FALANDO DE HISTÓRIA
DOCUMENTOS HISTÓRICOS
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A Rede Portuguesa de Arquivos reúne uma série de documentos distritais e nacionais que contam a história do país. Entre os milhares de arquivos, há papéis como o "Cadernos de Prisão", um manuscrito que lista os mandatos de prisão, com e sem sequestro de bens, que estava localizado no Tribunal do Santos Ofício, entre os anos 1749 e 1762.
Fonte: Aventuras na História - Edição 85.
O site:
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"Parabéns ao FM pelos mais de 13 mil acessos em julho. Belo trabalho. Vocês merecem..." FM: Muito obrigado! Valeu!
"Olá caros amigos da FM. Esse nosso (se me permitem) FM está cada vez melhor. Parabéns mesmo. É bastante agradável ler e acompanhar os diversos assuntos abordados. Falando em assunto, o do momento é a "Ereção" não é mesmo? Pessoal, a coisa se transformou. Não em palhaçada porque seria uma ofensa aos nossos queridos palhaços, mas numa brincadeira de mau gosto. Os candidatos são ridículos. Estão brincando com coisa séria. Isso não deveria ser permitido. Acaba ferindo a imagem do país. Depois ao ouvir um estrangeiro dizer que o Brasil não é um país sério, não podemos reclamar. Na minha opinião, para ser eleito a pessoa deveria ser sabatinado. Afinal é um cargo sério e de responsabilidade, e deveria ser tratado como tal. Talvez muita gente não concorde, mas é a minha opinião. Um super abraço, Eribado - São Paulo" FM: Falou e disse. Você já leu o Editorial dessa semana? Dê uma lida: http://www.faculdademental.com.br/editorial2.php?not_id=0003534. E envie seus comentários. Abraços e bom final de semana.
"Olá! Gostaria que vocês publicasses esta informação no Faculdade Mental. Beijos e Obrigada. Shirley - Caraguatatuba - SP." FM: Perfeitamente! O texto de Paula Brügger está logo abaixo. Beijos!
AINDA SOBRE OS MODELOS ANIMAIS...
Por Paula Brügger - brugger@ccb.ufsc.br - InfoSentiens. 20/08/2010.
No texto passado* coloquei, resumidamente, as principais razões que nos levam a discordar da eficácia dos modelos animais para estudar diversos males que acometem os humanos, ou desenvolver medicamentos, terapias etc. Esse assunto polêmico despertou o interesse de muita gente, uma vez que no ideário dominante os experimentos com animais são uma espécie de mal necessário. Isso é compreensível. Afinal, os meios de comunicação não cessam de dar destaque às descobertas de drogas ou terapias a partir de modelos animais. Entretanto, quando a mesma droga ou terapia se mostra ineficiente em humanos, a notícia nunca é matéria de primeira página. É claro que tudo isso acaba reforçando a fé nos modelos animais, ou seja, a impressão de que eles funcionam de fato e que, mesmo em alguns casos de total fracasso, faltou realmente muito pouco para se chegar a um resultado bem-sucedido.
Sobre o sucesso dos modelos animais
Os defensores dos modelos animais alegam que muitos medicamentos, procedimentos cirúrgicos ou terapias, por exemplo, dependeram da experimentação animal, ou foram descobertos usando animais como modelos. Entretanto, o que os defensores de tais experimentos não desejam discutir é o índice de sucesso dessa forma de estudar e construir conhecimento. Salvo em casos nos quais os modelos animais tenham sido rigorosamente validados (mas isso implica a morte de milhões deles!), os dados corretos, aparentemente obtidos a partir de modelos animais, são fruto da coincidência e do acaso, ou de pistas fornecidas por outros campos de pesquisa. Não refletem o resultado de uma empreitada verdadeiramente científica, uma vez que não implicam num conhecimento minucioso dos complexos mecanismos presentes nos processos estudados. Tais acertos parecem refletir nada mais do que um pequeno percentual bem-sucedido de meras tentativas e, com isso, não diferem significativamente de outras situações como os índices de acerto em cestas de basquete, por exemplo, por parte de pessoas que não dominam tal esporte.
Outras formas de construir conhecimento
Muitos médicos e cientistas anti-vivisseccionistas afirmam que os animais não precisam fazer parte da descoberta de novas drogas. Segundo os doutores Jean e Ray Greek, por exemplo, existem apenas quatro formas testadas e verdadeiras para se encontrar novas drogas. A primeira seria descobrir novas substâncias na natureza como fizerem nossos ancestrais. A segunda, pouco explorada, é descobrir um valor de cura novo em um medicamento já existente (como o potencial do triclosan para malária); a terceira se constitui na modificação da estrutura química de um medicamento para melhorá-lo, ou para criar uma nova versão para o mercado (como é o caso do antibiótico Zyvox); e a quarta e mais interessante delas é "desenhar" um novo medicamento baseado em uma ação desejada. Essa é a alternativa que traz mais inovação na farmacologia moderna (envolve química combinatória; CADD computer-aided drug design, ou "desenho" de drogas por meio de computador; técnicas de análise in vitro, etc). Como exemplo dessa quarta via, os Greek citam os fármacos contra o HIV. Eles e outros autores sugerem que se elimine a etapa dos testes com animais e, em vez disso, se aumente a já existente fase de estudos clínicos com humanos. Tal medida seria da maior importância. Kathy Archibald, diretora científica do grupo "Europeans For Medical Progress", destaca que nenhum método - seja ele baseado em animais, seres humanos, ou tubos de ensaio - é capaz de prever as reações dos pacientes com 100% de precisão. As reações diferem de acordo com sexo, idade, grupo étnico e mesmo entre membros da mesma família. Somos todos diferentes, bioquimicamente únicos, embora não tão diferentes uns dos outros quanto somos dos animais, é claro. Por exemplo, apesar de todos os genomas humanos terem mais 99,9% de identidade, a pequena proporção de 0,1% de diferença pode produzir uns três milhões de polimorfismos. Muitos deles não têm efeito, mas os que têm impacto na expressão e função de proteínas podem afetar o funcionamento de drogas (no caso de a proteína em questão estar ligada ao funcionamento da droga). Alguns exemplos importantes estão relacionados ao metabolismo do colesterol, à manifestação da asma e aos transmissores de serotonina. Tudo isso só reforça a idéia de que usar animais em estudos é ineficaz e antiético, pois nenhuma dessas particularidades pode ser descoberta nos modelos animais. Archibald destaca que a massiva ênfase na confiabilidade dos dados provenientes da experimentação animal permite que as companhias farmacêuticas evitem conduzir etapas clínicas mais criteriosas, mais representativas, com mais pessoas e durante mais tempo. Ela afirma ainda que os testes com animais são feitos por razões legais e não científicas, pois isso protege as empresas contra processos decorrentes de efeitos colaterais prejudiciais ou letais.
Bibliografia
ARCHIBALD, Kathy. Animal testing: science or fiction? The Ecologist, maio. 2005: 14-17.
GREEK, Ray & GREEK, Jean. Specious Science: How Genetics and Evolution Reveal Why Medical Research on Animals Harms Humans. London, New York: Continuum, 2003.
* Referência ao texto Porque somos contra os modelos animais - o reducionismo como base da falibilidade dos modelos animais, publicado na revista Pensata Animal em 16/10/2007.
O QUE É GLOBALIZAÇÃO?
Pergunta: Qual é a mais correta definição de Globalização?
Resposta: A Morte da Princesa Diana..
Pergunta: Por quê?
Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos americanos. E isto é enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico que usa chips feitos emTaiwan em um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por chineses, através de uma conexão paraguaia Isto é, *GLOBALIZAÇÃO!!!*
(Colaboração: Washington de Jesus)
VALIDAÇÃO
O Poder da Validação (Stephen Kanitz)
Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes, nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro.
Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1.
O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros.
Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir essa insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema.
Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro.
Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor. Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode auto-validar-se, por definição. Você sempre será um "ninguém", a não ser que outros o validem como "alguém".
Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz:"Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo.
Estamos tão preocupados com a própria insegurança que não temos tempo para sair validando os outros.
ESTAMOS TÃO PREOCUPADOS EM MOSTRAR QUE SOMOS O "MÁXIMO" que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "MÁXIMO" são ELES.
Adulamos a quem não gostamos e esquecemos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o "ter" e não o "ser". Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão polegar para cima, um "valeu cara, valeu".
Por isso ESTOU VALIDANDO VOCÊ AGORA.
Você já validou alguém hoje?
(Colaboração: Walter Munaier)
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