FALANDO EM FAVELA
MEC FAVELA - HELIÓPOLIS
Image: Mec Favela, tha changed name after complain from McDonald's.
English:
http://www.guardian.co.uk/books/2009/jan/31/heliopolis-review-scudamore
The book "heliopolis":
http://www.amazon.co.uk/Heliopolis-James-Scudamore/dp/1846551889
O escritor inglês James Scudamore, 32, viveu cerca de quatro anos em São Paulo, quando seu pai trabalhava para uma multinacional na cidade. Era fim dos anos 80 e ele, ainda criança, acompanhava a mãe, Ruth, em visitas a um orfanato.
Mais de 20 anos depois, Scudamore resolveu colocar no papel parte de suas memórias da época, de uma São Paulo poluída e com um imenso abismo social, que ele via entre o Morumbi, onde vivia, e o orfanato.
Em "Heliopolis", Scudamore usa as mudanças que a favela sofreu ao longo dos anos como metáfora para seu "romance de formação". Seu protagonista e narrador, Ludo, nasceu lá e carrega consigo conflitos que se espelham em sua relação com a filha do casal rico que o adotou.
A Heliópolis onde Ludo nasceu é descrita como um lugar com "a textura caótica de um aterro sanitário, um depósito de entulho". Mas que hoje, com "status oficial de bairro" parece uma verdadeira cidade "com prédios de apartamentos e dezenas de milhares de habitantes", com "saneamento completo, acesso à internet" etc.
Em entrevista à Folha, Scudamore, que no ano passado visitou Heliópolis, antes de terminar seu livro, lembrou que passava muito tempo com aqueles órfãos, alguns vindos de lá, e com a mesma idade que ele. E com quem ia brincar no Playcenter. "Eu tinha tantas coisas em comum com aquelas crianças, mas via que a realidade era bem diferente por um "acidente de nascimento'", diz.
Críticas elogiosas
Lançado no início deste ano na Inglaterra (ainda sem previsão de lançamento no Brasil), "Heliopolis" recebeu vários elogios da crítica. O jornal "Daily Telegraph" disse que o livro tem um "vigor narrativo irresistível" e o comparou ao clássico "Grandes Esperanças", de Dickens. O "Financial Times" ressaltou que o autor empresta voz verossímil a seu protagonista e faz um "comentário severo sobre o mito da democracia racial no Brasil".
Scudamore, no entanto, ressalva que não quis cometer um "livro socialmente realista" sobre uma favela: ""Heliopolis" é um romance sobre o personagem Ludo e sua jornada, e como sua vida é transformada pelas circunstâncias", afirma.
Uma preocupação dele, porém, era não soar ofensivo em suas descrições cruas da favela, da cidade e sua realidade social. "Tenho grande respeito e amor pelo Brasil e não queria fazer nada errado."
A escolha de Heliópolis para o título tem razão: o nome, que significa "cidade do sol", cairia bem na trama do livro, que também retrata a vida dos muito ricos, que não circulam nas ruas, mas sobrevoam a megalópole em helicópteros. De novo, nada contra a cidade. Como fica claro na frase escolhida como epígrafe do romance, atribuída à atriz Marlene Dietrich: "O Rio é uma beleza. Mas São Paulo, São Paulo é uma cidade".
Eduardo Simões - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/02/09.
Imagem: Mec Favela, que mudou nome após reclamação do McDonald's.
O livro "heliopolis":
http://www.amazon.co.uk/Heliopolis-James-Scudamore/dp/1846551889
LIVRO REÚNE 180 FOTOS DO BAIRRO
No fim do ano passado, a fotógrafa Renata Castelo Branco lançou "Heliópolis", livro com 180 registros da comunidade, seus personagens e seu cotidiano. O trabalho teve início em novembro de 2007 e durou oito meses. Editado pela DBA, com projeto gráfico de Sylvain Barré, o livro foi distribuído em escolas públicas de SP e não está à venda. Castelo Branco diz que buscou um olhar que mostrasse não só "a dor inerente à dura realidade" do bairro, mas também sua alegria.
Fonte: Folha de S.Paulo - 15/02/09.
Mais:
http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/edicoes/2092/misterios-cidade-410487.html
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT19165-15228-19165-3934,00.html
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"Grande Hermialha (Hermínio Canalha). Tem uma notinha na seção cartas da Veja desta semana, comentando o momento político mineiro - Leia e avalie o conteúdo. Ab. Cascão" FM: Valeu Roberto! Disponibilizamos seu comentário para o Leitor do FM "Fernando Pimentel - Na entrevista com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (Amarelas, 11 de fevereiro), suas colocações são no mínimo questionáveis. Detentor de altíssima aprovação, como poderia temer um candidato do governador Aécio Neves nas últimas eleições? Entregou de bandeja a prefeitura a um candidato neutro, em nome de um projeto político para governador em 2010. Tenta justificar a exclusão do ex-prefeito Patrus Ananias de forma simplória, sem nenhuma sustentação técnica. Político em Minas chama-se Aécio. Pimentel não passa de um economista-executor, com pouca habilidade para os acertos políticos numa terra que já teve Tancredo, entre tantos. Roberto Mendes da Silva - Belo Horizonte, MG". Abração.
"Aumentando o prazer feminino... Nunca é demais saber... Novas técnicas infalíveis de como dar muito prazer a uma mulher." FM: É realmente, parecem infalíveis. "Novas Técnicas de Prazer para as Mulheres" disponíveis no "Cantinho do Humor".
ENTREVISTAS - "RODA-VIVA"
Leia a transcrição de entrevistas e assista a vídeos com as performances dos entrevistados no programa "Roda-Viva", da TV Cultura. Entre as personalidades, estão o tropicalista Tom Zé e o diretor de teatro Antunes Filho. Em http://www.rodaviva.fapesp.br/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 18/02/09.
FALA SÉRIO!
Esta reflexão é do psiquiatra Arnaldo Madruga, fazendo escola em vários pontos de Belo Horizonte. Diz ele que não aguenta as pessoas que dão bom dia a cavalo e usam as seguintes falas: "Posso falar sério?", "posso falar a verdade?". Ora bolas, para Madruga, quando alguém pergunta isso está, no fundo, dizendo também que tudo o que falou antes era mentira.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 21/02/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
DEU A LOUCA
Um pequeno calote (5% das operações de crédito imobiliário), dentro de três ou quatro bancos dos EUA, transformaram-se numa cadeia de perdas de mais US$ 70 trilhões e colocaram o mundo em crise. Isso, porque o mercado global vinha gerando riqueza virtual em proporção geométrica, sob as vistas grossas de governos. Era um castelo de cartas. E bastou cair uma carta para tudo se desmanchar. Agora, esses governos ineptos e sem controle sobre o mercado lançam pacotes com uma dinheirama que tiram não se sabe de onde e que aumenta em proporção também geométrica: mais um castelo de cartas para tentar o salvar o que desabou. Dá para acreditar?
TOUREIRO
A julgar pelas pesquisas de opinião, Lula está dando olé na crise. Os brasileiros não só eximem o governo de responsabilidade pela crise, percebida como mundial, como avaliam que seus efeitos no país vêm sendo bem administrados pelo presidente.
Raquel Faria - Fonte: O Tempo - 18/02/09.
CONFESSIONÁRIO
O F*** My Life (http://www.fmylife.com/) reúne confissões de anônimos ao redor do mundo. O FML se define como um mural de anedotas diárias que podem acontecer a qualquer um. As mensagens são curtas e divididas em categorias como amor, trabalho e sexo.
Fonte: Folha de S.Paulo - 18/02/09.
MCB e ESCOLA DA CIDADE ABRE A MOSTRA "VOCÊ ESTÁ AQUI"
sobre projetos para bairros de São Paulo
Abertura: 21 de março, às 11h
Visitação: 21 de março a 10 de maio de 2009
O Museu da Casa Brasileira, da Secretaria de Estado da Cultura, e a Escola da Cidade (EC) abrem a mostra "Você Está Aqui" sobre projetos do Núcleo de Aplicação da EC para melhorar a qualidade de vida em São Paulo. Estarão em exibição maquetes e vídeos dos planos e soluções propostos para bairros paulistanos conhecidos por suas carências em setores como lazer, segurança, áreas verdes ou infra-estrutura. Um grande painel com a imagem de satélite do Parque da Integração, em Sapopemba, zona leste, apresenta um dos principais projetos do Núcleo, feito a partir de solicitação da Sabesp e com o envolvimento de diversas secretarias e órgãos estaduais e municipais.
Projetores informam sobre a região do parque, seus habitantes e as futuras mudanças.
O Núcleo de Aplicação é um dos centros de difusão de conhecimento criados pela Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (AEAU-sp) para proporcionar aos alunos da Escola da Cidade a vivência com trabalhos relativos à arquitetura e ao urbanismo, integrados e direcionados às questões sociais, ambientais e culturais. A mostra também vai tratar de sua ação diante das questões pertinentes à cidade, sua metodologia, o processo de pesquisa, a elaboração dos projetos e sua relação com a cidade.
A exposição apresenta uma linha do tempo dos principais projetos realizados desde 2000 pelo Núcleo de Aplicação em parceria com órgãos governamentais e instituições da sociedade civil. Um monitor LCD traz informações sobre sua proposta metodológica. Além disso, maquetes dos principais trabalhos são expostas em vitrines que interagem com as duas salas da exposição.
A seguir, informações sobre alguns dos projetos do Núcleo de Aplicação ao longo de seus oito anos de existência.
Parque da Integração (2002/2007), Sapopemba - O projeto realizado a pedido da Sabesp tem cinco setores, e a fase atual de implantação se ocupa dos equipamentos e do paisagismo do setor 2. O projeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico do parque é estruturado por um caminho de pedestres, ciclovia e arborização. Seu percurso tem cerca de 7,5 km de extensão, implantado sobre a adutora Rio Claro, entremeado por praças de travessia e equipamentos de esporte e lazer ativo, desde o bairro de Sapopemba até o Largo São Mateus, na zona leste de São Paulo.
Desde o início, a definição do projeto incluiu a consulta à comunidade local para definir diretrizes para a circulação, o lazer e a segurança, principais funções a serem desempenhadas pelo parque, conforme demanda da Secretaria de Gestão Estratégica do governo estadual (depois incorporada à Casa Civil).
O espaço linear da adutora foi definido com um tratamento contínuo, evitando sua fragmentação em pequenas áreas de lazer fechadas e isoladas. Com uma área total de aproximadamente 224.000m2, o Parque da Integração é o 10º parque público da cidade em área contínua. Sua área de abrangência, devido à linearidade, também o coloca como um dos parques de maior alcance sócio-ambiental da cidade de São Paulo, beneficiando um total de 320 mil pessoas que moram na região.
Criança Esperança/Clube da Turma (2001/2002), Jardim Ângela - Este projeto foi uma das primeiras ações do Núcleo de Aplicação. O desafio era assessorar a ONG Criança Esperança na seleção de projeto arquitetônico para a construção de equipamentos sociais para as instalações do Clube da Turma, no Jardim Ângela, zona sul da cidade de São Paulo. Foram estabelecidos critérios para fazer a escolha da entidade para coordenar a obra entre a instituição e os profissionais envolvidos. O conjunto esportivo de bairro, pertencente ao governo do Estado, foi selecionado como base para o programa de ação educativa local por ser bem administrado pela comunidade, atendendo cerca de 1.000 jovens e crianças. O programa conta com salas para cursos de artes e ofícios, teatro ao ar livre e espaço multimídia.
Projeto Cassa (2001/2003) - Projeto de ampliação das atividades do Cassa (Centro de Assistência Social Santo Agnelo), na Vila Liviero, zona sul da cidade, financiado pelo Instituto Camargo Correa. Foram projetados espaços multiuso complementares às atividades-foco, que são a creche e o reforço escolar, bem como um saguão central de reuniões e cursos, além de instalações de cozinha para cursos de economia doméstica e outros. A gestão junto à comunidade local, no sentido de estimular seu envolvimento no acompanhamento dos projetos, mostrou-se um dos pontos altos da iniciativa.
Parque das Neblinas (2002/2004), Mogi das Cruzes - Projeto solicitado pelo Instituto EcoFuturo, da Companhia Suzano de Papéis, para a readequação de instalações da antiga fazenda Sertão dos Freires, situada no topo da Serra do Mar, distrito de Taiaçupeba, Mogi das Cruzes. Era uma escola rural desativada, que precisava de recuperação para abrigar atividades ligadas ao estudo de espécies nativas, da fauna da região, do impacto e da restauração ambiental.
A proposta previu a ampliação e melhoria das instalações, visando à irradiação das atividades do Parque das Neblinas para a comunidade de Taiaçupeba, incluindo acomodação para 80 a 100 pessoas, atrativos de um dia, uso planejado para visitações de escolas públicas, privadas, ecoturistas, turistas científicos e a negócios.
Projeto Sede Quixote (2003), Vila Mariana - Projeto para nova sede da Associação de Apoio ao Projeto Quixote, em terreno que seria cedido pela Subprefeitura de Vila Mariana. Além de propiciar o recebimento de pesquisadores e equipes de seus programas, a nova sede deveria permitir a realização de oficinas, atendimentos e eventos, bem como propiciar ao bairro tanto os serviços da instituição quanto o acesso às instalações e espaços externos. A proposição foi a criação de um edifício em torno de uma pequena praça coberta e aberta para eventos dos jovens, bem como o tratamento do terreno como pequeno parque ligado à rua, pensados como base para um programa de Ações Construtivas Locais a ser desenvolvido conjuntamente. Projeto não implantado.
Projeto Pique (2004), Cracolândia - Por iniciativa do Projeto Quixote, vinculado à Universidade Federal de São Paulo e à Associação de Apoio ao Projeto Quixote, que atua junto a jovens e adolescentes em situação de risco, o Núcleo de Aplicação formalizou uma parceria para a aproximação e compreensão da realidade deste público, usuário de drogas na região da Luz, conhecida como Cracolândia. O resultado propiciou a criação do Projeto Pique, com locais destinados a oficinas culturais específicas, grafite, hip-hop e atendimento médico e psiquiátrico desta população, visando sua reintegração social e a manutenção de um espaço de maior permanência e intervenção na região. Projeto não implantado.
Trip Cidade/Programa Mini Vila Olímpica (2000/2004), Capão Redondo - Proposta, realizada em parceria com o prof. Aziz Ab'Saber, de construção de espaços de convivência para reunir a comunidade e realizar programas sociais com atividades esportivas, culturais e de lazer ativo, chamados Mini Vilas Olímpicas, no Jardim Modelar da Cohab Adventista, no Capão Redondo, zona Sul da cidade. A revista Trip fez matéria sobre o projeto. Concluído em 2004, o programa incluiu áreas esportivas, sede para as atividades comunitárias e jardim público, desenvolvendo o conceito de que o centro comunitário-esportivo poderia estabelecer vínculos com alguns equipamentos públicos do entorno, reforçando os laços da comunidade com os mesmos e ampliando suas próprias ações. O número de pessoas beneficiadas seria a população de 15 mil pessoas do Conjunto Modelar do Capão Redondo.
Moinho da Luz (2005), Praça Júlio Prestes, Luz - O programa para o Moinho da Luz, prédio localizado no bairro da Luz, região central da cidade, buscou ampliar as atividades para um grupo de crianças de rua, colaborando para sua melhor inserção no espaço da cidade e no potencial de sua produção para a requalificação urbana da vizinhança. O projeto arquitetônico, ação em parceria com o Projeto Quixote, ligado à Unifesp, era uma atividade-meio desta ação, propiciando que a partir de suas instalações também se projetasse para o entorno físico e cultural próximo. Projeto não implantado.
Programa Espaços Educativos (2005/2007) - Projeto de assessoria e apoio técnico a programa do Instituto Camargo Corrêa de integração entre propostas pedagógicas, espaços físicos e de estímulo às articulações com o entorno para 10 associações de bairro que trabalham com crianças e adolescentes na área da educação. O programa apresenta o aumento da capacidade técnica das organizações por meio da reflexão sobre a prática pedagógica e a apropriação de sua identidade, a adequação do espaço físico à proposta pedagógica construída e o aumento da percepção do entorno e favorecimento de articulações entre as organizações e entre estas e outros serviços disponíveis na comunidade. O Núcleo de Aplicação implementou o projeto em nove das dez entidades.
Serviço:
Exposição: "Você Está Aqui"
Abertura: 21 de março, às 11h. Entrada gratuita
Visitação: de 21 de março a 10 de maio de 2009, de terça a domingo, das 10h às 18 horas.
Site: www.mcb.sp.gov.br
Local: Museu da Casa Brasileira - Av. Faria Lima, 2705 - Tel. 11 3032-3727
- Jardim Paulistano - São Paulo.
Ingresso: R$ 4,00 - Estudantes: R$ 2,00. Gratuito domingos e feriados
Acesso a portadores de deficiência física.
Visitas monitoradas: 3032-2564 - agendamentomcb@terra.com.br
Estacionamento: R$ 10,00 no dia da abertura; de terça a sábado, até 2 horas R$ 6,00, 3ª hora R$ 2,00, demais horas R$ 1,00. Domingo: preço único de R$ 10,00.
Classificação indicativa: livre.
Informações para a imprensa:
Assessoria de imprensa do Museu da Casa Brasileira
Menezes Comunicação Tel. 11 3815-1243 3815-0381 9983-5946
Contato: Letânia Menezes/Silvana Santana menezescom@uol.com.br
Assessoria de imprensa da Escola da Cidade
Dina Amêndola
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