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â€œHERROSâ€ UNIVERSITÃRIOS

TROTE RACISTA

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Alunos sÃ£o acusados de trote racista em MG. Universidade diz que vai investigar o caso para apurar abusos de estudantes; ato gerou protestos na internet. DiretÃ³rio de estudantes repudia a aÃ§Ã£o dos alunos, que considerou 'altamente racista, machista e fascista'.
Um trote realizado na Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) gerou protestos nas redes sociais. A universidade considerou o ato "racista".
Duas fotos foram parar nas redes sociais, causando a discussÃ£o. Uma delas mostra participante do trote segurando uma corrente, pela qual estÃ¡ presa uma moÃ§a com o corpo pintado de preto. Em cartaz preso ao corpo dela se lÃª: "Caloura Chica da Silva".
A outra fotografia mostra rapaz amarrado com fitas em pilastra, com o rosto pintado e bigode ao estilo de Adolf Hitler. Com ele, trÃªs participantes com braÃ§os estendidos fazem a saudaÃ§Ã£o nazista.
"A fotografia nos chocou a todos [na reitoria da UFMG], principalmente pelo conteÃºdo racista", disse Ã Folha a vice-reitora Rocksane Norton.
Segundo ela, a reitoria da universidade determinou abertura de processo administrativo disciplinar para apurar os "abusos" e determinar eventuais puniÃ§Ãµes, jÃ¡ que o trote Ã© proibido.
No final da tarde de ontem, uma nota de repÃºdio intitulada "Trote NÃ£o Ã© Legal" foi divulgada pela universidade. Assinam a nota a vice-reitora e o reitor ClÃ©lio Diniz.
Eles repudiam os "atos de violÃªncia, opressÃ£o, constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da comunidade universitÃ¡ria", em particular os trotes "aos novos estudantes".
ApÃ³s aberto o processo administrativo disciplinar, a universidade tem atÃ© 30 dias para investigar o caso. Os envolvidos podem receber puniÃ§Ãµes que vÃ£o de advertÃªncia atÃ© a expulsÃ£o.
AtÃ© a conclusÃ£o desta ediÃ§Ã£o, nenhum estudante que aparece nas fotos havia sido identificado pela UFMG. Isso serÃ¡ feito pela direÃ§Ã£o da Faculdade de Direito.
O DiretÃ³rio Central dos Estudantes da UFMG divulgou nota repudiando "a aÃ§Ã£o dos alunos da Faculdade de Direito responsÃ¡veis pelo trote com carÃ¡ter altamente racista, machista e fascista".
Segundo o diretÃ³rio, a utilizaÃ§Ã£o da imagem de Chica da Silva como algo pejorativo "Ã© inadmissÃvel e fere a histÃ³ria de nosso povo".
ApÃ³s o ocorrido, a Anel (Assembleia Nacional de Estudantes - Livre) lanÃ§ou campanha contra os trotes "racistas e machistas" e marcou reuniÃµes para discutir o caso.
Paulo Peixto â€“ Fonte: Folha de S.Paulo - 19/03/13.
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