O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
LOGĂSTICA SUBMARINA (MERGULHANDO ATRĂS DO TITANIC)
English:
http://www.nytimes.com/2011/12/05/science/celebrating-the-titanic-at-100-by-going-to-see-it.html?pagewanted=1&_r=1&emc=eta1
VocĂȘ desce, desce, desce, durante duas horas e meia, espremido entre outras duas pessoas num minĂșsculos submersĂvel, atĂ© chegar ao fundo do oceano AtlĂąntico -e aĂ tudo o que vocĂȘ vĂȘ, por uma escotilha, sĂŁo os restos deteriorados do navio outrora grandioso onde milionĂĄrios da Idade de Ouro americana jogaram, comeram e, em alguns casos, morreram.
A viagem não é para claustrofóbicos, nem para os 99%: um cruzeiro de duas semanas com mergulho e duração de oito a dez horas, custa US$ 60 mil.
Mas, para os fãs do Titanic, não hå preço ou privação grande demais - especialmente porque no próximo 15 de abril serå o centenårio do naufrågio.
"Essa Ă© uma oportunidade Ășnica na vida", disse Renata Rojas, executiva em Nova York, sobre o mergulho de 3.200 metros atĂ© o lamacento leito marinho. "Sou obcecada pelo Titanic desde os 10 anos de idade."
Pensando no centenĂĄrio, pelo menos 80 pessoas devem fazer o mergulho, de acordo com a empresa que administra as excursĂ”es, a Deep Ocean Expeditions. Desde a descoberta dos destroços, em 1985, sĂł esporadicamente esses mergulhos sĂŁo oferecidos a turistas, e a agĂȘncia diz que pretende interrompĂȘ-los definitivamente.
Em julho de 2012, porĂ©m, os passageiros viajarĂŁo em submersĂveis russos Mir, capazes de suportar as esmagadoras pressĂ”es abissais. No interior, um piloto e dois turistas ocupam um espaço de dois metros de largura, usando vĂĄrias camadas de roupa devido ao frio. Os passageiros levam um almoço, mas sĂŁo lembrados de que nĂŁo hĂĄ instalaçÔes sanitĂĄrias a bordo.
Viagens desse tipo acarretam perigos -duas pessoas morreram num submersĂvel que ficou entalado em um naufrĂĄgio na FlĂłrida- e polĂȘmicas. Cientistas e acadĂȘmicos temem mais danos ao navio, e mais profanação no que Ă© um tĂșmulo coletivo.
Mas eles também veem o centenårio como oportunidade para divulgar a ideia de um acordo global para a proteção do Titanic. "Precisamos de um acordo båsico", disse James Delgado, diretor da Administração Nacional Oceùnica e Atmosférica dos EUA, que monitora o naufrågio.
Durante viagem inaugural, o elegante navio abalroou um iceberg e afundou, perto da região da Terra Nova. Hoje, os destroços não passam de uma enferrujada bagunça. Os preços do passeio, porém, dispararam: em 1998, custava US$ 32,5 mil; hoje, sai por US$ 59.680.
William J.Broad - NYT - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/12/11.
Reportagem original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2011/12/05/science/celebrating-the-titanic-at-100-by-going-to-see-it.html?pagewanted=1&_r=1&emc=eta1
FILMES ROMĂNTICOS AGRADAM MAIS NO FRIO
A descoberta é de pesquisadores da Universidade do Colorado, que realizaram tests com voluntårios e analisaram registros de locadoras de filmes e a bilheteria dos cinemas em cada estação do ano. Segundo os cientistas, os romances agradam mais no inverno porque o frio deixa as pessoas mais emotivas.
Thiago Perin - CiĂȘncia Maluca (http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/) - Fonte: Super Interessante - Edição 299.
Universidade do Colorado - http://www.colorado.edu/
DE OXFORD PARA A USP
Um ótimo contraponto aos que comemoram a punição exemplar aplicada aos invasores da USP e defendem o enquadramento dos rebeldes sem causa do campus é o artigo "Universidades sob ataque", do historiador britùnico Keith Thomas, recém-publicado na "London Review of Books".
O texto vem a calhar porque, por condenĂĄveis que tenham sido os mĂ©todos usados na ocupação da Coordenadoria de AssistĂȘncia Social da USP, no ano passado, o episĂłdio virou desculpa para ataques generalizados Ă liberdade e Ă autonomia acadĂȘmicas. Os cursos nĂŁo tĂ©cnicos, em especial, sĂŁo caricaturados como redutos de radicais e preguiçosos.
Esse conservadorismo nĂŁo Ă© original. Thomas, professor e ex-dirigente de Oxford, descreve ofensiva semelhante em seu paĂs, onde um programa oficial tenta alinhar as universidades Ă s necessidades imediatas do mercado e trata alunos como consumidores de saber empacotado.
Ă bom registrar que o historiador nĂŁo Ă© contrĂĄrio Ă ciĂȘncia aplicada nem a que se exija mĂ©rito de professores e estudantes. Mas a ĂȘnfase na aferição quantitativa, aponta, tem resultado em calhamaços de trabalhos desnecessĂĄrios ou concluĂdos de forma prematura.
LĂĄ como cĂĄ, um argumento recorrente Ă© que a universidade pĂșblica deve mostrar resultados rĂĄpidos para prestar contas aos contribuintes que a sustentam. Despreza-se, diz Thomas, a ideia de que o ensino superior tem um "valor nĂŁo monetĂĄrio", dando espaço ao "pensamento especulativo" essencial Ă democracia -e que, afinal, fez o prestĂgio histĂłrico da academia britĂąnica.
Não se contesta que a universidade brasileira, como outras instituiçÔes nacionais, precisa ser aprimorada. Ruim é a inspiração em modelos de reforma como a do Reino Unido atual, com sua juventude desencantada e sua economia quase reduzida às instituiçÔes financeiras da City.
Claudia Antunes - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/12/11.
Oxford - http://www.ox.ac.uk/
Usp - http://www.usp.br/
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php