FM - Faculdade Mental

A JENTE HERRAMOS - 24/01/2008

A "JENTE HERRAMOS", MAS A NATUREZA NÃƒO...

U.S. COAST GUARD 47-FT MOTOR LIFE BOAT 04/12/07 MORRO BAY

Veja a foto acima e uma seqÃ¼Ãªncia de fotos em:
http://www.realtree.com/forums/showthread.php?t=68254

"Seems a very unsuitable beach for swimming and surfing!!!!! Large storm swells reached Morro Bay California on December 4, 2007, bringing 15-20 foot swells with some plus sets. A U.S. Coast Guard 47-foot Motor Life Boat was out for practice maneuvers in the large surf, which is not unusual. However, a large wave hit that was probably more than they bargained for...at least it's the hardest I've ever seen them get hit. The air was filled with mist, and they were quite distant, so at times were just a shadow in the mist. I've adjusted them for better visibility, however the quality of the photos is not the greatest due to the above conditions, and futile attempts to keep the lens dry."
TRADUÃ‡ÃƒO LIVRE: â€œParece uma praia nÃ£o muito apropriada para nataÃ§Ã£o e surf. A tempestade chegou em Morro Bay na CalifÃ³rnia em 04 de dezembro de 2007, trazendo ondas de 15-20 pÃ©s (4,5 a 6 metros). Um barco da Guarda costeira americana estava fazendo manobras. Entretanto, uma onda grande bateu ... a maior e mais forte que eu jÃ¡ havia visto. O ar cheio de nÃ©voa. Eu ajustei a cÃ¢mera para uma visibilidade melhor, porÃ©m a qualidade das fotos nÃ£o estÃ¡ muito boa devido Ã s circunstÃ¢ncias, e tentativas de manter a lente seca.â€

(ColaboraÃ§Ã£o: Fabiano - R.J.)

MANCADAS DE TRADUÃ‡ÃƒO: RIR OU CHORAR?

Ã‰ de chorar, nÃ£o?"
Assim um leitor reagiu ao erro de traduÃ§Ã£o da Folha no primeiro dia do ano.
Na entrevista com o cientista polÃtico David Samuels, seu livro "From Socialism to Social Democracy? The Evolution of the Workers" Party in Brazil" foi traduzido como "Do socialismo Ã social-democracia? A evoluÃ§Ã£o da festa dos trabalhadores no Brasil".
Dois dias depois, a correÃ§Ã£o esclareceu que o tÃtulo se referia ao "Partido dos Trabalhadores" (o tal "Workers" Party"), e nÃ£o a alguma "festa" -outra traduÃ§Ã£o literal para "party", despropositada no contexto.
Para chorar ou rir, enganos de traduÃ§Ã£o constituem ameaÃ§a cotidiana ao jornalismo. Volta e meia, lÃªem-se em portuguÃªs, incompreensÃveis ou distorcidas, informaÃ§Ãµes e declaraÃ§Ãµes veiculadas na origem em outro idioma.
No fim de dezembro, o Screen Actors Guild, sindicato americano de atores de TV e cinema, transformou-se na Folha em entidade de crÃticos.
Em setembro, "The Palermo Shooting", filme de Wim Wenders, foi tratado como "O tiroteio de Palermo". ApÃ³s o alerta de um leitor, "Erramos" reconheceu que as "traduÃ§Ãµes mais adequadas" seriam "Fotografando Palermo" ou "Filmando Palermo" -"shooting" tem acepÃ§Ãµes diversas.
O "tiroteio" pela Casa Branca estimulou o Programa de Qualidade do jornal a distribuir dez dias atrÃ¡s uma valiosa relaÃ§Ã£o de mais de uma centena de "termos comumente usados na cobertura eleitoral americana, para facilitar traduÃ§Ãµes e evitar problemas com falsos cognatos ou traduÃ§Ãµes literais de expressÃµes idiomÃ¡ticas".
A lista foi coordenada pela editora de Treinamento, Ana Estela de Sousa Pinto, a partir de sugestÃ£o de Roberto Dias, ex-correspondente em Nova York e hoje editor-assistente de Brasil. Ensina-se, por exemplo, que "strategist" nada mais Ã© que "marqueteiro".
Os leitores ganhariam se o jornal fosse mais fiel a essas instruÃ§Ãµes do que costuma ser ao "Manual da RedaÃ§Ã£o".
O "Manual" determina: "A traduÃ§Ã£o da expressÃ£o de lÃngua inglesa "press conference" Ã© "entrevista coletiva'", nÃ£o "conferÃªncia de imprensa". A fÃ³rmula vetada segue assÃdua.
Bem como "evidÃªncia" no lugar de "prova", que no ambiente da JustiÃ§a deve ser a traduÃ§Ã£o mais comum (com "indÃcio") de "evidence", liÃ§Ã£o da lista que reafirma o "Manual". Em maio, noticiou-se que um homem foi solto "por falta de evidÃªncias". Em bom portuguÃªs, faltaram provas.
Dos sete jornalistas que contribuÃram para a elaboraÃ§Ã£o da lista, o mais tarimbado Ã© Carlos Eduardo Lins da Silva, hoje diretor de RelaÃ§Ãµes Institucionais da Patri PolÃticas PÃºblicas. Ele foi correspondente da Folha em Washington em 1987-88 e 1991-99.
Indaguei-lhe sobre traduÃ§Ã£o. "O desafio maior Ã© encontrar a expressÃ£o em portuguÃªs do Brasil que tenha o significado mais prÃ³ximo possÃvel do que a palavra a ser traduzida tem na cultura da lÃngua de origem", ele respondeu.
"Ou seja: conhecer o contexto em que a palavra original Ã© usada. Como no caso do "party': Tecnicamente, Ã© festa mesmo. Mas (...) no contexto da polÃtica nÃ£o Ã©. Por isso, para traduzir bem de verdade, Ã© preciso que o tradutor tenha vivido na sociedade que usa a lÃngua que deseja traduzir. Ou, no mÃnimo, que conheÃ§a muito bem essa sociedade."
HÃ¡ duas dÃ©cadas tradutora na Folha, Clara Allain Ã© reconhecida pela excelÃªncia do seu trabalho -nÃ£o sÃ£o dela os erros aqui enumerados. Filha de inglesa e francÃªs, ela aponta alguns desafios da profissÃ£o.
"SÃ£o vÃ¡rios -talvez o maior seja a falta de tempo para pesquisar coisas que diferem de paÃs a paÃs. Exemplo: se promotor Ã© o mesmo que "prosecutor", se "chancellor" Ã© chanceler, e assim por diante."
"SÃ£o as diferenÃ§as de organizaÃ§Ã£o social, polÃtica, educacional, sindical etc. etc., de um paÃs a outro, que Ã s vezes fazem com que seja difÃcil encontrar a traduÃ§Ã£o correta para termos, ou a que chega mais perto da idÃ©ia original, quando se estÃ¡ correndo contra o tempo e a falta de espaÃ§o."
Lins da Silva acrescenta: pressa e preguiÃ§a sÃ£o as maiores armadilhas da traduÃ§Ã£o.
Os dois pecados conspiraram para traiÃ§Ãµes da Folha aos originais: Silicon Valley saiu como Vale do Silicone (e nÃ£o do SilÃcio); "Il Gattopardo", como "O Gato Pardo" (o romance italiano Ã© "O Leopardo"); e a gÃria americana "Bimbo", designaÃ§Ã£o de "moÃ§a considerada bonita, mas pouco inteligente", virou Ã³rgÃ£o sexual masculino.
SÃ£o mancadas dos anos 90. NÃ£o custa o esforÃ§o para nÃ£o engordar a antologia de vexames que fazem rir ou chorar.

MÃ¡rio MagalhÃ£es Ã© o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2007. O ombudsman tem mandato de um ano, renovÃ¡vel por mais dois. NÃ£o pode ser demitido durante o exercÃcio da funÃ§Ã£o e tem estabilidade por seis meses apÃ³s deixÃ¡-la. Suas atribuiÃ§Ãµes sÃ£o criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamaÃ§Ãµes, e comentar, aos domingos, o noticiÃ¡rio dos meios de comunicaÃ§Ã£o.
Fonte: Folha de S.Paulo - 20/01/08.

GOVERNO BUSH FEZ 935 DECLARAÃ‡Ã•ES FALSAS DE 2001 A 2003, DIZ ESTUDO

Um estudo do Centro pela Integridade PÃºblica e do Fundo pela IndependÃªncia no Jornalismo, organizaÃ§Ãµes sem fins lucrativos, constatou que o presidente George W. Bush e funcionÃ¡rios importantes de seu governo fizeram 935 declaraÃ§Ãµes falsas sobre a ameaÃ§a que o Iraque representava Ã seguranÃ§a dos EUA nos dois anos seguintes aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
O estudo, divulgado na noite de anteontem, conclui que as declaraÃ§Ãµes eram "parte de uma campanha orquestrada que galvanizou a opiniÃ£o pÃºblica e, no processo, levou o paÃs Ã guerra sob pretextos incontestavelmente falsos".
Os pesquisadores descobriram que discursos, briefings, entrevistas e outras ocasiÃµes serviram para que Bush e outros funcionÃ¡rios do governo declarassem inequivocamente em ao menos 532 ocasiÃµes que o Iraque tinha armas de destruiÃ§Ã£o em massa, estava tentando produzi-las ou obtÃª-las, ou que mantinha laÃ§os com a rede terrorista Al Qaeda.
"Tornou-se inquestionÃ¡vel, hoje, que o Iraque nÃ£o possuÃa armas de destruiÃ§Ã£o em massa nem tinha vÃnculos com a Al Qaeda", escrevem Charles Lewis e Mark Reading-Smith na sinopse do estudo. "O governo Bush conduziu o paÃs Ã guerra com base em informaÃ§Ãµes errÃ´neas que as autoridades propagaram metodicamente, em um processo que culminou com a aÃ§Ã£o militar contra o Iraque em 19 de marÃ§o de 2003."
AlÃ©m de Bush, o estudo cita o vice-presidente Dick Cheney, a entÃ£o assessora de seguranÃ§a nacional Condoleezza Rice, o secretÃ¡rio da Defesa Donald Rumsfeld, o secretÃ¡rio de Estado Colin Powell, o secretÃ¡rio-assistente da Defesa Paul Wolfowitz e os porta-vozes da Casa Branca Ari Fleischer e Scott McClellan -com exceÃ§Ã£o de Rice, que substituiu Powell, todos jÃ¡ deixaram o governo.
Bush estÃ¡ no topo da lista, com 259 falsas declaraÃ§Ãµes, seguido por Powell. Os nÃºmeros advÃªm de um banco de dados que compilou declaraÃ§Ãµes pÃºblicas nos dois anos apÃ³s o 11 de Setembro, bem como relatÃ³rios do governo, livros, reportagens, discursos e entrevistas. "O efeito cumulativo dessas declaraÃ§Ãµes falsas, amplificadas por milhares de reportagens em mÃdia impressa e eletrÃ´nica, foi imenso, e a cobertura de mÃdia criou um ruÃdo quase impenetrÃ¡vel por diversos meses", diz o estudo.
"Alguns jornalistas e organizaÃ§Ãµes noticiosas admitiram que sua cobertura nos meses que precederam a guerra foi deferente e acrÃtica demais. Boa parte dessa cobertura abrangente sobre o tema ofereceu validaÃ§Ã£o adicional, "independente", Ã s falsas declaraÃ§Ãµes do governo Bush."

DA ASSOCIATED PRESS - TraduÃ§Ã£o de PAULO MIGLIACCI - Fonte: Folha de S.Paulo - 24/01/08.

SI, HABLAMOS PORTUGUÃŠS SELVAGEM!

Existe um UM grupo de protesto que cola cartazes pelos muros do Rio de Janeiro. O motivo: eles sÃ£o contra o uso de palavras estrangeiras na nossa lÃngua. E-mail, para eles, deveria ser correio eletrÃ´nico. HÃ¡ ainda uma lista de palavras escritas no cartaz. A gente olha e acha graÃ§a. Nos sentimos como garotas portuguesas: "OlÃ¡, estou a lhe enviar um correio eletrÃ´nico, gajo!" NinguÃ©m fala assim.
Temos que admitir que, muitas vezes, achamos que as pessoas que colam os cartazes sofriam de falta do que fazer. Mas mudamos de opiniÃ£o e queremos aqui dar nosso apoio ao tal grupo. Faz um tempo que estamos de saco cheio do excesso de uso de palavras em inglÃªs na nossa vida. Palavras, nÃ£o. Ã€s vezes, sÃ£o frases inteiras. Como se alguns de nossos amigos morassem em Nova York (em algum lugar onde nÃ£o tenha imigrantes, Ã© claro). Como se eles, por falarem inglÃªs no meio de uma conversa, se sentissem meio primeiro mundo. Fica meio cafona.
- Andar de Ã´nibus nÃ£o Ã© "safely" - disse uma amiga outro dia numa conversa.
Reclamamos. Ela falou que nÃ£o tinha palavra melhor. Sugerimos "seguro". Seria "seguro" um vocÃ¡bulo obsoleto, algo que datou na Ã©poca do Machado de Assis?
- NinguÃ©m fala que algo Ã© "gelado" quando quer dizer que Ã© "cool" - emendou ela.
TÃ¡ bom. Ela poderia falar legal, genial, bacana. Mas nÃ£o. Falamos em inglÃªs porque somos hype, trend e... babacas. No meio da nossa indignaÃ§Ã£o, descobrimos o motivo de usarem tantas palavras em inglÃªs: pode ser para disfarÃ§ar as bobagens que a pessoa estÃ¡ falando.
Por exemplo, "toy art". Ã‰ um vocÃ¡bulo lindo. NinguÃ©m desconfia que a traduÃ§Ã£o Ã© "bonequinhos que custam o olho da cara". Ou, em tempos de semana de moda, "lounge": lugar onde as pessoas ficam sem fazer nada tentando descolar um brinde.
Alto lÃ¡: nÃ£o somos contra hibridismos lingÃ¼Ãsticos, gostamos de gÃrias, de inventar palavras, seja na lÃngua que for. A gente Ã© bem "descontrol" neste sentido. E amamos hablar um bom portunhol selvagem.
Mas moramos no Brasil e falamos portuguÃªs. E se vocÃªs nÃ£o sabem o que Ã© isso... HELLO!!!!!
Momento de histeria: Vou pegar minha toy art no lounge cool, ok?

02 NeurÃ´nio - JÃ´ Hallack, Nina Lemos, Raq Affonso - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/01/08.

E NÃ“IS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA! CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ã‰ UMANO!
Se vocÃª vir alguma coisa errada, mande um e-mail pelo FALE CONOSCO que "a ajente correge". Clique aqui e envie: http://www.faculdademental.com.br/fale.php