"HERROS" CRUĂIS E DISCRIMINATĂRIOS
DESRESPEITO
English:
http://www.daylife.com/search?q=Ablain-Saint-Nazaire
LĂĄpides pichadas no cemitĂ©rio militar Notre-Dame-de-Lorette, na cidade de Ablain-Saint-Nazaire, na França, em 08/12. Os tĂșmulos que foram alvos das pichaçÔes sĂŁo todos de veteranos de guerra de origem muçulmana.
Fonte: Veja Online - 08/12/08.
Fotos:
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EDUCAĂĂO - ESTADOS NĂO CUMPREM METAS DE ENSINO EM 2007
O Brasil nĂŁo cumpriu 4 de 9 metas fixadas para a educação no ano passado, e 85,7% dos estudantes concluĂram o ensino fundamental sabendo menos do que deveriam, segundo levantamento do movimento social Todos pela Educação (http://www.todospelaeducacao.org.br/). Mas o que mais chamou a atenção foi o desempenho ruim do ensino de SĂŁo Paulo, que ficou atrĂĄs de 13 Estados em relação ao cumprimento de metas. De acordo com o Todos pela Educação, SĂŁo Paulo deveria ter 40,3% de seus alunos de 4ÂȘ sĂ©rie no nĂvel adequado de portuguĂȘs, mas chegou a apenas 37,5%.
Fonte: O Filtro - www.ofiltro.com.br - 12/12/08.
GEORGE W.BUSH I
âO grande arrependimento de minha PresidĂȘncia foi o erro da InteligĂȘncia sobre o Iraqueâ
George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, admitindo que errou ao atacar o Iraque alegando que o paĂs tinha armas de destruição em massa, o que nunca foi provado. Os EUA tĂȘm hoje 146 mil soldados no Iraque.
Fonte: Ăpoca - NĂșmero 551.
GEORGE W.BUSH II
"Acho que eu nĂŁo estava preparado para a guerra."
George W. Bush, presidente americano, fazendo uma autocrĂtica em relação Ă Guerra do Iraque.
Fonte: Veja - Edição 2090.
OS LIVROS E A MENTIRA
VocĂȘ jĂĄ mentiu a respeito dos livros que leu para impressionar alguĂ©m? Na Inglaterra, esta tĂĄtica Ă© relativamente comum. Quase a metade de todos os homens e um terço das mulheres admitiram a prĂĄtica, diz um estudo britĂąnico.
Quatro em cada dez participantes disseram que mentiram sobre os livros que haviam lido para impressionar amigos e parceiros em potencial - 46% dos homens e 33% das mulheres.
Fonte: O Tempo - 12/12/08.
BRINCAR FAZ BEM Ă SAUDE
TrĂȘs pesquisas publicadas na semana retrasada:
1) Excesso de TV e internet na infùncia aumenta o risco de vida sexual precoce, abuso do ålcool, fumo e drogas, além da obesidade (Universidade Yale);
2) Crianças que vivem longe de ĂĄreas verdes tendem a engordar mais do que as que moram prĂłximas de parques ou praças (Escola de SaĂșde PĂșblica da Universidade de Washington);
3) Em comparação com meninos e meninas ricas, crianças pobres demonstraram, em testes com neurocientistas, menor atividade no cĂłrtex prĂ©-frontal -ĂĄrea do cĂ©rebro relevante para a criatividade e solução de problemas, o que se traduz em limitação, muitas vezes para sempre, do aprendizado (Instituto de NeurociĂȘncia Helen Wills, da Universidade da CalifĂłrnia).
As trĂȘs pesquisas sugerem, entre outras coisas, o dano fĂsico e psicolĂłgico provocado pela escassez do prosaico ato de brincar, da qual a obesidade Ă© sĂł o sintoma mais visĂvel.
Ao falar sobre o cĂ©rebro das crianças de famĂlias de baixa renda, um dos autores do estudo (Thomas Boyce) ressalvou que o problema nĂŁo era necessariamente a pobreza, mas o precĂĄrio estĂmulo lĂșdico no ambiente em que vivem. AlĂ©m da falta de livros, poucos visitam museus e teatros. Para completar, faltariam brincadeiras desde o berço.
As pessoas, em geral, imaginam o brincar como um passatempo inĂștil. Mas Ă© um dos caminhos para o prazer da descoberta, capaz de estabelecer conexĂ”es cerebrais usadas pelo resto da vida. Mesmo os pais ricos e de classe mĂ©dia desconsideram essas descobertas cientĂficas. Basta ver a ansiedade para que seus filhos se alfabetizem o mais rapidamente possĂvel, aprendam logo uma segunda lĂngua e comecem a se preparar para o vestibular.
Assim como excesso de comida nĂŁo significa saĂșde, mas doença, excesso de informação nĂŁo significa capacidade de lidar criativamente com o conhecimento. Ficar muitas horas no computador Ă© a versĂŁo intelectual da obesidade.
Podemos medir a qualidade de uma cidade apenas julgando o espaço dedicado ao direito Ă brincadeira. Certamente aqui estĂĄ uma das razĂ”es associadas Ă violĂȘncia.
Na semana retrasada ocorreu, em SĂŁo Paulo, um encontro sobre o futuro das metrĂłpoles, organizado pela London School of Economics, em que, entre outros assuntos, se discutiu a segurança. Foi exibido o caso de MedellĂn, na ColĂŽmbia, que chegou a ser o lugar mais violento do planeta, com 368 mortes por 100 mil habitantes. SĂł para comparar, note que, neste ano, o Ăndice de assassinatos na cidade de SĂŁo Paulo gira em torno de 13 por 100 mil habitantes e nĂŁo nos sentimos seguros.
AlĂ©m, claro, de açÔes policiais e de infra-estrutura, MedellĂn criou praças, parques e ciclovias. Abriram-se as escolas nos finais de semana e se montou uma rede de monumentais bibliotecas que mais parecem parques de diversĂŁo. Tudo isso se converteu no prazer da convivĂȘncia e da descoberta que, em essĂȘncia, significa brincar.
O Ăndice de assassinatos em MedellĂn baixou, neste ano, para 25 por 100 mil.
NĂŁo Ă© necessĂĄrio ir tĂŁo longe. No final de semana passado, o rapper Rappin'Hood se apresentou na inauguração da praça da Paz, no bairro Elisa Maria, na zona norte de SĂŁo Paulo, conhecido pela rotina das chacinas. Desde o ano passado, como em MedellĂn, se implantaram, alĂ©m de policiamento comunitĂĄrio e programas assistenciais, projetos culturais e esportivos. Construiu-se uma escola, que fica aberta nos finais de semana.
Resultado divulgado em 05/12, durante seminĂĄrio internacional sobre policiamento: em um ano, queda de 68% dos homicĂdios.
Esse tipo de resultado Ă© o que me faz prestar atenção em experiĂȘncias como a de BH, onde se colocam universitĂĄrios em praças e parques para interagir com estudantes de escolas pĂșblicas; em SĂŁo Paulo, desenha-se um projeto para que todos os clubes municipais se convertam em extensĂŁo da sala de aula; a cidade inteira de Apucarana, no ParanĂĄ, se converteu numa escola.
Como vivemos na era do conhecimento, as cidades contemporĂąneas tĂȘm de ser conduzidas mais pelo pelo olhar dos educadores do que dos arquitetos, engenheiros e urbanistas -e, aliĂĄs, desde o berço. Nada mais importante do que a crescente convicção, em todos os nĂveis de governo, visĂvel nas Ășltimas eleiçÔes municipais, de que um projeto de nação civilizada passa pela prĂ©-escola, a começar da creche. As descobertas dos neurocientistas da Universidade da CalifĂłrnia, com as revelaçÔes dos movimentos cerebrais, encerram definitivamente o debate sobre a importĂąncia dessa ação.
PS-Coloquei em meu site (http://www.dimenstein.com.br) o detalhamento das trĂȘs pesquisas citadas nesta coluna. Qualquer indivĂduo com um mĂnimo de responsabilidade pĂșblica nunca deveria esquecer dos efeitos neurolĂłgicos sobre a falta de estĂmulos na infĂąncia. Ă no cĂłrtex prĂ©-frontal que se perpetua a desigualdade social.
Gilberto Diimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/12/08.
Universidade Yale - http://www.yale.edu/
Escola de SaĂșde PĂșblica da Universidade de Washington - http://sphcm.washington.edu/
Instituto de NeurociĂȘncia Helen Wills, da Universidade da CalifĂłrnia - http://neuroscience.berkeley.edu/
A ESCALADA DESCENDENTE DA DEGRADAĂĂO
O leitor de bom senso admitirĂĄ: o episĂłdio de corrupção que atingiu o Tribunal de Justiça do EspĂrito Santo Ă© indicativo de que a degradação da Ă©tica no Brasil, especialmente no setor pĂșblico, estĂĄ em escalada descendente. Como um cĂąncer a devorar as entranhas da sociedade,seus sinais sĂŁo expostos como carne podre no açougue das negociatas praticadas sob o manto da mais completa impunidade. Se ainda temos juĂzes em quem se pode confiar, a exibição com feitio de escĂąndalo da prisĂŁo de desembargadores envergonhou o Brasil e causou constrangimentos aos milhares de servidores da Justiça, em sua ampla maioria composta de pessoas decentes e honradas. Mas o sinal Ă© de pĂ©ssima qualidade, demonstrando que nem mesmo os ĂłrgĂŁos judicantes estĂŁo protegidos contra a marĂ© montante da permissividade moral que inunda o paĂs, a começar pela cĂșpula do sistema polĂtico e administrativo. Tivesse havido punição para os mensaleiros federais e estaduais, pudessem a polĂcia e a Justiça desvencilharem-se das teias da burocracia dos cĂłdigos e das leis para apanhar criminosos, o exemplo seria suficientemente fecundo para desencorajar delinqĂŒentes ousados e confiantes na omissĂŁo das autoridades. Lamentavelmente, tais expectativas parecem estar cada dia mais distantes, diante da enfadonha repetição pelo Brasil de fatos como o de VitĂłria. E tudo acontece nas capitais como nas cidades do interior, contaminadas pela praga da corrupção e do crime. Quem perdeu a confiança na lei e na Justiça terĂĄ toda razĂŁo de estar desalentado e pessimista. Se, por um lado, existem exemplos de coragem na aplicação da lei, como o Tribunal de Justiça de Minas na recusa do pagamento do 13Âș salĂĄrio a vereadores, por outro hĂĄ a infeliz e desarrazoada aprovação pela ComissĂŁo de Justiça do Senado de dispositivo determinando o aumento do nĂșmero de vereadores do Brasil em mais de 7.000 vagas. O presidente Ernesto Geisel prestou grandes serviços ao Brasil, especialmente na feitura do projeto de abertura gradual do regime. Mas sobre seus ombros pesarĂĄ sempre o ato infeliz e pouco inspirado que permitiu fossem restabelecidos os subsĂdios de vereadores, transformando um cargo de relevante prestação de serviço pĂșblico em objeto de transaçÔes pouco decentes, alĂ©m de inocular o vĂrus da corrupção eleitoral na escolha dos edis, outrora sempre decididas pelo mĂ©rito de cada um. No ImpĂ©rio e na Primeira RepĂșblica, o mandato de vereador ou de conselheiro municipal era prestação voluntĂĄria de serviço pĂșblico, dando ensejo a que fossem sempre selecionados os melhores, o que, infelizmente, nĂŁo tem acontecido desde o infortunado momento histĂłrico da transformação do mandato de vereador em sinecura. Estou de acordo se alguĂ©m objetar que existem exceçÔes pelo Brasil afora. Elas existem apenas para confirmar a regra geral da crescente degradação das edilidades e de seus componentes. PS: Apenas para registrar uma homenagem a Hildebrando Canabrava, excelente homem pĂșblico e cidadĂŁo, que partiu deixando saudades.
Murillo BadarĂł - Presidente da Academia Mineira de Letras - Fonte: O Tempo - 13/12/08.
Academia Mineira de Letras - http://www.academiamineiradeletras.org.br/
DESSERVIĂO NA EDUCAĂĂO
Enfrentar os enormes desafios que estĂŁo colocados para a educação nacional nĂŁo Ă© tarefa fĂĄcil. Conciliar a necessidade de qualificação com recursos insuficientes, desequilĂbrios regionais e atrasos histĂłricos exige bom senso e perseverança.
NĂŁo Ă© o caso da lei nÂș 11.684. A norma, sancionada neste ano, impĂ”e a todas as escolas do paĂs, em todas as sĂ©ries do ensino mĂ©dio, a introdução das disciplinas de sociologia e filosofia.
A julgar pelos primeiros resultados, a regra jĂĄ estĂĄ prestando um desserviço. O governo paulista anunciou que diminuirĂĄ o nĂșmero de aulas de histĂłria em 2009 para contemplar as novas disciplinas, por impossibilidade prĂĄtica de aumentar a carga horĂĄria. NĂŁo Ă© difĂcil imaginar que efeitos negativos similares venham a reproduzir-se pelo paĂs.
A alteração compulsĂłria na grade curricular soa estranha quando problemas bĂĄsicos ainda nĂŁo foram resolvidos. Reiterados exames de avaliação mostram que os estudantes ainda exibem nĂveis sofrĂveis de conhecimento elementar, em ĂĄreas como portuguĂȘs e matemĂĄtica.
NĂŁo espanta que as associaçÔes de classe sejam favorĂĄveis Ă medida, pois aĂ se abre um enorme campo de trabalho. Mas o fato Ă© que nĂŁo existe um corpo docente preparado para a tarefa. Com soluçÔes improvisadas, abre-se margem para a introdução de manuais simplificadores, quando nĂŁo doutrinariamente enviesados, que contrariam o objetivo pretendido: incentivar a formação humanista e a capacidade crĂtica.
SĂŁo fracas as justificativas do autor da lei, o deputado Ribamar Alves (PSB-MA). Ele afirmou que o projeto trarĂĄ algo mais Ă formação do aluno, "para que ele se torne um jovem questionador" e nĂŁo fique Ă mercĂȘ de armadilhas, como as drogas. Para tanto, seria importante, primeiramente, que todos dominassem bem as habilidades de escrita, leitura e cĂĄlculo. Esse deveria ser o enfoque da educação bĂĄsica.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/12/08.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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