FALANDO EM SOLIDARIEDADE
VAMOS AJUDAR SC!
Saiba como ajudar as vítimas dos temporais em Santa Catarina. A Defesa Civil de Santa Catarina abriu contas bancárias para receber doações em dinheiro para ajudar vítimas da chuva.
São aceitas doações de qualquer quantia nas seguintes contas:
Banco do Brasil
Agência: 3582-3
Conta corrente: 80.000-7
Besc
Agência: 068-0
Conta Corrente: 80.000-0
Bradesco S/A
Agência: 0348-4
Conta Corrente: 160.000-1
Titular das contas (pessoa jurídica): Fundo Estadual de Defesa Civil
CNPJ: 04.426.883/0001-57
Doações de alimentos e roupas
Segundo as autoridades de Santa Catarina, há necessidade principalmente de alimentos não-perecíveis, produtos de limpeza, colchões, cobertores e travesseiros em bom estado.
Quem quiser doar deve procurar as prefeituras dos municípios prejudicados pelas cheias e deslizamentos. Entidades públicas e privadas também estão promovendo campanhas e recolhendo material em vários estados.
A Defesa Civil recomenda cuidados para quem pretende fazer as doações:
- Os alimentos devem estar dentro do prazo de validade e com a embalagem intacta;
- Colchões e roupas de cama devem estar em bom estado de conservação, limpos e prontos para utilização;
- Roupas e calçados também devem estar limpos e em condições de uso. Sapatos devem estar amarrados entre si (pé direito com esquerdo) e a numeração deve ser marcada do lado externo com caneta;
- Utensílios domésticos devem estar funcionando e bem conservados.
Informe-se sobre postos de coleta na Defesa Civil do seu estado:
DEDC/SC - Diretoria Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina
http://www.defesacivil.sc.gov.br/ (http://www.desastre.sc.gov.br/)
Fone: (48) 4009 9816
CEDEC/RS - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Rio Grande do Sul
http://www.defesacivil.rs.gov.br/
Fone: (51) 3210 4219
CEDEC/PR - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná
http://www.defesacivil.pr.gov.br/
SEDEC/RJ - Secretaria de Estado da Defesa Civil do Rio de Janeiro
http://www.cbmerj.rj.gov.br/
CEDEC/SP - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de São Paulo
http://www.defesacivil.sp.gov.br/
Fone: (11) 2193-8888
CEDEC/MG - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais
http://www.defesacivil.mg.gov.br/
Fone: (31) 3236-2111
CEDEC/ES - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Espírito Santo
http://www.defesacivil.es.gov.br/
Fone: (27) 3137-4441
SIDEC/DF - Sistema de Defesa Civil do Distrito Federal
http://www.defesacivil.df.gov.br/
CEDEC/MS - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Mato Grosso do Sul
http://www.defesacivil.ms.gov.br/
Fone: (67) 3318.1078
DEFESA CIVIL BRASIL
http://www.defesacivil.gov.br/links/index.asp
Fonte: http://www.brazilmodal.com.br/2008/
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"Penso que esses textos e este artigo sejam interessantes para serem exibidos no site da F.M. Por isto estou mandando pra vocês. Obrigada. Beijos. Com muitas saudades." (Colaboração: Elna - Florianópolis). FM: Com certeza. Estão disponibilizados logo abaixo. Beijos com muitas saudades também para você.
"Não devemos esquecer nunca: DEUS PERDOA SEMPRE; O HOMEM PERDOA AS VEZES, MAS A NATUREZA NÃO PERDOA NUNCA. O homem deve aprender desta tragédia a não agredir a natureza." (Pe.Paulo).
"Este assunto deve nos fazer perguntar: o que queremos para nossas vidas? Em todos os aspectos. Não podemos culpar somente governantes. Estive em Blumenau em julho, depois de 15 anos, e fiquei impressionada como esta cidade inchou. Aliás, não só ela, várias "cidades" à margem da BR101 e da BR116. Hipermercados, shoppings, tudo muito grande. E o rio sujo. Muito asfalto, muito carro. E aí,pergunto: Alguém está a fim de andar de ônibus? Dividir com colegas de trabalho, caronas? Ir no armazém da esquina ou na loja ao lado ao invés de ir ao shopping ou ao hipermercado? E a sacola plástica, alguém deixaria de usá-la? E fazer um suco em casa, que além de ser mais saudável, economiza uma garrafa plástica ou uma tetrapak? Acho que a questão é mais profunda. Assimilamos a idéia de que progresso é sinônimo de modernidade, que combina com facilidade, que baseia-se no consumo desmedido e doentio. Acho sim que a nossa história política é baseada na falta de comprometimento, no egoísmo, no egocentrismo, na ganância, ... Mas, infelizmente, estas características não são exclusividade desta classe ou de outras. Nós estamos doentes, contaminados por estas e outras doenças. Enfim, o que queremos??? Como deixamos aparecer na Tv uma propoganda onde uma mãe mostra mais apreço a um filho porque este lhe deu um celular, em plena época de Natal? Não deveríamos parar tudo e fazer uma manifestação pública? Aliás, o que comemora-se no Natal mesmo????????????? Quem não está se organizando para ir ao shopping, já imaginando o grande stress, briga para estacionar, para comprar (não se sabe bem o que , mas tem que comprar)? E porque? Porque é Natal!?!?!?!?!?! Podíamos aproveitar esta época do ano para refletirmos, olharmos para dentro de nós, ..." (Daniela).
"Além de se mover em uma ação de solidariedade para oferecer alguma forma de amparo para as milhares de vítimas da tragédia que se abate sobre Santa Catarina, a coordenação do Sintufsc faz uma manifestação buscando refletir sobre as responsabilidades e as irresponsabilidades que contribuem para este fenômeno que não é puramente "natural" como alguns querem fazer crer. A geóloga e pesquisadora do grupo de estudos de Desastres Ambientais da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Maria Lúcia de Paula Hermman, por exemplo, é uma das vozes que se levanta para dizer, em entrevista à imprensa, que as características do solo e do relevo e as condições climáticas anômalas não são capazes de, sozinhas, explicar a tragédia ocorrida em Santa Catarina. Segundo a professora, mais do que os fenômenos naturais, o descaso do poder público ao longo das últimas décadas foi a principal razão do elevado número de mortos, desabrigados e desalojados em decorrência das chuvas que atingiram o Estado no mês de novembro.
Segue o texto da manifestação dos coordenadores do Sintufsc..."
PARA ALÉM DAS CHUVAS
O caos de cidades inteiras embaixo d'água e o drama das famílias trabalhadoras que perdem de uma só vez quase tudo o que têm, quando não a própria vida, são a face mais terrível e visível de um desastre que atinge pelo menos 1,5 milhão de catarinenses.
Os números malditos não param de aumentar: mais de 78.000 desabrigados e desalojados, pelo menos uma centena de mortos, dezenas de desaparecidos. Fora o que ainda não se "contabilizou" nas estatísticas fatais que depois, em geral, não revertem em ações concretas de prevenção para evitar os desastres ou reduzir o impacto do que não se pode prevenir.
Esta tragédia poderia ser evitada? Essa é a pergunta que não pára de gritar em dezenas de vozes que se levantam país afora.
Santa Catarina já passou por situações semelhantes, particularmente nas enchentes de 1983 e1984. Aspectos climáticos e geológicos favorecem a ocorrência deste tipo de fenômeno no litoral de nosso estado, particularmente na região do Vale do Itajaí.
Exatamente por isso, caberia ao poder público criar as condições para prevenir novos desastres, diminuindo os efeitos potenciais das chuvas. É mais do que evidente que isso não foi feito. Como também, a depender dos governos que aí estão, novas tragédias como esta infelizmente tenderão a se repetir.
Os projetos de engenharia necessários à prevenção de novos desastres na região de Blumenau são velhos conhecidos que nunca saíram do papel. Além disso, o desmatamento segue, deixando as terras mais propícias a deslizamentos. Com dinheiro na mão, qualquer empresário compra licenças ambientais para seus empreendimentos especulativos na região litorânea. E investigações abertas para averiguar operações do tipo da malfadada Moeda Verde acabam fazendo água para todos os lados. Ou, quando muito, punem os mais de baixo. Os de cima são inclusive premiados e reeleitos para cargos públicos.
Agora, para piorar, Luiz Henrique quer aprovar a toque de caixa um novo Código Ambiental (PL 0238.0/2008), que autoriza a total destruição dos ecossistemas em Santa Catarina. Maior destruição ambiental, maior aquecimento global, terreno fértil para a ocorrência das chamadas "catástrofes naturais" contemporâneas.
Diversos prefeitos vêm passando uma frágil camada de asfalto nas ruas – vendidos em propagandas enganosas que falam das maravilhas do "tapete preto" para a vida da comunidade. Essas "cascas" mal feitas e caras, sem o devido sistema de escoamento, executadas de forma irresponsável e eleitoreira só podem acentuar um resultado. Enchentes!
E o que dizer do saneamento básico? Santa Catarina tem um dos piores índices nessa área frente às demais regiões do Brasil, que também não são exemplo para ninguém. Com as chuvas, os rios carregados de dejetos se mesclam às águas das chuvas, invadem as ruas e residências, e multiplicam os problemas de saúde pública.
O crescimento dos latifúndios frente à ausência de uma reforma agrária séria há décadas vem empurrando as famílias de camponeses para as cidades grandes. Como faltam oportunidades dignas de trabalho, essa gente se une à periferia local. São milhões de pessoas vivendo nas encostas, em moradias improvisadas. Aí estão as vítimas mais sofridas dos atuais deslizamentos de terra – principal causa das mortes até o momento. Os programas de moradia popular não passam de peças publicitárias em campanhas eleitorais.
O sistema de saúde para socorrer as vítimas é precarizado, graças a uma política consciente de desmonte do SUS, o Sistema Único da Saúde. E para piorar, agora a crise econômica está sendo a desculpa para cortar ainda mais as já minguadas verbas para as áreas sociais.
Nos cem dias de chuva praticamente ininterrupta que antecederam o caos atual, nenhum esquema de emergência foi preparado para lidar com a situação que se avizinhava. Agora, os mesmos governantes responsáveis pelo absurdo em que chegamos se transfiguram nos "heróis da salvação" frente às câmeras.
Mas basta uma análise comparativa para perceber que nem a gravidade da situação atual serve para inverter a lógica até aqui colocada. As verbas do governo federal para combater as enchentes equivalem a 1% dos R$ 160 bilhões que foram recentemente entregues aos banqueiros pelo mesmo governo de uma só vez. Os equipamentos e o pessoal das Forças Armadas deslocadas para Santa Catarina nem se comparam à maquinaria de guerra e aos 1.200 homens do exército brasileiro enviados para manter a sangrenta ocupação do Haiti.
Portanto, diferentemente do que faz parecer a grande imprensa, as atuais enchentes não são uma mera fatalidade com origem em fenômenos climáticos. Trata-se de mais um triste capítulo da crise social, econômica, moral e ambiental que nos assola enquanto humanidade. Seus responsáveis estão sequinhos, em suas mansões e Palácios, calculando os próximos lucros que terão com a miséria alheia.
A comoção frente a esta terrível tragédia causa uma forte onda de solidariedade, com milhares de trabalhadores voluntários e doações vindas de diversas partes do país. Nós, do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, nos juntamos a essa corrente. Doamos cestas básicas e chamamos toda a sociedade civil a doar alimentos não perecíveis, roupas, cobertores, utensílios domésticos, medicamentos e materiais médicos, etc. Faremos o que está ao nosso alcance para ajudar as vítimas do flagelo.
Porém, não podemos nos eximir de uma manifestação política centrada nos princípios éticos que nos sustentam. E, para que não se repitam tragédias como esta, nosso trabalho será ainda maior, e permanente: a luta pela transformação social profunda, socialista, pelo fim da exploração do homem pelo homem. Os sucessivos espetáculos de horror com que nos deparamos a cada dia são a prova definitiva da falência do modelo social capitalista para resolver os dilemas profundos e até as questões mais básicas da humanidade.
Coordenação do Sintufsc – Sindicato de Luta
Sintufsc - http://www.sintufsc.ufsc.br/
ONG INGLESA FAZ LEVANTAMENTO PARA AJUDAR VÍTIMAS EM SC
Representantes da ONG Shelter Box, que já atuou em grandes catástrofes, como o tsunami na Ásia, em 2004, e o furacão Katrina em Nova Orleans (EUA), em 2005, dizem que a situação em Santa Catarina é "bastante crítica".
Mas, segundo eles, como as famílias desabrigadas conseguiram acesso imediato a abrigos provisórios, elas estão conseguindo viver com um mínimo de "dignidade". Dois membros da entidade chegaram a SC no fim de semana para ajudar nos trabalhos de socorro.
Ontem, o número de mortos por causa da chuva no Estado era de 116 e 31 estavam desaparecidos. Mais de 78 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e 14 cidades decretaram estado de calamidade pública.
"É um desastre terrível. Os serviços de emergência estão lidando com muitas ocorrências [ao mesmo tempo], principalmente deslizamentos", diz Shaun Halbert, 55, cirurgião veterinário e integrante da ONG. "A situação é bastante crítica. É preciso continuar monitorando nos próximos dias e semanas."
A ONG inglesa está fazendo um levantamento sobre as enchentes na região e analisando o melhor modo de prestar apoio aos flagelados. A organização tem um projeto de fornecer "caixa-abrigo" ("shelter box") a atingidos por desastres.
Cada caixa entregue atende dez pessoas. Dentro delas, há um kit com uma barraca, utensílios domésticos, como panelas, ferramentas e cobertores. Segundo eles, a resposta das autoridades em Santa Catarina foi "dada a tempo" e talvez não seja preciso enviar as caixas.
A ONG, porém, bancará o transporte do material para o Brasil, se necessário. Halbert e o voluntário da ONG Peter Leach, 26, vieram ao Brasil para estudar possível apoio às vítimas no Vale do Itajaí.
Dimitri do Valle - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/12/08.
ONG Shelter Box - http://www.shelterbox.org/
STA.CATARINA E O PLANO
Em 1967 - Rio de Janeiro e serra das Araras; em 1979 - Minas; em 1997 - mais uma vez Minas. Muitas vezes Petrópolis, Caraguatatuba, Santos. Santa Catarina sofreu outras vezes. Predomínio dos eventos na serra do Mar; repetição sinistra nos anos terminados em sete e nove. O complexo geológico senso lato da serra do Mar, de Vitória a Santa Catarina, ompreende substrato e condições meteorológicas (e climáticas) que geram espesso solo residual. Altas declividades completam com os anteriores quadro de fatores capaz de propiciar deslizamentos catastróficos. Os pontões e lajedos freqüentes em vários pontos são como os núcleos encobertos por solo e, onde preservadas, por densas florestas.
Alguns estranham ter visto massas florestais despenhando-se como se isso indicasse resposta da Terra ao desrespeito do homem em suas ações cotidianas. Ele não é inocente, mas nada mais terrivelmente equivocado, por causa das conseqüências do diagnóstico simplista, de efeito devastador. De fato, é raro vermos deslizamentos de massas arbóreas porque ocupam áreas muito pequenas com o desmatamento generalizado que aí ocorreu, e a parvoíce não deixa os curiosos perceberem que as massas arbóreas preservadas ficaram exatamente nas áreas mais íngremes, onde a implantação de agropecuária não fazia sentido! Já aí dois fatos a explicarem o deslizamento de mata que eu também presenciei. Mas há um terceiro, este menos evidente que os anteriores: as massas arbóreas na biodiversidade típica da Mata Atlântica, com os diversos estratos, constituem sistema muito eficaz de reter águas pluviais e de proporcionar-lhes tempo para a infiltração. Com 60 dias de chuvas contínuas, a saturação total do solo, raríssima em ladeiras bem drenadas, acaba vindo. Nada de grave ocorre nas áreas de declividade suave, mas nas íngremes a saturação pode ser fatal. Para comparação lembre-se o leitor de que um certo teor de água mantém a areia da praia e o solo da montanha firmes. A secura total solta a areia da praia e o solo da montanha; a saturação total faz o mesmo com os dois.
Leio em O TEMPO de 2.12 que o "governo lança plano ambiental para evitar futuras catástrofes". No texto vê-se que os responsáveis citados não sabem o que ocorre porque não fizeram leitura consistente do fato. O fato e o processo geológicos são evidentes no caso, e independentes do aquecimento global. Anunciar combate ao efeito estufa como se ele fosse culpado de tudo é a maneira mais prática de evitar o confronto direto e responsável com o verdadeiro problema, como ele é e sempre foi — a humanidade estar despreparada para a evolução natural do planeta.
A nação não sabe, porque conhece do fato e do processo geológicos o que eu conheço de computadores, que precisamos de um programa de reabilitação territorial de três níveis de governo, incluindo responsabilidades de agências territoriais como as responsáveis por hidrelétricas e vias terrestres.
Edézio Teixeira de Carvalho - Engenheiro Geólogo - Fonte: O Tempo - 04/12/08.
DEZ POR UM
O ser humano não falha, diz uma amiga minha. Uma tragédia como a das chuvas em Santa Catarina traz à tona mais do que cadáveres de pessoas ou de animais, desperta reações tão graves quanto doenças ou epidemias e destrói mais do que propriedades. Quase sempre, revela também o que há de pior nesse ser humano.
Há os que se aproveitam da desgraça para saquear supermercados, bares e farmácias. Na pilhagem, entram artigos essenciais, mas também cachaça, cigarros, remédios controlados ou o que estiver boiando. Há os que não poupam nem os desalojados e invadem suas casas para se apoderar do que restou. E há os que desviam donativos em benefício próprio ou os interceptam para vender para os desesperados.
O que choca, no caso, não é só o prejuízo material, mas o rombo moral que se instala na humanidade, ao se ver formada por pessoas tão sem respeito ou amor por seus semelhantes. Quando se diz que o ser humano não falha é porque é isso que se espera dele -e ele não nos decepciona.
Ao mesmo tempo, a enchente de Santa Catarina atraiu também legiões de voluntários às zonas atingidas: médicos, enfermeiras, bombeiros, policiais, pescadores, cozinheiros, radialistas, estudantes, assistentes sociais -gente que, muito além de suas obrigações, e correndo risco de vida, estava ali para mitigar, socorrer e salvar.
Quero crer que, para cada canalha que se locupletou, acorreram pelo menos dez pessoas empenhadas em ajudar. Quero crer, não. Tenho certeza -porque, logo nos primeiros dias, quando ainda nem se sabia a extensão do problema, vi a Banda de Ipanema numa esquina, tocando por Santa Catarina, ao lado de um caminhão já abarrotado de donativos. Era um dia de semana, de tarde. O ser humano, às vezes, falha -para o bem.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/12/08.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco” do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php