âHERROSâ BRUTAIS
O SOLDADO DESCONHECIDO
English:
http://www.nytimes.com/2009/08/12/books/12unknown.html
http://www.dccomics.com/vertigo/comics/?cm=12182
NĂŁo hĂĄ muitas revistas mensais em quadrinhos que venham com glossĂĄrio, mas nĂŁo hĂĄ muitas revistas em quadrinhos como âUnknown Soldierâ (âO Soldado Desconhecidoâ).
A sĂ©rie, escrita por Joshua Dysart e ilustrada por Alberto Ponticelli, se passa em Uganda e contĂ©m um guia de referĂȘncia com mais de 20 entradas, inclusive uma explicação sobre o brutal grupo rebelde ExĂ©rcito de ResistĂȘncia do Senhor; sobre o militante pacifista Abdulkadir Yahya Ali, que foi assassinado; e sobre os acholis, um grupo Ă©tnico do norte do paĂs.
âO Soldado Desconhecidoâ, publicado pelo selo Vertigo, da DC Comics, tem como protagonista o mĂ©dico Lwanga Moses, cuja famĂlia fugiu de Uganda para os EUA quando ele tinha sete anos. Ele volta em 2002 com sua mulher, Sera, tambĂ©m mĂ©dica, esperando aplicar sua formação numa parte do paĂs hĂĄ 15 anos em guerra civil.
Moses encontra um mundo repleto de violĂȘncia, meninos usados como soldados e meninas punidas por atos inocentes, como andar de bicicleta. No caminho, se depara tambĂ©m com a atriz e ativista Margaret Wells, uma espĂ©cie de Angelina Jolie.
Uma compilação das seis primeiras ediçÔes de âO Soldado Desconhecidoâ estarĂĄ nas livrarias norte-americanas a partir deste mĂȘs. Moses, o personagem-tĂtulo, cujo rosto fica envolto em ataduras, na verdade Ă© uma recriação de um protagonista de 1966 da DC, que ficara desfigurado durante a Segunda Guerra Mundial e foi enviado em missĂ”es de espionagem.
NinguĂ©m estĂĄ mais surpreso que Dysart pelo fato de Uganda ser tema de uma HQ. FĂŁ de histĂłria, ele diz que ficou obcecado com a pesquisa acerca de extremistas religiosos depois dos atentados do 11 de Setembro. Descobriu referĂȘncias a Joseph Kony, o notĂłrio comandante do ExĂ©rcito de Libertação do Senhor, e o achou fascinante.
Em entrevista telefĂŽnica, Dysart disse que havia proposto um projeto centrado da Segunda Guerra Mundial, que foi rejeitado. EntĂŁo, mudou seu foco para Uganda, esperando uma resposta semelhante. Mas a ideia foi aprovada, disse ele, âe entĂŁo fiquei aterrorizadoâ. Karen Berger, executiva da DC Comics, disse que âquando exploramos algo na Vertigo, queremos explorar algo que seja inĂ©dito nos quadrinhosâ. âA beleza da sĂ©rie Ă© que ela trata nĂŁo sĂł de questĂ”es como o combate Ă violĂȘncia com mais violĂȘncia, mas tambĂ©m de como o povo de Uganda foi afetado por esse modo de vida.â
Com o projeto aceito, Dysart visitou a biblioteca pĂșblica, pegou emprestados todos os livros que encontrou e vasculhou a internet. Decidiu tambĂ©m que, âse iria lidar com o aspecto pior da vida dessa gente, teria de ir atĂ© lĂĄâ.
Ele visitou Uganda no começo de 2007, meses depois de um cessar-fogo ser declarado, passou algum tempo com os acholis e esteve nas cidades de Campala e Entebbe. Voltou com mais de mil fotos, que Ponticelli usaria como referĂȘncia para as ilustraçÔes.
âO Soldado Desconhecidoâ Ă© inflexĂvel no seu retrato da violĂȘncia, e isso transparece com mais força ainda na coletĂąnea, sem a pausa mensal entre as ediçÔes. Uma cena particularmente horrĂvel trata da desfiguração do personagem-tĂtulo: uma voz interior o guia em meio Ă violĂȘncia, mas, quando ele atinge um ponto insuportĂĄvel, ele golpeia a si prĂłprio para tentar silenciĂĄ-la.
O assustador episĂłdio saiu da imaginação de Dysart. Alguns detalhes que ele aprendeu na sua viagem, contou o roteirista, eram horrĂveis demais para a HQ. âEntrevistei uma criança-soldado reformada que havia sido obrigada a morder uma mulher atĂ© a morteâ, contou.
A reação da crĂtica Ă sĂ©rie tem sido positiva. O site satĂrico âThe Onionâ a considerou âtanto relevante para o mundo real quanto visceralmente excitanteâ. A HQ tambĂ©m foi indicada na categoria melhor sĂ©rie do PrĂȘmio Eisner, espĂ©cie de Oscar dos quadrinhos.
Estimativas do ICV2.com, site que cobre HQs, sugerem que o livro terĂĄ um mercado difĂcil. Enquanto a primeira edição vendeu modestos 16 mil exemplares, a nona caiu para 7.500, ocupando o 207° lugar em vendas em junho. (O tĂtulo mais vendido da Vertigo neste mĂȘs, âFablesâ, sobre personagens de fĂĄbulas exilados em Manhattan, vendeu mais de 23 mil exemplares.) Mas as coletĂąneas da Vertigo costumam se sair melhor do que seus tĂtulos mensais.
Dysart, cujo prĂłximo projeto para a Vertigo Ă© âGreendaleâ, adaptação de um ĂĄlbum de 2003 de Neil Young, disse que âO Soldado Desconhecidoâ poderia ir alĂ©m da guerra civil. Ele tambĂ©m quer escrever sobre o envolvimento das corporaçÔes na Ăfrica e sobre os testes antiĂ©ticos dos laboratĂłrios farmacĂȘuticos em grupos Ă©tnicos, caso a sĂ©rie perdure. Se podemos competir totalmente em um mundo de super-herĂłis eu nĂŁo seiâ, disse ele. âO meio, infelizmente, tem um leitorado limitado. Vamos ver.â
George Gene Gustines â Fonte: Folha de S.Paulo â 24/08/09.
Reportagem Original: http://www.nytimes.com/2009/08/12/books/12unknown.html
Mais detalhes: http://www.dccomics.com/vertigo/comics/?cm=12182
A CABEĂA DO PRESIDENTE
ââEstou lendo o novo livro do Chico, Leite derramado. NĂŁo consigo ler muitas pĂĄginas por dia, dĂĄ sono. E vejo televisĂŁo, quanto mais bobagem, melhor. Eu quero Ă© limpar a cabeçaââ
Lula, presidente da RepĂșblica, explicando o que faz nas horas de folga.
Dois Pontos - Fonte: Ăpoca - Edição 588.
PIADA PRONTA?
Estå na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Cùmara um projeto do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para estabelecer o "dia do quadrilheiro". Aquele que dança quadrilha, bem entendido...
Painel â Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo â 26/08/09.
DA SĂRIE 'NĂO SOMOS RACISTAS'
JanuĂĄrio Alves de Santana, negro, foi agredido por seguranças do supermercado Carrefour em Osasco, na Grande SĂŁo Paulo. Dono de um EcoSport comprado Ă prestação, Santana foi confundido com um ladrĂŁo ao tentar entrar no prĂłprio carro. Segundo o tĂ©cnico em eletrĂŽnica, os seguranças o acusaram de intentar o furto do automĂłvel e de uma moto. âSua cara nĂŁo negaâ, teria dito um dos agressores, de acordo com o relato do agredido. âVocĂȘ deve ter pelo menos trĂȘs passagens pela polĂcia.â Dojival Vieira, advogado de Santana, afirmou: âEste caso Ă© emblemĂĄtico e precisa ser punido com rigor, para que outras situaçÔes de discriminação racial nĂŁo venham a ocorrerâ. Em nota, a direção do Carrefour repudiou a agressĂŁo.
Fonte: Carta Capital - Edição 560.
âHERROSâ NO PLENĂRIO
Nervos. Em meio ao acalorado bate-boca com Eduardo Suplicy (PT-SP) no plenĂĄrio do Senado, HerĂĄclito Fortes (DEM-PI) mandou que enviassem ao petista um copo de suco de maracujĂĄ.
Stand up. De um senador do bloco de apoio ao governo, sobre o cartĂŁo vermelho para Sarney exibido por Suplicy na tribuna: "SĂŁo os movimentos histĂłricos, individuais e sempre eficientes do Suplicy".
Menas. A primeira versão mostrada a Lula da carta em que pede que Aloizio Mercadante fique na liderança do PT continha mais elogios ao senador. O presidente pediu uma desidratada no texto.
Painel â Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo â 26/08/09.
TIMES ONLINE â MICROSOFT PEDE DESCULPAS
A gigante da informĂĄtica precisou se desculpar apĂłs veicular em seu site polonĂȘs uma foto modificada, na qual substituĂa um homem negro por um branco. A fotografia, originalmente, mostrava um asiĂĄtico, um negro e uma mulher branca ao redor de uma mesa, mas na versĂŁo do portal do paĂs europeu, a cabeça do negro foi trocada pela de outra pessoa.
Fonte: Primeira Chamada - 27/08/09.
Veja: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/08/090826_microsoft_polonia_rw.shtml
EDUCAĂĂO ESTĂ EM SEGUNDO PLANO, ENQUANTO ESCOLAS PEDEM CADEIRAS...
MaceiĂł, Alagoas, fevereiro deste ano: MinistĂ©rio PĂșblico Estadual visita escolas das redes municipal e estadual e flagra alunos assistindo Ă s aulas sentados no chĂŁo, por falta de carteiras. Alagoas, terra de Renan Calheiros e Collor.
Problemas semelhantes ou piores acontecem em Poço Redondo, semiĂĄrido sergipano, terra do senador Almeida Lima; em SĂŁo Luiz do AnauĂĄ, sul de Roraima, terra do senador Romero JucĂĄ; em MagĂ©, Rio de Janeiro, terra do senador Paulo Duque; ou em SĂŁo LuĂs, no MaranhĂŁo, onde nasceu o senador JosĂ© Sarney. E assim segue ao longo de todo o Brasil. Talvez os inĂșmeros estudantes dessas escolas estejam longe demais de onde as coisas realmente acontecem.
NĂŁo estivesse o Senado tĂŁo antenado em suas prĂłprias misĂ©rias, teria visto que, na CĂąmara dos Deputados, no Ășltimo dia 5, foi aberto pregĂŁo eletrĂŽnico para a aquisição de poltronas e lavatĂłrios para a barbearia. Na avalanche de escĂąndalos do vizinho Senado, a notĂcia passou praticamente batida na grande imprensa. Foram oito poltronas de barbeiro por R$ 24.672.
VocĂȘs devem estar se perguntando: para que isso? Bem, eu fiz essa mesma pergunta Ă CĂąmara. Procurada em 18 de agosto, a Casa nĂŁo deu qualquer esclarecimento. Presumi, entĂŁo, que o mobiliĂĄrio de primeira linha, que eles compraram e nĂłs pagamos, venha a ser instalado no salĂŁo que funciona no subsolo do anexo 4 da CĂąmara. Com os quase R$ 25 mil, seria possĂvel comprar 150 conjuntos de carteira e cadeira para estudantes.
Heitor Diniz â Jornalista - Fonte: O Tempo â 25/08/09.
O SISTEMA DE SEGURANĂA DO PLANALTO
Embora o GSI diga que "as especificaçÔes do contrato" do sistema de segurança do Planalto impeçam o armazenamento de imagens por mais de 30 dias, Ă© o prĂłprio palĂĄcio, e nĂŁo a empresa fornecedora dos equipamentos, quem gerencia o conteĂșdo gravado.
Adquirido por R$ 3,2 milhĂ”es em 2004 da TelemĂĄtica, o sistema, com 225 cĂąmeras, reĂșne o que hĂĄ de mais moderno em tecnologia de segurança no paĂs. Quem o conhece desconfia da explicação fornecida pelo GSI. Um dos motivos Ă© que o prazo de 30 dias se refere apenas Ă memĂłria de cada cĂąmera, mas essa nĂŁo Ă© a Ășnica etapa de arquivamento dos dados, geralmente transferidos para outra plataforma.
No mesmo pacote, foram adquiridas da Telemåtica cùmeras que fotografam a entrada de carros nas cancelas do palåcio. Para deslocamentos em åreas consideradas restritas, são usados cartÔes com dados biométricos do portador.
Painel â Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo â 26/08/09.
TelemĂĄtica - http://www.tsi.com.br/
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
Se vocĂȘ vir alguma coisa errada, mande um e-mail pelo FALE CONOSCO que "a ajente correge". Clique aqui e envie: http://www.faculdademental.com.br/fale.php