"HERROS" CARCERĂRIOS
O "COLISEU" DA PENITENCIĂRIA DE URIBANA
English:
http://www.cidh.org/Comunicados/English/2011/14-11eng.htm
"Rinhas de galo" humanas em prisĂŁo chocam Venezuela... Lutas de presidiĂĄrios armados atĂ© a morte, que ocorrem desde 2008, se tornam sĂmbolo da crise carcerĂĄria no paĂs. "Tudo acontece Ă luz do dia, com assistĂȘncia dos carcereiros e policiais", afirma ativista que denunciou caso Ă OEA.
Quando o mais poderoso prisioneiro da PenitenciĂĄria de Uribana, no centro da Venezuela, resolve que Ă© o momento, o pĂĄtio interno se torna uma arena para ver dois homens lutando, munidos de facas improvisadas, atĂ© as Ășltimas consequĂȘncias.
Pode ser a qualquer hora. Os detidos sĂŁo obrigados a formar plateia e os "gladiadores" nĂŁo podem dizer nĂŁo.
Na semana retrasada, foram dois dias seguidos de disputa, com um saldo macabro de dois mortos e ao menos 12 feridos graves.
Ă o chamado "Coliseu", que ocorre desde 2008 e se transformou num dos sĂmbolos da crise do sistema carcerĂĄrio venezuelano.
Hå uma semana, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos), lançou o segundo comunicado em menos de quatro meses para cobrar do governo Hugo Chåvez medidas "imediatas e eficazes" para deter a pråtica.
"Tudo acontece Ă luz do dia, com assistĂȘncia dos carcereiros e policiais. Demonstra que sĂŁo os detidos que tĂȘm o controle do presĂdio", conta Carlos Alberto Nieto Palma, que denunciou o tema no CIDH em 2010.
"Sabe uma rinha de galo? Pois Ă©. Ă macabro. HĂĄ apostas", continua ele, que Ă© da ONG Janela para a Liberdade. "Usam para resolver disputas de poder, de mulher, dĂvidas. Sabemos que em outros dois presĂdios tambĂ©m estĂŁo promovendo as lutas."
Quando o CIDH fez o primeiro apelo ao governo, em novembro, presos foram transferidos de Uribana, no Estado de Lara, mas jĂĄ neste ano o "Coliseu" voltou, ainda mais violento.
Ă que, segundo Nieto, algumas das "regras" criadas para o "Coliseu" nĂŁo estĂŁo sendo cumpridas e a luta de gladiadores-prisioneiros ficou ainda mais perigosa.
Em geral, "El PapĂĄ", como se chama quem comanda na prĂĄtica a prisĂŁo e a rinha humana, estabelece que nĂŁo pode haver cortes perfurantes -devem ser transversais.
E, segundo os defensores de direitos humanos, as duas mortes e os 12 feridos graves demonstram que nem tudo estĂĄ sendo seguido.
FALĂNCIA
O "Coliseu", para especialistas, é o sintoma chocante da situação geral das prisÔes.
Segundo cifras do Ministério do Interior -as primeiras em cinco anos- são 44 mil presos para 13 mil vagas. A taxa de mortalidade dos detentos é considerada a mais alta do continente: só no ano passado, 474 presos foram assassinados nas cadeias.
Hå ainda outras idiossincrasias. Permite-se que familiares dos presos pernoitem e até passem dias e semanas dentro da cadeia, dividindo espaço com detidos.
"O governo permite porque baixa a tensão na população carceråria e são os familiares que fornecem comida, roupa, coisa que o Estado não då. Mas isso não existe."
Segundo relatos da imprensa local, o "Coliseu" de 14 de fevereiro começou para resolver um roubo a um familiar que havia passado o fim de semana em Uribana.
FlĂĄvia Marreiro - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/11.
Mais detalhes:
http://cidh.org/Comunicados/Spanish/2011/14-11sp.htm
http://www.talcualdigital.com/avances/Viewer.aspx?id=48756&secid=28
FOTO PARA REFRESCAR A MEMĂRIA (SALĂRIO MĂNIMO)
Veja como esses ilustres agiam na oposição.
O fato foi lembrado na coluna do Merval Pereira, em O Globo. A foto Ă© de maio de 2000, durante a votação do salĂĄrio mĂnimo. Naquela oportunidade, o aumento dado por Fernando Henrique Cardoso foi de 19,2%. Eles acharam pouco. Fizeram troça. Hoje Dilma estĂĄ oferecendo 6,9%. Eles acham muito. Os personagens dispensam maiores apresentaçÔes. Eles chegaram lĂĄ. EstĂŁo lĂĄ. Dificilmente, com a oposição desmemoriada do Brasil, vĂŁo sair de lĂĄ.
Veja a foto:
http://www.faculdademental.com.br/fotosEventos3.php?fea_id=198.
Fonte: Gilberto AraĂșjo - (Colaboração: A.M.B.)
CĂMARA - "Entendi legal", afirma Tiririca em sua estreia
Na posse da ComissĂŁo de Educação e Cultura da CĂąmara, o deputado Tiririca (PR-SP) sentou-se na primeira fila e disse que "deu para entender legal" os trabalhos. Ele prometeu apresentar projetos relacionados ao circo e afirmou que vai dar para "aproveitar a comissĂŁo" por ter vivĂȘncia como palhaço e sustentado seis filhos.
Ao ser questionado se trabalharia com humor disse: "Humor Ă© lĂĄ fora. VocĂȘs confundem. O palhaço Ă© lĂĄ, aqui tem atĂ© o negĂłcio do decoro".
Fonte: Folha de S.Paulo - 03/03/11.
Comissão de Educação e Cultura -
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cec
O CRAVO NĂO BRIGOU COM A ROSA
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, nĂŁo cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violĂȘncia entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos Ă© isso? O prĂłximo passo Ă© enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
SerĂĄ que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suĂte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
Ă Villa Lobos, cacete!
Outra mĂșsica infantil que mudou de letra foi Samba LelĂȘ. Na versĂŁo da minha infĂąncia o negĂłcio era o seguinte: Samba LelĂȘ tĂĄ doente/ TĂĄ com a cabeça quebrada/ Samba LelĂȘ precisava/ Ă de umas boas palmadas. A palmada na bunda estĂĄ proibida. Incita a violĂȘncia contra a menina LelĂȘ. A tia do maternal agora ensina assim: Samba LelĂȘ tĂĄ doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A LelĂȘ vai estudar.
Se eu fosse a LelĂȘ, com uma versĂŁo dessas, torcia pra febre nĂŁo passar nunca. Os amigos sabem de quem Ă© Samba LelĂȘ? Villa Lobos de novo. Podiam atĂ© registrar a parceria. Ficaria assim: Samba LelĂȘ, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico tambĂ©m que nĂŁo se pode mais atirar o pau no gato, jĂĄ que a mĂșsica desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, nĂŁo pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados Ă© coisa de menina fĂĄcil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguĂ©m [nĂŁo me lembro exatamente quem se saiu com essa e nĂŁo procurei a referĂȘncia no meu babalorixĂĄ virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual Ă© o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avĂŽ, com a alma de cangaceiro que possuĂa, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leĂŁo dourado, em defesa das bromĂ©lias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magÎo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco sĂł chamaremos o anĂŁo - o popular pintor de roda-pĂ© ou leĂŁo de chĂĄcara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolĂ© de asfalto ou bola sete (depende do peso) - sĂł pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - Ă© um cidadĂŁo caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhĂŁo de artilharia pesada, tambĂ©m conhecida como o rascunho do mapa do inferno - Ă© apenas a dona de um padrĂŁo divergente dos preceitos estĂ©ticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do VesĂșvio, Orca, baleia assassina e bujĂŁo - Ă© o cidadĂŁo que estĂĄ fora do peso ideal. O magricela nĂŁo pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e OlĂvia Palito. O careca nĂŁo Ă© mais o aeroporto de mosquito, tobogĂŁ de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor AntÎnio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não då. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestaçÔes das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tå mais pra lå do que pra cå, jå tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saĂșde. Defuntos? NĂŁo.
Seremos os inquilinos do condomĂnio Cidade do pĂ© junto.
Abraços,
Luiz AntĂŽnio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).
Fonte: E. Lott. (Colaboração: A.M.B.)
UFRJ - http://www.ufrj.br/
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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