FALANDO EM INOVAÇÃO CIENTÍFICA
O MAIOR AVANÇO DA CIÊNCIA EM 2011
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http://www.aaas.org/news/releases/2011/1222sp_boy.shtml
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http://www.aaas.org/news/releases/2011/media/breakthrough/1222breakthrough_slideshow.shtml
Science Magazine:
http://www.sciencemag.org/site/special/btoy2011/
Conquista: Drogas anti-HIV marcam as inovações de 2011
A revista científica norte-americana "Science" elegeu como maior avanço da ciência, em 2011, a descoberta de um tratamento contra o HIV - causador da Aids - eficiente para a redução da transmissão do vírus. Dos pacientes tratados com drogas antirretrovirais, há 96% menos chances de transmissão do vírus aos parceiros sexuais.
Interessa - Etc - Fonte: O Tempo - 24/12/11.
Mais detalhes:
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A revista:
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AS 10 MAIS
A vacina para prevenir a infecção pelo HIV ainda não existe, mas uma técnica eficaz para impedir que o vírus se espalhe figura nas páginas da edição de hoje da revista "Science" como o avanço científico do ano.
A terapia antirretroviral, usada desde os anos 1990, se mostrou eficaz também como forma de prevenção -não só tratamento- num teste clínico que promete influenciar políticas de saúde pública.
Até 2010, sanitaristas temiam que essa sugestão poderia desestimular o uso de camisinhas.
Mas o resultado do estudo divulgado pela Rede de Testes de Prevenção de HIV em abril transformou o receio em otimismo. O teste acompanhou casais heterossexuais em que um dos integrantes era portador do vírus, mas o outro, não. A maioria dos parceiros daqueles submetidos ao tratamento não contraiu o vírus, diferentemente dos cônjuges de soropositivos que não estavam em tratamento.
Avanços importantes em biomedicina se consagraram em um ano no qual a física prometia dar show.
O ano, porém, acabou em anticlímax após o atraso do acelerador de partículas LHC em confirmar (ou descartar) a existência do bóson de Higgs -partícula que dá massa às outras, segundo a teoria.
A descoberta de que uma outra classe de partícula elementar, os neutrinos, pode trafegar acima da velocidade da luz fez barulho, mas trouxe mais um clima de desconforto do que de entusiasmo.
Caso seja para valer, isso significa que as fundações da física devem ser revistas.
ASTRONOMIA
A astronomia parece ter roubado a cena entre as ciências físicas em 2011, com o sucesso do telescópio espacial Kepler em descobrir planetas fora do Sistema Solar. Já são mais de 700 astros dessa categoria catalogados.
O ano que vem também parece promissor. Cientistas estão entusiasmados em enviar para Marte o jipe Curiosity, que vai explorar o planeta com um conjunto de instrumentos sem precedentes.
O projeto do Telescópio Espacial James Webb, que vai substituir o Hubble, passou boa parte de 2011 ameaçado de ser cancelado pelo governo dos EUA e foi salvo na última hora. Cientistas agora correm contra o relógio para manter a agenda de lançamento, previsto só para 2018.
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HIV: TRATAMENTO É PREVENÇÃO
Estudo com casais em que só uma pessoa tinha HIV mostrou que a terapia antirretroviral, além de reduzir sintomas da Aids, também evita a infecção do parceiro; o teste já influencia políticas de saúde pública
BACTÉRIAS PERSONALIZADAS
Pesquisa com comunidades bacterianas no intestino mostrou que há três tipos básicos delas; um é favorecido por dieta carnívora, outro, por dieta vegetariana
ENCONTRO COM O ASTEROIDE
Sonda explicou por que asteroides vistos por telescópio pareciam diferentes dos seus pedaços que caíam na Terra: o vento solar muda a cor deles e troca sua identificação
O HOMINÍDEO NO SEU DNA
Cientistas descobriram povos asiáticos que tinham parte do DNA herdado dos denisovanos, hominídeos que viveram na Sibéria há 40 mil anos
ENERGIA SECRETA DAS PLANTAS
Japoneses elucidaram estrutura da proteína PSII, que vegetais usam para separar a água em oxigênio e hidrogênio, abrindo caminho para novos combustíveis limpos
ANTIGUIDADES CÓSMICAS
Foram descobertas nuvens de gás e estrelas formadas quase só de hidrogênio, semelhantes às primeiras do Universo; teorias diziam que elas não existiam mais
MALÁRIA SOB CERCO
Testes com a vacina RTS,S, que barrou o surgimento de sintomas graves da doença em metade das crianças imunizadas e infectadas, tiveram sucesso
BIZARRICES INTERPLANETÁRIAS
Cientistas perceberam que grupos de planetas podem ser bem diferentes do Sistema Solar, com corpos que orbitam estrelas girando no sentido contrário ao da estrela-mãe
FILTROS MOLECULARES
Técnicas na fabricação de zeólitos, minerais porosos usados na indústria petroquímica e para filtrar poluentes, foram aprimoradas; algumas estão em prática
JUVENTUDE PROLONGADA
Células que se "aposentam" e param de se dividir influenciam as vizinhas a estimular o envelhecimento; roedores tratados mantiveram vigor jovial
Rafael Garcia - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/12/11.
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
PESSOAS QUE NOS PUXAM PARA BAIXO
Você já reparou como há pessoas que nos puxam para baixo? Estamos bem, felizes, contentes, mas basta essas pessoas aparecerem, e tudo começa a ficar azedo, triste. Elas já chegam com um olhar de censura, de quem comeu e não gostou, de quem dormiu com os pés para fora da coberta. Até o olhar delas nos puxa para baixo!
Você já reparou como há pessoas para quem nada está bom? Tudo tem um defeito. Todas as pessoas têm problemas. Falam mal de todo o mundo. Não suportam ninguém. Quando terminamos uma tarefa, elas só enxergam os defeitos. Quando são convidadas para um piquenique, elas dizem que vai chover.
Você já reparou como há pessoas de mal com a vida? Elas vivem irritadas, culpando os outros por seus problemas. O mau humor é sua marca registrada. Parecem ter orgulho de sua cara fechada, de seu sorriso ausente. São pessoas incapazes de elogiar, de conviver.
Você já reparou como há pessoas punitivas? Todos são culpados até que provem o contrário. Já chegam com o dedo em riste nos acusando de coisas que nem sequer sabemos de que se trata. Ficam profundamente infelizes com qualquer sinal de felicidade alheia. Odeiam a alegria, o sorriso, a conversa informal. Punem a todos quase como uma profissão de tempo integal. Vejo essas pessoas em todos os lugares: na família, no trabalho, nas escolas, nos clubes e nas associações e até em trabalhos voluntários.
Fico impressionado ao ver quanta gente faz a vida mais difícil do que ela é. Quanta gente complica coisas simples. Pessoas que criticam tudo e, na hora de ajudar, dizem não ter tempo. Na hora de contribuir, dizem não ter dinheiro. Na hora de carregar peso, alegam ter problemas de coluna. E assim por diante. Vivem para puxar os outros para baixo. Vivem para não fazer.
Meu conselho é: livre-se dessas pessoas que puxam você para baixo! Afaste-se delas ou, no mínimo, não lhes dê nenhuma importância. Deixe-as sofrer sozinhas. Ninguém merece gente assim!
Pense nisso. Sucesso!
Luiz Marins - Antropólogo (www.marins.com.br) - Fonte: Revista Voe - Número 42 - Dezembro 2011.
CIÊNCIA EM SEGREDO
Até que ponto a ciência deve ser transparente e aberta? A questão, que há séculos inspira debates entre filósofos e cientistas, ganhou relevo na semana passada, depois que uma comissão consultiva do governo dos Estados Unidos pediu aos dois principais periódicos científicos do mundo, "Nature" e "Science", que deixassem de publicar parte dos resultados de uma pesquisa com o vírus da gripe.
O temor do comitê, ligado aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), é que as informações possam ser usadas por terroristas.
Tecnicamente, não chega a ser uma censura, mesmo porque a comissão não tem poderes para tanto, mas o editor da "Science" afirmou que está levando a recomendação a sério e provavelmente restringirá o acesso aos dados. E pediu que o governo encontre alternativa para levar as informações a quem possa fazer bom uso delas.
A preocupação se justifica. Cientistas dos EUA e da Holanda conseguiram induzir uma cepa do vírus da gripe aviária A a cinco mutações que a tornaram altamente transmissível entre mamíferos. É o pior pesadelo dos virologistas. Em estado selvagem, o H5N1 quase nunca infecta humanos (apenas aves), mas, quando o faz, apresenta uma taxa de letalidade de mais de 50%.
A título de comparação, a tão citada gripe espanhola, que matou entre 50 milhões e 100 milhões entre 1918 e 1920, tinha uma letalidade estimada de 10% a 20% dos infectados.
A dimensão do perigo é justamente o argumento dos cientistas que defendem a publicação completa. Eles afirmam que os dados ajudariam os centros de vigilância epidemiológica a monitorar o comportamento do H5N1. Alegam ainda que não faria sentido desenvolver armas a partir do vírus da gripe, já que, uma vez liberado no ambiente, poderia atingir a população de qualquer país.
Apesar de haver base material para os receios da comissão, os argumentos dos que advogam pela publicação completa mostram-se mais sólidos. E são reforçados por precedentes históricos. No longo prazo, todo segredo vaza. Os próprios EUA tudo fizeram para impedir que informações sobre a bomba atômica chegassem a seus inimigos -e não tiveram sucesso.
Para avançar, a ciência depende da livre circulação de informações entre pesquisadores. Não parece sábio bloqueá-la.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 29/12/11.
Institutos Nacionais de Saúde (NIH) - http://www.nih.gov/
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