O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
LOGĂSTICA NAS ALTURAS (COMUNA 13 - ESCADA ROLANTE)
English:
http://www.huffingtonpost.co.uk/2011/12/28/comuna-13-slum-in-medelli_n_1172246.html
http://www.mirror.co.uk/news/top-stories/2011/12/27/giant-outdoor-escalator-1-260-feet-long-built-to-help-columbia-hillside-shantytown-115875-23662115/
Para os cerca de 12 mil moradores da favela Comuna 13, uma das mais violentas da cidade colombiana de MedellĂn, a rotina era escalar infindĂĄveis degraus. Em quase toda a ColĂŽmbia (assim como no Brasil), desorganizados processos de urbanização empurraram as classes sociais menos favorecidas para os morros. Como em toda favela, tambĂ©m em Comuna 13 a maioria da população Ă© composta por trabalhador e nĂŁo por malandro, e o povo que pega no batente descia e subia diariamente escadarias que correspondiam a um prĂ©dio de quase 30 andares. Para pĂŽr fim a esse calvĂĄrio, acaba de ser inaugurada uma escada rolante a cĂ©u aberto e dividida em seis trechos que, somados, dĂŁo um total de 384 metros â Ă© a primeira no mundo a atender exclusivamente moradores de ĂĄrea carente. O sobe e desce que durava 35 minutos pode agora ser realizado em seis. O prefeito da cidade, Alonso Salazar, afirmou que hĂĄ interesse do Rio de Janeiro em importar o projeto, tal como fez com as UPPs.
Antonio Carlos Prado, FabĂola Perez e Laura DaudĂ©n - Fonte: Isto Ă - Edição 2199.
VĂdeo/fotos:
http://www.huffingtonpost.co.uk/2011/12/28/comuna-13-slum-in-medelli_n_1172246.html
http://www.mirror.co.uk/news/top-stories/2011/12/27/giant-outdoor-escalator-1-260-feet-long-built-to-help-columbia-hillside-shantytown-115875-23662115/
INSCRIĂĂES EM FEDERAIS PARA ALUNOS DO ENEM
O MinistĂ©rio da Educação abre em 07 de janeiro as inscriçÔes para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), usado para o ingresso em instituiçÔes pĂșblicas de ensino superior. A expectativa Ă© de pelo menos 40% de candidatos a mais que no ano passado.
O Sisu é um sistema de seleção que leva em conta o desempenho dos estudantes no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para a seleção deste semestre, os alunos precisam ter feito o exame de 2011.
Os candidatos terão entre såbado e o fim da noite de quinta-feira (dia 12) para fazerem a inscrição. Depois da meia-noite, os alunos encontrarão as prévias das suas colocaçÔes nos rankings dos cursos e da nota de corte dos cursos.
Para diminuir os "picos" de inscriçÔes, que podem provocar falhas, o sistema vai permanecer no ar durante as madrugadas.
Em janeiro do ano passado, os estudantes enfrentaram falhas no sistema. Além da lentidão, em alguns momentos os candidatos conseguiam acessar dados de outros concorrentes.
Na ocasião, o MEC prorrogou o prazo de inscriçÔes.
O Sisu vai oferecer 108,5 mil vagas para o ensino superior. Ă possĂvel acessar o sistema pelo www.mec.gov.br.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/01/12.
NADA MAIS QUE O IMPOSSĂVEL
As coisas que podem ser alcançadas, mude ou nĂŁo o calendĂĄrio, nĂŁo precisam de tantos votos e pedidos na passagem de ano. O impossĂvel desejado, aĂ sim, vale empenhar uma esperança contra a sua prĂłpria certeza. CĂ©tico desde sempre e para sempre, por natureza e convicção, trago aqui, para abordar 2012, meus desejos situados acima de toda possibilidade. Poderiam ser milhares, mas os trĂȘs selecionados jĂĄ sobrecarregam de desesperança as vĂŁs esperanças.
Os trĂȘs sĂŁo simples. Tanto que o primeiro Ă© sĂł o desejo de uma pergunta alheia, que pode mesmo ser silenciosa. NĂŁo importaria se a fizesse uma autoridade paulista em nĂvel estadual ou municipal.
Ă necessĂĄria uma explicação preliminar. Embora a riqueza paulista, algumas das favelas de SĂŁo Paulo estĂŁo entre as mais desumanas nas milhares de favelas espalhadas pelo Brasil. Igualam-se, porĂ©m, Ă s suas vizinhas menos degradantes nesta peculiaridade: em nenhum outro lugar as favelas sĂŁo tĂŁo atingidas por incĂȘndios como as de SĂŁo Paulo.
A sequĂȘncia Ă© assombrosa. Ainda que nĂŁo para os jornais, que nem se dispĂ”em a substituir uma vulgaridade em suas primeiras pĂĄginas (estarei sendo redundante?) por documentos fotogrĂĄficos da pobreza e da misĂ©ria incandescentes, literalmente como o inferno em vida.
A naturalidade com que os poderes pĂșblicos acompanham a sequĂȘncia Ășnica de incĂȘndios corresponde Ă rotina do fogo e da destruição. VĂŁo os bombeiros, "o fogo Ă© muito forte", "estamos tomando todas as providĂȘncias", depois o rescaldo, as carcaças de fogĂ”es e de algumas geladeiras, o chĂŁo calcinado -pronto. Agora Ă© aguardar o incĂȘndio seguinte, para que tudo seja igual.
O desejo impossĂvel Ă©, entĂŁo, o de que em 2012 alguma autoridade estadual ou municipal, sem furtar de seu tempo mais do que rĂĄpidos segundos, de repente se fizesse esta pergunta: "Por que serĂĄ que hĂĄ tantos incĂȘndios de favelas aĂ pela Grande SĂŁo Paulo?" Por que serĂĄ?
Neste final de ano, o Rio ganhou dois presentes extraordinårios. Aliås, extraordinårio seria qualquer presente para a cidade que hå muito tempo deixara de receber algum. O prefeito Eduardo Paes, cuja administração dinùmica injeta novidades valiosas e variadas em grande parte da cidade, adotou duas decisÔes muito muito inovadoras.
Uma: estudar a adoção de bondes modernos na regiĂŁo central da cidade e algumas adjacĂȘncias. A outra: transferĂȘncias da finalidade de lojas no Leblon (por ora, aĂ) nĂŁo dependerĂŁo sĂł das exigĂȘncias burocrĂĄticas, mas de uma aprovação especial. Assim serĂĄ evitado que livrarias, o comĂ©rcio tradicional e serviços essenciais Ă vida de bairro continuem desaparecendo, devorados por mais agĂȘncias bancĂĄrias e farmĂĄcias, jĂĄ em nĂșmero sufocante.
O desejo versĂŁo 2012: prefeitos e governadores admitirem nĂŁo pensar em metrĂŽs, sĂł por serem obras de fĂĄcil (e aparente) justificação e alta rentabilidade para os bolsos prĂłprios e alheios. E se interessarem pelo estudo de bondes modernos, tĂŁo menos custosos e de tanta eficiĂȘncia para o pĂșblico, como provam as deliciosas AmsterdĂŁ e San Francisco, entre outras. E ainda o estudo da ONU sobre transporte urbano, que qualificou o bonde moderno como o melhor em todos os sentidos.
Por fim, Marco Aurélio Villa, professor de história da Universidade Federal de São Carlos e colaborador de jornais, escreve que o best-seller "A privataria tucana", do repórter Amaury Ribeiro Jr., "foi produzido nos esgotos do Palåcio do Planalto".
AĂ hĂĄ duas possĂveis metĂĄforas e uma informação. As primeiras sĂŁo "nos esgotos" e o prĂłprio historiador e professor de histĂłria. Ă a informação que justifica o desejo inalcançåvel: ver provar-se, por qualquer meio inequĂvoco, que "A privataria tucana" "foi produzido" no PalĂĄcio do Planalto, mesmo que na garagem ou no abrigo das emas.
Como os desejos impossĂveis nĂŁo impedem os realizĂĄveis, agradeço a cada leitor a presença de sua leitura, mesmo que por uma sĂł vez, e espero que seja protegido pela sorte em 2012.
Janio de Freitas - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/01/12.
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