âHERROSâ INFANTIS
MINAS DA ĂNDIA CONTRATAM CRIANĂAS
English:
http://www.nytimes.com/2013/02/26/world/asia/in-india-missing-school-to-work-in-the-mine.html?pagewanted=all&_r=0
National Commission for Protection of Child Rights. â
http://ncpcr.gov.in/
http://www.facebook.com/ncpcr
Impulse â
http://www.impulseasia.org/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
Tata Institute of Social Sciences â
http://www.tiss.edu/http://www.tiss.edu/
http://www.facebook.com/TISSMumbai?rf=109417699077101
Depois de descer 20 metros num poço escuro e Ășmido com a ajuda de uma escada bamba de bambu, os mineiros adolescentes entraram num buraco de 60 centĂmetros de altura e se arrastaram por 90 metros de lama, para entĂŁo começarem seu dia de trabalho, escavando carvĂŁo. Eles usavam camisetas, calças semelhantes a pijamas e botinas de borracha. NĂŁo havia um capacete ou bota de ponteira de aço Ă vista. Eles amarraram panos nas cabeças para prender faroletes e taparam seus ouvidos com pano. Passaram o dia inteiro olhando a morte de frente.
A Unicef revela que, faltando dois meses para a implementação de uma lei de 2010 que determina a obrigatoriedade de todas as crianças indianas entre seis e 14 anos de idade frequentarem a escola, cerca de 28 milhÔes delas trabalham. Crianças e adolescentes trabalhadores são vistos em toda parte: em lojas, cozinhas, fazendas, fåbricas e canteiros de obras.
"Neste paĂs temos leis muito boas", comentou Vandhana Kandhari, especialista da Unicef para a proteção infantil. "O problema estĂĄ na implementação das leis."
A pobreza, a corrupção, as escolas decrĂ©pitas e a escassez de professores estĂŁo entre as causas da situação, e nĂŁo existe um exemplo melhor do problema que as minas do tipo "toca de rato" do Estado de Meghalaya, que parecem ter saĂdo de um romance de Charles Dickens.
Meghalaya fica no isolado nordeste da Ăndia, uma ĂĄrea comprimida entre a China, o ButĂŁo, Bangladesh e Mianmar. A maioria de sua população Ă© tribal e cristĂŁ. Os idiomas falados, a comida e as feiçÔes das pessoas parecem tĂŁo chineses quanto indianos.
Suresh Thapa, 17, contou que trabalha nas minas "desde criança" e prevĂȘ que seus quatro irmĂŁos façam o mesmo. Ele e sua famĂlia vivem num barraco minĂșsculo, feito de paus e lona, perto da mina.
"Se eles não forem para as minas, que outro trabalho podem ter?" disse a mãe de Suresh, Mina Thapa. "Precisamos que eles trabalhem. Ninguém vai nos dar dinheiro. Precisamos trabalhar e nos alimentar."
A lei indiana de 1952 referente Ă s minas proĂbe o trabalho de menores de 18 anos em minas de carvĂŁo, mas o patrĂŁo de Suresh, Kumar Subba, declarou que crianças trabalham nas minas de toda a regiĂŁo.
"As crianças que trabalham sĂŁo principalmente as que sĂŁo ĂłrfĂŁs", falou Subba, que supervisiona cinco minas e emprega 130 pessoas. Ele admitiu que as condiçÔes nas minas dele e de outras pessoas na regiĂŁo sĂŁo perigosas. Suas minas pertencem a uma mineradora estatal, afirmou. "Pessoas morrem o tempo todo. VocĂȘ toma o cafĂ© da manhĂŁ, vai trabalhar e nĂŁo volta mais. Muitos jĂĄ morreram assim."
Embora o governo indiano tenha leis que proĂbam o trabalho infantil e as condiçÔes de trabalho inseguras, a implementação das leis cabe aos Estados, na maioria dos casos. A polĂcia indiana Ă© subordinada Ă polĂtica, de modo que sĂŁo raras as operaçÔes de repressĂŁo a setores sancionados por figuras poderosas.
"O trabalho infantil continua em Meghalaya porque Ă© permitido por aqueles que estĂŁo em posiçÔes de poder e autoridade, e a mesma coisa se dĂĄ em toda a Ăndia", declarou Shantha Sinha, presidente da ComissĂŁo Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Em 2010, a Impulse, organização não governamental com sede em Shillong, a capital de Meghalaya, relatou ter encontrado 200 crianças trabalhando em dez minas locais. Algumas tinham apenas cinco anos. O grupo estimou que até 70 mil crianças e adolescentes trabalhem em cerca de 5.000 minas.
As descobertas do grupo levaram Ă publicação na mĂdia indiana de imagens de crianças pequenas trabalhando sob condiçÔes pavorosas. Autoridades pĂșblicas negaram a existĂȘncia de qualquer problema de trabalho infantil.
Seguiram-se investigaçÔes da ComissĂŁo Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, alĂ©m do Instituto Tata de CiĂȘncias Sociais, um dos mais respeitados institutos independentes de pesquisa da Ăndia. Ambas as instituiçÔes confirmaram a presença de trabalhadores infantis. O grupo Tata descobriu 343 crianças de atĂ© 15 anos trabalhando em 401 minas e sete depĂłsitos de carvĂŁo.
Bindo M. Lanong, o vice-ministro chefe de Minas e Geologia do Estado de Meghalaya, refutou as descobertas.
VĂĄrias minas visitadas em Meghalaya nĂŁo tinham ventilação e possuĂam uma Ășnica entrada. Elas nĂŁo obedeciam a nenhum plano operacional, nĂŁo usavam calcĂĄrio para reduzir os riscos de explosĂ”es e tinham escoras de teto mĂnimas. As escadas de bambu eram estruturalmente frĂĄgeis e exigiam que os mineiros andassem de lado, para nĂŁo caĂrem.
De acordo com o relatĂłrio do instituto Tata, os gerentes das minas tĂȘm dificuldade em encontrar trabalhadores em nĂșmero suficiente, mesmo oferecendo salĂĄrios altos. Por isso, menores de idade e outros trabalhadores sĂŁo trazidos do Nepal e de Bangladesh, por meio de redes informais descritas por crĂticos como redes de trĂĄfico humano. Muitos acabam virtualmente presos: embora os salĂĄrios sejam altos, as operadoras das minas cobram valores altĂssimos para levar ĂĄgua, comida e outros bens essenciais aos acampamentos de mineiros. Muitas crianças e adolescentes que trabalham nas minas nĂŁo conseguem mandar dinheiro a seus pais nem ganhar o suficiente para partir.
Hå poucas escolas perto das minas, e, nas que existem, as aulas são dadas nos dialetos locais, que as crianças imigrantes geralmente não falam.
No distrito de Jaintia Hills, em Meghalaya, as minas irregulares sĂŁo tĂŁo endĂȘmicas que boa parte da regiĂŁo parece uma paisagem lunar. Mas elas dĂŁo dinheiro aos moradores da regiĂŁo. Suresh contou que hoje ganha entre US$ 37 e US$ 74 por semana, um salĂĄrio alto num paĂs onde dois terços da população vive com menos de US$ 15 semanais. Ele dĂĄ o dinheiro Ă sua famĂlia.
Suresh disse que jĂĄ viu pessoas morrerem. "Mas eu ainda nĂŁo sofri um acidente."
"Bem", corrigiu, "uma vez eu machuquei as costas quando a lama cedeu, mas trabalhamos no dia seguinte mesmo assim".
Gardiner Harris â Fonte: Folha de S.Paulo â 04/03/13.
Reportagem original em inglĂȘs do âThe New York Timesâ:
http://www.nytimes.com/2013/02/26/world/asia/in-india-missing-school-to-work-in-the-mine.html?pagewanted=all&_r=0
ComissĂŁo Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente â
http://ncpcr.gov.in/
http://www.facebook.com/ncpcr
Impulse -
http://www.impulseasia.org/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
Instituto Tata de CiĂȘncias Sociais â
http://www.tiss.edu/http://www.tiss.edu/
http://www.facebook.com/TISSMumbai?rf=109417699077101
INVASORES DE CORPOS
Eles te atacam quando vocĂȘ menos espera; na calada da noite, no lusco-fusco, no cafĂ© da manhĂŁ, na salada do almoço, ao cair da tarde, no happy hour e atĂ© de madrugada. VocĂȘ estĂĄ lĂĄ, quietinho, trabalhando ou se divertindo quando eles aparecem, vĂĄ saber de onde. Eles chegam por telefone, por e-mail, via mensagem no celular, no sinal vermelho, numa garagem escura ou clara, no posto de gasolina e atĂ© na seção de verduras de um supermercado. NĂŁo tem perdĂŁo. VĂŁo direto na jugular.
INVASORES DE ALMA
Cravam as jugulares atravĂ©s de nossos olhos ou ouvidos. SĂŁo eles, os alienĂgenas disfarçados de corretores de imĂłveis, verdadeiras bolhas assassinas do tempo e de nossa paciĂȘncia. Atacam como "pedintes", malabaristas, flanelinhas e telemarketing de bancos ou telefĂŽnicas oferecendo mil serviços e vantagens, com precinhos, no final, exorbitantes.
INVASORES DE QUINTAL
Mais que invasĂŁo de privacidade, Ă© atentado Ă liberdade de ir e vir. AntĂtese da gentileza urbana e da civilização, ultraje a rigor. Amigo e leitor foi a um cartĂłrio, rua SĂŁo Paulo, perto da galeria do Ouvidor. Com muito custo conseguiu driblar homens com cavalete vendendo joias, livros etc. SĂł faltam te agarrar pelo braço e comer sua alma. Vade retro!
Paulo Navarro â Fonte: O Tempo â 04/03/13.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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