NATAL DE COSTA RICA
FESTIVAL DE LUZES
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Um carro alegĂłrico "flutua" durante a Parada do Festival de luzes em San Jose, como parte das festividades de Natal. Milhares das pessoas assistiram ao inĂcio do festival no paĂs.
Fonte: Terra - 14/12/08.
Mais fotos: http://www.daylife.com/search?q=PARADE+IN+SAN+JOSE
MESTRE PORTINARI
Conheça mais sobre a vida e obra do pintor Candido Portinari em http://www.portinari.org.br/.
Fonte: O Tempo - 20/12/08.
CEM PONTOS DE CULTURA
A primeira edição do edital de seleção para implementação de Pontos de Cultura em Minas jĂĄ estĂĄ disponĂvel aos interessados nos sites da Secretaria de Estado de Cultura e do MinistĂ©rio da Cultura. Com o edital, o Estado quer criar cem novos Pontos de Cultura em Minas, apoiando projetos de entidades sem fins lucrativos, de carĂĄter cultural, ou com histĂłrico de atividades culturais comprovadas. Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo paĂs, sendo 79 em Minas. O edital e demais informaçÔes podem ser obtidas, nos sites http://www.cultura.mg.gov.br/ e http://www.cultura.gov.br/site/.
Fonte: O Tempo - 20/12/08.
PROFESSORES - STF MANTĂM PISO SALARIAL
O Supremo decidiu manter, com ressalvas, a aplicação da lei 11.738, de julho de 2008, que fixa o piso salarial de R$ 950 para professores em todo paĂs. Pelo texto, o piso deve ser adotado em todos os municĂpios atĂ© 2010. Mas a carga horĂĄria serĂĄ estabelecida pelos Estados e municĂpios.
Fonte: O Tempo - 18/12/08.
BRASIL PERMANECE EM 70Âș NO IDH
O Ăndice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil voltou a crescer em 2006, mas num ritmo que permitiu ao paĂs apenas manter a 70ÂȘ posição entre 179 paĂses e territĂłrios no ranking do IDH divulgado ontem pelo Programa das NaçÔes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De 2005 para 2006, o aumento foi de 0,802 para 0,807, na escala atĂ© 1, o que deixa o paĂs pelo segundo ano seguido no grupo de naçÔes de alto desenvolvimento humano (acima de 0,800). O Brasil melhorou nos trĂȘs indicadores que compĂ”em o IDH: expectativa de vida, educação e renda por pessoa. O Ășnico revĂ©s ocorreu na taxa de matrĂculas, um subitem do indicador de educação (o outro Ă© a alfabetização).
AtĂ© o ano passado, para efeito de comparação de PIBs entre paĂses eram usados preços de 1993. Esse grande estudo atualizou os preços para 2005, levando a inclusĂŁo de paĂses que nĂŁo participavam dessa anĂĄlise como a China. Com isso, o PIB de 70 paĂses caiu e o de 60 subiu. Os paĂses que mais perderam foram Tonga (-25), China e Samoa (-14).
Fonte: O Tempo - 19/12/08.
Para saber mais: http://www.pnud.org.br/home/
A VANTAGEM DE NĂO OFERECERMOS MOTIVOS PARA RELEMBRAĂĂES
Houve razÔes para celebrar conquistas, meditar sobre passagens tenebrosas, debruçar sobre a história; 2008 foi um cardåpio completo de relembraçÔes. Nem tudo se pÎde, ou mereceria, comemorar, assim como lamentar. As imperfeiçÔes do turvo passado foram bastante relembradas pelo que ofereceram de bom, ruim ou conveniente à época.
E, que coincidĂȘncia, que ironia do destino: lembrar, por diferença de semanas, 20 anos da Constituição Federal, 40 da decretação do Ato Institucional nĂșmero 5 e os 60 da Declaração Universal dos Direitos do Homem. O revoltoso sĂ©culo XX causou seus transtornos em praias tropicais, por que nĂŁo?
As relembraçÔes deste ano sĂŁo demonstraçÔes dos reveses da histĂłria, de seu leva-e-traz, seu dĂĄ-e-toma. Logo depois da pior mancha daqueles cem anos, a humanidade se reconstruĂa reunindo cacos. Junto com instituiçÔes multilaterais, limites geogrĂĄficos, enfim, uma nova ordem internacional, nasceu a declaração, o conceito de direitos humanos, um dos documentos mais belos produzidos por nĂłs.
No Brasil, em 1968, o regime militar endurecia de vez: dissolveu-se o Congresso e restringiram-se justamente os direitos individuais. E, depois da abertura, da anistia, no engatinhar da redemocracia, a AssemblĂ©ia Constituinte traçou as normas que regem atĂ© hoje o paĂs. Mesmo sendo uma obra em movimento, emendada e remendada, Ă© um Frankenstein bom. Restituiu formalmente direitos que a ditadura havia cassado.
Queiram os deuses da histĂłria que, nesses parcos 17 Ășltimos dias, nenhuma passagem marcante faça 2008 merecer mençÔes de tal peso. Em 2028, bom seria relembrar 20 anos sem nenhum marco novo erigido, instaurado; e celebrar sĂł o aperfeiçoamento das coisas.
Fonte: O Tempo - 14/12/08.
A NOVA INFĂNCIA DA TERRA
Sabemos que a Terra tem em torno de 4,5 bilhĂ”es de anos e que foi formada junto com os outros planetas do Sistema Solar. O grande matemĂĄtico francĂȘs Pierre Simon de Laplace foi o primeiro a propor um modelo para a formação do Sol e da sua corte de planetas. Usando a mecĂąnica de Newton, Laplace provou que uma esfera de matĂ©ria girando e encolhendo devido Ă sua prĂłpria gravidade eventualmente se achataria na forma dum disco com a maior concentração de matĂ©ria no centro. Quem faz pizza sabe disso intuitivamente.
Modelos mais modernos, usando computadores, mostram que a formação dos planetas se deve Ă agregação de partĂculas de matĂ©ria, como quando fazemos bolas de neve: a bola cresce ao agregar mais flocos de neve. (Sei que a imagem nĂŁo Ă© muito ilustrativa no Brasil, mas estĂĄ nevando lĂĄ fora e nĂŁo pude resistir.) No caso dos planetas rochosos, partĂculas microscĂłpicas tornaram-se pedregulhos e estes, ao colidir, começaram a formar proto-planetas. Para os planetas gasosos (JĂșpiter, Saturno, Urano e Netuno), matĂ©ria como hidrogĂȘnio e metano, que mais perto do Sol Ă© volĂĄtil, estava congelada. Por isso, esses planetas tĂȘm uma composição bem distinta daquela da Terra e dos seus primos rochosos (MercĂșrio, VĂȘnus, Marte e asterĂłides).
O processo de nascimento planetĂĄrio Ă© bastante caĂłtico. Durante os primeiros 500 milhĂ”es de anos, os planetas e as suas luas foram ferozmente bombardeados por asterĂłides e cometas, detritos do perĂodo de formação do sistema solar. Segundo teorias modernas, a prĂłpria Lua nasceu devido Ă uma gigantesca colisĂŁo entre a Terra e um proto-planeta do tamanho de Marte, logo no começo.
A visão que temos é de que a Terra era o próprio inferno: colisÔes com asteróides de 100 km ou 200 km de diùmetro, capazes de evaporar todos os oceanos, eram relativamente comuns.
Nessas condiçÔes, a vida seria impossĂvel. Por isso, teorias que procuram explicar a origem da vida especulam seu inĂcio em torno de 3,8 bilhĂ”es de anos atrĂĄs, quando as coisas principiaram a se acalmar: oceanos nĂŁo evaporaram mais, e as colisĂ”es, embora continuassem, jĂĄ nĂŁo alteravam completamente o quadro planetĂĄrio.
A dificuldade com essa explicação Ă© a falta de evidĂȘncia que temos dos primeiros 500 milhĂ”es de anos de vida da Terra. Como dizem os geĂłlogos, a memĂłria do passado terrestre estĂĄ escrita nas rochas. Se rochas nĂŁo existiam, ou se eram aniquiladas e derretidas continuamente por colisĂ”es devastadoras, nĂŁo existe memĂłria: os primeiros 500 anos de vida da Terra seriam permanentemente envoltos em mistĂ©rio, algo que deixa os cientistas com muito incĂŽmodo. Felizmente, as coisas estĂŁo mudando.
Tudo por causa dos cristais de zircĂŁo, os Ășnicos pedaços de matĂ©ria disponĂveis que datam dos primeiros 500 milhĂ”es de anos da Terra e que sobreviveram ao pandemĂŽnio. Combinando o elemento zircĂŽnio com silĂcio e oxigĂȘnio, os cristais ultra-resistentes, incrustados em rochas australianas de 3 bilhĂ”es de anos, guardam a memĂłria da mais tenra infĂąncia terrestre. Para facilitar ainda mais, os cristais contĂȘm traços do elemento radioativo urĂąnio, permitindo estimar a data de sua formação como tendo sido nos primeiros 200 milhĂ”es de anos da Terra.
Traços de isĂłtopos de oxigĂȘnio mostram que jĂĄ existia ĂĄgua em abundĂąncia. AnĂĄlises mostram ainda que a Terra era mais fria do que se pensava.
Apenas em placas continentais tais temperaturas eram possĂveis. Uma Terra com ĂĄgua lĂquida e placas continentais permite a formação da vida bem antes do que 3,8 bilhĂ”es de anos atrĂĄs. Talvez a vida tenha tido mais tempo do que se pensa para surgir.
Marcelo Gleiser Ă© professor de fĂsica teĂłrica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 14/12/08.
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