O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA CONTINUA XLIX...
LOGĂSTICA DO XIXI (DICA DE PRESENTE DE NATAL)
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http://smuttygifts.com/idiots-toilet-mat/prod_1225.html
http://nerdapproved.com/household/idiots-toilet-mat-provides-step-by-step-instructions/
Tapete de banheiro, especial para homens. Ele mostra onde pisar e ainda dĂĄ instruçÔes prĂĄticas como âchacoalhe antes de guardĂĄ-loâ ou ânĂŁo se esqueça de apertar a descargaâ.
Renata Leal - Fonte: http://www.bombounaweb.com.br.
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PALAVRA DA SEMANA: DESEMPENHO
A palavra âempenhoâ veio do latim pignus, âpenhorâ, no sentido de âgarantiaâ, conservado atĂ© hoje em âpenhorar um bemâ ou no âpenhor dessa igualdadeâ do Hino Nacional. Mas a palavra âdesempenhoâ começa com a negação âdesâ, dando a impressĂŁo de que desempenho Ă© falta de empenho. NĂŁo Ă©. Quando um funcionĂĄrio Ă© contratado, ele dĂĄ ao empregador a garantia pessoal de que seu trabalho serĂĄ sempre bem-feito. Ao cumprir o que prometeu, o funcionĂĄrio estĂĄ se livrando do penhor, ou se âdesempenhandoâ. SĂł que aquela garantia inicial nunca termina. Ela Ă© renovada automaticamente, todos os dias, enquanto o contrato de trabalho vigorar.
Max Gehringer - Fonte: Ăpoca - NĂșmero 551.
ĂNIBUS PARA O INHOTIM
A empresa de ĂŽnibus Saritur começou a operar a nova linha BH - Inhotim, que liga a capital mineira ao Instituto Cultural Inhotim, em Brumadinho. A nova rota rodoviĂĄria vai funcionar aos sĂĄbados e domingos, com saĂda da rodoviĂĄria de Belo Horizonte Ă s 9h (plataforma F2) e retorno Ă s 16h. O percurso terĂĄ duração de 1h30 e a passagem de cada trecho vai custar R$ 12,90. A partir do prĂłximo ano, a linha BH - Inhotim tambĂ©m funcionarĂĄ aos feriados. Para maiores informaçÔes ligue: (31) 3419 1800.
Fonte: O Tempo - 12/12/08.
A BITUCA - UNIVERSIDADE DE MĂSICA POPULAR
Um projeto exemplar Ă© a Bituca: Universidade de MĂșsica Popular, que funciona hĂĄ quatro anos em Barbacena, com aulas gratuitas, ministradas por professores renomados. A Bituca estĂĄ com inscriçÔes abertas para 100 vagas no curso de flauta doce. Os interessados, que podem ser de qualquer cidade, devem acessar o site http://www.grupopontodepartida.com.br/ atĂ© dia 20. NĂŁo Ă© exigido grau de escolaridade especĂfico, apenas talento. A prĂłxima oportunidade de entrar na Bituca sĂł acontece daqui a dois anos.
Ălder Martinho - Fonte: O Tempo - 13/12/08.
Mais: http://www.grupopontodepartida.com.br/bituca2008/main.php
A SIMPLICIDADE DE UM PROBLEMA
Problema, todo mundo tem. O problema Ă©: o que fazemos com os problemas?
Um bom começo Ă© falar grego. Porque foram os antigos gregos, havia trĂȘs mil anos, que inventaram a palavra problema. A tradução literal de problema Ă© âpassar adianteâ. Os gregos, sĂĄbios como eram, perceberam que problemas nunca sĂŁo resolvidos. SĂŁo apenas transferidos de uma pessoa a outra.
Por exemplo, uma empresa com problemas de custo dispensa cinqĂŒenta funcionĂĄrios. Ela nĂŁo resolveu o problema o que fez foi transferir o problema para os cinqĂŒenta dispensados. Que, com o dinheiro mais curto para as despesas do mĂȘs, vĂŁo parar de comprar biscoito de chocolate. E aĂ o problema passa a ser da fĂĄbrica de biscoito de chocolate, que vai ficar com estoque sobrando no final do mĂȘs. Que vai dispensar vinte funcionĂĄrios. E a ciranda nĂŁo tem fim.
Problema, portanto, é qualquer situação que ainda não conseguimos transferir para alguém. Mas o pior mesmo é que muita gente perde um tempão remoendo pequenos problemas. Porque o risco, nesse caso, é que um pequeno problema muitas vezes impede a gente de enxergar um grande problema.
Para ilustrar, aqui vai uma historinha exemplar. O CĂ©sar, um conhecido meu, era gerente de vendas de uma empresa de foto copiadoras. Na Ă©poca, o CĂ©sar era fumante. A empresa dele, como toda multinacional consciente dos malefĂcios do fumo, havia proibido o tabagismo no prĂ©dio inteiro.
O CĂ©sar, entĂŁo, tinha um problema. Em qualquer lugar do prĂ©dio que ia, e em cada sala que entrava, sempre dava de cara com aqueles cartazes de âProibido Fumarâ. AtĂ© que, um dia, o CĂ©sar precisou visitar um cliente muito importante, fabricante de cigarros. O CĂ©sar nĂŁo perdeu a chance de dizer a seus colegas xiitas que, finalmente, iria conseguir passar um dia bem longe da ditadura daqueles cartazes de âProibido Fumarâ.
Quando chegou Ă empresa de cigarros, satisfeito da vida, o CĂ©sar subiu uma escada e deu de cara com um enorme cartaz: âProibido Tirar CĂłpiasâ. O CĂ©sar pensou que tinha um problema, mas tinha dois: o que ele nĂŁo havia transferido para ninguĂ©m e o que estava sendo transferido para ele.
Por isso, se vocĂȘ estĂĄ saindo de casa com um problema, faça como os gregos: passe adiante. Porque nesse momento, nĂŁo tenha dĂșvida, muita gente estĂĄ pensando em passar algum problema para vocĂȘ.
Fonte: GEHRINGER, Max. ClĂĄssicos do Mundo Corporativo.
(Colaboração: Markão)
TESE DE MESTRADO POR UM PSICĂLOGO
OBS.: "para se julgar uma pessoa, deve-se antes andar com os sapatos dela pelo menos por 10 dias."
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAĂĂO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisĂvel'
PsicĂłlogo varreu as ruas para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pĂșblica'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem nĂŁo estĂĄ bem posicionado sob esse critĂ©rio, vira mera sombra social.
Um psicĂłlogo social vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de SĂŁo Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais sĂŁo 'seres invisĂveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existĂȘncia da 'invisibilidade pĂșblica', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada Ă divisĂŁo social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e nĂŁo a pessoa. Ele trabalhava apenas meio perĂodo como gari, nĂŁo recebia o salĂĄrio de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da prĂłpria existĂȘncia', explica o pesquisador.
O psicĂłlogo sentiu na pele o que Ă© ser tratado como um objeto e nĂŁo como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, nĂŁo me reconheciam por causa do uniforme. Ăs vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhĂŁo', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomå-lo, e claro, não livre de sensaçÔes ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aĂ, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que vocĂȘ sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejĂŁo central. AĂ eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar tĂ©rreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadĂȘmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguĂ©m em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu nĂŁo o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, nĂŁo senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situaçÔes pouco saudåveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma årvore, um orelhão.
E quando vocĂȘ volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. Ă muito triste, porque, a partir do instante em que vocĂȘ estĂĄ inserido nessa condição psicossocial, nĂŁo se esquece jamais. Acredito que essa experiĂȘncia me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje sĂŁo meus amigos. Conheço a famĂlia deles, freqĂŒento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questĂŁo de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles sĂŁo tratados pior do que um animal domĂ©stico, que sempre Ă© chamado pelo nome. SĂŁo tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensaçÔes que existem na vida!
Respeito: passe adiante!
PsicĂłlogo social Fernando Braga da Costa / PlĂnio Delphino, DiĂĄrio de SĂŁo Paulo.
(Colaboração: Markão)
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