CASA NA ĂRVORE LEVADA A SĂRIO
TREEHOUSES
English: http://www.fastcompany.com/blog/cliff-kuang/design-innovation/architecture-firm-specializes-bespoke-treehouses
Amazon Treehouses - http://www.amazontreehouses.com/
Uma firma de arquitetura da Inglaterra chamada Amazon Treehouses especializou-se em fabricar casas na årvore. Mas não aquelas para as crianças brincarem. São casas de verdade, que vão desde simples lofts até pequenos castelos. Tudo para transformar em realidade seu sonho de viver na cidade dos elfos da franquia de literatura fantåstica e cinema O Senhor dos Anéis.
O primeiro passo é⊠encontrar uma årvore. Depois disso, é só mostrå-la ao arquiteto. Ele faz a construção respeitando as formas naturais dos galhos e do tronco.
Veja mais casas:
http://www.fastcompany.com/blog/cliff-kuang/design-innovation/architecture-firm-specializes-bespoke-treehouses
Amazon Treehouses - http://www.amazontreehouses.com/
Rafael Pereira - Fonte: Bombou na Web (http://www.bombounaweb.com.br) - 04/08/09.
PAPEL DE PAREDE - VENEZA - PIAZZETTA SAN MARCO
A maré do turismo atinge o pico no Carnaval, quando multidÔes se espremem na Piazzetta San Marco em seu entorno. O prefeito Massimo Cacciari aconselha: "Jogue fora o mapa. Perca-se". Foto de Jodi Cobb.
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao113-agosto-2009-488101.shtml?foto=18p
Fonte: National Geographic - Agosto 2009.
SEU DESEJO Ă UMA ORDEM (MAS SĂ PELA DIREITA)
Pesquisadores italianos constataram que as pessoas tĂȘm maior tendĂȘncia a atender solicitaçÔes que chegam pelo ouvido direito. Isso supostamente acontece porque os sons desse lado sĂŁo processados no hemisfĂ©rio esquerdo do cĂ©rebro, que Ă© melhor no reconhecimento de informaçÔes verbais.
CiĂȘncia Maluca (http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/) - Fonte: Super Interessante - Edição 268.
MUSEU DO RELĂGIO
Espaço em SĂŁo Paulo reĂșne 600 joias que marcam as horas. Um espaço no bairro de Vila Leopoldina, em SĂŁo Paulo, ajuda a entender a fascinação do ser humano pela contagem do tempo.
Fundado pelo professor Dimas de Melo Pimenta. Site oficial: http://www.dimep.com.br/museu_do_relogio.php.
Fonte: Aventuras na História - Edição 73.
GOVERNO DE SP ANUNCIA 1Âș CURSO TECNOLĂGICO A DISTĂNCIA
O governo de SĂŁo Paulo anunciou a criação da primeira graduação tecnolĂłgica a distĂąncia ofertada pelo Estado. Ă o curso de tecnologia em processos gerenciais, que tem inĂcio previsto para o segundo semestre de 2010.
O curso serĂĄ voltado para a formação de gestores de pequenas e mĂ©dias empresas. TerĂĄ duração de trĂȘs anos, com carga de 20 horas semanais, divididas em aulas presenciais e a distĂąncia.
O estĂĄgio supervisionado serĂĄ obrigatĂłrio.
Em fase de elaboração, o projeto ainda precisa da aprovação do MEC e do Conselho Estadual de Educação. A coordenação é do Centro Paula Souza, em parceria com a Univesp.
Fonte: Folha de S.Paulo - 04/08/09.
Centro Paula Souza - http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/
Univesp - http://stoa.usp.br/univesp/profile/
O MUNDO DOS DESEJOS PROGRAMADOS
Pequena ficção sobre a "cultura do controle".
"Tudo bem. Pode ser que eu seja um terrorista, mas eu me sinto um benfeitor da humanidade. Não, não... eu não sou benfeitor de porra nenhuma, sou apenas um defeito que sobrou - hoje, neste ano da graça de 2089.
Estou dentro do PavilhĂŁo dos Homens Bons - que eu observo aqui do meu canto. De vez em quando, eles entoam um choro meloso, evocando paz e harmonia, mas que soa como um uivo doce, um cantochĂŁo que lembra as sirenes que circulavam em Nova York, no sĂ©culo 21. Eles sĂŁo brancos como lagartas, olhos tristes, uma santidade gelada na boca. Eu tambĂ©m sou um âhomem bomâ, um âHBâ, mas comecei a mudar quando vi com mais clareza o que ninguĂ©m vĂȘ.
Tudo começou no sĂ©culo 21, com o primeiro homem clonado. Sob os protestos, os cientistas diziam: âĂ para o bem da ciĂȘncia, o bem da medicina!â Papo furado, pois o que estava por baixo mesmo era a grana, o intento de igualar todo mundo num sĂł consumidor ideal.
No sĂ©culo 21, a Ășnica resistĂȘncia Ă ciĂȘncia sem limites foi de Osama Bin Laden, o MaomĂ© II, o precursor que tentou interromper essa marcha para um futuro de apavorante progresso.
O Ocidente balançou com a queda das torres gĂȘmeas em 2001, mas a fome do capital reorganizou tudo, os membros mutilados cresceram de volta, uma chuva de âhambĂșrgueresâ pacificou o IslĂŁ e se reconstruiu a utopia mercantil. Dali para a frente, a ciĂȘncia redobrou seus esforços e cada gene foi decifrado, cada forma de morte foi catalogada e saneada. Começamos a viver muitos anos, (eu estou com 107, mas com corpinho de 60), o que gerou problemas previdenciĂĄrios, resolvidos depois por extermĂnios periĂłdicos.
Mas o grande mercado da CiĂȘncia nĂŁo se deteve. NĂŁo bastava a perfeição dos corpos âclonadosâ.
Era inconcebĂvel que, com tanto progresso, o Ocidente ficasse ainda Ă mercĂȘ de neuroses e angĂșstias improdutivas, que em nada contribuĂam para o bom funcionamento do mercado do entretenimento e prazer das massas.
Aà surgiu a grande ideia: começaram a programar geneticamente os desejos.
Nas combinaçÔes da âdupla hĂ©liceâ do DNA, pulsĂ”es e instintos foram identificados e reprogramados: genes da paixĂŁo, genes do tesĂŁo, ciĂșme, inveja, todas as partĂculas elementares da mente. Os imprevistos do corpo e da alma passaram a ser controlados para o bom funcionamento social.
Em vez do jogo de âtentativa e erroâ para adivinhar o gosto do pĂșblico, veio a ideia genial: inverter tudo, catalogar os desejos de consumo e felicidade, de modo a livrar o mercado dos irritantes sobressaltos da liberdade.
Era mais prĂĄtico para a indĂșstria e comĂ©rcio mudar o freguĂȘs em vez do produto.
Foi nessa Ă©poca, por volta de 2086, que percebi que eu era diferente de todos Ă minha volta. O mundo ficou de uma clareza insuportĂĄvel. Eu andava pelas ruas de Nova York e observava com espanto crescente as âlegiĂ”es desejantesâ que passavam.
A todos os anseios, a indĂșstria do desejo tinha que atender. Havia os pelotĂ”es clonados dos âAmantes Felizesâ, por exemplo, beijando-se incessantemente de olhos brilhantes e bocas Ășmidas - numa intolerĂĄvel ausĂȘncia de tĂ©dio ou cansaço.
Havia tambĂ©m os grupos adeptos do orgasmo total, herdeiros da utopia de William Reich (velho psicĂłlogo esquecido), todos desfilando com seios, vaginas e pĂȘnis recriados para desempenho perfeito, arfando e se mordendo com gritos de tesĂŁo, correndo para os âmotĂ©is do povoâ.
Eu via tambĂ©m as violentas legiĂ”es de neo-punks (para usar um nome antigo), legiĂ”es de sĂĄdicos e psicopatas liberados arrebentando caras e narizes de seus parceiros antitĂ©ticos, seus opostos, os Masoquistas Tolerantes, nostĂĄlgicos de humilhaçÔes e porradas. Eu via multidĂ”es das âMadames Prostitutasâ, felizes, tomando chĂĄ elegantemente, esperando os esquadrĂ”es de PFs, (âProfessional Fuckersâ) que as violavam em brutais relaçÔes selvagens.
Havia tambĂ©m os âAAâs (âArtistas Artificiaisâ), trabalhando com os olhos faiscantes de talento programado, para abastecer o mercado com best sellers comandados por editores: âEste Ă© o ano do realismo; agora a volta ao lirismo; agora, pornografia sangrenta; agora, nostalgia, esperançaâ.
Tudo parecia harmĂŽnico e organizado, mas reparei com espanto que, depois da passagem de cada legiĂŁo, restava um silĂȘncio aterrador e os grupos se paralisavam como bonecos sem engonço, robĂŽs sem corda, animais domesticados para a dor e o riso, vermes inĂșteis sob as estrelas.
Aos poucos, meu terror foi aumentando. Fui descobrindo que a imensa dor, a infelicidade que me dilacerava o peito não tinha sido programada por ninguém - era real, essa coisa remota. Eu estava só na cidade.
Eu era um defeito de fĂĄbrica. Entendi que tinha uma missĂŁo: eu seria o anjo da morte, um herĂłi em busca da âimperfeição salvadoraâ - a Ășnica salvação para a humanidade.
E iniciei minha destruição criadora, minha guerra solitĂĄria em busca do passado real. Disfarçado de âandroide sĂĄdicoâ, nĂŁo causei suspeita alguma quando explodi o Mega Gene Center; depois, os âspasâ dos âAmantes Eternosâ, em seguida os âMotĂ©is do Orgasmo Absolutoâ.
E hoje, depois de muitas vitĂłrias, jĂĄ vou mais longe. Carrego em minha maleta um detrito do passado, uma velha bomba atĂŽmica que dormiu por mais de cem anos no fundo do rancor de minha famĂlia. E ninguĂ©m sabe que, sob meu manto, guardo o retrato de meu antepassado e inspirador, Osama, o profeta.
A cidade vai desaparecer sob uma nuvem luminosa. Eu vou morrer tambĂ©m, feliz em meu martĂrio, pois sou o guerreiro do acaso, sou o santo que vai restituir a dĂșvida, o vazio, o medo.
Eu sou o alivio da insuportåvel perfeição. Sou o Salvador, mas ninguém sabe. Sou maravilhosamente ilógico. Nos tempos que correm, ninguém imagina que eu possa existir."
Arnaldo Jabor - Fonte: O Tempo - 04/08/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php