FALANDO EM NOVOS TERMOS...
FÁBRICA DE PALAVRAS
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Oxford Words –
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Termos relacionados a tecnologia e internet são os principais responsáveis por engordar dicionários
Cerca de metade dos verbetes mais recentes da versão on-line do dicionário inglês "Oxford" são relacionados a tecnologia e à cultura de internet.
Entre as 42 novas adições, anunciadas no mês passado no blog oficial OxfordWords, estão "bitcoin" (moeda virtual) e "emoji" (desenhos usados geralmente em mensageiros instantâneos).
Também entraram abreviações como "grats" ("congratulations"; parabéns) e "apols" ("apologies"; desculpas), que, apesar de remontarem ao século passado --"grats" surgiu nos anos 1920--, são ideais para a comunicação rápida do WhatsApp e do Twitter.
Incomodados principalmente com a inclusão de termos como "srsly" (redução de "seriously"; seriamente), alguns comentaristas lamentaram a decisão do "Oxford".
Um deles conclamou os leitores a "chorar pela morte da língua inglesa". Outra disse ter perdido "toda a esperança na humanidade".
Embora a maioria das novas palavras do dicionário inglês seja desconhecida no Brasil, são familiares por aqui os debates sobre a absorção de abreviações típicas da internet e de termos estrangeiros pela língua portuguesa.
Os dicionários tradicionais brasileiros já registram termos como "smartphone" e "tablet", sem adaptações para o português, diferentemente do que ocorre com tecnologias mais antigas, como televisão (que vem de "télévision", em francês, e "television", em inglês) e computador ("computer", em inglês).
Para a professora de língua portuguesa Elaine Therezinha Assirati, que em 1998 publicou o artigo "Neologismos por empréstimo na informática", é preferível registrar esses termos em sua forma original quando não há tradução possível ou aceitável.
"É melhor deixá-los em inglês, pois assim veiculam uma ideia mais correta, mais clara, daquilo que se quer dizer."
Segundo Vito Cesar de Oliveira Manzolillo, professor de língua portuguesa especializado em estrangeirismo e neologismo, a tendência é que palavras estrangeiras acolhidas por um idioma sejam adaptadas com o tempo.
"Com relação a tablet, já encontrei registro da forma tablete num texto publicado num grande jornal carioca. É uma possibilidade, sem dúvida, mas ainda é cedo para dizer se será efetivamente aceita pelos falantes."
Fonte: Folha de S.Paulo – 23/09/13.
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DICIONÁRIOS TRADICIONAIS E COLABORATIVOS SE COMPLETAM
'Houaiss' e Dicionário inFormal não se veem como concorrentes diretos. Coautor de obra de referência brasileira atribui agilidade do 'Oxford' a tradição do estudo da língua inglesa.
Palavras novas como "phablet" (híbrido de "phone" e "tablet") e "selfie" (autorretrato), adicionadas recentemente à versão on-line do "Oxford", não deverão constar tão cedo dos equivalentes digitais dos dicionários tradicionais brasileiros, em geral menos dinâmicos.
Para Mauro Villar, diretor do Instituto Antônio Houaiss e coautor do dicionário "Houaiss", a agilidade do "Oxford" se deve ao fato de a lexicografia (técnica de feitura de dicionários) da língua inglesa ser mais avançada do que a da portuguesa.
"Depois de terem estudado a língua desde as suas origens, eles podem se dar ao luxo de fazer esse tipo de pesquisa, sobre termos muito recentes", diz ele, que, sem tom pejorativo, vê o anúncio recente do dicionário inglês como uma jogada de marketing para atrair o público jovem.
Assim como no "Oxford", porém, a grande maioria dos verbetes mais novos do "Houaiss" é ligada à tecnologia e à ciência, segundo Villar.
Mais velozes --e menos rigorosos-- são os dicionários on-line alimentados pelos próprios usuários, como o Urban Dictionary (urbandictionary.com; especializado em gírias) e o Wikcionário (pt.wiktionary.org; mais formal).
Marcelo Muniz, cofundador do Dicionário inFormal (dicionarioinformal.com.br), voltado a gírias e expressões regionais, considera seu site "um complemento e uma alternativa ao tradicionalismo" e diz que ele que evolui para se tornar um dicionário completo.
"Ele possui cada vez mais definições formais, porém trazidas de uma maneira mais acessível, mais próxima do entendimento dos usuários."
O diretor do Instituto Antônio Houaiss não considera que sites como o Dicionário inFormal sejam concorrentes das obras de referência tradicionais --pelo contrário.
"A soma de nós todos é que faz com que a língua fique mais bem conhecida. Mesmo que se faça um dicionário sem nenhuma preocupação de dizer o que está errado ou qual é a origem das palavras, isso ajuda porque é uma forma de estudar o idioma."
Rafael Capanema / Yuri Gonzaga - Fonte: Folha de S.Paulo – 23/09/13.
Instituto Antônio Houaiss –
http://www.iah.com.br/sp/
https://www.facebook.com/pages/Instituto-Ant%C3%B4nio-Houaiss/152138444870094
Urban Dictionary –
http://www.urbandictionary.com/
https://www.facebook.com/urbandictionary
Wikcionário –
http://pt.wiktionary.org/wiki/Wikcion%C3%A1rio:P%C3%A1gina_principal
https://www.facebook.com/wiktionarypt
Dicionário inFormal –
http://www.dicionarioinformal.com.br/
https://www.facebook.com/dicionarioinformal
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
ANÁLISE: QUESTÃO ‘O OVO OU A GALINHA’ NÃO SE APLICA A ‘A LÍNGUA E O DICIONÁRIO’
A língua e o dicionário nem de longe podem protagonizar a velha questão que envolve o ovo e a galinha: quem veio primeiro? Não é o dicionário que determina o que pode/deve ou não pode/deve ser usado. Um bom dicionário é apenas um cartório da língua.
Mas a velocidade do registro das palavras nem sempre é a que se espera, sobretudo nas versões impressas.
Fiz um teste com a última versão on-line do "Houaiss". Procurei diversas palavras "novas". Achei uma boa parte delas, quase todas mantidas em sua grafia original (inglesa). Se alguém procurar ali algum dos 42 termos ligados à linguagem da internet recentemente adicionados ao dicionário "Oxford", provavelmente não achará nenhum. Se cá chegarem e se propagarem entre nós, será preciso registrá-los.
Pois chegamos a um ponto interessante: como proceder diante de um termo "invasor"? Rejeita-se? Aportuguesa-se? Ou procura-se a palavra portuguesa "legítima" que traduza a novidade?
Rarará! Isso tudo é como querer determinar para onde deve ir o vento. Toda tentativa de disciplinar a entrada de termos estrangeiros redunda em rotundo fracasso.
Um caso interessante e um tanto esquizofrênico é "HD", sigla de... De "alta definição", mesmo. No Brasil, ninguém diz transmissão em "AD", assim como ninguém diz transmissão em "high definition". Pegou a sigla, mas não a expressão inglesa "por extenso".
Bem, a única coisa a combater é a babaquice, o deslumbramento. Querer impor na marra um termo estrangeiro que não vinga e que tem equivalente em português, conhecido e usado, é ridículo.
Mas o que vale nos meios "internéticos" nem sempre vale em outros territórios. Ainda não se faz ciência com a linguagem de guetos ou tribos, fechada, cheia de abreviações e junções de termos. Devagar com o andor. É isso.
Pasquale Cipro Neto – Fonte: Folha de S.Paulo – 23/09/13.
Houaiss –
http://houaiss.uol.com.br/
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OPINIÃO: NA LITERATURA, NOVOS TERMOS PODEM ENRIQUECER NARRATIVA
Se o narrador ou o universo de uma história pedem, não vejo problema em usar termos em inglês ou "gerados" pela internet. Pelo contrário, é o tipo de coisa que pode dar cor, dizer muito sobre a trajetória ou visão de mundo de um personagem ou narrador específicos.
O mais importante, acho, é ter em mente: escolher uma palavra é não escolher outra. Ao usar uma palavra estamos colocando-a em circulação. De certo modo, mantendo-a viva. E o contrário é verdade.
Cada vez que escrevemos "ELEGANTE" um reator explode em Fukushima e 12 gerações da palavra "GARBOSO" morrem no Pacífico.
Nos últimos anos, editei no Brasil três livros do escritor português Valter Hugo Mãe. Vez ou outra me perguntam a razão de não adaptar o texto (vocabulário, sintaxe etc.) para o português brasileiro. Antes de mais nada, trata-se de uma só língua, o português. Fazer ajustes ("abrasileirar" ou "aportuguesar") seria apagar particularidades, reduzir possibilidades da língua e da cultura.
Ler um livro é também entrar em contato com essas possibilidades. E se a internet gera palavras, isso faz parte do nosso tempo e pode ser usado para criar algum tipo de efeito (palavras são tudo).
Emilio Fraia é escritor e editor. Autor de "O Verão do Chibo", com Vanessa Barbara – Fonte: Folha de S.Paulo – 23/09/13.
O Verão do Chibo –
Submarino.com.br/verao-de-chibo
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