FM - Faculdade Mental

FALOU NO FM? TÃ FALADO! - 19/11/2011

FALANDO E CANTANDO EM RUSSO

POOH COMUNA

Video: http://www.youtube.com/watch?v=sqdiEUp6s4E
Muito antes de a Disney lanÃ§ar seu personagem laranja rechonchudo, o Ursinho Pooh jÃ¡ era protagonista de livros infantis na dÃ©cada de 1920. Foi assim que ele chegou ao outro lado da Cortina de Ferro na dÃ©cada de 1960, e virou personagem de um desenho soviÃ©tico. Na versÃ£o comunista, o urso tambÃ©m gosta de mel, tem uma amigo leitÃ£o e voa com um balÃ£o - mas tudo isso falando e cantando em russo.
VÃdeo: http://www.youtube.com/watch?v=sqdiEUp6s4E.
Escolhas - Karin Hueck - Fonte: Super Interessante - EdiÃ§Ã£o 297.

MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES

"Fotos Originais do Dia D - Lembrando o 66Âº aniversÃ¡rio da invasÃ£o (Junho/2010). http://www.boston.com/bigpicture/2010/06/remembering_d-day_66_years_ago.html. Fonte: E. Lott - (ColaboraÃ§Ã£o: A. M. Borges)" FM: Valeu, professor!

"Bem bolado, deve ser matemÃ¡tica. Pode clicar que nÃ£o Ã© vÃrus. Ã‰ legal!! ALGUÃ‰M PODE EXPLICAR ISSO..??? Teste. Se voce descobrir como Ã© feito, por favor me avise. Clique no Link: http://sorisomail.com/email/21823/adivinhando-o-teu-numero.html. No final tudo dÃ¡ certo; se nÃ£o deu certo Ã© porque ainda nÃ£o se chegou ao final. (ColaboraÃ§Ã£o: Waldeyr E. de Paula Junior)" FM: EstÃ¡ lanÃ§ado o desafio aos leitores e colaboradores do FM.

FALOU NO FM? TÃ FALADO!
"O Brasil estaria melhor se houvesse homens de bem com a mesma ousadia dos canalhas". (Nelson Rodrigues)
Paulo Navarro (www.pnc.com.br) - Fonte: O Tempo - 15/11/11.

VERDE, POR DENTRO, QUE COR TEM?
Dentro da palavra verde nÃ£o Ã© verde. A palavra longo, na verdade, Ã© curta, ao contrÃ¡rio de protozoÃ¡rio, que Ã© longa, embora a coisa que designa pertenÃ§a ao reino do microscÃ³pio.
No fundo da linguagem reina a mais completa arbitrariedade. Verde conjura o verde na mente de quem fala portuguÃªs, mas isso se dÃ¡ por convenÃ§Ã£o. Verde, do latim "viridis", Ã© sÃ³ mais uma entre milhares de palavras que a humanidade inventou para designar aquela cor chamada de "jeshile" em albanÃªs, "hijau" em malaio, "zelen" em bÃºlgaro e "hovy" em guarani. Isso Ã© motivo de um leve pÃ¢nico que assombra todos os atos de comunicaÃ§Ã£o humana: o pavor que temos de pular para fora do sentido. De cair no buraco de Alice e despontar num mundo em que o verde se chama, sei lÃ¡, "charyalÃ², mas vocÃª nÃ£o fala romani.
Leia mais:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/o-verde-por-dentro-que-cor-tem/.
KÃ¡tia Perin - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2243.

VAGAS: ESCOLA DE IDIOMAS
A Seven Idiomas procura professores de inglÃªs e espanhol para as cidades de SÃ£o Paulo, Santo AndrÃ©, SÃ£o Bernardo, SÃ£o Caetano, Guarulhos, Barueri e Vinhedo (SP). SÃ£o oferecidas 42 vagas. HÃ¡ ainda outros 22 postos administrativos para coordenadores, consultores e supervisores de vendas, gerente e assistente de atendimento. As inscriÃ§Ãµes estÃ£o abertas atÃ© o dia 30 de novembro e podem ser feitas pelo site http://www.sevenidiomas.com.br/site/trabalhe_conosco.asp.
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/11/11.

NO TEMPO DA MINHA INFÃ‚NCIA
(Ismael GaiÃ£o)

No tempo da minha infÃ¢ncia
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer muito aÃ§Ãºcar ou sal
Hoje tudo Ã© diferente
Sempre alguÃ©m ensina a gente
Que comer tudo faz mal

Bebi leite ao natural
Da minha vaca QuitÃ©ria
E nunca fiquei de cama
Com uma doenÃ§a sÃ©ria
As crianÃ§as de hoje em dia
NÃ£o bebem como eu bebia
Pra nÃ£o pegar bactÃ©ria

A barriga da misÃ©ria
Tirei com tranquilidade
Do pÃ£o com manteiga e queijo
Hoje sÃ³ resta a saudade
A vida ficou sem graÃ§a
NÃ£o se pode comer massa
Por causa da obesidade

Eu comi ovo Ã vontade
Sem ter contra indicaÃ§Ã£o
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilÃ£o
Hoje a vida Ã© uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coraÃ§Ã£o

Com a modernizaÃ§Ã£o
Quase tudo Ã© proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
SÃ³ por ter sobrevivido

Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
NÃ£o se temia a galera
E naquele tempo era
Proibido proibir

Vi o meu pai dirigir
Numa total confianÃ§a
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de seguranÃ§a
E eu no banco de trÃ¡s
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festanÃ§a

No meu tempo de crianÃ§a
Por ter sido reprovado
NinguÃ©m ia ao psicÃ³logo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente sÃ³ repetia
AtÃ© que fosse aprovado

NÃ£o tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
Ã‰ coisa que nÃ£o se via
Falta de concentraÃ§Ã£o
Se curava com carÃ£o
E disso ninguÃ©m morria

Nesse tempo se bebia
Ãgua vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou atÃ© de uma mangueira
E essa Ã¡gua engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira

Para a gente era besteira
Ter perna ou braÃ§o engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armÃ¡rio pequeno
Sem chave e sem cadeado

Nunca fui envenenado
Com as tintas dos brinquedos
RemÃ©dios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalÃ§o, na areia
Eu joguei bola de meia
Rasgando as pontas dos dedos

Aboli todos os medos
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimÃ£
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta,
Capacete e joelheiras

Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de MÃ£o
EstÃ¡tua, Jogo da Velha
Bola de Gude e PiÃ£o
De mocinhos e Cawboys
E atÃ© de super-herÃ³is
Que vi na televisÃ£o

Eu cantei Cai, Cai BalÃ£o,
Palma Ã© palma, PÃ© Ã© pÃ©
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De MarrÃ©
TambÃ©m cantei TororÃ³
Brinquei de Escravos de JÃ³
E o Sapo nÃ£o lava o pÃ©

Com anzol e jererÃ©
Muitas vezes fui pescar
E sÃ³ saÃa do rio
Pra ir pra casa jantar
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
DÃ£o prazer em recordar

Tomava banho de mar
Na estaÃ§Ã£o do verÃ£o
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhÃ£o
NÃ£o voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado
Parecendo um camarÃ£o

Sem ter tanta evoluÃ§Ã£o
O Playstation nÃ£o havia
E nenhum jogo de vÃdeo
Naquele tempo existia
NÃ£o tinha vÃdeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia

O meu cachorro comia
O resto do nosso almoÃ§o
NÃ£o existia raÃ§Ã£o
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguÃ©m botar
Um colar no seu pescoÃ§o

E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira
Ou numa Ã¡gua bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabÃ£o em barra
Pra tirar sua sujeira

Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhÃ£ ia pra aula
Mas voltava pra almoÃ§ar
MamÃ£e nÃ£o se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar

Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra nÃ£o me ver adiante
Ir pra marginalidade

Mas hoje a sociedade
Essa visÃ£o nÃ£o alcanÃ§a
E proÃbe qualquer pai
Dar trabalho a uma crianÃ§a
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperanÃ§a

A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser crianÃ§a outra vez...

Fonte: Ronaldo AraÃºjo - (ColaboraÃ§Ã£o: A. M. Borges)

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