FM - Faculdade Mental

A JENTE HERRAMOS - 05/10/2011

"HERROS" BRUTAIS

CONCURSO PARA CRIANÃ‡AS OFERECE ARMAS COMO PRÃŠMIO NA SOMÃLIA

English:
http://www.nytimes.com/2011/09/21/world/africa/shabab-gives-unusual-prizes-for-somali-children-in-contest.html
ViolÃªncia: CrianÃ§as somalianas tÃªm mais conhecimentos de arma do que como funciona uma rÃ©gua.
Radical: Grupo militante islamita presenteava menores que respondessem perguntas sobre o CorÃ£o. Participantes que ficaram em primeiro e segundo lugar ganharam rifle AK-47.
Naiarobi, QuÃªnia e Mogadishu, SomÃ¡lia. Concursos para crianÃ§as geralmente oferecem prÃªmios como mochilas, brinquedos ou lancheiras. Mas nÃ£o na SomÃ¡lia. Durante uma competiÃ§Ã£o na rÃ¡dio local gerida pelo Shabab, o grupo militante islamita mais poderoso no paÃs destruÃdo por guerras e batalhas, crianÃ§as que souberam responder corretamente as perguntas sobre o CorÃ£o, alÃ©m de recitar partes do livro sagrado, ganharam prÃªmios especiais. Os prÃªmios? Rifles automÃ¡ticos e granadas de mÃ£o novinhas em folha.
O concurso foi realizado durante o mÃªs do RamadÃ£ de 2011 - o mÃªs sagrado de jejum muÃ§ulmano - e continha perguntas que o Shabab acreditava que todas as crianÃ§as deveriam saber, como "Em qual guerra o Sheik Timajilic, o famoso guerreiro Shabab foi morto?".
Na ausÃªncia de um governo central, a SomÃ¡lia tem uma das mais baixas taxas de escolaridade do mundo, e muitas crianÃ§as somalianas tÃªm mais conhecimentos de rifles e outras armas de guerra do que como funciona uma rÃ©gua.
Os participantes do concurso eram de diversas Ã¡reas - todas controladas pelo Shabab -, a maioria da parte sul do paÃs. As crianÃ§as competiram ao vivo, durante o fim de semana, transmitidas pelas vÃ¡rias estaÃ§Ãµes de rÃ¡dio controladas pelo Shabab.
No domingo, os prÃªmios foram entregues em uma cerimÃ´nia realizada na estaÃ§Ã£o de rÃ¡dio Andalus, em Elasha Biyaha, uma pequena cidade prÃ³ximo a Mogadishu, a capital do paÃs. (Andalus Ã© a antiga parte da Espanha conquistada pelos Ãrabes na Idade MÃ©dia).
Os participantes que ficaram em primeiro e em segundo lugares ganharam um rifle AK-47, uma pequena quantia em dinheiro e alguns livros islÃ¢micos. O terceiro lugar recebeu duas granadas de mÃ£o. As crianÃ§as tinham idades entre 10 e 17 anos.
No concurso, nÃ£o ficou claro como os patrocinadores determinaram os vencedores - ou o porquÃª da escolha dos prÃªmios. Mas um lÃder Shabab que esteve presente na cerimÃ´nia afirmou com orgulho que "as crianÃ§as deveriam usar uma das mÃ£os para os estudos, e a outra para defender com armas o IslÃ£".
O Shabab e outros grupos militantes islÃ¢micos na SomÃ¡lia sÃ£o conhecidos por zelarem pelo reforÃ§o da interpretaÃ§Ã£o estrita da pureza do IslÃ£. No ano passado, o Shabab destruiu os sinos antigos de uma escola por interpretar seu som como "muito parecido com o de igrejas catÃ³licas".
A SomÃ¡lia nÃ£o possui um governo central hÃ¡ duas dÃ©cadas. Agora, se vÃª fragmentada em vÃ¡rias zonas de guerra, com grupos islÃ¢micos, milÃcias de diversos clÃ£s e frÃ¡geis governos locais apoiados por ajuda internacional em batalhas constantes pelo poder central.
Proibido
- Na SomÃ¡lia, extremistas controlam a sociedade.
O Saabab proibiu sutiÃ£s, implantes de dentes feitos de ouro, danÃ§a, futebol, declarando que essas atividades e adornos sÃ£o "anti-islÃ¢micos".
- A ajuda humanitÃ¡ria de grupos ocidentais, em todo o paÃs, nÃ£o Ã© permitida.
- O Hizbul Islam impÃ´s que as rÃ¡dios parassem de tocar mÃºsicas. Algumas estaÃ§Ãµes substituÃram as introduÃ§Ãµes musicais das notÃcias pelo som de tiros e motores de veÃculos.
Jeffrey Gettleman and Mohamed Ibrahim - The New York Times - Traduzido por Luiza Andrade - Fonte: O Tempo - 02/10/11.
Reportagem original em inglÃªs:
http://www.nytimes.com/2011/09/21/world/africa/shabab-gives-unusual-prizes-for-somali-children-in-contest.html

SANEAMENTO BÃSICO
Desprezo - Saneamento bÃ¡sico: uma lÃ³gica perversa e pouco inteligente.
A divulgaÃ§Ã£o da pesquisa da ONG Trata Brasil sobre os Ãndices de coleta e tratamento de esgoto no Brasil Ã© de assustar. O Ãndice mÃ©dio de coleta de esgoto nas 81 cidades pesquisadas, todas com 300 mil habitantes ou mais, foi da ordem de 57% da populaÃ§Ã£o. O volume mÃ©dio de esgoto tratado em funÃ§Ã£o da Ã¡gua consumida foi da ordem de 39%.
Diante desse quadro, Ã© preciso questionar por que o saneamento bÃ¡sico Ã© tÃ£o desprezado no paÃs. Existe uma lÃ³gica perversa e pouco inteligente que aponta para priorizaÃ§Ã£o de investimentos mais visÃveis. Em outras palavras: ponte, viaduto, rodovia, quadra de futebol e outras obras rendem muito mais votos do que rede de esgoto, que fica escondida sob o solo.
A perversidade reside em um fato simples: a falta de saneamento Ã© motivo de morte, especialmente de crianÃ§as. A falta de inteligÃªncia tem a ver com os nÃºmeros: Ã© mais caro fornecer atendimento mÃ©dico em decorrÃªncia de doenÃ§as causadas por falta de esgotamento sanitÃ¡rio do que investir em saneamento bÃ¡sico.
O problema Ã© que esse tipo de investimento Ã© caro e demorado - nÃ£o apresenta resultados imediatos. Normalmente, os executivos municipais aguardam iniciativas e recursos dos estaduais e federal. E, enquanto isso, o esgoto corre a cÃ©u aberto.
Mas o Legislativo tambÃ©m tem sua parcela de culpa. Ã‰ muito raro ver emendas parlamentares destinadas ao saneamento bÃ¡sico. A explicaÃ§Ã£o Ã© superficial: as obras sÃ£o caras e, portanto, as emendas nÃ£o sÃ£o suficientes para custeÃ¡-las. A resposta tambÃ©m pode ser simples; basta que os deputados se reÃºnam em um grupo, centralizando suas emendas em uma sÃ³ obra de saneamento por ano. Ou seja, tÃ¡ faltando sÃ³ vontade.
(Carla Kreefft) - Aparte - Fonte: O Tempo - 29/09/11.
ONG Trata Brasil - http://www.tratabrasil.org.br/novo_site/?id=301

MERENDA ESCOLAR SEM CONTROLE
MinistÃ©rio avaliza contas e autoriza liberaÃ§Ã£o de verbas para municÃpios que fraudam licitaÃ§Ãµes. Controladoria geral identifica problema que nÃ£o Ã© levado em conta pelo MEC.
Ã“rgÃ£o responsÃ¡vel pelo grosso dos repasses do MinistÃ©rio da EducaÃ§Ã£o (MEC), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaÃ§Ã£o (FNDE) avaliza contas e autoriza liberaÃ§Ã£o de verbas para municÃpios que fraudam licitaÃ§Ãµes, nÃ£o comprovam despesas e aplicam incorretamente dinheiro que deveria financiar a merenda e o transporte escolar. Mesmo quando a Controladoria Geral da UniÃ£o (CGU) aponta as irregularidades, enviando alertas pÃºblicos, a autarquia ligada ao MEC dÃ¡ carimbo de aprovadas a gestÃµes postas sob suspeita ou nÃ£o se mexe, deixando os casos sem anÃ¡lise.
NÃ£o existe legislaÃ§Ã£o obrigando o FNDE a suspender os repasses e seguir o que diz um relatÃ³rio da CGU, mas o Ã³rgÃ£o do MEC, segundo auditores, deveria rever seus pareceres ao ficar sabendo que hÃ¡ irregularidades.
Somados, os programas de apoio Ã alimentaÃ§Ã£o (Pnae) e ao transporte escolar (Pnate) - ambos voltados ao ensino bÃ¡sico - transferiram a Estados e municÃpios R$ 15,28 bilhÃµes entre 2005 e setembro de 2011. O primeiro recebeu a maior fatia (R$ 12,79 bi), contra R$ 2,49 bilhÃµes do outro. Apesar das cifras e do elevado Ãndice de irregularidades na educaÃ§Ã£o, Ã© significativo o lapso de tempo entre a transferÃªncia do dinheiro e a avaliaÃ§Ã£o, pelo FNDE, da regularidade das contas.
Menos de um terÃ§o dos relatÃ³rios do transporte escolar, referentes aos exercÃcios de 2008 e 2009, jÃ¡ foi escrutinado; no caso da merenda, 90% esperam anÃ¡lise. Em setembro, a PolÃcia Federal mandou prender o prefeito da cidade alagoana de Traipu, apÃ³s desbaratar um esquema que desviou ao menos R$ 8,2 milhÃµes dos cofres da educaÃ§Ã£o, sendo que parte do dinheiro serviria ao transporte. Se a prestaÃ§Ã£o de contas desse pistas das irregularidades, o FNDE nÃ£o as farejaria: o Ãºltimo ano analisado foi 2006.
Comunidade
Para cumprir sua obrigaÃ§Ã£o de fiscalizar o dinheiro, o FNDE se vale do controle social, exercido por conselhos de representes da comunidade. Cabe a eles inspecionar e enviar pareceres pela aprovaÃ§Ã£o, ou nÃ£o, das contas dos municÃpios. Ã‰ tarefa do Ã³rgÃ£o examinÃ¡-los. Na maior parte dos casos, os conselhos aprovam as contas da prefeitura.
Auditoria do Tribunal de Contas da UniÃ£o (TCU) mostra que, em 2009, o FNDE levava, em mÃ©dia, 455 dias para enviar o primeiro ofÃcio ao prefeito ou ao secretÃ¡rio de EducaÃ§Ã£o, depois que alguma irregularidade Ã© constatada ou denunciada. DaÃ atÃ© a instauraÃ§Ã£o e o julgamento de uma tomada de contas especial (TCE), anos se passam. A demora para verificar as contas impede que se recupere dinheiro que pode ter sido usado.
Sorteio - Desvio de verba chega a R$ 1 bilhÃ£o a cada ano
As regiÃµes Norte e Nordeste sÃ£o as que tÃªm o maior Ãndice de irregularidades constatadas pela Controladoria-Geral da UniÃ£o (CGU) nos municÃpios sorteados pelo Programa de FiscalizaÃ§Ã£o a partir de Sorteios PÃºblicos.
De acordo com o secretÃ¡rio federal de controle da CGU, Valdir Agapito, nÃ£o hÃ¡ uma causa especÃfica para a predominÃ¢ncia de irregularidades nos municÃpios fiscalizados nas regiÃµes Norte e Nordeste, mas isso pode ser motivado pelo desconhecimento dos gestores quanto aos procedimentos corretos ou mesmo a distÃ¢ncia dos municÃpios em relaÃ§Ã£o aos Ã³rgÃ£os de controle.
Anualmente, a CGU encaminha de 1.500 a 1.600 processos sobre irregularidades apuradas nas fiscalizaÃ§Ãµes ao Tribunal de Contas da UniÃ£o (TCU), o que representa cerca de R$ 1 bilhÃ£o em recursos pÃºblicos utilizados indevidamente.
A Controladoria Geral da UniÃ£o sorteou dia 03 de outubro, em BrasÃlia, mais 60 municÃpios, com populaÃ§Ã£o de atÃ© 500 mil habitantes - exceto capitais - para avaliar a aplicaÃ§Ã£o de recursos pÃºblicos descentralizados para os programas federais na Ã¡rea social (saÃºde, educaÃ§Ã£o e desenvolvimento social e combate Ã fome).
FiscalizaÃ§Ã£o foi feita em 1.881 cidades
Desde 2003, o programa de fiscalizaÃ§Ã£o dos municÃpios por sorteio pÃºblico da Controladoria Geral da UniÃ£o jÃ¡ atingiu 1.881 municÃpios e fiscalizou a aplicaÃ§Ã£o de cerca de R$ 18 bilhÃµes de recursos pÃºblicos relativos a programas como o Merenda Escolar, o Bolsa FamÃlia e o SaÃºde da FamÃlia.
Os municÃpios foram divididos em dois grupos para a fiscalizaÃ§Ã£o: atÃ© 50 mil habitantes, sÃ£o fiscalizados os recursos transferidos pelos ministÃ©rios da EducaÃ§Ã£o, SaÃºde e Desenvolvimento Social; entre 50 mil e 500 mil habitantes sÃ£o fiscalizadas os programas do governo de saÃºde e desenvolvimento social e combate Ã fome.
Entenda
Irregularidades. As mais frequentes envolvem licitaÃ§Ãµes, a execuÃ§Ã£o de sobrepreÃ§o e a nÃ£o-entrega do objeto da aplicaÃ§Ã£o dos recursos, como merenda escolar e medicamentos.
AÃ§Ãµes
Os processos sÃ£o encaminhados ao TCU, ao MinistÃ©rio PÃºblico Federal para as aÃ§Ãµes penais, Ã CGU, para as aÃ§Ãµes cÃveis de ressarcimento dos recursos desviados e Ã CÃ¢mara e ao Senado.
Fonte: O Tempo - 04/10/11.
MEC - http://www.mec.gov.br/
FNDE - http://www.fnde.gov.br/
CGU - http://www.cgu.gov.br/
Pnae - http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-alimentacao-escolar
Pnate - http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-transporte-escolar
TCU - http://portal2.tcu.gov.br/TCU
MinistÃ©rio PÃºblico Federal - http://www.pgr.mpf.gov.br/

E NÃ“IS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ã‰ UMANO!

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