"HERROS" CIRĂRGICOS
ACESSO A CIRURGIA NO MUNDO
English:
http://www.nytimes.com/2010/07/13/health/13glob.html?_r=1&ref=donald_g_jr_mcneil
World Journal of Surgery:
http://www.springer.com/medicine/surgery/journal/268
Lancet:
http://www.thelancet.com/
Pesquisa mostra diferenças mundiais no acesso a cirurgias. Em partes do continente africano, hå uma sala de operação para cada 100 mil pessoas.
Os 2 bilhÔes de pessoas mais ricas do mundo se beneficiam de 75% de todas as cirurgias feitas em um ano, enquanto os 2 bilhÔes mais pobres são submetidos apenas a 4% desses procedimentos.
Como resultado da falta de acesso a cirurgias, os mais pobres muitas vezes morrem, segundo um estudo publicado no "Lancet".
Muitos paĂses nĂŁo tĂȘm cirurgiĂ”es suficientes para lidar com partos difĂceis, tumores, acidentes de carro e outras causas de morte comuns, diz o estudo.
Nessas regiĂ”es, nĂŁo hĂĄ como realizar uma cirurgia de catarata, consertar defeitos congĂȘnitos ou fazer outras operaçÔes que melhoram as vidas dos pacientes.
Mesmo quando cirurgiĂ”es estavam disponĂveis, as salas de cirurgia nĂŁo estavam.
O estudo perguntou a 769 hospitais em 92 paĂses quantas salas de cirurgia cada um tinha e quantas estavam equipadas com oxĂmetros -os clipes de dedo que medem a quantidade de oxigĂȘnio no sangue do paciente.
A pesquisa deduziu que salas de cirurgia sem esse dispositivo também não teriam outros itens essenciais, como bombas de sucção, esterilizadores e sangue.
Em grande parte da Ăfrica, sĂł havia uma sala de cirurgia para cada 100 mil pessoas. Nas regiĂ”es mais pobres da Ăsia e da AmĂ©rica Latina, havia entre quatro e dez salas para cada 100 mil pessoas.
Na Europa Ocidental, América do Norte, Austrålia e Nova Zelùndia, havia cerca de 15. Na Europa Ocidental, havia cerca de 25.
Donald Mcneil Jr. do "New York Times" - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/07/10.
MatĂ©ria original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2010/07/13/health/13glob.html?_r=1&ref=donald_g_jr_mcneil
World Journal of Surgery:
http://www.springer.com/medicine/surgery/journal/268
Lancet:
http://www.thelancet.com/
QUESTĂO GEOGRĂFICA
Site na internet que promove a Copa do Mundo-2014, encomendado pelo Ministério do Turismo, localiza Cuiabå na região Norte do Brasil. Estå na região Centro-Oeste.
Painel FC - Eduardo Ohata - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/07/10.
FARSAS NA INTERNET
Existe na internet dois sites que denunciam centenas de FARSAS que circulam pela rede. Vale a pena consultĂĄ-los, quando se sentir em dĂșvida.
www.e-farsas.com
http://www.quatroca ntos.com/LENDAS/index_ recentes. htm
(Colaboração: A.M.B.)
O MEC PRECISA EXPOR SEUS CALOTEIROS
O governo estĂĄ cozinhando um grande programa de financiamento para estudantes de universidades privadas. A ideia Ă© Ăłtima. O jovem faz vestibular, contrai uma dĂvida e devolve o dinheiro depois de formado. O companheiro Obama foi para Harvard em 1988 e sĂł quitou sua dĂvida dez anos depois.
Atualmente, existe o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), mas em quatro anos atendeu apenas 9.000 jovens porque os bancos, temendo calotes, preferem nĂŁo estimular essa linha de crĂ©dito. A ideia Ă© botar a ViĂșva no negĂłcio, dando Ă banca uma garantia de 70% do valor emprestado. Quem nĂŁo pagar fica com a ficha suja no sistema de crĂ©dito.
Como todos os planos em que entra o dinheiro da Boa Senhora, parece perfeito. A seriedade da iniciativa exige que o governo cumpra uma preliminar. Hå 400 doutores que receberam bolsas para fazer cursos no exterior, não retornaram ao Brasil nem devolveram o dinheiro (uma tunga de R$ 100 milhÔes, segundo o Tribunal de Contas da União).
O presidente do CNPq, doutor Carlos AragĂŁo, argumenta que os calotes nĂŁo chegam a 1% dos beneficiados e que todos os investimentos tĂȘm riscos. O problema Ă© outro. O MEC, o CNPq e a Capes nĂŁo tomaram providĂȘncias pĂșblicas para responsabilizar os doutores-caloteiros que estĂŁo na nata da elite nacional. No mĂnimo, a divulgação, na internet, dos seus nomes. No mĂĄximo, o envio de cĂłpias para as empresas ou universidades onde trabalham.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/07/10.
HISTĂRIA NĂO Ă MACONHA, PARA SER QUEIMADA
A professora Silvia Hunold Lara, da Unicamp, pede que o Congresso socorra a histĂłria do Brasil. HĂĄ cerca de um mĂȘs, uma comissĂŁo de sĂĄbios entregou ao Senado um anteprojeto de reforma do CĂłdigo de Processo Civil que prevĂȘ a incineração, depois de cinco anos, de todos os processos mandados ao arquivo. Querem reeditar uma piromania de 1973, revogada dois anos depois pelo presidente Ernesto Geisel.
Se a histĂłria do Brasil for tratada com o mesmo critĂ©rio que a PolĂcia Federal dispensa Ă maconha, irĂŁo para o fogo dezenas de milhĂ”es de processos que retratam a vida dos brasileiros, sobretudo daqueles que vivem no andar de baixo, a gente miĂșda do cotidiano de uma sociedade. Graças Ă preservação dos processos cĂveis dos negros do sĂ©culo 19 conseguiu-se reduzir o estrago do momento-Nero de Rui Barbosa, que determinou a queima dos registros de escravos guardados na Tesouraria da Fazenda.
Queimando-se os processos cĂveis, virarĂŁo cinzas os documentos que contam partilhas de bens, disputas por terras, crĂ©ditos e litĂgios familiares. Ă nessa papelada que estĂŁo as batalhas das mulheres pelos seus direitos, dos posseiros pelas suas roças, as queixas dos esbulhados. Ela vale mais que a lista de convidados da ilha de Caras ou dos churrascos da Granja do Torto.
A teoria do congestionamento dos arquivos é inepta. Eles podem ser microfilmados ou preservados digitalmente. Também podem ser remetidos à guarda de instituiçÔes universitårias. O que estå em questão não é falta de espaço, é excesso de descaso pela história do povo. Pode-se argumentar que os processos com valor histórico não iriam ao fogo, mas falta definir "valor histórico".
Num critério estritamente pecuniårio, quanto valeria o contrato de trabalho assinado nos anos 50 por uma costureira negra de Montgomery, no Alabama? Certamente menos que um manuscrito de Roger Taney, o presidente da Corte Suprema dos Estados Unidos que deu o pontapé inicial para a guerra civil. Engano. Uma simples fotografia autografada de Rosa Parks, a mulher que desencadeou o boicote às empresas de Înibus de Montgomery e lançou à fama um pastor de 29 anos chamado Martin Luther King, vale hoje US$ 2.500. O manuscrito encalhado de Taney sai por US$ 1.000.
O trabalho dos sĂĄbios incineradores estĂĄ com o presidente do Senado, JosĂ© Sarney, cuidadoso curador de sua prĂłpria memĂłria e membro da Academia Brasileira de Letras. Como presidente da RepĂșblica, autorizou a queima dos arquivos da Justiça do Trabalho. Com isso, mutilou a memĂłria das reclamaçÔes de trabalhadores, de acordos, greves e negociaçÔes coletivas.
A piromania Ă© fruto do desinteresse, nĂŁo da fatalidade. O STF, os Tribunais de Justiça de SĂŁo Paulo, do Rio de Janeiro e de RondĂŽnia, bem como o TRT de Rio Grande do Sul, acertaram-se com arquivos pĂșblicos e universidades para prevenir o incĂȘndio.
HĂĄ mais de uma dĂ©cada, a desembargadora Magda Biavaschi batalha na defesa dos arquivos trabalhistas, mas pouco conseguiu. Lula ainda tem mandato suficiente para agir em relação Ă fogueira trabalhista e para alertar sua bancada na defesa dos arquivos cĂveis. Milhares de processos estimulados pelas lideranças sindicais dos anos 70, quando ele morava no andar de baixo, jĂĄ viraram cinzas.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/07/10.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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