O SHOW DOS "VERDADEIROS" REIS DA LOGĂSTICA CONTINUA XVII...
LOGĂSTICA VIA "TĂXICLETA"
Tåxi-Bicicleta no centro de Barranquilla / ColÎmbia. Meio de transporte muito utilizado em Barranquilla. Då para transportar até 2 passageiros.
Fonte: Barranquilla - 29/04/08.
FIDELIZAĂĂO SEM GERĂNDIO
Fidelização é UM dos mantras favoritos dos especialistas em relaçÔes com os consumidores. Candidata à velhice precoce pelo uso excessivo, como foi o caso de "parceria", a palavra deveria se traduzir por um tratamento ético e respeitoso ao consumidor, que, encantado com os serviços e atençÔes adicionais à qualidade dos produtos e serviços, seria conquistado, fidelizado, em uma determinada marca.
"Fiel" significa mais do que a torcida do Corinthians. Significa ser leal, devotado e nĂŁo contrariar a confiança depositada. Ă um atributo sĂ©rio demais, decorrente de um relacionamento muito bom, construĂdo ao longo do tempo.
Lamentavelmente, muitas empresas confundem fidelidade com a "oferta" freqĂŒente de produtos e serviços que nĂŁo solicitamos. VocĂȘ Ă© bombardeado, diariamente, por telefonemas em que atendentes treinados para arrancar um "sim" insistem atĂ© acabar com sua paciĂȘncia.
Quando vocĂȘ mais precisa ser atendido com rapidez e cortesia, para solucionar um problema real, ouve uma chatĂssima mĂșsica de espera, a ligação cai e o transferem, depois, de um ramal para outro. Tudo para que desista de cancelar um serviço, cobrar uma visita tĂ©cnica ou uma troca de equipamento.
O primeiro passo da fidelização, portanto, deveria ser respeitar o consumidor. NĂŁo vender gato por lebre, nĂŁo empurrar algo que ele nĂŁo deseje, nem infernizĂĄ-lo com ligaçÔes repletas de gerĂșndios -o maldito "eu vou estar oferecendo".
Nos dias de hoje, um profissional como um gerente de banco tem, entre suas atribuiçÔes, que cumprir metas de vendas. E isso significa vender, vender, vender para seus correntistas seguros, cartĂ”es e os tĂtulos de capitalização, que capitalizam, sim, os bancos, mais do que jĂĄ ocorre normalmente.
Deixem-nos em paz, por favor! Diferenciem-se pela seriedade e entreguem o prometido. Destaquem-se por ouvir o que temos a dizer sobre produtos e serviços. Resolvam problemas, em vez de nos enrolar.
Cumpram as leis, sem buscar brechas jurĂdicas questionĂĄveis para sonegar direitos dos consumidores.
Parem com isso, jĂĄ!
Isso vale para todos os agentes econĂŽmicos, inclusive para cada um de nĂłs, em nossas atividades diĂĄrias.
Precisamos criar novas relaçÔes de consumo. Como o pequeno restaurante caseiro que, com o prato feito ou comercial, oferece trĂȘs pasteizinhos como cortesia. Ou o hipermercado que tem pessoal suficiente para empacotar suas compras, carregar seu carrinho e descarregĂĄ-las no porta-malas do carro.
Parecem detalhes, mas fazem a diferença. Um amigo ficou surpreso quando a loja de CDs importados perguntou se ele preferiria cancelar um dos dois itens que comprou, retido pela burocracia de importação, ou aceitaria receber um e esperar mais pelo outro. Ou a superloja de livros que procurou em toda a rede uma determinada obra e a trouxe para São Paulo, talvez sem lucro, somente para satisfazer um cliente.
Isso é fidelização, o resto é propaganda enganosa.
Maria InĂȘs Dolci - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/05/08.
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