FM - Faculdade Mental

A JENTE HERRAMOS - 29/01/2009

ALERTA GERAL

ESCULTURA POLAR

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Reino Unido - Escultura de 5 m de um urso polar e um filhote em cima de um iceberg flutua no rio Tamisa, em Londres. A obra foi criada para alertar os parlamentares britÃ¢nicos para os perigos das mudanÃ§as climÃ¡ticas e para promover um novo canal de televisÃ£o sobre a histÃ³ria natural.
Fonte: Terra - 26/01/09.
Leia mais: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3472700-EI238,00.html
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POR QUE Ã‰ MAU NEGÃ“CIO "COMPRAR GATO POR LEBRE"?
Se considerarmos que um filhote de gato persa com pedigree custa atÃ© R$ 2 mil, enquanto a venda de uma lebre reprodutora, regulada pelo Ibama, nÃ£o rende um dÃ©cimo disso, pode-se dizer que o ditado estÃ¡ errado. Mas ele surgiu na Espanha medieval, onde a carne era escassa e a malandragem abundante.
O registro mais antigo do sentido clÃ¡ssico, ser ludibriado em transaÃ§Ã£o, Ã© de um livro de 1611, Tesoro de la Lengua, do espanhol SebastiÃ¡n de Covarrubias. Relatos dessa Ã©poca mostram que pedir uma carne e ser servido com um prato pior era uma preocupaÃ§Ã£o constante dos viajantes. (AliÃ¡s, gato e lebre, servidos decepados, sÃ£o bem parecidos.)
Joaquim BastÃºs, folclorista catalÃ£o do sÃ©culo 19, registrou um ritual tÃpico. Na hora que a carne chegava, os clientes ficavam de pÃ© e um deles dizia ao prato: "Se fores cabrito, mantenha-se frito; se fores gato, salta do prato". A piada incluÃa atÃ© um afastar-se da mesa para que o suposto gato obedecesse a ordem.
No resto da Europa, a expressÃ£o usada Ã© "comprar porco no saco" ou "gato no saco", referentes Ã aparÃªncia e Ã realidade do truque de vender carne inferior em um embrulho fechado,
Texto Emiliano Urbim - Fonte: Super Interessante -EdiÃ§Ã£o 262.

UNIDADE DA UFPR Ã‰ MULTADA POR DANO AMBIENTAL
O CEM (Centro de Estudos do Mar) da UFPR (Universidade Federal do ParanÃ¡) foi multado em R$ 120 mil por danos ambientais. Entre os principais financiadores de projetos da unidade estÃ£o o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃ³gico) e a Petrobras.
O IAP (Instituto Ambiental do ParanÃ¡) diz que, entre outras irregularidades, a unidade do CEM em Pontal do ParanÃ¡ lanÃ§ou irregularmente esgoto num canal e depositou substÃ¢ncia nociva Ã saÃºde humana numa Ã¡rea de preservaÃ§Ã£o permanente.
O prÃ³-reitor de AdministraÃ§Ã£o da UFPR, Paulo KrÃ¼ger, diz que o centro jÃ¡ iniciou as medidas recomendadas pelo IAP, mas que recorrerÃ¡ das multas.
Fonte: Folha de S.Paulo - 29/01/09.
CEM - http://www.cem.ufpr.br/
UFPR - http://www.ufpr.br/portal/
CNPq - http://www.cnpq.br/
IAP - http://www.iap.pr.gov.br/

DUAS IDEIAS RUINS
Aprender Ã© uma experiÃªncia bem-sucedida quando forma uma pessoa autÃ´noma, que aprende pouco a pouco como aprender por si mesma. Isso nÃ£o quer dizer que pessoas autÃ´nomas aprendam sozinhas. Significa que aprendem a receber o que Ã© ensinado como material para formar uma opiniÃ£o prÃ³pria e bem fundamentada.
NÃ£o hÃ¡ maior frustraÃ§Ã£o do que ver estudantes universitÃ¡rios sendo tratados e se comportando como crianÃ§as. HÃ¡ certamente muitas causas bastante difusas para isso, desde o nÃvel precÃ¡rio dos outros nÃveis de ensino atÃ© a expansÃ£o descontrolada do ensino superior ou mesmo o prolongamento sem fim da adolescÃªncia.
Mas pelo menos uma dessas causas Ã© bem determinada e fÃ¡cil de ser removida. Por razÃµes bastante difÃceis de compreender, hÃ¡ quem pense que quanto mais horas passa dentro de uma sala de aula, mais uma pessoa aprende. Vem daÃ a exigÃªncia de 200 dias letivos anuais para o ensino superior.
Esse tipo de exigÃªncia acaba gerando o efeito contrÃ¡rio: colabora em muito para transformar a universidade em um colegiÃ£o. Estudantes quando muito repetem nas provas e nos trabalhos aquilo que professores dizem em sala de aula.
Ã‰ um cÃrculo perverso: estudantes nÃ£o tÃªm tempo para estudar, no sentido mais amplo da sua formaÃ§Ã£o como pessoas autÃ´nomas. Porque passam tempo demais dentro de uma sala de aula.
Desde os anos 1990 circula a ideia de suprimir o mestrado do ensino de pÃ³s-graduaÃ§Ã£o. Argumenta-se que Ã© necessÃ¡rio concentrar recursos humanos e financeiros no mais importante, que Ã© o doutorado.
Ã‰ estranho ter que lembrar que o Brasil nÃ£o Ã© os EUA nem a Alemanha. Na origem da bem-sucedida implantaÃ§Ã£o da pÃ³s-graduaÃ§Ã£o estava a ideia de que a valorizaÃ§Ã£o do mestrado produziria os padrÃµes acadÃªmicos necessÃ¡rios para criar cursos de doutorado sÃ³lidos, o que de fato aconteceu.
O papel do mestrado hoje Ã© bem diferente. Com a transformaÃ§Ã£o da graduaÃ§Ã£o em um colegiÃ£o, a eliminaÃ§Ã£o do mestrado tornaria o curso de doutorado acessÃvel a recÃ©m-formados somente se perdesse muito em qualidade. Ou se passasse a formar um nÃºmero muito menor de doutores do que hoje. AlÃ©m disso, os programas de doutorado mais concorridos seriam dificilmente acessÃveis a candidatos provenientes de cursos de graduaÃ§Ã£o menos bem avaliados.
Eliminar o mestrado sÃ³ vai rebaixar o nÃvel do doutorado ou tornÃ¡-lo privilÃ©gio de um grupo ainda mais restrito. E criar mais uma injustiÃ§a: tornar a melhor pÃ³s-graduaÃ§Ã£o inacessÃvel a quem nÃ£o vier jÃ¡ dos cursos mais fortes do paÃs.
Marcos Nobre - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/01/09.

O BEM QUE BUSH NOS FEZ
A imagem mais pavorosa de 2001 nÃ£o foi a queda das torres do 11 de Setembro; foi a cara de Bush, quando o assessor avisou-o do ataque dos aviÃµes, na escola em que lia a histÃ³ria de um patinho para alunos do jardim da infÃ¢ncia. O trÃªmulo assessor segredou em sua orelha: "DestruÃram o World Trade Center!" A cara de Bush apagou. NÃ£o levou susto, nÃ£o teve medo, nada. Sua cabeÃ§a se deletou como um robÃ´ desligado. Osama Bin Laden tinha atingido seu objetivo principal: a mente de Bush. Naquele instante, comeÃ§ava a Era da Estupidez - a estupidez fanÃ¡tica do islamita cooptou a estupidez fanÃ¡tica do reacionarismo norte-americano. O ataque Ã s torres foi um alÃvio para os imbecis. Puderam berrar, lÃvidos de certezas: "Viram? A razÃ£o nÃ£o existe!" Ali comeÃ§aram os sete anos de erros que mudaram o mundo. Bush passou a reagir como uma cobaia aos comandos de Bin Laden e como um cachorrinho amestrado Ã s ordens do "grande satÃ£" Dick Cheney - este sim, a sÃntese perfeita da direita criminal. Esses tempos nos ilustraram muito: o Mal existe sim. NÃ£o o "mal" psicÃ³tico de um Hitler, Stalin ou Pol Pot, mas o mal da burrice, um mal boÃ§al, para alÃ©m da esperteza corrupta da gangue de Cheney. Claro que houve grandes negÃ³cios para as Halliburtons da vida, para a indÃºstria de armas, mas tudo boiava tambÃ©m na volÃºpia deliciosa da irracionalidade. Os reacionÃ¡rios estavam angustiados com a complexidade que surgira com a queda da UniÃ£o SoviÃ©tica, do Muro; tinha acabado o ralo maniqueÃsmo binÃ¡rio de socialismo contra capitalismo. O mundo nÃ£o teria mais dois Ã¢ngulos; o poder seria multipolar. Ou seja, democracia e modernizaÃ§Ã£o se revelaram inevitÃ¡veis - tudo que a direita fundamentalista odeia, exatamente como o Oriente dos islamitas. Os fundamentalistas de lÃ¡ e de cÃ¡ tÃªm Ã³dio Ã diferenÃ§a, pÃ¢nico de nÃ£o controlar a inexplicÃ¡vel circularidade da vida, negam a existÃªncia do mundo psÃquico, massacram e matam justamente por nÃ£o aceitarem a finitude, exorcizam a morte pela banalizaÃ§Ã£o da violÃªncia e se agarram na fÃ© contra todas as evidencias - quanto maior a obviedade do nÃ£o, mas a fÃ© do sim. (Os fiÃ©is esmagados sob o teto da igreja Renascer vÃ£o continuar crendo no casal de marginais que os controlam e roubam seus dÃzimos). NÃ£o acreditamos mais na histÃ³ria dialÃ©tica em que a tese e a antÃtese levem a uma sÃntese, nem que haja uma evoluÃ§Ã£o para uma finalidade, uma futura harmonia. A histÃ³ria vaga como bÃªbada pelo planeta; mas, talvez haja uma lei histÃ³rica sim, uma lei de alternÃ¢ncia, uma necessidade quase fÃsica dos povos de mergulhar na irracionalidade e depois voltar para outro lado. Creio que hÃ¡ um desejo profundo, instintivo, de negar a inteligÃªncia e de se refocilar no excremento da estupidez. Ã‰ quase uma vinganÃ§a animalizada contra o tÃ©dio da civilizaÃ§Ã£o e contra a fugacidade da democracia. Sabemos que a corrupÃ§Ã£o e a voracidade capitalista criaram a sujeira que temos visto desde 2001; mas, como explicar a ausÃªncia de qualquer intelectual no gabinete de Bush, a nÃ£o ser o Dr. FantÃ¡stico Karl Rove, teÃ³rico de uma perversÃ£o polÃtica pornogrÃ¡fica? Bush declarou a Bob Woodward que invadiu o Iraque sem consultar ninguÃ©m, nem seu papaizÃ£o. "Consultei o Pai Superior!" - respondeu, exatamente como AlÃ¡ mandou seus guerreiros destruir o Ocidente. Como explicar a passividade de Bush diante do furacÃ£o Katrina, a nÃ£o ser pelo racismo e pelo horror Ã incÃ´modas tragÃ©dias? Como explicar a mentira deliberada ao povo para invadir o Iraque, senÃ£o pela volÃºpia ancestral da guerra e do domÃnio? SÃ³ a camisa-de-forÃ§a segura essa gente. O tempo foi detido pelos facÃnoras que tomaram o poder em 2000. Sua missÃ£o era, conscientemente, deter o avanÃ§o da humanidade, evitar a liberdade em nome dela mesma, evitar o incognoscÃvel, evitar as surpresas sociais e cientificas, evitar o mistÃ©rio dinÃ¢mico da vida social. E isso foi conseguido. AtÃ© chegarmos a essa pletora de erros, a esse lamaÃ§al polÃtico e econÃ´mico. Claro que Bush nÃ£o Ã© o Ãºnico culpado pela recessÃ£o atual, mas seu governo desregulado ajudou muito o caos. E essa fome de imbecilidade cresceu e explodiu. E hÃ¡ uma rima entre essa crise e a chegada de Obama que encarna nossa fome de sensatez e eficiÃªncia. Mas o papel delegado a Obama Ã© Ã¡rduo - querem que aja como os protagonistas dos filmes-catÃ¡strofes, onde sempre um herÃ³i individual vence ETs e comunistas. Creio que ele farÃ¡ muitas coisas, mas nÃ£o o suficiente para impedir o ressurgimento de uma nova bolha de burrice. Logo que seus limites de poder apareÃ§am, aos poucos, a saudade da caretice, do atraso, da estupidez voltarÃ¡. No entanto, Bush teve um papel importante Ã s portas do sÃ©culo XXI: ele nos mostrou com clareza didÃ¡tica a indecÃªncia do pensamento reacionÃ¡rio - revelou-nos a maquete, a sÃnteses de todos seus vÃcios e sua sinistra coerÃªncia, sem um desvio de sua meta de erros: guerra, ecologia, corrupÃ§Ã£o, num paÃs recebido com US$ 500 bilhÃµes de superÃ¡vit e abandonado com US$ 1 trilhÃ£o e meio de dÃ©ficit. Bush desmascarou seus direitistas. Antes dele, a AmÃ©rica jamais teria eleito um presidente como Obama, negro e intelectual. A direita norte-americana era difusa, muitas vezes disfarÃ§ada de patriotismo, de integridade. Clinton quase foi "impichado" porque papou a Monica Lewinski. Bush destruiu um paÃs e lesionou o Ocidente para sempre e ninguÃ©m cogita de puniÃ§Ã£o. Foi preciso o Bush ser um imbecil para os norte-americanos terem saudade da inteligÃªncia. Bush nos fez bem; errou tanto que virou progresso. Espero que nÃ£o seja tarde demais para Obama. Arnaldo Jabor - Fonte: O Tempo - 27/01/09.

E NÃ“IS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ã‰ UMANO!

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