FALANDO EM HERÓIS
UM BRASILEIRO HERÓI DA FLORESTA
English:
http://www.un.org/en/events/iyof2011/forests-for-people/awards-and-contests/award-winners/
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http://www.greenpeace.org/international/en/multimedia/slideshows/Paulo-Adario-United-Nations-Forest-Hero/
"O herói da floresta"
Paulo Adario (foto) é brasileiro, tem 63 anos e tornou-se o primeiro cidadão do planeta a carregar o título de “Herói da Floresta da América Latina e Caribe”, outorgado pela ONU. Ele tem muito do que se orgulhar, o Brasil tem mais a lamentar. Ambientalista por paixão, jornalista de profissão, cineasta por diversão e ex-preso político na época da ditadura militar, o diretor do Greenpeace no País teve reconhecida a sua luta pela preservação da Amazônia. Já para o governo brasileiro a situação é inversa: se há um herói a cuidar da floresta, é sinal de que a floresta é maltratada. A ONU também concedeu prêmio póstumo ao casal Maria do Espírito Santo e José Cláudio da Silva, assassinado no Pará após denunciar a extração ilegal de madeira. Também essa premiação tem duas faces: enaltece os mortos, mas envergonha autoridades brasileiras que fecharam os olhos para o crime.
Antonio Carlos Prado e Laura Daudén - Fonte: Isto É - Edição 2205.
Mais detalhes:
http://www.greenpeace.org/international/en/multimedia/slideshows/Paulo-Adario-United-Nations-Forest-Hero/
http://www.un.org/en/events/iyof2011/forests-for-people/awards-and-contests/award-winners/
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
CINCO E-MAILS PARA DILMA.ROUSSEFF@GOV
De Barack.Obama@gov:
"Onde está o general Stanley McChrystal? A senhora não sabe. Se eu não o tivesse mandado embora em 2010, depois de dizer bobagens, minha Presidência estaria na lata do lixo. (Ele é um dos diretores da JetBlue.)"
De João.Figueiredo@com:
"Se eu tivesse demitido o comandante do 1º Exército depois da explosão da bomba do Riocentro, não teria deixado o Palácio do Planalto pela porta lateral."
De Ernesto.Geisel@edu:
"Se eu não tivesse demitido o ministro Sylvio Frota em outubro de 1977, a senhora teria voltado para a 'Torre das Donzelas'. Ele estava de olho na sua vida, e o SNI dizia que a senhora articulava uma tal de Junta de Coordenação Revolucionária, uma invenção do Pinochet."
De Castello.Branco@edu:
"Em 1965, quando o general Costa e Silva fez um discurso impertinente em Itapeva, eu deveria demiti-lo. O Costa emparedou-me e forçou sua indicação para a Presidência."
De João.Goulart@com:
"O general Castello Branco disse-me que se eu tivesse prendido os marinheiros rebelados no início de março de 1964, não teria sido deposto."
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/02/12.
NA PRAIA, A TRABALHO
Outro dia, levando uma amiga de São Paulo a passear pela orla, ela quis me provocar: "São duas da tarde de quarta-feira. Olhe para essa praia -sem espaço para uma pulga. E você quer me convencer que o carioca trabalha?".
Bem, já enfrentei desafios mais difíceis. Em uma hora de caminhada, do fim do Leblon ao Arpoador, fui-lhe apontando as pessoas que, na areia ou no calçadão, estavam ali a trabalho, movimentando a economia. Aqui vai um resumo:
Vendedores de cerveja, mate, biscoito Globo, sanduíche natural, cocada, picolé, pipoca, churros, biquíni, canga, chapéu, viseira, filtro solar, bijuteria e artesanato; entregadores de gelo e de coco para os quiosques; donos e empregados dos quiosques; alugadores de cadeira, barraca e piscininha inflável; instrutores de vôlei, carregadores de bolas e molhadores de areia; professores das escolinhas de futebol; profissionais do Flamengo fazendo ginástica, inclusive Ronaldinho Gaúcho.
Personal trainers; massagistas de shiatsu; encarregados dos postos; salva-vidas (agora sentados no papa-imóvel, aquela cadeira alta); varredores e garis da prefeitura; conservadores da vegetação nativa; calceteiros; PMs e guardas municipais; turma do Choque de Ordem; tiradores de pressão arterial; pescadores (para vender no Posto 6); passeadores de cachorro; garimpeiros de valores perdidos; arquitetos de castelos de areia; craques de embaixadinhas com limão; etc.
Mas é claro que a maioria não estava trabalhando. Uma voltinha entre os banhistas revelou que, àquela hora da tarde, num dia útil de verão, o grosso da praia era de estudantes em férias, babás e domésticas em hora de folga, aposentados, desempregados, artistas de cinema e TV e, claro, turistas na maior felicidade. Dos quais pelo menos metade era de, olha só, paulistas.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/02/12.
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