FM - Faculdade Mental

A JENTE HERRAMOS - 17/06/2010

"HERROS" COPEIROS

A COPA DO MUNDO Ã‰ NOSSA!
HÃ¡ que se viver o clima da copa, mas sem esquecer do clima do cotidiano...
Charge do Duke (http://www.dukechargista.com.br/charges.html) - Fonte: O Tempo - 13/06/10.

NOVELÃƒO MEXICANO
Com GalvÃ£o e Arnaldo, jogo vira um novelÃ£o mexicano.
Foi ousadia de minha parte, mas interessante. Aumentei a TV em vez de baixar e desprezei toda a tecnologia da transmissÃ£o gerada pela Fifa. Fiquei sÃ³ eu, Deus e a voz do GalvÃ£o Bueno.
Segundos antes de cerrar as pÃ¡lpebras, apreciei o travelling aÃ©reo de um ataque e pensei que talvez Joseph Blatter seja fÃ£ de Juan JosÃ© Campanella, diretor da sequÃªncia infernal gravada num estÃ¡dio que aparece em "O Segredo dos Seus Olhos".
Mas abandonei Messi e procurei visualizar o jogo pela narraÃ§Ã£o. Tudo adquire tons lancinantes sob a capa dramÃ¡tica de GalvÃ£o. O goleiro Enyeama perde o nome apÃ³s a enÃ©sima defesa. Com Arnaldo CÃ©sar Coelho, ouÃ§o um novelÃ£o mexicano.
Ouvir Arnaldo e GalvÃ£o pisarem um no calo do outro Ã© como testemunhar a ceia de Dia dos Namorados de um casal velho de guerra. Ã‰ melhor que futebol na TV.
Joca Reiners Terron Ã© autor de "Do Fundo do PoÃ§o se VÃª a Lua" (Cia. das Letras)
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12978 - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/06/10.

A LÃNGUA DE DUNGA
Na copa de 98 (vencida pela FranÃ§a -o Brasil foi vice, lembra?), depois da derrota para a Noruega, o capitÃ£o Dunga deu uma entrevista em que afirmou: "Nossa lÃngua Ã© os pÃ©s. NÃ£o adianta ficar falando. Nosso negÃ³cio Ã© jogar". No dia 2 de julho de 98, publiquei um texto nesta Folha em que discuti a questÃ£o da flexÃ£o do verbo "ser" escolhida por Dunga.
Repito a explicaÃ§Ã£o sobre esse caso: com o verbo "ser" no singular, enfatiza-se o sujeito ("Nossa lÃngua"); com a opÃ§Ã£o pelo plural, mais comum em casos como esse, a Ãªnfase recai sobre o predicativo ("os pÃ©s"). Relembro como concluÃ o texto de 98: "Ao conjugar o verbo no singular -ato falho?-, Dunga mostrou que nÃ£o acredita muito nos pÃ©s da moÃ§ada escalada por Zagallo".
Pois bem. O hoje tÃ©cnico Dunga parece passar Ã sua moÃ§ada a mesma orientaÃ§Ã£o. Dia desses, Robinho foi advertido por ter dado entrevista a uma emissora de TV durante uma folga. Quem fala mais agora Ã© ele, Dunga, o chefe, que nÃ£o usa mais os pÃ©s, mas a cabeÃ§a...
E a cabeÃ§a de Dunga volta e meia diz coisas totalmente dispensÃ¡veis. Veja-se o que disse (ou nÃ£o disse) o tÃ©cnico do Brasil sobre a ditadura e a escravidÃ£o: uma patacoada atrÃ¡s da outra.
E sobre a bola? Como 99% dos boleiros brasucas, Dunga quase sempre diz o Ã³bvio do Ã³bvio do Ã³bvio. Seu discurso Ã© recheado de frases feitas, de chavÃµes, y otras cositas mÃ¡s.
Agora, desde que recebeu algumas crÃticas por sua linguagem sofrÃvel, Dunga meteu-se a demonstrar preocupaÃ§Ã£o com o "vernÃ¡culo". Ontem, na entrevista coletiva, mais uma vez Dunga se corrigiu ao dizer "com nÃ³s", que trocou por "conosco". Em seguida, disse que o time perdeu "bastantes oportunidade". Exatamente assim: "bastantes oportunidade". Melhor nÃ£o inventar, professor! Que "bastante" tem plural, isso lÃ¡ Ã© verdade, mas usar assim Ã© outra histÃ³ria. Uma boa dica para nÃ£o errar no uso de "bastante" Ã© a seguinte: quando cabem as formas "muitos" e "muitas", cabe "bastantes" ("Os jogadores perderam muitas/bastantes oportunidades/ muitos/bastantes gols").
Quando se usam "muito" e "muita", cabe "bastante" ("Eles/Elas estavam muito/bastante calmos/calmas"). Quer um conselho, professor Dunga? Erre nos pronomes, erre nas concordÃ¢ncias, mas nÃ£o erre na mentalidade, na aversÃ£o ao novo etc. JÃ¡ pensaram o que nÃ£o teria feito Ganso ontem com os pobres patos norte-coreanos? Ã‰ isso.
Pasquale Cipro Neto (http://www.professorpasquale.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/06/10.

ARRRGH ENTINOS...
A polÃcia da Ãfrica do Sul anunciou que 17 torcedores argentinos foram presos e devem agora ser deportados por serem considerados "espectadores indesejÃ¡veis em jogos" da Copa do Mundo.
Os argentinos foram detidos dia 16 de junho durante uma operaÃ§Ã£o realizada na cidade de PretÃ³ria com o objetivo de identificar pessoas que poderiam criar confusÃ£o durante as partidas do Mundial.
A polÃcia vinha monitorando as atividades de um grande grupo de argentinos que estava baseado na cidade e disse ter identificado "vÃ¡rias pessoas cuja presenÃ§a contÃnua neste paÃs poderia ser um risco para a ordem pÃºblica e a estabilidade".
Segundo a polÃcia, os argentinos tambÃ©m foram vistos tentando entrar nos estÃ¡dios sem ingressos em dois jogos.
"Eles tambÃ©m se comportaram de maneira desordeira em vÃ¡rias ocasiÃµes, atacando outros torcedores e causando confusÃ£o em geral", afirmou a polÃcia em um comunicado.
O grupo de 17 argentinos foi entregue Ã seÃ§Ã£o de imigraÃ§Ã£o do departamento de Assuntos Internos do governo sul-africano, que deve agora lidar com sua deportaÃ§Ã£o. Os detidos figuram em uma lista de 800 torcedores conhecidos que foram proibidos de assistir a jogos na Argentina e que as autoridades argentinas entregaram Ã Ãfrica do Sul.
Outros cinco torcedores argentinos, que tambÃ©m estavam sendo vigiados pela polÃcia, jÃ¡ teriam deixado o paÃs.
Terra - 16/06/10.
(ColaboÃ§Ã£o: Bruno Amado)

9%, MAS...
Diante da informaÃ§Ã£o de que o Brasil cresceu 9% no segundo trimestre, dezenas de sÃ¡bios saudaram a boa-nova temperando-a com conjunÃ§Ãµes adversativas.
Coisas assim: Cresceu... mas hÃ¡ gargalos na infraestrutura, ... esse vigor nÃ£o Ã© sustentÃ¡vel, ... aumenta o perigo da inflaÃ§Ã£o. Tudo isso pode ser verdade, mas (e aÃ vai outra adversativa) os sÃ¡bios precisam se lembrar de uma tirada do ex-presidente George Bush, o Velho: "Se eu andar sobre as Ã¡guas, dirÃ£o que nÃ£o sei nadar"."
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 13/06/10.

O HIZBOLLAH QUER DOMINAR A USP
Os mascarados que ocuparam a reitoria da Universidade de SÃ£o Paulo nÃ£o militaram por causa alguma. Quem reivindica, mesmo ocupando um prÃ©dio, mostra a cara. Ademais, quando o sindicato dos funcionÃ¡rios-grevistas-invasores disse que liberaria o prÃ©dio se a universidade pagasse os dias parados, o que seria um ato de protesto passou a ser um sequestro. Eremildo, o Idiota insiste na validade de seu grito de guerra: "Greve geral atÃ© a vitÃ³ria final, com o pagamento dos dias parados".
Se os funcionÃ¡rios da USP querem fazer uma greve, faltam ao trabalho, paralisam as escolas e pressionam a reitoria. Se um sindicato grita "greve", a categoria nÃ£o para e a universidade continua funcionando, o movimento fracassou. Uma greve nÃ£o se fortalece quando, por falta de adesÃµes, resulta numa escalada do conflito, colocando em trabalhadores mÃ¡scaras de bandidos.
Apanhar da polÃcia e ocupar faculdades sempre fizeram parte das atividades extracurriculares de muitos estudantes universitÃ¡rios. Como o primeiro sutiÃ£, inesquecÃveis e motivo para doces nostalgias. PolÃticos como JosÃ© Serra, Antonio Carlos MagalhÃ£es e Roberto de Abreu SodrÃ© que, na maturidade, comandaram polÃcias, lembraram com orgulho do tempo em que eram chamados de baderneiros. AtÃ© os generais Arthur da Costa e Silva e Ernesto Geisel orgulhavam-se das encrencas em que se meteram quando estavam na Escola Militar.
Na USP repete-se o conflito dos antropÃ³fagos com os canibais: de um lado, invasores mascarados, de outro, um reitor que, como diretor da Faculdade de Direito do largo SÃ£o Francisco, chamou a tropa de choque da PM para desocupar um diretÃ³rio acadÃªmico invadido.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 13/06/10.

E NÃ“IS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ã‰ UMANO!

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