FM - Faculdade Mental

A JENTE HERRAMOS - 17/12/2009

"HERROS" GENOCIDAS

PROTESTO SILENCIOSO

English:
http://www.daylife.com/photo/0fK464A4aHaHQ?q=dhaka+children+december+14
http://www.daylife.com/photo/01DSdHD0krfgQ?q=dhaka+children+december+14
Bangladesh - CrianÃ§as fazem parte de protesto que lembra um genocÃdio ocorrido na Guerra de IndependÃªncia do PaÃs, em Dacca. Nesta segunda-feira, milhares de bengaleses lembraram os intelectuais e profissionais que foram assassinados durante esta guerra, em 1971.
Fonte: Terra - 14/12/09.

UM CORAÃ‡ÃƒO PALESTINO
Ã‰ o coraÃ§Ã£o que manda. Uma histÃ³ria de tragÃ©dia e redenÃ§Ã£o no confronto entre Israel e Palestina.
Em 2005, soldados israelenses confundiram a arma de brinquedo de Ahmad Khatib e abriram fogo contra a crianÃ§a palestina de apenas 12 anos. Ele nÃ£o resistiu aos ferimentos. Criticado pelo seu prÃ³prio povo, Ismail Khatib autorizou que os mÃ©dicos retirassem os Ã³rgÃ£os de seu filho para salvar jovens cidadÃ£os israelenses. Em â€œUm CoraÃ§Ã£o Palestinoâ€ Ã© documentado o encontro do pai com as crianÃ§as cujas vidas foram salvas pela sua mais dolorida perda.
Dia 21 de dezembro, 0h30, GNT.
Fonte: Monet â€“ NÃºmero 81.
Detalhes: http://www.sky.com.br/GuiaDaTV/Ficha/default.aspx?__qsFicha=559199

PARA AMENIZAR
O recente discurso em que Lula mencionou o termo â€œmerdaâ€ pegou de surpresa o intÃ©rprete que fazia a transmissÃ£o do pronunciamento, ao vivo, pela TV estatal NBR, na linguagem de sinais â€“ para deficientes auditivos. Constrangido, o intÃ©rprete substituiu o palavrÃ£o por â€œesgotoâ€.
Aparte - Fonte: O Tempo - 14/12/09.

GRANDE STAUB
As derrotas sÃ£o Ã³rfÃ£s, mas o empresÃ¡rio Eugenio (Gradiente) Staub deu uma liÃ§Ã£o aos seus pares. Numa sucessÃ£o de tropeÃ§os, tinha 2.000 funcionÃ¡rios e ficou com 250 e deve R$ 385 milhÃµes. Anunciando um plano de recuperaÃ§Ã£o de sua empresa, Staub poderia ter recorrido Ã empulhaÃ§Ã£o convencional culpando: 1) A carga tributÃ¡ria. 2) Os chineses. 3) A globalizaÃ§Ã£o. 4) A taxa de juros. 5) A heranÃ§a escravocrata.
Preferiu um caminho exemplar: "Os erros cometidos foram meus, de mais ninguÃ©m".
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141/+elio+gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/12/09.

DIÃRIO DE UM DETENTO
Detainee 063 Ã© o registro das sessÃµes de interrogaÃ§Ã£o do detento Mohammed al-Qahtani durante o tempo que ficou preso na base americana de GuantÃ¡namo, em Cuba. Os registros sÃ£o publicados exatamente sete anos depois do acontecido e sÃ£o por vezes grÃ¡ficos e difÃceis de serem lidos. Os maus-tratos recebidos por Al-Qahtani foram contÃnuos e Ã© difÃcil, ao ler a histÃ³ria, aceitar alegaÃ§Ãµes de que o que aconteceu naquela base Ã© outra coisa senÃ£o tortura.
http://detainee063.com/
Internotas - Felipe Marra MendonÃ§a - Fonte: Carta Capital - EdiÃ§Ã£o 576.

BRASILIENSES
NÃ£o se trata de um recorde apenas brasileiro. No mundo todo, nunca antes o pÃºblico ganhara igual oportunidade de contemplar a arte da corrupÃ§Ã£o em tal esplendor. Entre os itens da rica coleÃ§Ã£o de filmes estrelada pelo governador Arruda e sua turma, cada um terÃ¡ suas prÃ³prias prefe-rÃªncias. A deste colunista Ã© a seguinte:
Medalha de bronze, empatados: 1) Aquele em que o governador, escarrapachado no sofÃ¡, Ã© despertado da sonolÃªncia pela mÃ£o amiga que lhe estende os maÃ§os de dinheiro. "Ah, Ã³timo", ele diz. Justificativa do prÃªmio: a naturalidade com que o governador saÃºda a oferta, embalada por um "ah, Ã³timo" tÃ£o protocolar como o que saudasse a chegada do cafezinho. 2) Aquele em que a deputada entra na sala, recebe o dinheiro, abre a bolsa, guarda o dinheiro e se vai. Justificativa: a simplicidade do ato.
Medalha de prata: o filme da oraÃ§Ã£o, em que trÃªs dos propineiros se abraÃ§am e agradecem ao Senhor a graÃ§a concedida. Justificativa: a forÃ§a da fÃ©, mesmo em circunstÃ¢ncia em que o comum das pessoas nÃ£o esperaria sua presenÃ§a.
Medalha de ouro: o filme em que o presidente da Assembleia de BrasÃlia, sentado diante do distribuidor da propina, recebe os maÃ§os e os vai alocando, primeiro, nos diferentes bolsos do paletÃ³, depois nas meias. Justificativa: a didÃ¡tica exposiÃ§Ã£o do carÃ¡ter clandestino da propina, mas nÃ£o apenas isso. O filme leva a palma tambÃ©m por seus valores estÃ©ticos. O personagem estÃ¡ bem vestido, exibe uma silhueta esguia, e os movimentos que executa, primeiro com os braÃ§os, conduzindo as mÃ£os aos bolsos, em seguida com as pernas, levantando uma, depois a outra, para alcanÃ§ar as meias, mostram flexibilidade e boa coordenaÃ§Ã£o. Ã‰ o estilo a serviÃ§o da corrupÃ§Ã£o.
Ainda falta acrescentar um detalhe, uma nota de rodapÃ©, ao episÃ³dio em que a moÃ§a de minissaia foi escorraÃ§ada pelas hordas de trogloditas da universidade Uniban, em SÃ£o Paulo. O detalhe, que talvez nÃ£o seja tÃ£o detalhe assim, foi a manifestaÃ§Ã£o encenada na Universidade de BrasÃlia por algumas dezenas de estudantes, homens e mulheres, alguns em roupas Ãntimas, outros sem roupa alguma, em protesto contra o ocorrido. Duas moÃ§as de peitos de fora escreveram na pele: "O corpo Ã© meu". Um grupo de meninas entoava: "Eu uso o que quiser / eu sou mulher".
NÃ£o foi noticiado se, como usam, ou nÃ£o usam, o que bem entendem, os estudantes costumam assistir Ã s aulas pelados. Presume-se que nÃ£o. Mas naquele dia puderam, sim, exibir-se pelados no cÃ¢mpus. Em si o fato nÃ£o seria tÃ£o relevante se nÃ£o revelasseâ€¦ falar nisso Ã© chato, Ã© quase proibido, mas vÃ¡ lÃ¡â€¦ se nÃ£o revelasse uma questÃ£o de classe. Ã‰ como se a juventude dourada do Plano Piloto, abenÃ§oada, entre outras coisas, com o acesso a uma boa universidade e a um meio de hÃ¡bitos livres e "mente aberta", dissesse aos emergentes da Uniban, condenados a uma universidade ruim e a um meio de hÃ¡bitos nÃ£o tÃ£o livres e men-tes nÃ£o tÃ£o abertas: "Viram, seus basbaques? NÃ³s podemos. VocÃªs nÃ£o". Acrescente-se que a moÃ§ada do Plano Piloto cursa uma universidade gratuita, enquanto a Uniban cobra caro de sua clientela classe C, e tem-se um retrato que, para alÃ©m dos costumes, flagra a perversidade do sistema brasileiro de ensino superior em seu coraÃ§Ã£o.
O MinistÃ©rio das Cidades lanÃ§ou uma campanha em que ensina aos pedestres que sÃ³ devem atravessar a rua na faixa â€“ e depois de esperar que os carros parem. Que Ã© isso, MinistÃ©rio das Cidades?! O alvo estÃ¡ invertido. Ã‰ o motorista que tem de ser instruÃdo a parar, assim que avista um pedestre na faixa. Essa Ã© a questÃ£o central.
EsclareÃ§a-se desde logo que o que estÃ¡ em pauta Ã© a faixa de pedestres sem semÃ¡foro. Com semÃ¡foro as coisas se simplificam: o sinal fecha, os carros param. Nesses locais nem precisaria haver faixa zebrada. Bastaria uma linha sinalizando o ponto em que os carros devem parar. O que os motoristas brasileiros nÃ£o compreendem Ã© que, Ã vista de uma faixa de pedestres onde nÃ£o hÃ¡ semÃ¡foro, jÃ¡ ocupada ou em via de ser ocupada por pedestres, devem tambÃ©m obrigatoriamente parar. (Uma exceÃ§Ã£o surpreendente sÃ£o os motoristas de BrasÃlia: depois de uma sÃ©rie de atropelamentos, uma campanha de imprensa e multas que passaram a ser aplicadas, mais de dez anos atrÃ¡s, aprenderam a respeitar a faixa.)
A faixa de pedestres Ã© um marco civilizatÃ³rio. Os paÃses se dividem entre aqueles cujos motoristas a respeitam e os que nÃ£o. O Brasil jÃ¡ conseguiu a capa da Economist e o investment grade das agÃªncias de risco. Falta a promoÃ§Ã£o no quesito res-peito Ã faixa de pedestres.
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2143.

E NÃ“IS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ã‰ UMANO!

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