MAIS UM PROJETO DE NIEMEYER
NOVO CENTRO ADMINISTRATIVO DE MINAS
Leia mais e veja mais fotos do projeto:
http://arquis.blogspot.com/
http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?noticia=7484433&canal=159
T-BONE
O primeiro açougue cultural do mundo (e muito provavelmenteo único...).
Conheça o projeto: http://www.t-bone.org.br/
Fonte: Almanaque Brasil - Número 114.
AS VANTAGENS DA DEMOCRACIA NEGATIVA
As 37 formas de democracia listadas na Wikipédia são basicamente variações sobre o mesmo tema: eleitores votam diretamente nas questões que lhes interessam, como na Grécia, ou votam em representantes que vão administrar e decidir por eles, como no Brasil. Crescem a cada eleição a desilusão e a sensação de que a democracia não está funcionando, e só permanece como instituição "porque não há forma melhor". Existe uma outra forma de democracia, que não é listada na Wikipédia, e que vou chamar de democracia negativa. Ela existe, e já foi implantada milhares de vezes, normalmente nas empresas de capital aberto.
Nelas, os acionistas não elegem seus representantes nem votam nas questões do dia-a-dia empresarial. O presidente, e algumas vezes toda a diretoria, é escolhido por um conselho de acionistas composto de presidentes de outras empresas, lÃderes comunitários e especialistas. Essa escolha é feita levando-se em conta a capacidade administrativa dos candidatos, a experiência prática efetiva e a escolaridade técnica. Amador não entra. Muitas vezes é um funcionário com anos de casa, que já sabe exatamente o que deve ser feito, desde o primeiro dia.
Na democracia negativa o presidente não é eleito pelas promessas de campanha ou pelas suas projeções de lucro. Os acionistas nem têm como escolher o mais charmoso, o mais simpático ou o mais mentiroso. Os acionistas, os legÃtimos donos da empresa, apesar de qualificados, sabem que não têm tempo para analisar cada um dos candidatos, e sabem que escolher no tapa, na semana anterior, não é uma boa decisão. Sabem também que não têm as competências necessárias para decidir quem seria o melhor administrador da "máquina" com todas as suas peculiaridades. Não se vêem campanhas eleitorais nessas empresas, que não gastam fortunas em eleições, embora sejam justamente as que mais dinheiro teriam para isso. O conselho de administração escolhe quem é bom no batente e não quem é bom de voto.
Nas democracias negativas existe, sim, o direito de voto, mas se vota contra, daà o nome. Os acionistas têm o direito de chamar uma assembléia extraordinária a qualquer momento e demitir o presidente (mal) escolhido – o que acontece com freqüência. Demite-se também o conselho que o escolheu. Hoje em dia, na democracia, também se vota contra, especialmente no segundo turno, cada vez com mais freqüência, o que gera enorme frustração na população, para a alegria do candidato eleito. Nenhum conselho de empresas escolhe o menos ruim para tocar a companhia, como muitas vezes fazemos.
Não confunda com o impeachment, em que há a exigência de um crime definido. Na democracia negativa basta os acionistas mudarem de idéia ou ficarem insatisfeitos. PoderÃamos caminhar na direção de uma democracia negativa no Brasil, aproveitando o espÃrito desse conceito, sem ter de copiar o que as empresas de capital aberto fazem. PoderÃamos reconhecer os votos nulo e em branco como sendo votos contra. Se 50% dos votos fossem em branco, mostrando nossa insatisfação com os candidatos apresentados pelos caciques polÃticos sem nenhum critério profissional, nova eleição seria convocada com novos candidatos, até acertarmos.
Outra caracterÃstica da democracia negativa que poderÃamos facilmente adotar é a obrigatoriedade de um mestrado em administração de todo candidato a um cargo executivo. Atualmente a democracia legitima profissionais de outras áreas a exercer ilegalmente a profissão de administrador, quando deveria ser o contrário. Alguém que está disposto a ser prefeito ou governador por oito anos não tem desculpa para não estudar e se preparar por dois anos num mestrado de administração. Amadorismo sai caro. Curiosamente, 23 milhões de brasileiros já aceitam a democracia negativa, acionistas que são da Petrobras, da Vale e de outras companhias. Precisamos discutir e aprimorar a nossa democracia, reduzir as promessas e a gastança, e melhorar a qualidade dos candidatos para estancar a visÃvel deterioração dessa preciosa instituição.
Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br) - Fonte: Veja - Edição 2081.
BRASIL FARà 1ª MISSÃO AO INTERIOR ANTÃRTICO
Depois de quase três décadas fazendo pesquisas na Antártida, o Brasil realizará neste ano sua primeira expedição ao interior do continente. No dia 20 de novembro, sete cientistas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro partem para o deserto antártico, onde ficarão até janeiro acampados sobre o manto de gelo, enfrentando temperaturas de 35 C negativos e os piores ventos do mundo.
A expedição voará até Patriot Hills, região a cerca de 2.000 km da ilha Rei George, onde fica a estação brasileira Comandante Ferraz. Em seguida, atravessará mais 400 km até Mount Johns, área na qual o manto de gelo é mais alto.
O objetivo da missão é duplo: primeiro, perfurar o gelo para coletar dados sobre como o clima variou na região nos últimos 300 anos. Depois, ampliar a área de pesquisas do Programa Antártico Brasileiro, até agora restrito ao mar e ao litoral do continente.
"Estamos com o navio em Recife. Para chegar até Manaus ainda falta muito", diz glaciologista Jefferson Simões, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), comparando a distância entre a zona de pesquisas do Brasil e o interior do continente antártico.
Simões será o lÃder da expedição, que levará ainda um cientista chileno. Ele já esteve duas outras vezes no interior do continente, mas em missões binacionais ou trinacionais.
A missão integra a participação brasileira no Ano Polar Internacional, grande esforço de cooperação cientÃfica que se encerra em 2009. Paralelamente a ela, será instalado na UFRGS o Laboratório Nacional de Testemunhos de Gelo.
Ali poderão ser armazenados e analisados cilindros coletados no manto glacial que fornecem um registro preciso de como o clima variou no planeta em diferentes pontos do passado.
A composição quÃmica das bolhas de ar aprisionadas nas colunas de gelo da Antártida forneceu aos cientistas, por exemplo, a prova de que nunca nos últimos 650 mil anos os nÃveis de gás carbônico na atmosfera estiveram tão altos quanto hoje. Esse dado é uma das principais novidades do relatório de 2007 do painel do clima da ONU que pôs o aquecimento global na ordem do dia.
Além de permitir aos brasileiros fazer as próprias análises do gelo antártico, o laboratório vai analisar o gelo dos Andes para reconstituir o ciclo hidrológico da Amazônia no passado.
O laboratório e a expedição estão sendo bancados por uma verba de R$ 10 milhões do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) para financiar uma dezena de projetos de pesquisa brasileiros no Ano Polar. O dinheiro foi um alento ao programa antártico nacional, que durante a maior parte de sua história sobreviveu com verbas anuais menores que R$ 1 milhão para fomento à ciência.
Simões e outros cientistas dizem esperar, agora, que o novo patamar de financiamento se mantenha nos próximos anos.
Claudio Angelo - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/08.
Programa Antártico Brasileiro - http://www.mma.gov.br/port/sbf/dap/antartica.html
UFRGS - http://www.ufrgs.br/antartica/proantar-br.html
Não deixem de enviar suas mensagens através do Fale Conosco do site. http://www.faculdademental.com.br/fale.php