FM - Faculdade Mental

MARILENE CAROLINA - 22/02/2012

HOTEL NA FLORESTA

CONTATOS IMEDIATOS DE PRIMEIRO GRAU

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Este disco voador estÃ¡ pousado em uma floresta da SuÃ©cia, com a escotilha aberta e aspecto misterioso. VocÃª teria coragem de entrar?
A cena Ã© tÃ£o real que assusta. O disco realmente parece um Ã³vni de verdade - pelo menos do tipo que aparece nos filmes. Mas vocÃª pode entrar sem medo. Dentro dele nÃ£o hÃ¡ nenhum alien. A nave espacial pe um dos quartos do Treehotel, que foi construÃdo por arquitetos suecos e fica no povoado de Harads, em meio a uma floresta. O disco voador, que cobra diÃ¡ria de R$ 1.190, tem sala de estar, banheiro e acomodaÃ§Ãµes para atÃ© 6 pessoas. Os hÃ³spedes recebem cafÃ© da manhÃ£ na cama e tambÃ©m podem desfrutar de uma sauna, construÃda numa Ã¡rvore a alguns metros de distÃ¢ncia. AlÃ©m do Ã³vni, o Treehotel tambÃ©m oferece mais 4 quartos, todos diferentÃµes (um deles imita um ninho de pÃ¡ssaros) e construÃdos de forma sustentÃ¡vel - seu aquecimento, por exemplo, sÃ³ utiliza energia limpa. "O meu sonho de infÃ¢ncia era subir numa nave espacial", conta o arquiteto Bertil HarstrÃ¶m. Conseguiu.
Cristine Gerk - Fonte: Super Interessante - EdiÃ§Ã£o 301.
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COMISSÃƒO IRÃ APURAR FALHAS NA APLICAÃ‡ÃƒO DE LEI MARIA DA PENHA
FiscalizaÃ§Ã£o: Parlamentares irÃ£o a todos os Estados do paÃs para verificarem cumprimento da norma.
Delegacias e varas judiciais especializadas de todo o paÃs que nÃ£o cumprem com o rigor a Lei Maria da Penha, garantindo a proteÃ§Ã£o de mulheres vÃtimas de violÃªncia domÃ©stica, serÃ£o alvo de um "pente-fino" de uma ComissÃ£o Parlamentar Mista de InquÃ©rito (CPMI) do Congresso.
VÃ¡rios Estados brasileiros foram identificados como locais onde o trabalho das instituiÃ§Ãµes pÃºblicas seria insuficiente para garantir a efetiva aplicaÃ§Ã£o da norma, sancionada em 2006, mas ainda desprezada por algumas autoridades. Os problemas, de acordo com a comissÃ£o, sÃ£o identificados nas polÃcias, nas promotorias e nos tribunais.
Uma das principais preocupaÃ§Ãµes dos parlamentares Ã© a falta de agilidade no atendimento Ã s mulheres. Minas farÃ¡ parte do cronograma de trabalho da comissÃ£o, jÃ¡ que, alÃ©m de registrar um grande volume de ocorrÃªncias de violÃªncia domÃ©stica, foi palco de dois casos de repercussÃ£o nacional em que a aÃ§Ã£o das autoridades pÃºblicas foi amplamente criticada por especialistas. Um deles, o assassinato de uma cabeleireira dentro do salÃ£o onde trabalhava, na capital, em 2010. A vÃtima teria feito oito denÃºncias Ã polÃcia contra o companheiro que a matou. No outro caso, uma procuradora federal foi morta a facadas, no Ãºltimo dia 2, pelo marido em Nova Lima, na regiÃ£o metropolitana, no mesmo dia em que um juiz teria concedido a ela uma medida protetiva, apÃ³s dois pedidos feitos pelo advogado.
A presidente da comissÃ£o, a deputada federal JÃ´ Moraes (PCdoB-MG), argumenta que Ã© preciso cobrar dos governos condiÃ§Ãµes para que as medidas protetivas possam sair do papel. "TÃ£o importante quanto a lei Ã© saber como as instituiÃ§Ãµes estÃ£o trabalhando", disse.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a estrutura deficitÃ¡ria do JudiciÃ¡rio serÃ¡ o alvo das apuraÃ§Ãµes. Quase 8.000 processos de violÃªncia contra a mulher foram arquivados na vara especializada de Campo Grande, segundo informaÃ§Ãµes do Tribunal de JustiÃ§a daquele Estado. A impunidade pode ter relaÃ§Ã£o direta com a falta de estrutura, jÃ¡ que o crescimento das denÃºncias - somente o MinistÃ©rio PÃºblico enviou 18% a mais de pedidos de abertura de processos em 2011 em comparaÃ§Ã£o a 2010 - nÃ£o Ã© acompanhado por melhorias do atendimento e os casos ficam sem apuraÃ§Ã£o. De acordo com JÃ´ Moraes, a comissÃ£o vai priorizar os Estados do Nordeste na fiscalizaÃ§Ã£o.
Cronograma
A intenÃ§Ã£o do grupo Ã© visitar todos os Estados brasileiros. A comissÃ£o tem atÃ© o mÃªs de agosto para concluir os levantamentos e elaborar as recomendaÃ§Ãµes a serem repassadas Ã s autoridades e Ã³rgÃ£os pÃºblicos.
NÃºmeros
- Coragem. As mulheres vÃtimas de agressÃ£o cometidas pelos companheiros registraram mais de 8.000 ocorrÃªncias em 2011 em Belo Horizonte e regiÃ£o metropolitana.
- Estrutura. Na capital, hÃ¡ apenas duas varas especializadas para cuidar de mais de 30 mil inquÃ©ritos.
- FrequÃªncia. No ano passado, apenas no disque denÃºncia da Secretaria de PolÃticas para as Mulheres, foram registrados 42,8 mil casos de violÃªncia domÃ©stica. Em 35 mil deles, a agressÃ£o era diÃ¡ria.
CrÃtica: "Pena nÃ£o pode ser cesta bÃ¡sica"
A mulher que inspirou a criaÃ§Ã£o da lei de proteÃ§Ã£o Ã s vÃtimas de violÃªncia domÃ©stica nÃ£o poupa crÃticas ao pedir mais rigor no cumprimento da norma. Para a farmacÃªutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, 66, que ficou paraplÃ©gica depois de levar um tiro disparado pelo ex-marido, Ã© mais fÃ¡cil conseguir a liberaÃ§Ã£o de dinheiro para construir uma avenida para a Copa no Brasil do que investimentos em polÃticas pÃºblicas de proteÃ§Ã£o Ã mulher. AlÃ©m disso, segundo ela, o rigor da lei para punir agressores tem sido deixado para trÃ¡s e muitos agentes pÃºblicos aplicam a legislaÃ§Ã£o antiga, que Ã© flexÃvel e se torna quase que um incentivo Ã impunidade.
Ao mesmo tempo em que comemora o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que qualquer pessoa pode denunciar um caso de violÃªncia contra a mulher mesmo com a recusa da vÃtima, Maria da Penha lamenta a omissÃ£o das autoridades que deveriam fiscalizar o cumprimento da legislaÃ§Ã£o. Em sua avaliaÃ§Ã£o, por exemplo, o assassinato da procuradora Ana Alice Melo cometido pelo marido, no Ãºltimo dia 2, em Nova Lima, na regiÃ£o metropolitana de Belo Horizonte, influenciou a decisÃ£o do STF. "NÃ³s temos conhecimento de que hÃ¡ lugares no paÃs onde ainda se aplica leis anteriores", afirmou. Segundo ela, hÃ¡ denÃºncias de que em GoiÃ¡s, as penas impostas aos agressores ainda sÃ£o as previstas em legislaÃ§Ãµes caducas. "Quando o caso nÃ£o Ã© considerado muito grave, de menor potencial, a pena Ã© pagar uma cesta bÃ¡sica", analisou. A situaÃ§Ã£o Ã© descrita por Maria da Penha como um "descaso horroroso" com as mulheres.
Marido mata mulher com uma facada no peito apÃ³s discussÃ£o
Uma mulher de 26 anos foi morta com uma facada no peito, na noite de anteontem, na rua Monte SiÃ£o, no bairro Eliane, em RibeirÃ£o das Neves, na regiÃ£o metropolitana de Belo Horizonte. O principal suspeito Ã© o marido dela, de 22 anos, que estÃ¡ foragido.
De acordo com o que uma testemunha relatou para militares do 40Âº batalhÃ£o, o casal teve uma briga e, apÃ³s uma intensa discussÃ£o, ele correu atrÃ¡s dela com uma faca na mÃ£o e a golpeou no peito. Conforme a PM, a mulher chegou a ser socorrida atÃ© a Unidade de Pronto Atendimento do bairro JustinÃ³polis, mas nÃ£o resistiu aos ferimentos.
Em TrÃªs CoraÃ§Ãµes, no Sul de Minas, um adolescente de 17 anos foi apreendido ontem suspeito de tentar matar a namorada, da mesma idade. Ela foi socorrida em estado grave. (DL)
Ranking: PosiÃ§Ã£o
Apesar de ter uma lei especÃfica para proteger as mulheres contra agressÃµes domÃ©sticas, o Brasil ocupa a 12Âª posiÃ§Ã£o em nÃºmero de homicÃdios femininos em uma listagem de 73 paÃses.
Daniel Leite - Fonte: O Tempo - 22/02/12.
Lei Maria da Penha -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm