ISSO Ă QUE Ă CASA...
A CASA
Imagem mostra uma casa construĂda com engradados de cerveja, na cidade de Nivelles, BĂ©lgica. Os criadores querem bater um recorde mundial.
Fonte: Terra - 24/08/07.
CONTO DE FADAS PARA MULHERES DO SĂCULO 21
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecolĂłgicas, se deparou com uma rĂŁ. EntĂŁo, a rĂŁ pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu jĂĄ fui um prĂncipe muito bonito. Uma bruxa mĂĄ lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rĂŁ asquerosa. Um beijo teu, no entanto, hĂĄ de me transformar de novo num belo prĂncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mĂŁe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viverĂamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rĂŁ Ă sautĂ©e, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finĂssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
Nem Fudendo!!!
(Colaboração: Hélio Bob Pai)
NOHTAS DE QUEM, COMO TODOS VOCĂS, NĂO AGĂENTA MAIS OUVIR FALAR BEM DO LULA
I VocĂȘ jĂĄ leu algum livro que seja tĂŁo bom quanto a orelha diz que ele Ă©?
II Sempre que vocĂȘ lĂȘ um livro ou um dicionĂĄrio tem sempre um Ăndice remissivo.
Por que remissivo? Todo Ăndice nĂŁo Ă© remissivo, remete a alguma coisa? AtĂ© aquela seta que vocĂȘ vĂȘ na rua, apontando a mĂŁo, nĂŁo Ă© remissiva?
III Outra coisa: a definição do alfabeto portuguĂȘs no VocabulĂĄrio OrtogrĂĄfico da LĂngua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras (Esta Ă© a glĂłria que fica, eleva, honra e consola), Ă©:
"1. O alfabeto portuguĂȘs consta fundamentalmente de vinte e trĂȘs letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z.
2. AlĂ©m dessas, hĂĄ trĂȘs letras que sĂł se podem usar em casos especiais: k, w, y".
Nada contra (quem sou eu?). Mas por que fazer vinte e trĂȘs letras de primeira classe e trĂȘs de segunda? NĂŁo seria melhor botar todas as letras juntas e acrescentar: Sendo que k, w e y sĂł podem ser usadas em casos especiais?
IV Nunca ninguém conseguiu me explicar como é que um cinto de segurança, esse merchandising maldito, faz com que uma criança tenha morte bårbara, arrastada por um carro durante sete quilÎmetros.
V Tenho uma certa birra com a crase, essa "fusĂŁo de duas vogais". No meu tempo (meu tempo Ă© daqui a 10 anos) havia tambĂ©m crase com a fusĂŁo de dois o, mas deixa pra lĂĄ. A regra da fusĂŁo Ă© simples, qualquer professorinha aprende. Mas, como se transformou a crase num paradigma da cultura humana, a professorinha se acha um gĂȘnio, e, a qualquer aluno que erre no uso da crase, ela dĂĄ uma nota baixa, que humilha o aluno. Embora o poeta Ferreira Gullar tenha, sabiamente, legislado: "A crase nĂŁo foi feita pra humilhar ninguĂ©m".
Ă curioso, num paĂs de 50 milhĂ”es de alfabetizados, todo mundo errar no uso da crase. Proponho atĂ© transformar isso num problema social: se todo mundo erra, quem estĂĄ errada Ă© a regra. JĂĄ vi painel de mĂĄrmore em ministĂ©rio com a crase grafada erradamente. E jĂĄ mostrei aos distraĂdos: "Nas placas de obra da prefeitura a 200 metros tem crase, a 500 quinhentos metros nĂŁo tem". Os lingĂŒistas da prefeitura acham, com toda a razĂŁo, que o uso da crase se mede a metro.
Falar em crase, de uns tempos pra cĂĄ decidiu-se (quem?) que Ă bessa deveria ser escrito Ă beça. Acontece que Ă bessa/Ă beça, essa coisa tĂŁo volĂșvel, antigamente nem usava o sinal da crase. A palavra era uma sĂł â abessa.
Abonação: "Bessa, na locução adverbial abessa, em grande porção, em abundĂąncia. Cf. Manuel Viotti, DicionĂĄrio da GĂria Brasileira, s.v.".
NĂŁo tem de quĂȘ.
VI à preciso mudanças. Muita gente acha que o melhor é deixar como estå pra ver como é que fica. Mas basta observar algum tempo qualquer pessoa sentada pra perceber que a mudança é fundamental ao ser humano. Nem que seja apenas pra descansar a outra parte da bunda.
MillÎr - Fonte: Veja - Edição 2.022.
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