FALANDO DE REUNIÕES PÚBLICAS
COMO FAZÍAMOS SEM... PRAÇAS
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Malcolmmiles.org.uk/PublicSquare
Top 10 Public Squares of the World –
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Política e comércio ocuparam o centro das cidades.
As praças, de certa forma, são mais antigas que as cidades. Uma típica aldeia indígena brasileira não tem ruas, mas tem praça, o centro da aldeia – e sua função é basicamente a mesma que as praças tiveram na maior parte da História: um local para reunir os moradores, para celebrar e para cerimônias religiosas ou políticas.
Quando a invenção da agricultura levou à criação das primeiras cidades, no Neolítico, a ideia parece ter se perdido: no sítio arqueológico de Çatalhöyük, na Turquia, foi descoberta uma cidade de 9 mil anos com todas as casas ligadas umas às outras, sem ruas e, evidentemente, praças. As pessoas entravam e saíam pelo telhado, e simplesmente se locomoviam pelo topo das casas, por meio de escadas ou rampas. Os telhados eram o local público.
Çatalhöyük surgiu antes da religião organizada, governo ou comércio. Milênios depois, durante a Idade do Bronze, as cidades contavam não apenas com ruas, mas com mercados ao ar livre e grandes espaços em frente a palácios e templos, para permitir a apreciação da arquitetura monumental dos reis e faraós, mas também concentrar multidões em procissões, paradas, discursos e comemorações. A praça como espaço público surgiu na Grécia antiga. Todas as cidades gregas contavam com uma ágora, que continha um templo e era onde se debatiam os assuntos da cidade, fazendo do local o coração da democracia grega. Em cidades romanas, o fórum tinha a mesma função. Fóruns e ágoras geralmente tinham apenas uma entrada – assim, não eram parte do caminho para se ir a algum lugar, mas uma área onde se cumpria uma atividade cívica.
Durante a Idade Média, a vida urbana foi quase erradicada da Europa Ocidental. Mas as praças sobreviveram, por sua função como ponto de comércio. Eram quase sempre feitas em frente a igrejas, tinham contornos irregulares e diversas saídas, dando para ruas estreitas e tortuosas. As praças modernas surgiriam na Renascença, quando grandes esculturas e chafarizes passaram a adornar espaços públicos geométricos e planejados, de inspiração greco-romana.
Fonte: Aventuras na História – Edição 124 – Novembro 2013.
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
O DEUS DE SPINOZA
As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII.
DEUS SEGUNDO SPINOZA (Deus falando com você)
"Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."
Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.
Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
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