O SHOW DOS "VERDADEIROS" REIS DA LOGĂSTICA CONTINUA XXI...
LOGĂSTICA NO TIETĂ - EXCURSĂO INUSITADA
Barco com estudantes navega pelo rio TietĂȘ entre as pontes da Casa Verde e do LimĂŁo, ontem; passeio para escolas pĂșblicas e privadas Ă© organizado pelo Instituto Navega SĂŁo Paulo, que defende a recuperação do rio.
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/05/08.
Instituto Navega SĂŁo Paulo - http://www.navegasp.org.br/
PROFISSĂES VERDES - Cursos aderem Ă preservação ambiental
Quase duas dĂ©cadas apĂłs a Eco-92, a ConferĂȘncia das NaçÔes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio, o mercado de trabalho tem dado importĂąncia como nunca Ă preservação. Por isso, agora pode ser a hora certa de prestar vestibular para as chamadas profissĂ”es verdes.
Cursos inexistentes hĂĄ dez anos estĂŁo entre os mais procurados. E os que jĂĄ existiam aumentaram a oferta de vagas. No espĂrito da Eco-92, foram abertos naquele ano os primeiros cursos de engenharia ambiental do paĂs. Hoje, sĂŁo 120, em todo o Brasil.
Atuando na prevenção, monitoramento e fiscalização da qualidade do ambiente para empresas e instituiçÔes pĂșblicas, os engenheiros ambientais se tornaram escassos num mercado que cresceu muito rĂĄpido, de acordo com Janete FeijĂł, coordenadora do curso na Univali, de Santa Catarina.
Outro curso que cresceu Ă© o de engenharia florestal da Unesp. Inaugurado em 1989 com 20 vagas, hoje possui 40.
"O curso teve uma melhora qualitativa, com simpĂłsios sobre seqĂŒestro de carbono e sustentabilidade das florestas", conta o seu coordenador, Elias Taylor Durgant Severo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais, os 13 mil formados na ĂĄrea em todo o paĂs deveriam ser pelos menos o triplo para dar conta da demanda atual.
Praticamente desconhecido em 1998, o curso de gestĂŁo ambiental Ă© hoje oferecido em 177 instituiçÔes no paĂs -segundo o cadastro das instituiçÔes de educação superior do MEC (MinistĂ©rio da Educação). Na maioria das instituiçÔes, ele Ă© oferecido como uma graduação tecnolĂłgica, de dois anos. Na USP, dentre outras faculdades, dura quatro anos.
Segundo Arthur Marcien de Souza, diretor do curso na Unisa (Universidade Santo Amaro), esse profissional leva a consciĂȘncia ambiental para as empresas e diminui o risco e o passivo ambiental delas.
Novo aluno do curso, Rafael Fabre Santos, 23, jĂĄ Ă© formado em letras e tinha pensado em buscar essa profissĂŁo antes mesmo da sua primeira graduação. "O mercado agora estĂĄ recebendo esse profissional bem melhor. Acho que nĂŁo serĂĄ difĂcil conseguir estĂĄgio na ĂĄrea", afirma ele.
Outro curso recente Ă© o de quĂmica ambiental, na Unesp. Seu objetivo Ă© formar profissionais para trabalhar no tratamento e na diminuição de resĂduos quĂmicos. Entre as novidades, existem ainda os cursos de especialização para monitor de ecoturismo e educador ambiental.
O crescente interesse pelas profissÔes verdes foi notado até por órgãos voltados à orientação profissional. O Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) passou a organizar, em maio de 2007, uma palestra sobre o tema, apresentada para vestibulandos em sua sede ou nas escolas de ensino médio.
Anna Molinari Portocarrero, 24, é um exemplo de estudante que se interessou pela årea ambiental. Depois de ter cursado turismo e fisioterapia, decidiu prestar biologia. "No curso de biologia, vou estudar o que gosto em prol da preservação dos animais e das åreas verdes."
Ingrid Aguiar - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/05/08.
Univali - http://www.univali.br/
UNESP - http://unesp.br/index_portal.php
Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais - http://www.sbef.org.br/
Unisa - http://www.unisa.br/
Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) - http://www.ciee.org.br/portal/index.asp
Veja o que fazem alguns profissionais ligados à proteção do ambiente - ProfissÔes novas
>> Engenheiro ambiental: atua na preservação da qualidade da ågua, do ar e do solo a partir do diagnóstico, manejo, controle e recuperação de ambientes urbanos e rurais >> Gestor ambiental: supervisiona setores ligados ao ambiente de empresas, cooperativas e ONGs. Na maioria dos casos, trabalha dentro da empresa
>> Consultor ambiental: procura soluçÔes ambientalmente corretas e economicamente viåveis para empresas, em um serviço que costuma ser terceirizado
>> Advogado ambiental: fornece assessoria para o enquadramento e o cumprimento das normas e restriçÔes ambientais e defende empresas de condenaçÔes relacionadas ao tema ProfissÔes tradicionais
>> Ecólogo: avalia impactos da ação humana na natureza e då orientação para a conservação da biodiversidade
>> Engenheiro florestal: recupera ĂĄreas degradadas com a implantação de florestas e melhora a produção de matĂ©ria-prima das florestas nativas e plantadas com tĂ©cnicas de impacto mĂnimo no ambiente
>> Engenheiro quĂmico: trabalha com os processos industriais para checar emissĂŁo de poluição e estuda fontes alternativas de energia
Fonte: Folha de S.Paulo - 25/05/08.
ANTEPASSADOS NĂO TĂO DISTANTES
Quando Darwin afirmou, no sĂ©culo 19, que somos descendentes de macacos, que temos mais a ver com criaturas peludas e barulhentas com rabos longos e dentes afiados do que com anjos celestes, os vitorianos ficaram ultrajados. Por 3.000 anos, a histĂłria que vinha sendo contada era diferente. SerĂamos criação de Deus, quase tĂŁo perfeitos quanto ele. NĂŁo fosse a ousadia de AdĂŁo e Eva, estarĂamos atĂ© agora passeando nus pelo Jardim do Ăden, sem sabermos da existĂȘncia do pecado original.
Muita gente ainda se ofende com a insistĂȘncia dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluĂdos. Mas deverĂamos nos orgulhar de nossos antepassados, que encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores.
HĂĄ 30 milhĂ”es de anos, babuĂnos, chimpanzĂ©s e humanos eram indiferenciĂĄveis. Desde entĂŁo, variaçÔes genĂ©ticas submetidas Ă pressĂŁo da seleção natural foram criando as diferenças que resultaram nos trĂȘs primatas. BabuĂnos mostram uma grande sofisticação social, vivendo em grupos de aproximadamente 150 indivĂduos que reĂșnem em torno de oito famĂlias.
Pesquisadores como Dorothy Cheney (nenhuma relação com o vice-presidente americano) e Robert Seyfarth, que passam longos perĂodos nas florestas de Botsuana, verificaram que babuĂnos, especialmente as fĂȘmeas, desenvolvem fortes alianças familiares, defendendo membros da famĂlia em caso de desavenças com outros babuĂnos ou em ataques de predadores.
Para tal, os primatas desenvolveram meios de identificar seus parentes visualmente e por meio de vocalizaçÔes.
NĂŁo hĂĄ dĂșvida de que o agrupamento dos babuĂnos exibe traços que podemos identificar na nossa sociedade. Quantas famĂlias tĂȘm um assobio especial que usam quando estĂŁo em lugares muito cheios?
Mas nossos parentes mais próximos são os chimpanzés, com quem dividimos 98,4% dos nossos genes. Jane Goodall, a pesquisadora inglesa que revelou ao mundo a sofisticação dos nossos primos, passou anos nas florestas da Tanzùnia observando seu comportamento.
Diferentemente dos babuĂnos, a caracterĂstica mais marcante dos chimpanzĂ©s nĂŁo Ă© o agrupamento, mas a sofisticação de seu comportamento.
Chimpanzés estão entre os poucos animais que usam ferramentas para efetuar tarefas. Cortam galhos longos para "pescar" formigas e cupins em troncos e cupinzeiros.
Como os babuĂnos, caçam em grupos e defendem seu territĂłrio em ferozes guerras tribais. Como os humanos, sofrem quando perdem a mĂŁe, o pai ou um irmĂŁo, ou quando um companheiro de longa data morre. Esses achados tornam difĂcil distinguir se somos um pouco macacos ou se os macacos sĂŁo um pouco humanos. Certamente, eles nos remetem Ă s nossas origens evolucionĂĄrias.
Recentemente, um experimento na Universidade de Kyoto, no JapĂŁo, comparou a memĂłria dos chimpanzĂ©s com a dos humanos. SeqĂŒĂȘncias de cinco nĂșmeros de um a nove foram mostradas a estudantes e chimpanzĂ©s por fraçÔes de segundo na tela de um computador. ApĂłs 650 milĂ©simos de segundo, os nĂșmeros do monitor viravam quadrados brancos. O teste envolvia tocar os quadrados em ordem numĂ©rica crescente.
Tanto os estudantes quanto o chimpanzĂ© acertaram 80% das vezes. Quando o intervalo baixou para 210 milisegundos, os humanos acertaram 40% das vezes e o chimpanzĂ© 80%. Perdemos para um macaco. "Talvez", disse um dos pesquisadores, "nossa habilidade para contar atrapalhe". No mĂnimo, o experimento mostra que nossos primos sĂŁo bem menos distantes do que pensamos.
Marcelo Gleiser Ă© professor de fĂsica teĂłrica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 25/05/08.
Universidade de Kyoto - http://www.kyoto-u.ac.jp/en
Dartmouth College - http://www.dartmouth.edu/
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