"HERROS" ALIMENTARES
PARA VER E COMER
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http://www.lushbling.com/beijing-zoo%E2%80%99s-rare-menu-36076.htm
ZoolĂłgico de Pequim tem 600 espĂ©cies animais â e um restaurante onde o visitante pode degustar vĂĄrias delas.
O ZoolĂłgico de Pequim, na China, se destaca por dois motivos. O primeiro deles Ă© a grande variedade de bichos em exibição â sĂŁo mais de 7 mil animais. O outro diferencial estĂĄ nas opçÔes gastronĂŽmicas oferecidas pelo zoo. Depois de terminar o passeio, a grande pedida Ă© comer no restaurante Bin Feng Tang, cujo cardĂĄpio oferece iguarias das mais exĂłticas â incluindo as carnes de vĂĄrios animais expostos nas jaulas.
Por preços que variam de 100 a 1 000 yuans (R$ 25 a R$ 250), o visitante pode degustar patas de hipopĂłtamo ou cauda de canguru. Talvez experimentar sopa de formigas ou, se for mais arrojado, provar pĂȘnis de cervo. A lista de ingredientes inclui ainda animais como escorpiĂŁo, crocodilo e pavĂŁo. Esse menu âdiferenciadoâ causou a ira de ativistas pelo mundo, e espanto na prĂłpria China. âIsso Ă© imoral. Vai contra o propĂłsito do zoolĂłgicoâ, fustiga o especialista em legislação ambiental Chang Jiwen, da Academia Chinesa de CiĂȘncias Sociais.
A direção do zoolĂłgico se defende dizendo que o consumo de carnes exĂłticas faz parte da tradição chinesa, e que os bichos que se transformam em comida nĂŁo sĂŁo os que estĂŁo em exibição â mas outros, provenientes de criaçÔes que o zoolĂłgico mantĂ©m especialmente para abastecer seu restaurante. O zoo tambĂ©m faz outra ressalva: nenhum dos animais servidos pertence a espĂ©cies ameaçadas de extinção. Mas o Bin Feng Tang parece um pouco envergonhado pelas crĂticas. AtĂ© recentemente, seu cardĂĄpio indicava qual parte de cada animal era mais saborosa ou saudĂĄvel (de acordo com a medicina tradicional chinesa). Agora essas informaçÔes sumiram.
Super Novas - Fernando BadÎ - Fonte: Super Interessante - Edição 285.
FORMAĂĂO DE LEITORES Ă DESAFIO A SER ENFRENTADO POR PROFESSORSTHAĂS NICOLETI DE CAMARGO
Segundo o Conselho Nacional de Educação, a meta das aulas de literatura do ensino mĂ©dio Ă© formar leitores literĂĄrios -e nĂŁo hĂĄ um currĂculo obrigatĂłrio a cumprir.
Na prĂĄtica, as exigĂȘncias dos principais vestibulares do paĂs acabam pautando a programação dos colĂ©gios.
Durante muito tempo, o estudo da literatura limitou-se ao conhecimento dos estilos de Ă©poca e dos seus principais representantes -e a literatura era vista por nĂŁo poucos estudantes como uma das "matĂ©rias chatas" do currĂculo.
Uma arte, comparĂĄvel Ă pintura, Ă escultura e Ă mĂșsica, foi, muitas vezes, reduzida a uma coleção de nomes de autores e caracterĂsticas estilĂsticas. AlguĂ©m imaginaria estudar a histĂłria da mĂșsica sem ouvir mĂșsica?
Para estudar literatura, entretanto, Ă© preciso ler -e isso requer o desenvolvimento da concentração. Em tempos de absorção fragmentĂĄria do conhecimento, na velocidade dos microtextos da internet, isso pode parecer difĂcil, mas Ă© uma missĂŁo a cumprir: Ă© preciso ensinar a ler para alĂ©m da leitura dinĂąmica.
A literatura é fonte de sutilezas tanto de pensamento como de linguagem, um canal privilegiado de percepção e diålogo com o mundo -e os estudantes não podem ser privados desse saber.
Parece improvĂĄvel, porĂ©m, que um aluno de 15 anos venha a se interessar por literatura começando com obras de Gil Vicente ou de CamĂ”es, como manda a cronologia que tem dirigido os currĂculos de literatura. NĂŁo Ă© nova a ideia de inverter a ordem, de modo que os estudantes mais jovens tomem contato com obras mais recentes, de linguagem menos difĂcil, deixando para um segundo momento as obras mais antigas.
O que se vĂȘ hoje Ă© uma situação pouco alentadora. Os principais vestibulares do paĂs vĂȘm adotando listas de livros de leitura obrigatĂłria.
Se a iniciativa, num primeiro momento, fez que os candidatos à universidade lessem pelo menos algumas obras inteiras, hoje os professores de cursinhos as leem e as dissecam nas chamadas "aulas especiais". Na internet, o estudante também encontra, devidamente digeridas, as obras das listas.
Ao mesmo tempo, por um motivo ou por outro, salvo algumas exceçÔes, a literatura contemporĂąnea Ă© subtraĂda dessas listas, acentuando a defasagem entre o mundo real e o universo escolar.
Paradoxalmente, o esforço dos professores em resumir e interpretar as obras selecionadas parece relegar ao segundo plano o mais relevante: a experiĂȘncia de leitura. HĂĄ que se perguntar se as listas de livros promovem o avanço na formação de leitores literĂĄrios ou se acabam produzindo indesejĂĄveis efeitos colaterais.
ThaĂs Nicoleti de Camargo consultora de lĂngua portuguesa do Grupo Folha-UOL.
FOLHA.com - Veja as orientaçÔes e os parùmetros curriculares nacionais para literatura no ensino médio:
http://www1.folha.uol.com.br/saber/849737-ao-visar-vestibular-ensino-medio-esquece-literatura-contemporanea.shtml
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/12/10.
Conselho Nacional de Educação â
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12449&Itemid=754
EDUCAĂĂO LITERĂRIA
Ler tambĂ©m pode ser muito perigoso, como deve saber qualquer adolescente que tenha prestado vestibular. Se ao final do ensino mĂ©dio o estudante ainda nĂŁo domina o mĂnimo do cĂąnone literĂĄrio, corre sĂ©rio risco de nĂŁo conseguir entrar na faculdade desejada.
Para maximizar as chances dos alunos nos processos seletivos, os colégios adaptam seus programas à lista de autores consagrados, cujas obras são impostas aos discentes da forma aparentemente mais lógica -ou melhor, cronológica.
O resultado Ă© que um jovem recĂ©m-egresso do primeiro grau pode se defrontar, sem maior preparo, com CamĂ”es. Isso nĂŁo deixa de ser um inĂcio grandioso, mas Ă© tambĂ©m muito difĂcil para quem estĂĄ habituado Ă s mensagens curtas do Twitter e das redes sociais.
A dificuldade, todavia, nĂŁo Ă© de hoje. Graciliano Ramos revelou, em "InfĂąncia", o quanto o aprendizado dos clĂĄssicos pode ser doloroso: "Foi por esse tempo que me infligiram CamĂ”es, no manuscrito", lembra ele. "Aos sete anos, no interior do Nordeste, ignorante da minha lĂngua, fui compelido a adivinhar, em lĂngua estranha, as filhas do Mondego, a linda InĂȘs, as armas e os barĂ”es assinalados... Deus me perdoe. Abominei CamĂ”es".
Ă inegĂĄvel que a escola nĂŁo pode descartar o patrimĂŽnio cultural do paĂs, nem lhe cabe atribuir Ă linguagem cotidiana um valor estĂ©tico que esta nĂŁo possui: sua tarefa consiste em conectar a realidade do aluno Ă memĂłria da coletividade, para que ambas possam se vivificar e se desenvolver.
O contato com a tradição literĂĄria sĂł pode produzir resultados consistentes se o estudante consegue divisar algum sentido nas obras que lhe sĂŁo apresentadas. Se estas se resumem a uma carga que tem de ser suportada atĂ© o vestibular, e depois abandonada com alĂvio, entĂŁo o sistema educacional nĂŁo atingiu seu objetivo.
Nenhum processo de aprendizagem pode alcançar ĂȘxito se nĂŁo se conectar com o presente, com a existĂȘncia dos indivĂduos que precisam ser socializados. A tradição e a norma culta nĂŁo sĂŁo o ponto de partida, mas o ponto de chegada.
Como se discutiu em reportagem publicada ontem pela Folha, nĂŁo se trata de reduzir o ensino literĂĄrio a uma fĂŽrma que gira no sentido horĂĄrio ou no anti-horĂĄrio, e sim de buscar nos livros do passado e do presente elementos que despertem o interesse dos jovens estudantes -e os tornem aptos a descobrir o prazer da leitura.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/12/10.
EÂ NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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