FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 29/04/2013

FALANDO EM REGRAS

â€œNETIQUETAâ€

English:
Nytimes.com/2013/03/31/etiquette-digital-generation
Emily Post Institute â€“
http://www.emilypost.com/
https://www.facebook.com/pages/The-Emily-Post-Institute/78025206074?ref=ts
Regras de etiqueta chegam Ã internet. Jovens cansaram da ironia e do sarcasmo on-line.
Uma nova geraÃ§Ã£o de gurus da etiqueta, blogueiros de boas maneiras e autoinvestidos Ã¡rbitros do YouTube estÃ¡ chegando para fazer da delicadeza Ã moda antiga algo relevante para os mais jovens.
Seu objetivo aparente: ajudar a geraÃ§Ã£o Y a navegar por campos minados da era tecnolÃ³gica, como convites do Paperless Post, casamentos homossexuais e namoro on-line -sem falar no contato direto entre as pessoas quando elas se encontram off-line.
A Ã¡rea de aconselhamento social que mais cresce na internet -e que jÃ¡ motivou nÃ£o sÃ³ vÃdeos, mas tambÃ©m sites, blogs e livros- foi batizada de "netiqueta". HÃ¡ vÃdeos no YouTube sobre usar emoticons em e-mails profissionais, ser discreto ao postar no mural do Facebook alheio, limitar as fotos de bebÃªs no Instagram, retuitar excessivas mensagens no Twitter e fazer malabarismos com mÃºltiplos chats simultÃ¢neos.
Os jovens "estÃ£o ficando cansados da ironia, da grosseria e do sarcasmo que sÃ£o tÃ£o prevalentes nas suas vidas on-line", disse Jane Pratt, editora-chefe do site feminino xoJane, onde textos sobre etiqueta sÃ£o muito lidos. "A volta da etiqueta Ã© em parte uma resposta Ã dureza das interaÃ§Ãµes que as pessoas estÃ£o tendo na esfera digital."
"Ser legal Ã© muito chique atualmente", acrescentou ela.
Quando Daniel Post Senning, trineto de Emily Post, estava trabalhando na 18a ediÃ§Ã£o do "Emily's Post Etiquette" [A etiqueta de Emily Post], ele achou impossÃvel abordar a tecnologia em um sÃ³ capÃtulo. Em vez disso, dedicou um livro inteiro ao assunto: "Emily Post's Manners in a Digital World: Living Well Online" [As maneiras de Emily Post em um mundo digital: vivendo bem on-line], que estÃ¡ sendo lanÃ§ado tambÃ©m no formato digital.
O livro aborda questÃµes sobre como anunciar -ou nÃ£o- uma doenÃ§a grave pelo Facebook (sim, diz Post Senning, mas atualizaÃ§Ãµes devem ser restritas a amigos Ãntimos e familiares).
AtÃ© os novos gurus que se colocam como a encarnaÃ§Ã£o das civilidades de antigamente se sentem obrigados a encarar os dilemas do sÃ©culo 21.
Charles MacPherson, diretor de uma escola de mordomos no CanadÃ¡, lanÃ§a neste mÃªs o livro "The Butler Speaks: A Guide to Proper Etiquette, Stylish Entertaining and the Art of Good Housekeeping" [Fala o mordomo: um guia para a etiqueta adequada, o entretenimento com estilo e a arte da boa manutenÃ§Ã£o domÃ©stica], que aborda nÃ£o sÃ³ rituais e o jeito de servir caviar. O livro questiona, por exemplo, se a pessoa deve manter o celular sobre a mesa durante um jantar festivo caso seu filho de quatro anos esteja em casa doente, com uma babÃ¡.
"Nunca Ã© certo deixar o celular sobre a mesa", diz MacPherson. "Mantenha seu celular no vibratÃ³rio e no seu bolso ou sobre o colo. Caso ele toque, peÃ§a licenÃ§a da mesa -nÃ£o explique por que, sÃ³ diga um simples 'com licenÃ§a'- e saia da sala de jantar antes de atender."
Em alguns cÃrculos, as boas maneiras Ã moda antiga, como os discos de vinil, o bourbon "single-barrel" e os chapÃ©us de feltro, sÃ£o relÃquias da dÃ©cada de 1950, prontas para serem recuperadas por jovens formadores de tendÃªncias, segundo Brett McKay, criador do blog de estilo masculino "Art of Manliness". O site tem posts populares de etiqueta com exemplos tirados das vidas de George Washington e Theodore Roosevelt, por exemplo.
"HÃ¡ essa ideia na sociologia de que cada geraÃ§Ã£o se rebela contra seus pais e fica amiga da geraÃ§Ã£o dos avÃ³s", disse McKay. "Os 'baby boomers' eram a do: 'Deixa rolar, seja quem vocÃª for'. A geraÃ§Ã£o dos avÃ³s era mais formal, e as pessoas querem incorporar alguns desses valores."
As moÃ§as demonstram um renovado interesse pelas boas maneiras, segundo Grace Bonney, criadora do blog de decoraÃ§Ã£o Design Sponge, que acaba de ganhar uma coluna semanal de etiqueta.
Os textos de etiqueta, que trazem assuntos como "o certo e o errado nas redes sociais", atraem cinco vezes mais comentÃ¡rios e "curtidas" no Facebook do que outros posts, segundo ela.
"Acho que as pessoas estÃ£o comeÃ§ando a ver que pode ser recompensador dedicar tempo a qualquer esforÃ§o que faÃ§a os outros se sentirem mais bem-vindos na sua casa, seja com uma Ã³tima refeiÃ§Ã£o, aprendendo a arranjar flores ou apenas a etiqueta geral para ser um bom anfitriÃ£o", disse ela.
Resta ver se tanto interesse sinalizarÃ¡ uma mudanÃ§a real nos comportamentos.
Ter boas maneiras, afinal, dÃ¡ trabalho.
"NÃ£o lutamos para ter boas intenÃ§Ãµes", disse Nathan Tan, autor de "Forgetful Gentleman" [Cavalheiro esquecido], um livro de etiqueta que sairÃ¡ em maio. "Lutamos para converter nossas boas intenÃ§Ãµes em aÃ§Ãµes."
Alex Williams â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 22/04/13.
MatÃ©ria original em inglÃªs do â€œThe New York Timesâ€:
Nytimes.com/2013/03/31/etiquette-digital-generation
Emily Post Institute â€“
http://www.emilypost.com/
https://www.facebook.com/pages/The-Emily-Post-Institute/78025206074?ref=ts

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

ACONTECEU ENTRE 1643 E 1715.
Mas acho que naquela Ã©poca, nÃ£o tinha mensalÃ£o...
UMA AULA DE POLÃTICA
DiÃ¡logo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de LuÃs XIV, na peÃ§a teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:
Colbert: - Para arranjar dinheiro, hÃ¡ um momento em que enganar o contribuinte jÃ¡ nÃ£o Ã© possÃvel. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como Ã© possÃvel continuar a gastar quando jÃ¡ se estÃ¡ endividado atÃ© o pescoÃ§oâ€¦
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando estÃ¡ coberto de dÃvidas, vai parar Ã prisÃ£o. Mas o Estado Ã© diferente!!! NÃ£o se pode mandar o Estado para a prisÃ£o. EntÃ£o, ele continua a endividar-seâ€¦ Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se jÃ¡ criamos todos os impostos imaginÃ¡veis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas jÃ¡ nÃ£o podemos lanÃ§ar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, Ã© impossÃvel.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos tambÃ©m nÃ£o. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - EntÃ£o, como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! HÃ¡ uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. Ã‰ sobre essas que devemos lanÃ§ar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharÃ£o para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatÃ³rio inesgotÃ¡vel. Ã‰ a classe mÃ©dia!
(ColaboraÃ§Ã£o: Mazim Zuppo)

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