FALANDO EM INGLÊS
ÍNDICE DE PROFICIÊNCIA
English:
http://www.asiaobserver.com/forum/22-news-and-current-events/15696-ef-education-firsts-english-proficiency-index
More details:
http://www.ef.com/epi/
The report:
http://www.ef.com/epi/ef-epi-ranking/
Pesquisa: Avaliação do idioma entre 2,3 milhões de estudantes de 44 nações colocou o Brasil na 31ª posição. Brasileiro escorrega no inglês se comparado a outros países. Fluência é adquirida com contato e prática constante, dizem especialistas.
O inglês está presente em inúmeras situações do cotidiano da população brasileira. Porém, mesmo com esse grande volume da língua estrangeira, um estudo feito com 44 países e mais de 2,3 milhões de estudantes mostrou que o Brasil ocupa a 31ª posição quando o assunto é a fluência no idioma.
O Índice de Proficiência em Inglês da Education First (EF) foi calculado a partir de quatro testes, entre 2007 e 2009 - sendo dois online e os outros para alunos matriculados em cursos da EF. Cerca de 200 mil brasileiros participaram. "É um aviso de que precisamos agir. Nossos estudantes estão em nível baixo para concorrer mundialmente", esclarece Sílvia Bizatto, diretora da EF Brasil.
A situação da falta de proficiência na língua também faz parte de uma pesquisa da Target Group Index, do Ibope. Apenas 14% dos 20.736 brasileiros entrevistados entendem um programa de TV em inglês ou livro, revista e jornal no idioma. O estudo foi feito em duas partes, entre agosto de 2010 e no mesmo mês deste ano.
Para Sílvia, o conhecimento em inglês é fundamental ao país que desejar ter evidência no mundo. "É o idioma em comum, que encontramos para fazer o mundo rodar, ser global, ter relações com outros países", fala.
O domínio é possível apenas com intensa exposição à língua estrangeira, segundo a doutora em linguística Vera Menezes, professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Só se aprende uma língua se a pessoa se inserir nas práticas sociais que ela proporciona", afirma, ressaltando que é preciso falar constantemente para não esquecer.
Para a doutora em linguística aplicada Rosana Espírito Santo, professora- adjunta da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), o interessado em aprender precisa de motivação. "Ele deve estar consciente do seu papel na aprendizagem. Terá que estudar um pouquinho a cada dia", diz.
O estímulo profissional também leva à busca pelo aprendizado. O estudante de engenharia elétrica Igor Lopes, 25, procurou por um curso de inglês, pois deve morar no Canadá daqui a um ano e meio, trabalhando pela empresa em que atua como analista de projetos.
"Escolhi um curso flexível e marco as aulas conforme minha disponibilidade. Não espero fluência em um ano e meio, mas conhecimento para poder morar fora", diz o jovem que entende e lê em inglês. "É evidente que se fosse para os Estados Unidos amanhã, não entenderia quem só fala gírias", ressalta.
Cursos rápidos
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, surgem diversos cursos de inglês que prometem aprendizado em menos de um ano. As especialistas alertam que tais modelos não são garantia de fluência na língua. Segundo Vera, as aulas podem ser úteis apenas para situações específicas. "Podem ensinar algumas funções da linguagem, úteis para alguma atividade, mas não a ser fluente no idioma para qualquer situação social".
Com o objetivo de atender ao público que estiver em Belo Horizonte durante o mundial, a secretária Fátima Silva, 53 - que prefere ser chamada pelo apelido Alaba -, optou por reforçar o inglês com cursos rápidos. "Minha pretensão é transformar a casa dos meus avós para hospedar pessoas e servir comida mineira. Para servir estrangeiros é preciso falar um pouco da língua. É o inglês voltado ao turismo".
Para quem deseja fluência, a dica da professora Rosana são métodos que possibilitem ao aluno inserir o cotidiano no aprendizado. "O professor tem que encontrar formas nas quais o aluno se sinta confortável para se expressar e, consequentemente, se desenvolver", diz, lembrando que muitos adultos não gostam de se expor. "Errar é uma forma de aprender", complementa.
Qualificação dos professores pode ser um problema
As escolas de ensino básico do Brasil não têm contribuído para o aprendizado do inglês. Segundo a professora titular da UFMG Vera Menezes, muitas das instituições não oferecem bom ensino de língua estrangeira. "Os professores são muito ´gramatiqueiros´- , se preocupam em falar sobre a língua e não proporcionam oportunidades de praticá-la efetivamente", afirma.
O resultado de baixa proficiência mostrado no estudo da Education First tem relação com o tempo que os alunos passam em sala de aula, segundo Sílvia Bizatto, diretora da empresa no Brasil. "No relatório, mostramos que o índice mais baixo é dos países em que o número de horas, ou anos em que o aluno passa na escola, são menores do que nos outros países, como Suécia e Noruega", diz.
Segundo a professora adjunto da PUC Minas Rosana Espírito Santo, o despreparo está na formação dos professores. "Vejo uma falta de preparo dos professores para trabalhar com a língua. É preciso haver maior preocupação com essa formação", diz sobre a necessidade de ações públicas.
A professora explica ainda que, quanto antes o aprendizado for iniciado, melhores os resultados de domínio do idioma. "Quando se aprende enquanto criança, a pessoa vai ter melhor pronúncia, vai exercitar melhor as partes fonéticas e fonológicas", explica.
Ela ainda ressalta que adultos também conseguem aprender e com um diferencial. "O adulto terá outras vantagens, como o conhecimento de mundo", finaliza.
Resultado
Testes: A avaliação da Education First incluiu seções de gramática, vocabulário, leitura e audição. A pesquisa completa sobre proficiência pode ser acessada no site www.ef.com.br.
Andréa Juste - Fonte: O Tempo - 23/10/11.
Mais detalhes: http://www.ef.com.br/epi/download-full-report/
O relatório:
http://www.ef.com.br/sitecore/__/~/media/efcom/epi/pdf/EF-EPI-2011-Brazil.pdf
Target Group Index - http://www.almanaqueibope.com.br/asp/metodologia_targetindexgroup.asp
UFMG - http://www.ufmg.br/
PUC Minas - www.pucminas.br/
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
FALANDO EM SAUDADE
"A saudade existe não porque estamos longe, mas porque, um dia, estivemos juntos".
Paulo Navarro (www.pnc.com.br) - Fonte: O Tempo - 28/10/11.
PESQUISA: RISO AJUDA NA CIRCULAÇÃO
Um estudo médico apresentado no European Society of Cardiology Congress, em Paris, mostrou que o riso ajuda no fluxo sanguíneo. A pesquisa foi liderada pelo médico Michael Miller, que examinou a resposta fisiológica à ausência de estresse e à alegria. Outros estudos já tinham mostrado que, em resposta ao estresse, os vasos sanguíneos se contraiam. O pesquisador queria então ver como o organismo reagia ao riso. Os participantes do estudo tiveram que assistir um filme estressante e, ao avaliar os vasos sanguíneos, o fluxo de sangue havia se reduzido. Quando o grupo assistiu a um filme engraçado, que provocava riso, houve uma variação de 30% a 50% no crescimento do fluxo de sangue em comparação com o estado anterior.
Etc - Interessa - Fonte: O Tempo - 28/10/11.
European Society of Cardiology Congress - http://www.escardio.org/Pages/index.aspx
DE STEVE.JOBS @COM PARA DILMA @GOV
Senhora Presidente,
Eu pensei em escrever para a senhora em duas ocasiões. Na primeira, quando a sua burocracia tributária disse que o iPad não era um computador porque não tinha teclado. Nunca ouvi tamanha besteira. Na segunda, quando soube que a senhora usava um iPad (achou o teclado?).
Desisti porque algum Bozo diria que estava defendendo meus interesses. Resolvi fazê-lo agora porque vim para cá e acaba de ser publicada por aí a minha biografia, escrita pelo Walter Isaacson. Eu acho que ele foi bonzinho. Diz 34 vezes que eu tenho um "campo de distorção da realidade". Maneira elegante para mostrar que fui um refinado mentiroso.
A senhora já se deu conta de que, no Brasil, eu e os meus produtos somos tratados como estorvos? Por causa dos impostos, os iPods, os iPhones e os iPads vendidos na sua terra são os mais caros do mundo.
Quem traz um MacAir na volta de uma viagem paga R$ 650 de impostos. Se trouxer máquina fotográfica, paga nada. Mais: pode comprar, no desembarque, US$ 500 de bebidas alcoólicas. Vocês importam mais lixo e roupas usadas do que computadores Apple.
Agora mesmo, a Foxconn negocia com seu governo a montagem de iPads no Brasil. Não acompanho essa conversa, mas o Alan Turing (aquele gênio gay que se matou comendo uma maçã com cianeto) me contou uma história de "transferência de tecnologia" e percentagem de componentes nacionais. Isso é "bullshit".
Transferimos o que nos convém transferir, desde que a produção brasileira tenha preços competitivos. Fora disso, nem pensar. A senhora tem no Brasil uma artilharia de interesses que atrasaram o progresso do país em 20 anos na área dos computadores (hoje o atraso está nuns dez). Lembra da "reserva de mercado"? Até meados dos anos 80, seria mais fácil para mim entrar no Brasil com um pacote de pastilhas de LSD do que com um Mac. Enquanto isso, alguns bobalhões montaram em São Paulo um galpão para clonar minhas máquinas. Garantiram-me que a senhora defendia essa maluquice. Não acredito.
Eu soube que há prefeituras comprando lotes de iPads. Falam até num projeto de um tablet (seja lá de quem for) para cada um dos 7 milhões de estudantes brasileiros. Não permita isso, dona Dilma, eles não querem melhorar a educação, querem rapinar os contribuintes.
Seu programa de "Um Computador por Aluno" é um engano administrativo a serviço da marquetagem política e do bem-estar dos fornecedores. Outro dia pararam de pagar a capacitação de professores, mas continuaram a pagar as máquinas. Seu governo quer levar computadores para as escolas? Treine os mestres, dê um bônus a cada família e ela compra a máquina que quiser.
A senhora já notou como o mercado de e-books brasileiros está atrasado? Pois pense no tamanho do negócio dos livros didáticos. Seu programa de distribuição gratuita desses livros é o maior do mundo depois do chinês. Imagine esse mercado dentro de dez anos, quando os tablets escolares custarem menos de US$ 50.
Façamos de conta que estamos na Apple. Esse cenário pedirá novos produtos, novas editoras e novos modelos de livros. Eu faria assim: ponha dois sujeitos para pensar só nisso. Um para projetar boas ideias. Outro para enxotar más ideias trazidas por bons amigos.
Atenciosamente,
Steve Jobs
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/10/11.
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