O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
LOGĂSTICA ANFĂBIA (AMFIBUS)
English:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/scotland/8506154.stm
http://www.guardian.co.uk/uk/2010/feb/08/pass-notes-amphibious-buses
http://www.redferret.net/?p=18645
O Busbarco roda normalmente no trùnsito. Mas também pode enfrentar a ågua.
As metrĂłpoles brasileiras vivem sofrendo com enchentes. SĂŁo cenas terrĂveis, com veĂculos ilhados ou arrastados pela ĂĄgua. Mas, no que depender da tecnologia, jĂĄ existe uma solução: o ĂŽnibus anfĂbio. Ele foi criado por uma empresa holandesa e jĂĄ opera em RoterdĂŁ, Londres e Budapeste. O veĂculo, cujo nome Ă© Amfibus, pesa 22 toneladas e tem 3,8 metros de altura (10 toneladas e 60 centĂmetros a mais do que um ĂŽnibus comum). Mas, tirando essa diferença de peso e tamanho, ele Ă© um ĂŽnibus normal - que transporta atĂ© 50 passageiros e roda em qualquer lugar, podendo alcançar 100 km/h.
A diferença surge na hora de entrar na ĂĄgua. O motorista aperta um botĂŁo e o veĂculo se transforma: suas rodas se recolhem e o ĂŽnibus passa a ser impulsionado por dois jatos d'ĂĄgua, alcançando 16 km/h. Na Europa, o Amfibus virou atração turĂstica. Em RoterdĂŁ, ele faz um tour que dura 75 minutos e custa 19,50 euros (cerca de R$ 40). O passeio começa no centro da cidade e segue para o Museu MarĂtimo. Em seguida, passa por cima da ponte Erasmus e entra no rio Meuse, onde se transforma em barco. "A sensação Ă© meio esquisita. Ă estranho estar a bordo de um ĂŽnibus, que Ă© todo fechado, dentro da ĂĄgua e sem afundar", descreve uma turista inglesa.
O Amfibus tambĂ©m poderĂĄ ser usado como veĂculo comercial - isso porque, mesmo custando o equivalente a R$ 1,9 milhĂŁo, ele Ă© mais barato do que os ferryboats que normalmente fazem o transporte fluvial na Europa. E seus criadores querem levar a tecnologia do veĂculo para os carros e os ĂŽnibus convencionais, que poderiam ser adaptados para resistir a enchentes. SĂł falta mesmo inventar pontos de ĂŽnibus flutuantes.
Caroline D'Essen - SuperNovas - Fonte: SuperInteressante - Edição 281.
VĂdeo:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/scotland/8506154.stm
Mais detalhes:
http://www.guardian.co.uk/uk/2010/feb/08/pass-notes-amphibious-buses
http://www.redferret.net/?p=18645
PROVA
De 31 de junho a 16 de agosto, foram registrados 18 mil novos contadores no paĂs, segundo o Conselho Federal de Contabilidade. O nĂșmero se deve Ă aprovação, em junho, de lei que instituiu a obrigatoriedade de exame de suficiĂȘncia. Cerca de 450 mil novos profissionais devem se registrar atĂ© 29 de outubro.
Mercado Aberto - Maria Cristina Frias - Fonte: Folha de S.Paulo - 31/08/10.
CFC - http://www.cfc.org.br/
COMUNITĂRIO
Até 29 de setembro, quem mora em São José dos Campos (SP) e jå concluiu o ensino médio pode se inscrever gratuitamente no cursinho pré-vestibular dos alunos do ITA (Instituto Tecnológio de Aeronåutica). A seleção é feita por prova e anålise socioeconÎmica dos candidatos. Mais informaçÔes pelo site http://www.casdvest.org.br/casd/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/10.
VESTIBULAR - UNESP CRIA BACHARELADO DE 3 ANOS EM CIĂNCIAS
A partir de 2012, a Unesp terå cinco novas opçÔes de curso.
O bacharelado em ciĂȘncias exatas pode ser feito em trĂȘs anos. Em seguida, se quiser mais um diploma, o aluno tem dois caminhos. O primeiro Ă© cursar, em um ano, as fĂsicas fundamental, financeira ou ambiental. O outro Ă© fazer dois anos de meteorologia, no Instituto de Pesquisas MeteorolĂłgicas de Bauru (329 km de SP).
Fonte: Folha de S.Paulo - 31/08/10.
Unesp - http://www.unesp.br/
FACULDADE JĂ
Um novo site vai reunir vagas de faculdades particulares de todo o paĂs e o critĂ©rio de entrada serĂĄ sĂł a nota do Enem.
A proposta Ă© reunir no site Faculdade JĂĄ (www.faculdadeja.com.br) as vagas que sobram em processos seletivos.
O modelo é parecido com o do Sisu, utilizado pelo Ministério da Educação para ofertar vagas principalmente para universidades federais.
Segundo João Mesquita, um dos idealizadores do Faculdade Jå, as instituiçÔes indicarão as vagas ociosas, que serão disponibilizadas no sistema.
Os alunos deverĂŁo se cadastrar diretamente no site, escolher uma carreira e reservar a vaga.
Cada faculdade serå a responsåvel por decidir a nota de corte no Enem para o aluno concorrer à vaga. Não haverå cobrança para inscrição no site.
Até o momento, cerca de 35 faculdades particulares jå manifestaram interesse em aderir ao sistema.
Segundo projeção dos idealizadores, a meta é preencher 25 mil vagas em 250 faculdades.
Os vestibulandos jĂĄ demonstraram interesse com o sistema.
A partir do dia 10 de novembro, os interessados poderão conferir no site do a lista das instituiçÔes participantes e das vagas ofertadas.
Thiago Azanha - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/09/10.
AJUSTANDO O DEBATE UNIVERSIDADE-EMPRESA
No artigo "Recursos privados favorecem universidade" (28/7), Meneghini se opĂ”e ao expresso em "Universidade, mecenato e mercado", de Antunes e Correia (2/7), ambos publicados neste espaço. Embora, ao contrĂĄrio do que ele escreve, o debate seja eminentemente "ideolĂłgico", vou mostrar evidĂȘncias empĂricas (a-ideolĂłgicas?) para ajustar seu foco.
Elas tratam da importĂąncia dos recursos alocados pela empresa Ă realização de atividades universitĂĄrias que Meneghini chama de "pesquisa de interesse recĂproco" -da universidade e da empresa-, visando "criar tecnologia de ponta".
Como ele se refere Ă realidade estadunidense, tomo-a tambĂ©m para embasar dois argumentos. O primeiro Ă© que lĂĄ, ao contrĂĄrio do que se divulga, a empresa nĂŁo vĂȘ essas atividades como interessantes.
De fato, do total gasto em P&D (pesquisa e desenvolvimento) empresarial, somente 1,3% Ă© alocado para elas, e o que Ă© captado por essa via custeia apenas 1% do recurso envolvido com o funcionamento da universidade. NĂŁo hĂĄ informação sobre quanto a empresa "brasileira" (estatal, privada, multinacional) aloca para essas atividades. HĂĄ informação para a Unicamp, que, como se sabe, se destaca pela sua competĂȘncia em conhecimento de interesse da empresa e pela vocação para dela se aproximar. Nela, essa proporção Ă© semelhante Ă mĂ©dia estadunidense: 1,4%.
Essas evidĂȘncias jĂĄ permitem ajustar o foco. Primeiro, porque a meta de aproveitar o que faz a universidade para o desenvolvimento do paĂs dificilmente se darĂĄ pela via da "pesquisa de interesse recĂproco". Portanto, nossa polĂtica de ciĂȘncia e tecnologia (C&T) tem que ser urgentemente revisada, inclusive quanto a arranjos institucionais inĂłcuos, como incubadoras, parques e polos tecnolĂłgicos.
HĂĄ que orientĂĄ-la para atender a "interesses recĂprocos" mais abrangentes do que os do seu ator atĂ© agora hegemĂŽnico: a comunidade de pesquisa das ciĂȘncias duras.
Segundo, porque hå que se entender o que leva os pragmåticos governantes dos EUA a apoiar maciçamente a pesquisa universitåria se seus resultados não são apropriados diretamente pela empresa.
Sua resposta, bastante simples, permite introduzir meu segundo argumento: no Brasil, a polĂtica de C&T nĂŁo afeta a empresa.
Para fazer P&D e ser competitiva nos mercados de alta tecnologia, a empresa dos EUA precisa de pesquisadores. E, até que se descubra meio mais eficaz, eles continuarão a aprender a fazer pesquisa nos caros laboratórios universitårios.
Ă por isso que, lĂĄ, a empresa contrata para P&D cerca de 70% dos mestres e doutores que se formam a cada ano. E no Brasil? Em 2011, formaremos quase 30 mil mestres e doutores em ciĂȘncias duras.
Nas empresas, onde a regra Ă© a importação de tecnologia (principalmente a incorporada em equipamentos), cerca de 3.000 se dedicam a P&D. Supondo um aumento de 10%, haverĂĄ demanda de 300 no ano que vem. Ou seja, cerca de 1% dos que estarĂŁo disponĂveis (!), como ocorre nos EUA, para fazer P&D.
Essa disfuncionalidade levou os formuladores de polĂticas a incorporar bolsas ao jĂĄ generoso pacote de subsĂdios Ă s empresas, para que mestres e doutores nelas trabalhem. LĂĄ, pagos pelo Estado, usam os conhecimentos adquiridos com as atividades de ensino e pesquisa da universidade pĂșblica (cĂłpias, aliĂĄs, das estadunidenses).
Adicionalmente, como uma canhestra "compensação" que agrava o produtivismo-cientificista, subsidiam a universidade para que produza patentes.
Ă claro que essa disfuncionalidade da polĂtica de C&T nĂŁo invalida o que Antunes e Correia levantam a respeito da "possibilidade de comprometimento da missĂŁo" da universidade, do fato de sua agenda de docĂȘncia e pesquisa estar "a serviço do mercado", e nĂŁo dos "rumos que (o paĂs) pretende, estrategicamente, pesquisar".
Renato Dagnino, mestre em economia do desenvolvimento e doutor em ciĂȘncias humanas, Ă© professor titular de polĂtica cientĂfica e tecnolĂłgica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Fonte: Folha de S.Paulo - 02/09/10.
Unicamp - http://www.unicamp.br/unicamp/
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php