FALANDO NA MAIS SIMPLES DAS LÍNGUAS
O MISSIONÁRIO
English:
Guardian/daniel-everett-human-language-piraha
The book “Language”:
Guardianbookshop.co.uk/BerteShopWeb
The book “Don't Sleep, There are Snakes”:
Guardianbookshop.co.uk/Product
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=-ppH1UB8_oY
University of Illinois:
http://www.uillinois.edu/
Facebook.com/UofIAssemblyHall
Engana-se quem pensa que as histórias de viajantes aprisionados por índios acabaram com o tempo de Colônia. Em 1977, o missionário americano Daniel Everett só ficou vivo graças à facilidade em entender línguas. O evangélico catequizava os pirahãs no Amazonas quando percebeu que tramavam a sua morte. Correu para trancar a esposa, os três filhos pequenos e todas as flechas da aldeia em sua barraca.
Contornou a situação e, apesar de ter escapado por pouco, resolveu ficar por ali. Tinha se apaixonado pela língua falada pelos nativos.
A família Everett viveu 25 anos na floresta enquanto o professor da Universidade de Illinois estudava a fala dos pirahãs. O que ela tem de tão incrível? É o idioma mais enxuto e simples já conhecido. Nela não há números nem nomes para as cores, elementos considerados até então fundamentais para qualquer comunicação humana. Como aos pirahãs só importa o presente, eles não usam tempos verbais. Também não formam orações subordinadas.
Em 2008, Everett lançou o livro “Don’t Sleep, There Are Snakes: Life and language in the amazonian jungle”, que agitou o mundo dos linguistas e repercutiu em jornais da América Latina à Europa, por ter posto em xeque teorias de grandes linguistas como Noam Chomsky.
Só que a missão inicial de Everett terminou frustada. Além de não ter conseguido traduzir a Bíblia para a língua pirahã, ele é que foi convertido pelos índios. “Fiquei no meio do mato conversando com um grupo de pessoas que nunca manifestaram interesse nesse Deus do qual eu falava. E vi que intelectualmente eu não podia mais sustentar essa crença em mim.”
A resposta dos pirahãs sobre o começo do mundo e a própria origem explica até por que não usam passado ou futuro: “Tudo é o mesmo, as coisas sempre são”.
Fonte: Almanaque Brasil (http://www.facebook.com/pages/Almanaque-Brasil/240748765968281) – Número 166 – Fevereiro 2013
Mais detalhes:
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O livro “Language”:
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O livro “Don't Sleep, There are Snakes”:
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Vídeo:
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Universidade de Illinois:
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
O CRIADOR DA PALAVRA: NECROTÉRIO
Visconde carioca inventou o necrotério...
Se ao tiverem origem indígena, grega ou latina, geralmente as palavras do repertório brasileiro são importadas de outra língua: francês, inglês. Raramente um neologismo nacional entra no dicionário. Mais raro ainda é o caso de certo visconde, citado no Aurélio como criador de uma palavra. Pode conferir a origem do verbete “necrotério”: “proposto pelo Visconde de Taunay, escritor brasileiro, para substituir o galicismo “morgue” e que teve, entre nós, aceitação geral”.
O carioca Alfredo d’Escragnolle Taunay foi engenheiro, professor, major na Guerra do Paraguai e governador do Paraná e de Santa Catarina, além de escritor e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Palavras eram seu passatempo preferido: “Possuem fisionomia própria, tipo peculiar, que nos inspira simpatia ou repulsão”.
Em 1872, Taunay recebeu inusitada encomenda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro: deveria criar termo inédito para nomear o lugar onde se expõem os cadáveres que vão ser autopsiados ou identificados.
O visconde dizia que o resultado foi obtido após “parafusar sobre o caso não poucos dias”. Escolheu como base a palavra “cemitério”, do grego “coimeterion” (significa proteção ao sono) – “como é formosa, com efeito, e expressiva!”.
Recortou e colou à partícula também grega para a morte (necro). E assim nasceu, há 130 anos a palavra necrotério.
Fonte: Almanaque Brasil (http://www.facebook.com/pages/Almanaque-Brasil/240748765968281) – Número 166 – Fevereiro 2013
AGORA É PRA VALER: CHACHAÇA É SÓ BRASILEIRA
A divisão do governo norte-americano especializada no comércio de álcool e tabaco publicou registro reconhecendo a cachaça como produto genuinamente brasileiro. A decisão passa a valer a partir de abril. Em troca, o Brasil reconhece o bourbon e o Tennessee Whiskey como bebidas típicas norte-americanas.
O departamento acolheu o pedido do governo brasileiro, que solicitava que a cachaça deixasse de ser considerada o "rum brasileiro". A proposta era analisada desde abril do ano passado.
Enquanto o Brasil autoriza cachaça com teor alcoólico entre 38% e 48%, nos Estados Unidos uma garrafa padrão não terá menos de 40%. A regulamentação também não vai permitir o uso de milho ou xarope de milho no processo de fermentação da cachaça.
No ano passado, acordo assinado durante viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos reconheceu a cachaça como bebida tipicamente brasileira. Na época, o presidente Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), César Rosa, afirmou que a medida deveria elevar o potencial de comercialização da bebida nos Estados Unidos dos atuais 700 mil litros para 30 milhões de litros por ano, um volume quase 43 vezes maior, em cinco anos. Rosa estimava ainda que, com a reclassificação, os impostos sobre a cachaça nos Estados Unidos fossem reduzidos em 40%.
Fonte: O Tempo – 27/02/13.
Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) –
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