REIS DA LOGĂSTICA VII
OS "VERDADEIROS" REIS DA LOGĂSTICA VII
O "verdadeiro" espĂrito da logĂstica.... Confira foto!
(Colaboração: Viana)
COMEMORAR
Participei, hĂĄ semanas, de um evento que merece comentĂĄrio. Embora anual, o Ășltimo foi organizado para celebrar os 25 anos da construção de um ideal acadĂȘmico -foi programada uma homenagem aos precursores dessa evolução.
Nem todos atentam para o significado do verbo comemorar. Encontra-se, nos dicionårios, a explicação "recordar com festa". Em verdade, comemorar significa memorar em conjunto, de forma cerimoniosa, com aqueles que podem desfrutar das lembranças por terem sido personagens.
Muito havia por relembrar naquela data, e a maioria dos que poderiam fazĂȘ-lo lĂĄ estava, visto que sua participação direta ou indireta continua imprescindĂvel para a continuidade do seu desenvolvimento.
Comemorar tem, portanto, o poder de tornar a história viva, de unir o passado ao presente, de mostrar que o futuro imaginado ontem conseguiu se materializar na situação atual, que deverå servir de base para o planejamento do amanhã.
Os homenageados mostraram que o vigor fĂsico e mental pode ser adequado Ă idade, permitindo o livre exercĂcio da cidadania. Foram generosos. Deram o testemunho de que o tempo consegue nos dotar de capacidades para compreender o que realmente fez diferença entre o planejar e o realizar.
Dentre eles, um destaque especial. NĂŁo por ser o mais idoso nem o mais titulado, mais eloqĂŒente ou mais jovial. Salientei, no meu memorial, nĂŁo conhecer um sĂł mĂ©dico da minha geração que nĂŁo tenha sido contaminado pelo seu peculiar modo de ser e de agir.
Enquanto jovem, foi um parceiro com quem todos queriam dividir os plantĂ”es, visto que era incansĂĄvel e motivado; quando maduro, tornou-se o mĂ©dico sempre procurado por colegas para opinar sobre um caso difĂcil ou para cuidar deles mesmos ou dos seus parentes.
Por saber cuidar muito bem de todos, nĂŁo soube cuidar de si. Permitiu que a sua saĂșde nĂŁo recebesse a mesma atenção que receberam seus alunos e pacientes. Chegou bem perto da irreversibilidade. Soube ceder, porĂ©m, Ă constante solicitação de amigos e familiares e acabou por permitir que lhe pudĂ©ssemos devolver um pouco dos cuidados que dedicou a todos. Foi um paciente exemplar.
Aceitou as açÔes dos jovens profissionais com a paciĂȘncia que sempre teve ao ministrar suas aulas. A todos agradeceu com o olhar de quem sabia estar colhendo um fruto da ĂĄrvore que ajudou a plantar.
Ao homenageå-lo, portanto, quisemos ir além do nosso reconhecimento ao mestre, ao médico e ao amigo. Aproveitamos para demonstrar nosso respeito ao paciente que soube aceitar os cuidados e participar ativamente de sua recuperação.
Sua presença na cerimÎnia foi o testemunho de que não hå idade para a escolha de novos caminhos nem limites para a perspectiva de reabilitação.
Ao procurar o significado de seu nome, tĂŁo peculiar, encontrei a explicação que me faltava. Urbano, de termo relacionado Ă s cidades, tambĂ©m Ă© sinĂŽnimo de civilizado, cortĂȘs e afĂĄvel. Poderia ser mais adequado?
WILSON JACOB FILHO, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das ClĂnicas (SP), Ă© autor de "Atividade FĂsica e Envelhecimento SaudĂĄvel" (ed. Atheneu)
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/05/2007.
AUTONOMIA UNIVERSITĂRIA AMEAĂADA
A CADA dia as universidades estaduais paulistas perdem um pedaço de sua autonomia. Pois esta configura, antes de tudo, um dos meios mais eficazes para cumprir o mandato -que o Estado e a sociedade paulista lhes conferiram- para realizar, da melhor forma possĂvel, pesquisa, ensino e extensĂŁo em nĂvel superior. Quando a universidade passa sistematicamente a solapar uma de suas tarefas, deixa de cumprir esse mandato, pondo em risco a autonomia duramente conquistada.
AtĂ© quando se pode admitir que uma instituição pĂșblica passe a girar em falso a seu bel-prazer?
Nos Ășltimos anos, a cada mĂȘs de maio, alguns de seus institutos ou algumas de suas categorias entram em greve. NĂŁo Ă© toda a universidade que pĂĄra, pois muitas escolas continuam a manter a rotina dos trabalhos.
No entanto, nas mais "letradas", uma vez os professores, outra, os alunos e, por fim, os funcionårios iniciam o movimento. Tomam em geral como bandeira reivindicaçÔes salariais, as mais justas, pois, na média, os salårios do pessoal universitårio estão incrivelmente baixos.
Costuma-se exigir um aumento da cota de 9,57% da arrecadação do ICMS, recursos a serem geridos pelos próprios universitårios, sem que se examine se tal aumento cabe na organização racional e democråtica do Orçamento ou se simplesmente vem aumentar privilégios de classes jå altamente privilegiadas.
Basta passar os olhos nas demais reivindicaçÔes dos estudantes, como a residĂȘncia indefinida nas moradias instaladas nos campi, para que se perceba o carĂĄter nitidamente pequeno-burguĂȘs do movimento. No que concerne aos salĂĄrios, salvo engano meu, desconheço uma proposta sĂ©ria de reestruturação do Orçamento que venha compensar o perverso sistema de aposentadoria de professores e funcionĂĄrios. Este jĂĄ criou, sĂł na USP, um rombo de quase 30% dos recursos que lhe cabem.
Ora, desde o momento em que a autonomia foi negociada, sabia-se que a universidade sĂł poderia ter equilĂbrio financeiro se fosse criado um fundo de pensĂŁo que aliviasse a folha de pagamento. Mas ninguĂ©m tem anuĂdo em pagar esse custo. Confundem-se verbas com manĂĄ que cai do cĂ©u.
Neste ano, a reivindicação maior Ă© anular os decretos do governador JosĂ© Serra que, entre outras medidas, criam a Secretaria de Ensino Superior e subordinam a ela as trĂȘs universidades. Estas sempre estiveram ligadas a esta ou Ă quela secretaria, mas, como a redação dos decretos Ă© confusa, tem havido margem a toda sorte de mal-entendidos. O governo vem sistematicamente tentando explicar os pontos obscuros, a ponto de os trĂȘs reitores jĂĄ terem declarado que nĂŁo vĂȘem nenhum bicho-papĂŁo pronto a devorar a autonomia universitĂĄria.
Se ainda restam tensÔes, por que não negociar uma nova redação dos decretos? Por que os ilustres reitores não encaminham uma proposta viåvel que nos retire do impasse?
Mas a greve nĂŁo termina porque foi absorvida pelos delĂrios de maio, por esse verme que corrĂłi os intestinos de vĂĄrios institutos, a fim de que a normalidade do ano letivo seja deturpada e o programa das reivindicaçÔes polĂticas se descole do real, crie fantasmas que possam colaborar com outros fantasmas polĂticos de que a sociedade brasileira estĂĄ cheia.
Aliås, ela corre no mesmo sentido da desestruturação completa de nossos aparelhos de Estado, mergulhados no abismo enquanto a economia nacional se alinhava sem eles.
Agora, por volta de 250 professores, dentre aproximadamente 5.000, decidem que também o corpo docente da USP entra em greve. Além da defesa da autonomia ameaçada, hå uma série de novas reivindicaçÔes. Alguma negociação a esse respeito jå foi tentada? Ou os professores, amuados, avisam que param de brincar?
No fundo, reside um projeto polĂtico antidemocrĂĄtico que ensina alunos, funcionĂĄrios e professores a desobedecer toda ordem constituĂda, a nĂŁo cumprir contratos, a nĂŁo ter responsabilidade pelo trabalho que deveriam estar desenvolvendo.
Tudo isso sem risco, pois, não tendo sido o direito de greve até agora regulamentado, os salårios continuarão sendo pagos. Por sua vez, as aulas perdidas serão repostas, como se um ano letivo truncado pudesse ser refeito em poucos dias e muito pouco trabalho. Mantém-se apenas a tradição de fazer de conta que se trabalha, e se reforça o håbito da impunidade.
De fato, tudo me leva a crer que a autonomia universitåria estå sendo ameaçada, mas, antes de tudo, por esses focos de irracionalidade interna que impedem que a universidade se pense a si mesma e esboce o projeto urgente de sua reforma.
JOSĂ ARTHUR GIANNOTTI, filĂłsofo, Ă© professor emĂ©rito da Faculdade de Filosofia, Letras e CiĂȘncias Humanas da USP e coordenador da ĂĄrea de filosofia do Cebrap (Centro Brasileiro de AnĂĄlise e Planejamento). Ă autor de, entre outras obras, "Certa Herança Marxista" (Cia. das Letras).
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/05/2007.
DECISĂO (WALT DISNEY)
E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi nĂŁo esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscĂĄ-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oĂĄsis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu Ășnico rival nĂŁo era mais que minhas prĂłprias limitaçÔes e que enfrentĂĄ-las era a Ășnica e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu nĂŁo era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde, agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difĂcil nĂŁo Ă© chegar lĂĄ em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar a alguém de "Amigo".
Descobri que o amor Ă© mais que um simples estado de enamoramento, "o amor Ă© uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha prĂłpria tĂȘnue luz deste presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se nĂŁo vai iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos sĂŁo somente para fazer-se realidade.
E desde aquele dia jĂĄ nĂŁo durmo para descansar...
Agora simplesmente durmo para sonhar.
Walt Disney
(Colaboração: Cleide)