PERIGO! PERIGO!
CRUZES FLUTUANTES
English:
http://www.csmonitor.com/photosoftheday/index.php?image=11&date=2008/0930/
Grécia - Ativistas do Greenpeace depositam 200 cruzes flutuantes no mar para simbolizar os perigos do projeto de uma nova usina de carvão no Golfo de Corinto.
Fonte: Terra - 30/09/08.
NOMES BIZARROS DE CANDIDATOS GANHAM O MUNDO
Depois de o "The Guardian" repercutir o fenĂŽmeno de candidatos a prefeito e vereador no Brasil adotarem o nome do democrata Barack Obama, outro jornal britĂąnico, o Daily Telegraph (http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/southamerica/brazil/3117857/Barack-Obama-contests-Brazil-elections-against-Chico-Bin-Laden.html), traz uma matĂ©ria com nomes ainda mais infames. HĂĄ "homenagens" a "infames personalidades do Oriente MĂ©dio", como LuĂs Bin Laden e DJ Saddam, ao presidente dos EUA, que por aqui virou "Jorge Bushi". Nas adaptaçÔes do presidente Lula, entĂŁo, tem de tudo: AmbulĂąncia Lula, RĂĄdio Lula, Cabeleireiro Lula. NĂŁo seria o caso de o Tribunal Superior Eleitoral estudar alguma medida para impedir bizarrices como essas? SenĂŁo, vamos continuar virando chacota lĂĄ fora...
Fonte: O Filtro (http://www.ofiltro.com.br) - 02/10/08.
ENSINO BRASILEIRO ESTĂ ENTRE OS PIORES
Estudo divulgado pelo Bird (Banco Mundial) aponta que, no Brasil, a oferta de serviços bĂĄsicos para crianças Ă© somente pouco superior Ă mĂ©dia da AmĂ©rica Latina. Especificamente em educação, o paĂs fica nas Ășltimas colocaçÔes.
Para fazer a anĂĄlise, a entidade criou um indicador chamado Ăndice de Oportunidades Humanas, que analisa fatores de ensino e de moradia (acesso a ĂĄgua, energia e saneamento).
Se considerados apenas os indicadores educacionais, o Brasil ficou em 15Âș lugar entre 19 paĂses, atrĂĄs de BolĂvia, Peru e RepĂșblica Dominicana. Os mais bem posicionados foram Chile, Jamaica e Argentina.
Foram analisados o nĂșmero de alunos que terminam a sexta sĂ©rie (antigo ginĂĄsio) na idade correta e a quantidade de crianças entre 10 e 14 anos na escola.
Na escala de 0 a 100, o Brasil tirou 67 no indicador de educação. A média da região foi 76.
JĂĄ na nota que condensa tanto fatores educacionais quanto de moradia, o paĂs subiu para dĂ©cimo, com nota 72. A mĂ©dia da regiĂŁo ficou em 70.
De acordo com o estudo, "o Brasil estå perto do acesso universal à eletricidade, a meio caminho no saneamento e tem muito o que fazer na educação".
Na ĂĄrea de educação, o Brasil teve um desempenho ruim na quantidade de crianças na sĂ©rie compatĂvel com a idade: foi melhor apenas que NicarĂĄgua e Guatemala. Pesquisas nacionais e internacionais ligam a repetĂȘncia a piores notas e aumento do abandono.
Em relação ao nĂșmero de jovens na escola, o Brasil estĂĄ melhor (ficou na terceira posição).
AlĂ©m da oferta de serviços, o estudo considerou tambĂ©m a eqĂŒidade; ou seja, se os benefĂcios chegam a todas as classes.
Os aspectos considerados -matrĂculas nas escolas; crianças na sĂ©rie correta; acesso a ĂĄgua, energia e saneamento- foram escolhidos por serem "oportunidades essenciais para que as crianças tenham potencial para obterem melhores condiçÔes no futuro".
FĂĄbio Takahashi - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/10/08.
Bird - http://www.worldbank.org/
ESCOLA BĂSICA
Quase 90% dos 2,4 milhÔes de analfabetos com idade entre 7 e 14 anos estão matriculados na rede oficial.
Fonte: Veja - Edição 2080.
ALUNOS EXPULSOS
TrĂȘs estudantes que colocaram cola na cadeira de uma professora, em Campinas, foram expulsos e serĂŁo transferidos para trĂȘs escolas diferentes.
Fonte: O Tempo - 01/10/08.
PRĂ-CULPA
Ă raro passar muito tempo, hoje em dia, sem que o brasileiro comum se veja acusado de alguma coisa. Se algo estĂĄ errado, se um grupo de pessoas tem um problema ou se alguĂ©m sofre um tipo qualquer de injustiça, o cidadĂŁo jĂĄ pode ir se preparando: a culpa provavelmente Ă© dele. A maneira de dizer isso Ă© conhecida: "A culpa Ă© da sociedade". Ou: "A culpa Ă© de todos nĂłs". A culpa tambĂ©m pode ser "das elites", ou "da classe mĂ©dia" â sendo pior, ainda, a situação dos que caem na classificação "elites brancas" e, pior do que tudo, "elites brancas do sul". A hipĂłtese de que as pessoas atingidas por qualquer dificuldade da vida tenham alguma responsabilidade, por menor que seja, em sua situação nĂŁo Ă© sequer considerada. Os culpados sĂŁo sempre os outros, e esses outros sĂŁo sempre os que conseguiram um grau qualquer de sucesso, mesmo modesto, naquilo que fazem ou que sĂŁo. Pouco importa se obtiveram isso em razĂŁo de mĂ©rito pessoal â na forma de esforço prĂłprio, talento individual ou simples trabalho duro. Os responsĂĄveis pelas carĂȘncias alheias, na falta de alguĂ©m que possa ser acusado de imediato, sĂŁo eles. Ă como acontece em certas rodas de pĂŽquer: se depois de dez minutos de jogo ainda nĂŁo deu para descobrir quem Ă© o pato da mesa, cuidado â Ă© quase certo que ele seja vocĂȘ. No Brasil de hoje, num leque de problemas que vai dos Ăndios macuxis de Roraima aos meninos de rua de SĂŁo Paulo, nem Ă© preciso esperar tanto. O culpado nĂŁo vai aparecer. Prepare-se, entĂŁo, para ser denunciado.
Tome-se o caso dos Ăndios de Roraima, para quem o governo deu uma reserva com ĂĄrea de 17 000 quilĂŽmetros quadrados. Resulta que hĂĄ, na terra demarcada para os Ăndios, gente que pelos mapas oficiais nĂŁo deveria estar lĂĄ. Quem entra nesse tipo de bola dividida assume riscos; mas, enquanto o Supremo Tribunal Federal delibera a respeito, nĂŁo apenas os fazendeiros que cultivam ĂĄreas na reserva se vĂȘem em julgamento. Vai se formando, ao mesmo tempo, um vago clima de denĂșncia contra os "brancos" em geral, especialmente os que decidem ir para lugares como Roraima â ou para a AmazĂŽnia como um todo. Em outros tempos podiam ser considerados desbravadores, herĂłis ou patriotas, como o marechal Rondon ou PlĂĄcido de Castro. Hoje sĂŁo freqĂŒentemente vistos como bandoleiros.
O episĂłdio de Roraima Ă© apenas um entre muitos. Avança no Brasil, cada vez mais, um movimento nacional prĂł-distribuição de culpa â uma espĂ©cie de xis-tudo onde qualquer ingrediente pode entrar, desde que sirva para criar algum tipo de rĂ©u. O brasileiro Ă© culpado pela pobreza em sua volta, pelas violĂȘncias que ele mesmo sofre e, 120 anos depois da abolição, pelos problemas da população negra. TambĂ©m Ă© culpado por nĂŁo ir para o trabalho em transporte coletivo, de bicicleta ou a pĂ©. Cabe-lhe culpa pela degradação do bioma da AmazĂŽnia, do cerrado e da Mata AtlĂąntica, embora muitas vezes nem saiba o que Ă© o bioma. Ă acusado de nĂŁo morar nas periferias, nĂŁo ganhar o salĂĄrio mĂnimo e nĂŁo usar madeira certificada. Ă criticado por colocar seus filhos em escolas particulares â como se fizesse isso porque gosta de torrar dinheiro pagando mensalidade. Ă culpa sua, enfim, que o Brasil seja injusto, dentro da idĂ©ia pela qual a desigualdade Ă© provocada por quem, individualmente, Ă© melhor â e, como resultado disso, tem uma vida melhor. O problema, nessa maneira de ver o mundo, nĂŁo Ă© a escassez de maiores oportunidades para todos; Ă© o fato de haver recompensas diferentes para resultados diferentes.
O sujeito oculto de toda essa questĂŁo, no fundo, Ă© a hostilidade ao mĂ©rito. Ter mĂ©rito, para os agentes do PrĂł-Culpa, Ă© prejudicar alguĂ©m. NĂŁo Ă© um ativo; Ă© um dĂ©bito. Em vez de ser razĂŁo para incentivo, Ă© algo a ser "compensado" â uma maneira disfarçada de dizer desencorajado, limitado ou punido. Ă animador, nesse clima, ver um polĂtico como o deputado Ciro Gomes observar que o interesse comum sĂł tem a ganhar com o estĂmulo ao mĂ©rito individual â a "desigualdade positiva", diz ele. O deputado gosta de ver a si prĂłprio como um homem de esquerda; mas nĂŁo acha que isso o obrigue a ser cego. O que ele parece estar perguntando Ă©: "Que culpa um cidadĂŁo tem de ser inteligente?". A isso se poderia acrescentar que tambĂ©m nĂŁo hĂĄ nada de errado em ser talentoso, eficaz ou em trabalhar mais â e, sobretudo, no fato de haver benefĂcios maiores para quem produz mais e melhor. O Brasil serĂĄ um paĂs bem mais arrumado quando tomar a decisĂŁo de concentrar-se na multiplicação de chances para quem estĂĄ pior â e deixar em paz quem estĂĄ melhor.
J.R. Guzzo - Fonte: Veja - Edição 2080.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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