DESASTRE AMBIENTAL
QUANTO VALE O MEIO AMBIENTE?
English: http://www.guardian.co.uk/environment/2008/jun/25/oilspills.usa
Qual a indenização justa a ser paga por um dos maiores desastres ambientais jĂĄ causados pelo homem? No mĂȘs passado, depois de catorze anos de disputa judicial, a Suprema Corte dos Estados Unidos chegou a uma decisĂŁo no caso do petroleiro Exxon Valdez. A ExxonMobil, dona do navio, nĂŁo deve ser multada em mais de 500 milhĂ”es de dĂłlares, quantia igual Ă que jĂĄ pagou a tĂtulo de indenização Ă s pessoas afetadas pelo vazamento de petrĂłleo no Alasca, em 1989. Parece muito dinheiro, mas representa apenas 10% do valor estipulado pela primeira sentença, em 1994. Para a maior empresa petrolĂfera do mundo, isso equivale ao lucro obtido em cinco dias de operação.
O desastre do Exxon Valdez Ă© um sĂmbolo ambientalista nĂŁo apenas pela quantidade de petrĂłleo que vazou no mar ou por ter atingido um santuĂĄrio de vida natural atĂ© entĂŁo intocado pela mĂŁo humana. Pesaram tambĂ©m as evidĂȘncias da falta de cuidado com que uma empresa petrolĂfera gigantesca lidava com a questĂŁo ambiental. Comandado por um capitĂŁo alcoĂłlatra, o navio estava fora das rotas normais de navegação quando encalhou num recife. Os 41 milhĂ”es de litros de Ăłleo cru derramados no mar causaram uma devastadora marĂ© negra que invadiu 2 000 quilĂŽmetros de praias na costa do Alasca. Uma estimativa aponta a morte imediata de 400 000 aves, 300 focas, 22 baleias orcas e a eliminação de bilhĂ”es de ovos de salmĂŁo e arenque.
A ExxonMobil diz jĂĄ ter gasto 3,4 bilhĂ”es de dĂłlares em indenizaçÔes e projetos de recuperação ambiental na regiĂŁo. Estudos indicam que ainda hĂĄ petrĂłleo na areia das praias e em camadas submersas no oceano. O petrĂłleo estĂĄ desaparecendo a uma velocidade 80% menor que a esperada inicialmente e ainda afeta peixes, aves, mamĂferos e moluscos.
Foto: PĂĄssaro coberto pelo petrĂłleo do Exxon Valdez: 400 000 aves mortas.
Fonte: Veja - Edição 2071.
FUNDAĂĂO NA AMAZĂNIA
A maneira mais realista de encarar as motosserras na AmazĂŽnia Ă© admitir que a procura por lucro fĂĄcil, a necessidade e a falta de informação sĂŁo Ă s vezes mais poderosas que a razĂŁo. Inibir o desmatamento ilegal de maneira inteligente Ă© mais uma ação concreta do Banco do Planeta por um modo de vida sustentĂĄvel. Para saber mais sobre essa iniciativa Ășnica, acesse o site: http://www.fas-amazonas.org/.
Fonte: Varanda - NĂșmero 17.
UM OCEANO DE PLĂSTICO
Durabilidade, estabilidade e resistĂȘncia a desintegração. As propriedades que fazem do plĂĄstico um dos produtos com maiores aplicaçÔes e utilidades ao consumidor final, tambĂ©m o tornam um dos maiores vilĂ”es ambientais. SĂŁo produzidos anualmente cerca de 100 milhĂ”es de toneladas de plĂĄstico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.
No oceano pacĂfico hĂĄ uma enorme camada flutuante de plĂĄstico, que jĂĄ Ă© considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensĂŁo, vai da costa da CalifĂłrnia, atravessa o HavaĂ e chega a meio caminho do JapĂŁo e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vĂłrtex de lixo cerca de 100 milhĂ”es de toneladas de plĂĄsticos de todos os tipos. Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tĂȘnis, isqueiros, sacolas plĂĄsticas, caiaques, malas e todo exemplar possĂvel de ser feito com plĂĄstico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plĂĄstica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
O oceanĂłgrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha hĂĄ 15 anos compara este vĂłrtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, vocĂȘ tem praias cobertas de lixo plĂĄstico de ponta a ponta.
A bolha plĂĄstica atualmente estĂĄ em duas grandes ĂĄreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela ĂĄrea no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visĂŁo do oceano de lixo plĂĄstico a sua frente. 'Como foi possĂvel fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.
Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plĂĄstica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que nĂŁo foram recicladas, ainda estĂŁo em algum lugar. E ainda hĂĄ o problema das partĂculas decompostas deste plĂĄstico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas ĂĄreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polĂmeros de atĂ© seis vezes mais do que o fitoplĂąncton, base da cadeia alimentar marinha.
Segundo PNUMA, o programa das naçÔes unidas para o meio ambiente, este plåstico é responsåvel pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta årea, como tartarugas marinhas, tubarÔes, e centenas de espécies de peixes.
E para piorar essa sopa plĂĄstica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiĂ”es estarĂĄ ingerindo altos Ăndices de venenos, que podem ser introduzidos, atravĂ©s da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos Ă terra retorna Ă nĂłs, seres humanos.
Fontes: The Independent, Greenpeace e Mindfully
(Colaboração: Sueli)
PNUMA
http://www.brasilpnuma.org.br/
The Independent
http://www.independent.co.uk/environment/the-worlds-rubbish-dump-a-garbage-tip-that-stretches-from-hawaii-to-japan-778016.html
Greenpeace
http://www.greenpeace.org/international/campaigns/oceans/pollution/trash-vortex?MM_URL=http://oceans..greenpeace.org/en/our-oceans/pollution/trash-vortex
Mindfully
http://www.mindfully.org/Plastic/Ocean/Moore-Trashed-PacificNov03.htm
http://www.mindfully.org/Plastic/Ocean/Sea-Plastic-LN-PG5oct05.htm
AMBIENTE - LULA VETA LEI QUE REGULAMENTA PROFISSĂO DE ECĂLOGO
A ABE (Associação Brasileira dos EcĂłlogos) disse estar desapontada pelo fato de o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva ter vetado integralmente o projeto de lei que regulamenta a profissĂŁo de ecĂłlogo no paĂs.
O veto foi publicado no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo de 04/08. Um dos argumentos, do qual a ABE discorda, Ă© que o projeto nĂŁo define com exatidĂŁo o campo de atuação especĂfico do ecĂłlogo. Segundo o presidente da entidade, DĂ©cio Semensatto Junior, neste Ano Internacional do Planeta Terra o governo "fez a opção por nĂŁo regulamentar uma profissĂŁo sĂmbolo do engajamento do Brasil na resolução das questĂ”es ambientais".
O primeiro curso de graduação em ecologia foi criado em 1976 no Brasil. EcĂłlogos afirmam que Ă© essencial a fiscalização do profissional, que atua hĂĄ mais de 30 anos e ainda nĂŁo dispĂ”e de um conselho. Em razĂŁo disso, por exemplo, ecĂłlogos nĂŁo conseguem assinar pareceres e laudos ambientais. Eles podem, porĂ©m, participar da realização de Eia-Rima (estudo e relatĂłrio de impacto ambiental) quando hĂĄ outros profissionais, como geĂłlogos, que assinam o documento e colocam seu nĂșmero de inscrição nos conselhos.
No mesmo dia do veto, o presidente sancionou a profissĂŁo de oceanĂłgrafo.
Fonte: Folha de S.Paulo - 07/08/08.
ABE (Associação Brasileira dos Ecólogos) - http://www.ecologo.org.br/principal.htm
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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