer e James Sprenger, orientavam os guardiĂ”es da moralidade como identificar pecadores e encaminhĂĄ-los para tratamento exemplar que terminava com a morte em sessĂ”es de tortura ou em praça pĂșblica. Essas medidas do Santo OfĂcio eram praticadas em nome da fĂ©, mas transformaram-se no mais vergonhoso capĂtulo da histĂłria do cristianismo.
O tratamento conferido Ă estudante de turismo da Uniban retoma essa situação bĂĄrbara, pois a moça foi agredida pelos seus colegas e, em seguida, pela instituição. Esses algozes agiram como se tivessem adotado aquele tenebroso manual ao identificar a tentação demonĂaca de uma moça por usar exuberante minivestido, promover julgamento sumĂĄrio em nome de seus princĂpios Ă©ticos e expĂŽ-la ao linchamento moral pelo paĂs e por internautas que decifram a lĂngua portuguesa. Foram seus colegas que a intimidaram e inseriram as imagens no YouTube, despertando o interesse da mĂdia. Foi o conselho universitĂĄrio que adotou punição absurda, divulgando-a nos principais veĂculos, para justificar-se diante do mercado, essa divindade que domina a sociedade ao empurrar qualquer mercadoria a consumidores seduzidos por marketing e promessas de conforto.
A Uniban não prezou o processo pedagógico, apegando-se apenas a interesses próprios do mais perverso setor do sistema educacional, pois não demonstra compromisso com a formação moral e intelectual dos estudantes. Mira apenas a venda de um salvo-conduto para inserção no mercado de trabalho, sem considerar se seus alunos estejam adequadamente preparados para prestar serviços indispensåveis ao bem-estar da comunidade. A punição foi suspensa apenas quando descobriu que "não ficou bem na fita" diante de alguns segmentos da sociedade brasileira.
O incidente constitui um mal irreparåvel à estudante e pode acontecer em outras instituiçÔes com outras nuanças, pois o "bullying" é recorrente em escolas que não reprimem alunos agressivos, enquanto ignoram hierarquia e, principalmente, aprendizagem. Eles manifestam, por exemplo, ojeriza especial por colegas aplicados, pois não admitem esse paradigma numa comunidade em que tudo pode ser mais prazeroso se não houver preocupação maior com as atividades discentes.
A estudante foi acusada de usar vestuĂĄrio inadequado ao ambiente universitĂĄrio, mas isso Ă© frequente, nos Ășltimos anos, pois a flexibilização do uniforme transformou o territĂłrio educacional numa arena para exibir grife de calças, tĂȘnis e adereços desde o maternal. A camiseta Ă© muito mais um out-door para atrair novas matrĂculas do que referĂȘncia de pertencimento Ă instituição educacional. As novas geraçÔes nĂŁo sabem, entĂŁo, selecionar o vestuĂĄrio adequado a todas as situaçÔes. Geisy Arruda Ă©, portanto, vĂtima transformada em rĂ©, embora esteja lutando pelo seu futuro, que Ă© incerto, pois a escola nĂŁo ofereceu as instruçÔes indispensĂĄveis para circular em seu prĂłprio espaço.
Gilda de Castro - AntropĂłloga - Fonte: O Tempo - 14/11/09.
MILTON CAMPOS E A INTOLERĂNCIA NA UNIVERSIDADE
Quando apareceram as selvagens cenas da tentativa de estupro da aluna da Uniban, indicativas do reinado de intolerĂąncia e do fascismo para onde vai caminhando o Brasil, imediatamente me veio Ă lembrança a famosa aula inaugural que o senador Milton Campos proferiu na UFMG, a convite do reitor AluĂsio Pimenta, no dia 1Âș de março de 1966, publicada sob o tĂtulo "Em louvor da tolerĂąncia". Quem, como eu, teve oportunidade de ouvi-la, jamais esqueceu do saudĂĄvel impacto que produziu nas consciĂȘncias pela sabedoria de suas palavras e a profundidade com que analisou a missĂŁo da universidade. VivĂamos um tempo de enormes contradiçÔes, dois anos apĂłs a deflagração do movimento contrarrevolucionĂĄrio que derrotou o projeto marxista-leninista. Milton Campos nĂŁo abandonou qualquer dos princĂpios que informavam sua formação liberal. Discursando como paraninfo dos formandos da Faculdade de Filosofia em junho de 1953, o inesquecĂvel estadista mineiro jĂĄ assinalava o verdadeiro papel da universidade ao sentenciar que "ela nĂŁo pode separar-se da âcivitasâ, da qual Ă© elemento", acentuando que "nĂŁo se pensa em fazer do filĂłsofo um estadista nem do estadista um filĂłsofo", mas indispensĂĄvel fazer a "aproximação das duas missĂ”es que Ă© a de elevar o homem e orientĂĄ-lo para a perfeição moral e para a paz".
Exatamente o contrĂĄrio do que estĂĄ fazendo a estranha Uniban, permitindo que alunos se transformem em horda de bĂĄrbaros. Na notĂĄvel aula inaugural de 1966, Milton Campos retoma a mesma tese ao dizer que "o destino das universidades Ă© de natureza intelectual e integra-se essencialmente nos domĂnios do espĂrito. CaĂram os muros medievais dos jardins fechados, e a universidade abriu-se, tornou-se praça e fĂłrum: praça porque dĂĄ acesso a todos sem distinguir privilĂ©gios; fĂłrum porque quer ser um arejado centro onde se debatam as ideias". Apelidando a tolerĂąncia de rainha da universidade, sentencia que essa somente florescerĂĄ em clima de liberdade e disciplina do espĂrito.
O episĂłdio de SĂŁo Bernardo do Campo elegeu a Uniban rainha da intolerĂąncia, onde viceja clima que dĂĄ estĂmulos perversos a seus alunos para perseguir uma jovem de minissaia, aos gritos ululantes da sĂșcia e voz de comando para estuprar e violentar. Naquela casa de ensino, onde deveriam prevalecer os princĂpios de uma sociedade livre, de ideias desarmadas e desprevenidas, edificou-se a casamata da radicalização, inimiga mortal da tolerĂąncia. O episĂłdio Ă© apenas sintoma superficial da grave crise que assola a educação no Brasil, elevada Ă condição de objeto publicitĂĄrio do governo, que diz haver criado 14 universidades sem ter extirpado delas o vĂrus do radicalismo ideolĂłgico, posto a serviço das piores causas antidemocrĂĄticas. O mau exemplo vem de cima, das direçÔes comprometidas apenas com ganhos financeiros, permitindo que toda sorte de posiçÔes radicais medrem facilmente para ensejar espetĂĄculo deprimente como o da Uniban.
Murilo BadarĂł - Presidente da Academia Mineira de Letras - Fonte: O Tempo - 14/11/09.
AML - http://www.academiamineiradeletras.org.br/
LAMENTĂVEL â RETROCESSO NUNCA Ă BOM, DENTRO DA UNIVERSIDADE Ă INTOLERĂVEL
Uma regressão de aproximadamente 30 anos. Assim poderia ser classificado o comportamento da universidade que decidiu por expulsar uma aluna porque ela usava uma saia curta e foi hostilizada por um grupo de estudantes. Nos anos 70, as meninas que usavam minissaia eram as mais cobiçadas e paqueradas. Como diria Xico Så, um suspiro jå era uma ordem.
Mas ora vejam, dĂ©cadas depois, a saia curta Ă© motivo de hostilização pĂșblica e depois expulsĂŁo. E isso dentro de uma universidade, ambiente que, atĂ© na Ă©poca da ditadura, era considerado territĂłrio protegido de violĂȘncia e repressĂŁo. As invasĂ”es das forças repressivas Ă s universidades no perĂodo de chumbo atĂ© hoje sĂŁo duramente criticadas. E agora uma turma de estudantes mimados e sexualmente reprimidos se acha no direito de agredir uma moça porque ela usava uma saia um palmo e meio acima do joelho.
Mas pior do que isso Ă© a atitude da direção da escola, com a decisĂŁo de expulsĂŁo (a universidade jĂĄ recuou). Que tipo de cidadĂŁo essa escola pretende formar? Talvez estejam preparando um exĂ©rcito de futuros ditadores que, depois de formados, vĂŁo depor o governo nos prĂłximos anos e, quem sabe, conduzir as lideranças do TFP (Tradição, FamĂlia e Propriedade) ao poder.
Mas hĂĄ outras hipĂłteses. Talvez as mensalidades pagas pelos alunos que agrediram a menina do vestido curto tenham mais valia do que a de outros estudantes da universidade. Ou ainda, talvez por ser um grupo de classe mĂ©dia alta tenha mais força do que uma Ășnica moça de pernas de fora.
AliĂĄs, juntos esses alunos tĂȘm muita força mesmo, afinal eles sĂł nĂŁo agrediram a moça em função da proteção de um professor e da polĂcia. Autoritarismo puro.
Aparte - Fonte: O Tempo â 10/11/09.
MITOS NA EDUCAĂĂO
Para melhorar a educação no Brasil basta investir mais, aumentar o salårio dos professores e treinå-los constantemente, além de melhorar a infraestrutura das escolas, certo?
Errado. Diversos estudos nacionais e internacionais mostram que as "soluçÔes" acima, na verdade, não passam de mitos. São questÔes importantes para um projeto de longo prazo, mas que por si só não promovem melhoria na educação.
Em relação ao investimento, por exemplo, municĂpios que gastam R$ 1.000 por aluno no fundamental tiveram a mesma nota na Prova Brasil (exame federal que avalia estudantes) que municĂpios que gastam R$ 3.000, segundo dados de 2005 que embasam pesquisa de Naercio Aquino Menezes Filho, do Insper (antigo Ibmec).
Cingapura Ă© outro exemplo de que gastos e qualidade na educação nĂŁo tĂȘm uma relação direta. O paĂs obteve Ăłtimos resultados nos Ășltimos anos apesar de ter aplicado menos recursos na educação primĂĄria que 27 dos 30 paĂses da OCDE (organização de paĂses desenvolvidos), segundo relatĂłrio de 2007 da consultoria McKinsey.
A relação entre desempenho dos alunos e salĂĄrios de professores tambĂ©m nĂŁo Ă© tĂŁo direta. O Distrito Federal, por exemplo, paga os melhores salĂĄrios do paĂs, mas nĂŁo tem o melhor resultado em exames federais como Prova Brasil e Saeb, segundo levantamento feito por Maria Helena GuimarĂŁes de Castro quando era secretĂĄria de Educação de SP, cargo que deixou neste ano.
O problema da educação é muito mais complexo. Mas é consenso que o ponto central é ter professores bem formados, que saibam ensinar e dominem a disciplina que lecionam.
Parece simples, mas nĂŁo Ă©. Ă comum, em muitas regiĂ”es do paĂs, que professores de matemĂĄtica sejam contratados para ensinar fĂsica. Segundo o censo da educação bĂĄsica de 2007, dos professores de fĂsica no ensino mĂ©dio do paĂs, sĂł 25% tinha formação na ĂĄrea.
Isso porque os formados em fĂsica acabam atraĂdos por outras profissĂ”es com maior retorno financeiro.
Mas, entĂŁo, aumentar o salĂĄrio significativamente nĂŁo ajudaria? Estudiosos de educação acreditam que um reajuste assim sĂł teria efeito no longo prazo. Aumentar sem critĂ©rios os salĂĄrios de todos os professores nĂŁo farĂĄ com que eles passem a ensinar melhor agora, pois jĂĄ tĂȘm falhas na sua formação.
Uma opção a curto prazo sugerida por Menezes Filho Ă© atrelar o reajuste Ă melhora no desempenho. Assim, ele funcionaria como estĂmulo.
Jå no longo prazo, de fato, esse aumento no salårio pode ser eficaz, a partir do momento em que a carreira de professor passa a interessar os melhores alunos do ensino médio.
Abaixo, veja os nomes de alguns estudos que derrubam mitos:
- "Os Determinantes do Desempenho Escolar", de Naercio Menezes Filho (2007);
- "A Relação entre Gastos Educacionais e Desempenho Escolar", de Luiz Felipe Leite Estanislau do Amaral e Naércio Menezes Filho;
- "Avaliando o Impacto da ProgressĂŁo Continuada nas Taxas de Rendimento e Desempenho Escolar no Brasil", de Naercio Menezes Filho, Ligia Vasconcellos, Sergio Werlang e Roberta Biondi (2004);
- "O Impacto dos MĂ©todos Estruturados de Ensino na ProficiĂȘncia dos Alunos da Rede PĂșblica Municipal do Estado de SĂŁo Paulo", de Maria Carolina da Silva Leme, Paula Louzano, Vladimir Ponczek e AndrĂ© Portela de Souza (2009);
- "Sistemas Estruturados de Ensino e Redes Municipais do Estado de SĂŁo Paulo", coordenado por Paula Louzano (2009);
- "Sucesso Escolar nos Meios Populares - As RazÔes do Improvåvel", livro de Bernard Lahire (2004);
- "How the world's best performing school systems come out on top", da McKinsey&Company (2007);
- "Efficiency and Equity in Schools around the World", de Eric A. Hanushek e Javier A. Luque (2002);
- "Family, Classroom, and School Effects on Children's Educational Outcomes in Latin America", de J. Douglas Willms e Marie-Andree Somers (2001);
- "The Effect of School Resources on Student Achievement", de Rob Greenwald, Larry V. Hedges e Richard D. Laine (1996);
- "Interpreting Recent Research on Schooling in Developing Countries", de Eric A. Hanushek (1995);
- "Schooling Quality in a Cross Section of Countries", de Jong-Wha Lee e Robert J. Barro (1997);
- "Factores que Afectan el Rendimiento Academico en la Educacion Primaria", de Eduardo Velez, Ernesto Schiefelbein e Jorge Valenzuela (1993);
- "Teacher Quality and Student Achievement: A Review of State Policy Evidence", de Linda Darling-Hammond (2000);
- "Efficiency-Enhancing Investments in School Quality", de Eric A. Hanushek, JoĂŁo Batista Gomes Neto e Ralph W. Harbison;
- "Educação SecundĂĄria no Brasil: Chegou a Hora", de Alberto RodrĂguez e Carlos A. HerrĂĄn (2000)
- "Brazil, Teachers Development and Incentives - A Strategic Framework", de Françoise Delannoy e Guilherme Sedlacek (2001).
VERDADE OU MENTIRA
1. SĂ PAGAR MELHOR O PROFESSOR JĂ MELHORA O APRENDIZADO
Pesquisas nacionais e internacionais indicam que não hå relação entre o salårio do professor e o aprendizado dos alunos no curto prazo, jå que não hå impacto imediato na maneira como o professor ensina. No entanto, no longo prazo, alguns especialistas em educação afirmam que isso pode tornar a carreira de professor mais atraente, estimulando os melhores alunos do ensino médio a seguirem essa profissão.
2. MELHORAR A INFRAESTRUTURA DA ESCOLA TEM IMPACTO POSITIVO NO DESEMPENHO DOS ALUNOS
Na avaliação de alunos da oitava série na Prova Brasil de 2007, de 14 CEUs avaliados, 9 tiveram nota menor que a média da rede municipal de São Paulo. Uma das hipóteses é que, sem ter professores preparados para ensinar melhor, dispor de facilidades como piscina, teatro e recursos tecnológicos avançados não traz avanços no aprendizado dos alunos.
3. A PROGRESSĂO CONTINUADA CONTRIBUI PARA PIORAR A QUALIDADE DO ENSINO
Nesse sistema, o aluno nĂŁo estĂĄ sujeito a repetĂȘncia ao fim de cada sĂ©rie, mas ao fim de cada ciclo. Segundo pesquisa de NaĂ©rcio Menezes Filho, os alunos das redes com progressĂŁo continuada tĂȘm desempenho muito parecido ao dos alunos de escolas com regime seriado. "AlĂ©m disto, a evasĂŁo Ă© muito maior no segundo caso (seriado)."
4. CURSOS DE RECICLAGEM PARA PROFESSORES AJUDAM A MELHORAR O ENSINO
Estudos feitos no Brasil e no exterior mostram que os professores que fizeram os chamados cursos de formação continuada não passaram a ensinar melhor. Isso porque eles são muito teóricos e influenciam pouco na melhoria do ensino em sala de aula. Mozart Neves, presidente do Todos pela Educação e professor da UFPE, ressalta que o mais indicado seria melhorar a formação dada nas universidades.
5. GASTAR MAIS COM EDUCAĂĂO Ă SUFICIENTE PARA AUMENTAR O APRENDIZADO DOS ALUNOS
De acordo com levantamento feito por Menezes Filho, municĂpios que gastam R$ 1.000 por aluno no ensino fundamental tĂȘm a mesma nota na Prova Brasil do que municĂpios que gastam R$ 3.000. O economista Gustavo Ioschpe lembra ainda que, na maioria dos casos, aumentar os gastos com educação significa elevar os salĂĄrios dos professores, que nĂŁo Ă© algo que dĂĄ resultados.
6. A ESCOLA NĂO PODE AJUDAR FILHOS DE FAMĂLIAS DESESTRUTURADAS
Para aprender, o aluno deve estar bem emocionalmente, mas isso nĂŁo quer dizer que a escola deve se eximir de seu papel de educar, diz Magdalena Viggiani Jalbut, do Instituto Superior de Educação Vera Cruz. AlĂ©m disso, mesmo no caso de uma famĂlia fora do padrĂŁo (quando mĂŁe e pai nĂŁo estĂŁo interessados na educação do filho), qualquer outro parente, atĂ© um primo, pode estimular a criança a aprender, segundo estudos feitos na França citados por Maria LetĂcia Nascimento, da Faculdade de Educação da USP.
7. SISTEMAS DE ENSINO APOSTILADOS TOLHEM A AUTONOMIA DO PROFESSOR
Estudos feitos por Paula Louzano, doutora em educação pela Universidade Harvard (EUA), mostram que municĂpios de SP que usam esses mĂ©todos estruturados (como os do COC e do Anglo, com apostilas) tiveram desempenho superior na Prova Brasil, na comparação com as demais redes municipais. Em entrevista com professores que usam o sistema, 84% disseram que o desempenho dos alunos melhorou e 36% que o material estimula o aprendizado.
Fabiana Rewald - Fonte: Folha de S.Paulo â 09/11/09.
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