ONDE ESTĂO OS DIPLOMAS?
INFORMAĂĂO DO SETOR DE ESTĂGIOS AO ALUNO EGRESSO
"Prezado Egresso, Atualize seu currĂculo! Ă importante mantĂȘ-lo sempre atualizado e competitivo. Estamos disponibilizando um modelo de currĂculo de acordo com as tendĂȘncias do mercado. Caso seja necessĂĄrio, utilize nosso serviço de assessoria na elaboração de currĂculo. Encaminhe seu currĂculo para curriculo@unihorizontes.br. Estamos aguardando! Alexandra Soares. Coordenadora do Setor de EstĂĄgios e ConvĂȘnios. Tel.: (31) 3293-7018 ou pelo endereço eletrĂŽnico: curriculo@unihorizontes.br.".
FM: Valeu! (apesar da mensagem nĂŁo ter sido enviada diretamente ao FM, a recebemos de um colaborador jĂĄ formado). A propĂłsito, serĂĄ que alguĂ©m na FNH poderia ajudar informando sobre os diplomas das turmas que jĂĄ se formaram? Temos recebido muitos comentĂĄrios dos alunos que jĂĄ se formaram, com queixas sobre a falta de informação sobre o assunto. Alguns vĂŁo atĂ© a FNH e ningĂșem tem uma informação precisa. A FNH deveria soltar um comunicado oficial aos alunos esclarecendo esse tema.
DIPLOMA E MONOPĂLIO
"Os pobres com pouco estudo devem competir pelos empregos que o mercado oferece. Mas para quem tem curso universitĂĄrio o mercado Ă© protegido por lei"
Faz quase dois sĂ©culos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. Ă embaraçoso verificar que ainda nĂŁo foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrĂȘncia (sob um bom marco regulatĂłrio) promove o interesse da sociedade e que o monopĂłlio sĂł Ă© bom para quem o detĂ©m. NĂŁo fora essa ignorĂąncia, como explicar a avalanche de leis que protegem monopĂłlios espĂșrios para o exercĂcio profissional?
Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissĂŁo. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na polĂtica e no mundo dos negĂłcios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.
Mas continua havendo boas razĂ”es para estudar direito, pois esse Ă© um curso no qual se exercita lĂłgica rigorosa, se lĂȘ e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se nĂŁo houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciĂȘncia, a culpa Ă© mais da fragilidade do ensino bĂĄsico do que das faculdades. Diante dessa polivalĂȘncia do curso de direito, os exames da OAB sĂŁo uma solução brilhante. Aqueles que defenderĂŁo clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mĂnimo de conhecimento. Mas, como os cursos sĂŁo tambĂ©m Ășteis para quem nĂŁo fez o exame da Ordem ou nĂŁo foi bem-sucedido na prova, abrir e fechar cursos de "formação geral" Ă© assunto do MEC, nĂŁo da OAB. A interferĂȘncia das corporaçÔes nĂŁo passa de uma prĂĄtica monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos tambĂ©m se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa Ă© tambĂ©m uma forma de limitar a concorrĂȘncia â mas trata-se aĂ de uma questĂŁo secundĂĄria.
A medicina Ă© uma carreira estritamente profissional, nĂŁo prepara para outras funçÔes. O custo de estudĂĄ-la Ă© quatro vezes maior do que o custo de estudar direito. E pior do que no direito sĂŁo as conseqĂŒĂȘncias dramĂĄticas dos erros. Portanto, garantir qualidade na formação de todos os mĂ©dicos Ă© do mais legĂtimo interesse social. Ă lamentĂĄvel que as associaçÔes mĂ©dicas demonstrem uma atitude tĂŁo tĂbia diante de faculdades fracas. Pior, a lista de puniçÔes para erros mĂ©dicos Ă© embaraçosamente curta.
A melhor solução estĂĄ aĂ para todos verem: as provas da OAB, os exames para exercer medicina nos Estados Unidos e, agora, iniciativas semelhantes em SĂŁo Paulo. Ademais, os mĂ©dicos, como os pilotos de aviĂŁo, deveriam passar em provas periĂłdicas, para demonstrar sua atualização. Querer proibir a abertura de cursos nĂŁo passa de uma tentativa de reduzir a oferta de mĂ©dicos, sem melhorar a qualidade dos que aĂ estĂŁo. Ao desdenharem dos exames e reivindicarem um ferrolho nas faculdades, as associaçÔes mostram Ă sociedade que prezam mais seus salĂĄrios do que a saĂșde da população. O correto seria a liberdade de abrir cursos, seguida de uma prova individual rĂgida. Como acontece em outros paĂses, sĂł quem varasse esse ferrolho poderia exercer a medicina.
Resta mencionar os cursos de administração, outra formação clĂĄssica de cultura geral. Por que exigir diplomas para o exercĂcio profissional? Nos Estados Unidos, onde nasceram tais cursos, nĂŁo hĂĄ nenhuma exigĂȘncia de diploma. AlĂ©m disso, as melhores universidades nĂŁo oferecem administração no nĂvel de bacharelado. Na Alemanha, praticamente, nĂŁo hĂĄ formação em administração de empresas. NĂŁo consta que esses paĂses padeçam de incompetĂȘncia crĂŽnica na gestĂŁo dos seus negĂłcios. Ă mais uma profissĂŁo se locupletando dos monopĂłlios conferidos por leis passadas sorrateiramente no Congresso. Jornalismo Ă© um caso atĂ© mais absurdo de monopĂłlio dos diplomas. Menos mal que uma lei semelhante para bacharĂ©is de astrologia nĂŁo foi aprovada.
Ă no mĂnimo um passo atrĂĄs que o MEC haja cedido Ă s pressĂ”es dos mĂ©dicos e advogados para exercer legalmente o seu pseudodireito de vetar a abertura de novos cursos. Erro do MEC? NĂŁo, da sociedade brasileira, que assiste passivamente a tais tentativas de cercear a concorrĂȘncia. Os pobres com pouco estudo devem competir pelos empregos que o mercado oferece. Mas para quem tem curso universitĂĄrio o mercado Ă© protegido por lei.
Claudio de Moura Castro Ă© economista.
Fonte: Veja - edição 1.998.
ECLIPSE TOTAL DA LUA
Os eclipses da Lua ocorrem toda vez que o nosso satélite penetra no cone de sombra projetado pela Terra no espaço. Estando, portanto, do lado oposto ao Sol, os eclipses lunares só podem ter lugar quando a Lua passa pela fase de cheia.
Iluminada pelo Sol, a Terra projeta no espaço dois cones: um de sombra e um de penumbra. Em seu movimento orbital ao redor da Terra, em certas ocasiĂ”es, a Lua penetra no cone de penumbra e temos o chamado eclipse penumbral, muito dificil de ser observado, uma vez que a atenuação do brilho lunar Ă© quase imperceptĂvel. Em determinadas condiçÔes a Lua pode atravessar parcial ou totalmente o cone de sombra, ocorrendo aĂ, o ECLIPSE LUNAR propriamente dito.
Do ponto de vista cientĂfico os eclipses lunares tĂȘm menor importĂąncia que os eclipses solares. Mesmo assim, hĂĄ observaçÔes e medidas que permitem melhorar o conhecimento cientĂfico. Por exemplo: a observação da Lua na faixa do infra-vermelho, durante a sua entrada na sombra da Terra e no perĂodo em que ela se encontra mergulhada no interior do cone de sombra terrestre, oferece material cientĂfico para se estudar as variaçÔes das temperaturas na superfĂcie lunar Ă medida que nosso satĂ©lite Ă© obscurecido.
SĂ©rie: O eclipse total da Lua de 03 de março de 2007 Ă© a repetição, apĂłs um perĂodo de Saros, do eclipse total ocorrido em 20 de fevereiro de 1989. Ambos fazem parte da sĂ©rie de Saros nÂș 123, que se desenvolve em torno do nodo descendente da Ăłrbita lunar e que teve inĂcio com o eclipse penumbral ocorrido em 16 de agosto de 1087 e que se encerrarĂĄ com o eclipse penumbral de 19 de outubro de 2385. A sĂ©rie em questĂŁo terĂĄ, portanto, a duração de 1.298 anos. O presente eclipse Ă© o 52Âș da sĂ©rie composta por 73 eclipses ( incluĂndo os penumbrais e umbrais parciais e totais ).
Ponto Sub-lunar: No instante do meio do eclipse a Lua estarĂĄ no zĂȘnite para os observadores da NigĂ©ria e da RepĂșblica dos CamarĂ”es.
OS PRĂXIMOS ECLIPSES DA LUA
01 - 2007.AGO.28 - Total - Somente as fases iniciais serĂŁo visĂveis no Brasil.
02 - 2008.FEV.21 - Total - VisĂvel em todo o territĂłrio brasileiro.
03 - 2008.AGO.16 - Parcial - Somente as fases finais serĂŁo visĂveis no Brasil.
04 - 2009.FEV.09 - Penumbral - InvisĂvel no Brasil.
05 - 2009.JUL.07 - Penumbral - InvisĂvel no Brasil.
06 - 2009.AGO.06 - Penumbral - ObservĂĄvel em todo o territĂłrio brasileiro.
07 - 2009.DEZ.31 - Parcial - InvisĂvel no Brasil.
08 - 2010.JUN.26 - Parcial - InvisĂvel no Brasil.
09 - 2010.DEZ.21 - Total - As fases finais serĂŁo invisĂveis no Brasil.
10 - 2011.JUN.15 - Total - Somente as fases finais serĂŁo visĂveis no Brasil.
* As datas referem-se ao instante do meio do eclipse em tempo legal do fuso -3h ( Tempo Legal do Distrito Federal - TDF ).
(Colaboração: José Ewerton)