PROTESTO CONTRA ARRASTĂO
PESCA PREDATĂRIA
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http://galleries.thelondonpaper.com/bodypaint-divers-sea-creatures/
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WWF Germany - http://www.wwf.de/themen/kampagnen/beifang-kampagne/foto-event-in-berlin/
Alemanha - Mergulhadora com o corpo pintado representando uma criatura marinha participa de manifestação contra a pesca predatória em Berlim. Submersos em uma piscina e enrolados em redes, os ativistas da ONG World Wide Fund for Nature (WWF) protestaram contra a pråtica do arrastão por pescadores no Mar do Norte.
Fonte: Terra - 03/11/08.
WWF Germany - http://www.wwf.de/themen/kampagnen/beifang-kampagne/foto-event-in-berlin/
A TERRA NĂO AGUENTA
A exploração dos recursos naturais da Terra permite Ă humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundĂąncia de riquezas proporcionada pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotĂĄvel. Essa visĂŁo foi reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais dos quais o homem depende para manter seu padrĂŁo de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto â e que Ă© urgente evitar o desperdĂcio. Um relatĂłrio publicado na semana passada pela ONG World Wildlife Fund dĂĄ a dimensĂŁo de como a exploração dos recursos da Terra saiu do controle e das conseqĂŒĂȘncias que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrĂŁo de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de recuperĂĄ-los. Ou seja, a natureza nĂŁo mais dĂĄ conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela. A conta da ONG foi feita da seguinte forma. Primeiro, estimou-se a quantidade de terra, ĂĄgua e ar necessĂĄria para produzir os bens e serviços utilizados pelas populaçÔes e para absorver o lixo que elas geram durante um ano. A seguir, esses valores foram transformados em hectares e o resultado dividido pelo nĂșmero de habitantes do planeta. Chegou-se Ă conclusĂŁo de que cada habitante usa 2,7 hectares do planeta por ano. Nesta conta, o brasileiro utiliza 2,4 hectares. De acordo com a anĂĄlise, para usar os recursos sem provocar danos irreversĂveis Ă natureza, seria preciso que cada habitante utilizasse, no mĂĄximo, 2,1 hectares. Se o homem continuar a explorar a natureza sem dar tempo para que ela se restabeleça, em 2030 serĂŁo necessĂĄrios recursos equivalentes a dois planetas Terra para atender ao padrĂŁo de consumo. Essa perspectiva, conclui o relatĂłrio, Ă© uma ameaça Ă prosperidade futura da humanidade, com impacto no preço dos alimentos e da energia.
Nos Ășltimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou. Esse aumento se deve, principalmente, Ă elevação do padrĂŁo de vida das naçÔes ricas e emergentes e ao crescimento demogrĂĄfico dos paĂses pobres. A população africana triplicou nas Ășltimas quatro dĂ©cadas. O crescimento econĂŽmico dos paĂses em desenvolvimento, como a China e a Ăndia, vem aumentando em ritmo frenĂ©tico a necessidade de matĂ©rias-primas para as indĂșstrias. China e Estados Unidos, juntos, consomem quase metade das riquezas naturais da Terra. O impacto ambiental da China se explica pela demanda de sua imensa população e, nos Estados Unidos, pelo elevado nĂvel de consumo. Nas contas da World Wildlife Fund, enquanto o chinĂȘs usa 2,1 hectares do planeta, o americano chega a utilizar 9,4 hectares. Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padrĂŁo de vida dos americanos, seriam necessĂĄrias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades.
A exploração abusiva do planeta jĂĄ tem conseqĂŒĂȘncias visĂveis. A cada ano, uma ĂĄrea de floresta equivalente a duas vezes o territĂłrio da Holanda desaparece. Metade dos rios do mundo estĂĄ contaminada por esgoto, agrotĂłxicos e lixo industrial. A degradação e a pesca predatĂłria ameaçam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentação. As emissĂ”es de CO2 cresceram em ritmo geomĂ©trico nas Ășltimas dĂ©cadas, provocando o aumento da temperatura do globo.
Evitar uma catĂĄstrofe planetĂĄria Ă© possĂvel. O grande desafio Ă© conciliar o desenvolvimento dos paĂses com a preservação dos recursos naturais. Para isso, segundo os especialistas, sĂŁo necessĂĄrias soluçÔes tecnolĂłgicas e polĂticas. "Os governos precisam criar medidas que assegurem a adoção de hĂĄbitos sustentĂĄveis, em vez de apenas esperar que as pessoas o façam voluntariamente", disse a VEJA o antropĂłlogo americano Richard Walker, especialista em desenvolvimento sustentĂĄvel da Universidade Indiana, nos Estados Unidos. O engenheiro agrĂŽnomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das NaçÔes Unidas para Agricultura e Alimentação, propĂ”e que se concedam incentivos e subsĂdios a agricultores que produzam de forma sustentĂĄvel. Diz ele: "Hoje, a produtividade de uma lavoura Ă© calculada com base nos quilos de alimento produzidos por hectare. No futuro, deverĂĄ ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a ĂĄgua". Como mostra o relatĂłrio da World Wildlife Fund, Ă© preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza Ă© capaz de repor.
Apetite voraz
A humanidade usa os recursos naturais como se eles fossem inesgotĂĄveis. Ă aĂ que mora o perigo
Ăgua doce
Apenas 1% de toda a ĂĄgua do planeta Ă© apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde Ă ĂĄgua salgada dos mares e ao gelo dos pĂłlos e montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de ĂĄgua doce do planeta. Em quarenta anos, utilizarĂĄ 80%. A situação fica mais grave quando se considera que 50% dos rios do mundo estĂŁo poluĂdos
Terras cultivĂĄveis
O planeta Ă© formado por 15 bilhĂ”es de hectares de terras, mas sĂł 12% delas servem para o cultivo. As demais correspondem a cidades, pastos, desertos, zonas montanhosas e geleiras. Nas Ășltimas trĂȘs dĂ©cadas, o total de terras atingidas por secas severas dobrou por causa do aquecimento global. Na China, todos os anos uma ĂĄrea equivalente Ă metade de Sergipe se transforma em deserto
Cardumes
Das 200 espĂ©cies de peixe com maior interesse comercial, 120 sĂŁo exploradas alĂ©m do nĂvel sustentĂĄvel. Nesse ritmo, o volume de pescado disponĂvel terĂĄ diminuĂdo em mais de 90% por volta de 2050
Oceanos
Estima-se que 40% da ĂĄrea dos oceanos esteja gravemente degradada pela ação do homem. Nas Ășltimas cinco dĂ©cadas, o nĂșmero de zonas mortas nos oceanos cresceu de trĂȘs para 150. Das 1 400 espĂ©cies de coral conhecidas, treze estavam ameaçadas de extinção hĂĄ dez anos. Hoje, sĂŁo 231
Atmosfera
Desde 1961, a quantidade de diĂłxido de carbono (CO2) despejada pela humanidade na atmosfera com a queima de combustĂveis fĂłsseis cresceu dez vezes. Essa descarga poluente provoca o aquecimento do planeta, o que causa secas, inundaçÔes, acidificação dos oceanos e extinção de espĂ©cies
Fonte: Veja - edição 2085.
O BONDE DO CLIMA
O pessimismo, deste ponto de vista atual, mostra-se a maneira mais correta de encarar a realidade.
Uma das desvantagens de viver muito, pelo menos meio século, é ver de tudo acontecer -e também o seu contrårio. Veja só o que estå ocorrendo com o assunto mais importante do mundo, o clima do planeta.
Quem tiver mais de 30 anos talvez se lembre do bafafĂĄ em torno da CĂșpula da Terra, a ConferĂȘncia das NaçÔes Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio em 1992, ou Eco-92.
Mais de uma centena de chefes de Estado presentes, inclusive George Bush (pai). Até cadernos diårios sobre ecologia eram publicados em jornais brasileiros. Por algumas semanas, não se falou de outra coisa.
Assinou-se no Rio um tratado para impedir uma mudança perigosa do clima, outro para proteger a biodiversidade. AĂ vieram as sucessivas crises financeiras que deixaram paĂses como o Brasil de pires na mĂŁo. O receituĂĄrio dito neoliberal dominou o pensamento econĂŽmico por toda parte.
Sob um vendaval desregulamentador, o tema do ambiente global minguou até quase desaparecer da pauta.
Clima e biodiversidade que se danassem. O mundo tinha outras prioridades. Visto do presente, o Protocolo de Kyoto adotado em 1997 -espĂ©cie de regulamentação da Convenção do Clima- reduz-se a um anticlĂmax. Na Ă©poca, pareceu a muitos que o debate sobre o que fazer para enfrentar o aquecimento global enfim entrava nos trilhos.
O assunto ressuscitou no começo de 2007. Com a divulgação a prestaçÔes do Quarto RelatĂłrio de Avaliação (apelidado AR4) do Painel Intergovernamental sobre Mudança ClimĂĄtica (IPCC, colegiado de pesquisadores instituĂdo pela ONU e pela Organização MeteorolĂłgica Mundial), o aquecimento global voltou Ă s manchetes.
A renovada preocupação com o clima não veio para ficar. Durou só enquanto as novidades do IPCC reverberaram em nossa propensão oca para alarmar-se com tudo e qualquer coisa.
Ao desgaste natural trazido pela superexposição do tema se soma agora uma ameaça maior -mais imediata- que se levanta no horizonte: a crise financeira mundial.
AlguĂ©m acredita que, nessa conjuntura, os governos mundiais conseguirĂŁo coordenar-se e adotar medidas penosas para conter o aquecimento global nos prĂłximos 14 meses, alinhavando um substituto de Kyoto na ConferĂȘncia de Copenhague?
Considere o caso do Brasil. O governo federal atĂ© produziu um documento preliminar que teve a coragem de chamar de Plano Nacional de Mudanças ClimĂĄticas. Ă pĂfio, por nĂŁo conter objetivos claros de redução de emissĂŁo de gases do efeito estufa.
Nada a estranhar, num governo que só pensa em hidrelétricas na AmazÎnia, em tornar-se exportador de energia fóssil enterrada no pré-sal hå centenas de milhÔes de anos e em salpicar o território nacional com meia centena de usinas termonucleares. E que jå começa a entrar em pùnico, ao descobrir que a marola financeira estå mais para tsunami.
Diante dele, Ă© fĂĄcil prever que este governo nĂŁo vai refazer o inventĂĄrio nacional de gases-estufa. NĂŁo vai dar a atenção devida para conservação de energia, eficiĂȘncia energĂ©tica, energias alternativas. NĂŁo vai tornar obrigatĂłrio o selo indicador de consumo de combustĂvel dos carros.
NĂŁo hĂĄ mais clima para nada disso.
Nunca houve. Um dia nĂŁo haverĂĄ mais clima para nada.
Marcelo Leite Ă© autor de "CiĂȘncia - Use com Cuidado" (Editora da Unicamp, 2008) e de "Brasil, Paisagens Naturais - Espaço, Sociedade e Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ătica, 2007). Blog: CiĂȘncia em Dia (cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br). Fonte: Folha de S.Paulo - 02/11/08.
BALA PERDIDA
Dados extraĂdos do estudo SaĂșde Brasil, feito pelo MinistĂ©rio da SaĂșde, e ainda inĂ©ditos: quase 40% dos homicĂdios registrados no paĂs em 2006 ocorreram nos 36 municĂpios com mais de 500 mil habitantes -que concentram 29% da população. MaceiĂł, com 86,2 mortes por 100 mil habitantes, lidera o ranking; Juiz de Fora, em Minas, com 7,8 mortes, Ă© a menos violenta. O Rio de Janeiro ficou em oitavo lugar (42,3); BrasĂlia, em 23Âș (25,7); SĂŁo Paulo, em 27Âș (22,1).
MĂŽnica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/11/08.
MAROLINHA DA FILOSOFIA
E amigo da coluna, conversando sobre a mesma crise, com mais um sĂĄbio motorista de tĂĄxi, ouviu essa: "Crise sĂł existe pra classe mĂ©dia. Pobre Ă© sempre pobre e rico pode perder Ă vontade que continua rico. Rico nĂŁo deixa de trocar carro importado nem de passar fĂ©rias com a famĂlia em Dubai. Prefere demitir uns funcionĂĄrios, e aĂ, sim, culpa a crise".
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 08/11/08.
A PERIGOSA FALĂNCIA DO ENSINO MĂDICO
O mundo inteiro reagiu com natural alegria e sensação de alĂvio Ă vitĂłria de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. Depois de um consulado de oito anos do presidente Bush, assinalado pela tragĂ©dia do 11 de Setembro, que estigmatizou seu governo e marcou e a alma dos norte-americanos ao agredir a consciĂȘncia livre do mundo, uma guerra inacabada no Iraque e outras investidas militares, o desejo de uma profunda mudança nos quadros humanos governamentais de Washington e a substituição de uma mentalidade belicista por acenos de paz e concĂłrdia, o grande paĂs do Norte encontrou no jovem senador por Illinois o porta-bandeira para conduzir este processo que tem inĂcio sob os melhores augĂșrios. Enquanto a midia se entrega Ă euforia do momento, em nosso quintal vem a furo sĂ©ria e grave denĂșncia ligada ao setor educacional. ConvĂ©m antes recordar que um dos indicadores mais palpitantes do grande progresso dos EUA estĂĄ localizado no primado dado Ă educação de sua juventude. Ali estĂŁo implantadas as melhores universidades do mundo, os mais categorizados centros de pesquisa, os melhores pensadores nas diversas ĂĄreas do conhecimento, conduzindo a nação a uma indiscutĂvel posição de liderança. Invoco esse exemplo para comentar a notĂcia que ouvi sobre o alto percentual de estudantes de medicina reprovados nos exames, com sĂ©rias indicaçÔes de despreparo para o exercĂcio da nobilitante profissĂŁo. Cerca de 80% nas faculdades de medicinas particulares e cerca de 60% nas pĂșblicas foram os Ăndices de reprovação. Ao serem tornados pĂșblicos esses assustadores dados, a eles vinham agregados outros indicadores sobre o baixo nĂvel de preparo dos acadĂȘmicos de medicina, grande parte deles incapaz de identificar um paciente com tuberculose ou fazer um diagnĂłstico do mais simples dos males.
A denĂșncia formulada por importante liderança mĂ©dica de SĂŁo Paulo, membro de prestigiosa entidade, estarreceu quantos a ouviram, cheios de natural preocupação com a catĂĄstrofe que se avizinha no quadro da saĂșde pĂșblica brasileira. Ă claro que essas informaçÔes carecem ainda de mais detalhada apuração. Ocorre que a firmeza e convicção com que foram trazidas a pĂșblico sĂŁo indicativas de sua veracidade, pois se justapĂ”em ao quadro de decadĂȘncia do ensino particular e pĂșblico no Brasil, cujo governo permite a proliferação de faculdades de medicina e quejandos em lugares onde nĂŁo existe o mĂnimo de condiçÔes pedagĂłgicas para sua sustentação. AlĂ©m da improvisação de professores, a inexistĂȘncia de hospitais destinados ao tratamento prĂĄtico dos docentes acaba por transformar o diploma apenas numa gazua para proporcionar a chance de um bom emprego pĂșblico e o aumento do sofrimento em milhares de desafortunados.
Os sorrisos pela vitĂłria de Obama e da democracia cederam lugar ao cenho triste pela pĂ©ssima notĂcia sobre a educação mĂ©dica no Brasil. Foi a antevisĂŁo da catĂĄstrofe.
Murilo BadarĂł, Presidente da Academia Mineira de Letras - Fonte: O Tempo - 08/11/08.
ESCOLAS NA FEBRABAN
HĂĄ listas boas, listas ruins, listas curiosas ou inĂłcuas. A lista de Schindler, industrial alemĂŁo que salvou milhares de judeus dos campos de extermĂnio, foi providencial, e o filme que conta sua histĂłria Ă© belĂssimo.
Listas de elegantes, deselegantes, de invençÔes esdrĂșxulas, de lugares que temos de visitar antes de morrer sĂŁo curiosas ou tolas. NĂŁo fazem mal nem bem.
Livros condenados à fogueira por nazistas ou pela Santa Inquisição foram retrocessos na história da humanidade. Até hoje, temos vergonha dessas listas.
Também desconfio de listas de devedores, que comprometem a vida de consumidores, sejam eles caloteiros ou, temporariamente, pessoas em dificuldades causadas por doença ou desemprego.
Talvez a pior de todas seja aquela que condena, por tabela, alguém que nada pode fazer para se defender.
Refiro-me ao cadastro negativo elaborado pelas escolas particulares, com o objetivo de impedir devedores de matricular seus filhos em outros estabelecimentos de ensino.
Ocorre que educação e saĂșde nĂŁo sĂŁo produtos similares a sapatos, bolas de futebol ou colchĂ”es. SĂŁo serviços fundamentais ao desenvolvimento de um indivĂduo, responsabilidades do Estado, que permite a atuação suplementar da iniciativa privada.
O que as escolas estĂŁo dizendo, por vias transversas, com seu cadastro de devedores, Ă© que crianças e adolescentes cujos pais nĂŁo pagam mensalidades em dia nĂŁo tĂȘm direito de estudar.
à isso, sem interpretaçÔes.
Essas mesmas escolas, sistematicamente, comprometem o equilĂbrio entre prestação de serviços e pagamentos, reajustando suas mensalidades acima da inflação.
Causa repĂșdio ver instituiçÔes que se denominam "de ensino" agirem como banqueiros, que tomam bens daqueles que nĂŁo conseguem pagar suas dĂvidas.
O que serĂĄ que elas ensinam Ă s nossas crianças? A usura, o individualismo, o tratamento cruel dos desfavorecidos, a exclusĂŁo e a ganĂąncia. Nada mal para um mundo cuja economia faz ĂĄgua, porque os paĂses ricos permitiram que bandoleiros investissem atĂ© a comida que a maior parte da população do planeta conhece sĂł de longe.
Imagino que, daqui a pouco, escolas tambĂ©m se tornem bancos, pois estĂŁo muito afinadas com eles. Poderiam solicitar sua filiação Ă Febraban, a federação dos bancos. A propĂłsito, hoje, jĂĄ vendem "seguros" com a matrĂcula.
Os argumentos dos donos de instituiçÔes de ensino fundamental e mĂ©dio sĂŁo risĂveis. A inadimplĂȘncia Ă© muito elevada, eles tĂȘm que se proteger. Comecem reduzindo os preços absurdos que cobram, na maioria das vezes, superiores atĂ© aos dos cursos superiores.
Ă certo que a escola pĂșblica Ă© ruim, em sua esmagadora maioria, e que deverĂamos exigir dos governos ensino de qualidade. Mas a ação das escolas particulares Ă© pĂ©ssima lição para os futuros lĂderes do Brasil, que estĂŁo em suas dependĂȘncias, hoje, aprendendo que sĂł o lucro salva.
Maria InĂȘs Dolci - Fonte: Folha de S.Paulo - 08/11/08.
FEBRABAN - http://www.febraban.org.br/
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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