"HERROS" CRĂTICOS
O DIA DEPOIS DE AMANHĂ
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http://www.guardian.co.uk/environment/gallery/2011/jan/13/abstraction-destruction-in-pictures
http://www.faculdademental.com.br/fotosEventos3.php?fea_id=178
Fotografia - Espetåculo de cores e degradação ambiental...
O fotĂłgrafo e ativista norte-americano J. Henry Fair viaja o mundo a bordo de um helicĂłptero para retratar o impacto de açÔes humanas como o despejo de lixo e de resĂduos industriais em paisagens naturais. Dezenas dessas imagens foram reunidas no recĂ©m-lançado livro "The Day After Tomorrow: Images of Our Earth in Crisis" ("O Dia Depois de AmanhĂŁ: Imagens de nossa Terra em Crise", em tradução livre).
Interessa - Etc - Fonte: O Tempo - 15/01/11.
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A TRAGĂDIA
DifĂcil saber o que Ă© mais perturbador nas enchentes no Rio: se a tragĂ©dia natural das enchentes e deslizamentos, provocados pela natureza em fĂșria e desequilĂbrio, ou a tragĂ©dia social da ineficiĂȘncia habitual do poder pĂșblico e do descompromisso irresponsĂĄvel dos cidadĂŁos no Brasil com o meio ambiente.
Raquel Faria - Fonte: O Tempo - 17/01/11.
O AVISO DE PRISCILA, DE FRIBURGO
Este artigo Ă© um caso de apropriação indĂ©bita. Deveria ser assinado pela repĂłrter Priscila de Lima, do site "Nova Imprensa" (http://novaimprensa.com.br/), de Friburgo. Adiante vai seu texto, publicado no dia 25 de novembro do ano passado. Do signatĂĄrio, sĂŁo sĂł as observaçÔes entre parĂȘnteses.
"ApĂłs 8 horas de chuva constante na madrugada do dia 21, a população de Nova Friburgo estĂĄ apreensiva em relação ao inĂcio do perĂodo de chuvas. (...) O ponto de alagamento mais crĂtico no municĂpio continua sendo o distrito de SĂŁo Geraldo que, apesar das obras do Programa de Aceleração do Crescimento estarem em andamento, em vĂĄrias ruas ainda sofre com as inundaçÔes."
(Com a enchente de janeiro, os cĂłrregos de SĂŁo Geraldo transformaram-se em cachoeiras, e as ĂĄreas planas, em igarapĂ©s. Casas foram cobertas pela ĂĄgua e moradores ilhados pediam comida. Os desabrigados reuniram-se na 5ÂȘ Igreja Batista, junto com 13 mortos.)
"Em algumas ĂĄreas, os bueiros nĂŁo suportaram o volume de ĂĄgua, e as ruas ficaram alagadas. (...) O centro e os bairros de Duas Pedras, Solares e Amparo tambĂ©m tiveram ocorrĂȘncias de deslizamentos, estragos e alagamentos em pequenas ĂĄreas."
(O pedreiro Leandro perdeu a casa, a mulher, a mĂŁe e o filho de dois anos, mas juntou-se Ă s equipes de resgate, orientando pilotos de helicĂłpteros. Ele tinha ĂĄgua na cintura quando chegou a Duas Pedras. EstĂĄ no YouTube.)
"De acordo com dados divulgados pela Defesa Civil de Nova Friburgo, de domingo a quinta-feira foram feitas 97 solicitaçÔes de vistoria. No domingo, 21 [de novembro], foram registrados mais de 60 mm de chuva das 6h Ă s 8h30. Em outro ponto da cidade, o nĂvel de ĂĄgua atingiu 80 mm no mesmo perĂodo.
O distrito de Campo do Coelho foi o que apresentou o maior Ăndice do municĂpio, chegando a 90 mm."
(Em janeiro, os bombeiros sĂł conseguiram chegar ao Campo do Coelho trĂȘs dias depois da enchente. Moradores se mobilizaram e resgataram cerca de 110 pessoas. Quarenta morreram.)
"O subsecretårio de Defesa Civil, tenente-coronel bombeiro militar Roberto Robadey, disse que, para evitar transtornos, a população deve tomar medidas simples:
"Ă fundamental que as pessoas nĂŁo joguem lixo ou qualquer outro tipo de resĂduo nas ruas (...). A Defesa Civil tem trabalhado tambĂ©m na divulgação do uso do pluviĂŽmetro caseiro, que consiste em uma garrafa pet com uma rĂ©gua.
Esse material capta a chuva e permite que o prĂłprio morador observe o nĂvel de ĂĄgua que representa risco para ele, ou seja, o registro de atĂ© 40 mm nĂŁo consiste em perigo de deslizamento de um barranco, por exemplo. A partir dessa medição o morador pode tomar a decisĂŁo de sair de sua casa para um local mais seguro"."
(ConclusĂŁo: o povo joga lixo onde nĂŁo deve e, quando o pluviĂŽmetro caseiro ultrapassa 40 mm, continua em casa. Ir para onde, ninguĂ©m diz. Nem a Defesa Civil de Friburgo ou a do Estado tomaram providĂȘncias em novembro, muito menos em dezembro, atĂ© que, em janeiro, quando veio a ĂĄgua, ninguĂ©m sabia o que fazer, onde fazer, nem como fazer.
No dia 29 de dezembro, a turma do site Nova Imprensa informou que tentou ouvir o secretĂĄrio de obras de Friburgo, HĂ©lio Gonçalves, mas ele nĂŁo estava na cidade. No inĂcio do ano, o governador SĂ©rgio Cabral estava no exterior.)
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/01/11.
MĂDICOS REPROVADOS
03 de janeiro de 2011 - O Estado de S.Paulo
Os resultados do projeto-piloto criado pelos MinistĂ©rios da SaĂșde e da Educação para validar diplomas de mĂ©dicos formados no exterior confirmaram os temores das associaçÔes mĂ©dicas brasileiras. Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiĂȘncia e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.
As escolas bolivianas e argentinas de medicina sĂŁo particulares e os brasileiros que as procuram geralmente nĂŁo conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do PaĂs. As faculdades cubanas - a mais conhecida Ă© a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - sĂŁo estatais e seus alunos sĂŁo escolhidos nĂŁo por mĂ©rito, mas por afinidade ideolĂłgica. Os brasileiros que nelas estudam nĂŁo se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizaçÔes nĂŁo governamentais e partidos polĂticos. Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizaçÔes indĂgenas enviaram para lĂĄ 36 jovens Ăndios.
Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação MĂ©dica Brasileira tĂȘm denunciado a mĂĄ qualidade da maioria das faculdades de medicina da AmĂ©rica Latina, alertando que os mĂ©dicos por elas diplomados nĂŁo teriam condiçÔes de exercer a medicina no PaĂs. As entidades mĂ©dicas brasileiras tambĂ©m lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, sĂł 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.
Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automĂĄtico do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação MĂ©dica Brasileira. Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da BolĂvia e do interior da Argentina teriam currĂculos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e nĂŁo contariam com professores qualificados.
Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideolĂłgicos, alegando que o modelo cubano de ensino mĂ©dico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa. No marketing polĂtico cubano, os mĂ©dicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, nĂŁo se preocupando com a saĂșde das chamadas "classes populares".
Entre 2006 e 2007, a ComissĂŁo de RelaçÔes Exteriores da CĂąmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalĂȘncia automĂĄtica dos diplomas de medicina expedidos nos dois paĂses, mas os lĂderes governistas nĂŁo o levaram a plenĂĄrio, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução" para o caso para os MinistĂ©rios da Educação e da SaĂșde. E, em 2009, governo e entidades mĂ©dicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevĂȘ uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades.
Por causa do desempenho desastroso dos mĂ©dicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressĂ”es polĂticas e partidĂĄrias - pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover ajustes". As entidades mĂ©dicas jĂĄ perceberam a manobra e afirmam que nĂŁo faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiĂȘncia e habilitação. Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pĂŽr a ideologia na frente da competĂȘncia profissional, quando estĂŁo em jogo a saĂșde e a vida de pessoas.
Fonte: Seishim Camey
(Colaboração: A.M.B.)
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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