"HERROS" COMERCIAIS
RETIRADO DO AR: XENOFOBIA
English:
http://www.guardian.co.uk/world/2012/mar/06/european-commission-criticised-racist-ad?newsfeed=true
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=n0PUQYWKkcg
Uma propaganda veiculada na UniĂŁo Europeia (UE) foi retirada do ar apĂłs gerar reaçÔes negativas. Ao tratar do avanço econĂŽmico dos paĂses emergentes, os Brics, a peça foi acusada de promover estereĂłtipos, xenofobia e atĂ© racismo.
O roteiro Ă© direto: uma mulher branca com as mesmas roupas do personagem do filme Kill Bill entra num galpĂŁo vazio. De repente, sua segurança Ă© ameaçada pela chegada de trĂȘs lutadores: um de kung fu, um de capoeira e outro de kalaripayattu, arte marcial indiana.
Nenhuma palavra Ă© dita, mas as referĂȘncias a China, Brasil e Ăndia sĂŁo claras.
O ataque dos trĂȘs lutadores de minorias Ă©tnicas sĂł Ă© impedido porque a mulher se multiplica e forma um cĂrculo ao redor deles. As doze personagens se transformam em estrela e logo formam o sĂmbolo da UE. NĂŁo hĂĄ embate: a representação da Europa consegue neutralizar o avanço dos estrangeiros.
Mundo - Fonte: O Tempo - 10/03/12.
Mais detalhes:
http://www.guardian.co.uk/world/2012/mar/06/european-commission-criticised-racist-ad?newsfeed=true
VĂdeo:
http://www.youtube.com/watch?v=n0PUQYWKkcg
POLĂTICA CIENTĂFICA: CORTES EM CIĂNCIA E O PAĂS EM MARCHA Ă RĂ
Os cortes de R$ 1,48 bilhĂŁo (22%) e de R$ 1,93 bilhĂŁo (5,5%), respectivamente, nos orçamentos dos ministĂ©rios da CiĂȘncia, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), anunciados recentemente pelo governo federal, sĂŁo deveras preocupantes quando se tem como compromissos o desenvolvimento sustentĂĄvel, a competitividade da economia brasileira e o bem-estar de nossas geraçÔes presentes e futuras.
NĂŁo se duvida das necessidades macroeconĂŽmicas que levaram o governo a promover uma redução de R$ 55 bilhĂ”es em seus gastos em 2012. Mas nĂŁo podemos concordar que, em nome do aumento do superĂĄvit primĂĄrio e da redução da dĂvida pĂșblica, seja comprometido o futuro do Brasil e dos brasileiros.
NĂŁo sabemos o quanto os cortes no MCTI e no MEC ajudarĂŁo no desempenho das contas federais, mas temos certeza sobre as suas repercussĂ”es na vida do paĂs: prejuĂzos Ă s medidas que visam reduzir o nosso inaceitĂĄvel dĂ©ficit educacional e Ă projeção no cenĂĄrio cientĂfico e tecnolĂłgico mundial, alĂ©m da diminuição da jĂĄ precĂĄria competitividade da indĂșstria brasileira.
Esses aspectos, convenhamos, não condizem com a condição de sexta economia mundial, posição que foi comemorada pelo governo.
Educação de qualidade e produção de C&T avançadas sĂŁo prioridades para o desenvolvimento nacional. Para ficar na comparação apenas com dois emergentes, a Coreia do Sul ocupa a 15ÂȘ posição no ranking de IDH e tem renda per capita PPC (paridade de poder de compra) de US$ 31.753; a FinlĂąndia tem a 22ÂȘ posição no IDH e renda per capita PPC de US$ 40.197.
JĂĄ o Brasil ocupa a 84ÂȘ posição, com renda per capita PPC de US$ 11.767. Os investimentos pĂșblicos e privados em P&D (pesquisa e desenvolvimento) nesses paĂses com relação ao PIB: FinlĂąndia, 3,84%; Coreia do Sul, 3,36%; Brasil, 1,19%.
Ă preocupante a morosa evolução dos dispĂȘndios em P&D com relação ao PIB no Brasil. Se em 2001 o investimento pĂșblico em P&D correspondia a 0,57% do PIB, em 2004 esse Ăndice baixou para 0,48%.
Em 2010, chegou a 0,63%, mas hĂĄ o receio de que o valor volte a cair no fechamento das contas de 2011, uma vez que no ano passado, apesar do crescimento do PIB, aconteceram cortes nos gastos com P&D.
HĂĄ que se notar que os cortes no MCTI tĂȘm um agravante. Boa parte do seu orçamento sai do Fundo Nacional de Desenvolvimento CientĂfico e TecnolĂłgico (FNDCT), constituĂdo por contribuiçÔes compulsĂłrias de setores como petrĂłleo, energia elĂ©trica, transporte e informĂĄtica.
No entanto, o governo federal, com a justificativa do superĂĄvit primĂĄrio, retĂ©m parte dos recursos do FNDCT que, por lei, deveriam ser aplicados em ciĂȘncia, tecnologia e inovação. Estudos apontam que de 2006 a 2010 a arrecadação do FNDCT somou R$ 11,8 bilhĂ”es, dos quais o governo reteve R$ 3,2 bi.
Ă importante que a sociedade saiba que as nossas reclamaçÔes contra os cortes em ciĂȘncia nĂŁo tem qualquer relação com questĂ”es de natureza corporativa ou salariais.
Nosso objetivo Ă© contribuir para o desenvolvimento da ciĂȘncia, da tecnologia e da inovação como componentes fundamentais para o crescimento socioeconĂŽmico do Brasil.
Temos claro que os cortes no MEC e no MCTI causarĂŁo prejuĂzos infinitamente maiores do que o montante que se estĂĄ economizando agora.
Helena Nader, 64, biomĂ©dica, Ă© presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da CiĂȘncia (SBPC), membro da Academia Brasileira de CiĂȘncias e professora da Universidade Federal de SĂŁo Paulo (Unifesp) - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/03/12.
Sociedade Brasileira para o Progresso da CiĂȘncia (SBPC) - http://www.sbpcnet.org.br/site/home/
Academia Brasileira de CiĂȘncias - http://www.abc.org.br/rubrique.php3?id_rubrique=1&recalcul=oui
Unifesp - http://www.unifesp.br/index.php
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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