CRIANĂA DE 2,5 MIL ANOS
MYRTIS
English:
http://heritage-key.com/blogs/prad/myrtis-2500-year-old-athenian-girl-finds-new-home
http://www.wecanendpoverty.eu/millennium-friends/millennium-friends.html
The site:
http://www.myrtis.gr/myrtis/?lang=en
Athens University:
http://en.uoa.gr/
Uma menina de 11 anos que viveu na GrĂ©cia no ano 430 a.C. virou uma representante da ONU para a defesa das Metas do MilĂȘnio relacionadas Ă saĂșde infantil. Chamada de Myrtis, a jovem teve seu rosto reconstituĂdo com as mesmas tĂ©cnicas de 3D usadas em mĂșmias egĂpcias. Segundo o professor Manolis Papagrigorakis, da Universidade de Atenas, a operação chegou a 95% de fidelidade porque o crĂąnio dela, encontrado em 1995 ao lado de outras ossadas, ainda mantinha a mandĂbula e os dentes praticamente intactos. Por meio de amostras de DNA, os cientistas descobriram que a jovem morreu, hĂĄ 2,5 mil anos, vĂtima de febre tifoide.
Michele Oliveira - Fonte: Aventuras na História - Edição 88.
Mais detalhes:
(vĂdeo) http://heritage-key.com/blogs/prad/myrtis-2500-year-old-athenian-girl-finds-new-home
http://www.wecanendpoverty.eu/millennium-friends/millennium-friends.html
O site:
http://www.myrtis.gr/myrtis/?lang=en
Universidade de Atenas:
http://en.uoa.gr/
PAPEL DE PAREDE - BORBOLETAS
MilhÔes de borboletas-monarca retornam a suas åreas de invernagem, nos bosques de abeto cada vez menores no México. Impelidas por ventos soprados do norte dos Estados Unidos, elas viajam milhares de quilÎmetros, orientando-se pelo Sol.
Confira: http://ngm.nationalgeographic.com/wallpaper/img/2010/11/nov10wallpaper-1_1600.jpg.
Fonte: National Geographic - Edição 128.
PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Pela primeira vez no Brasil uma mulher Ă© eleita para o cargo de presidente da RepĂșblica. SerĂĄ ela "a presidente" ou "a presidenta" do paĂs?
A forma "presidente", herdeira de um tempo verbal latino chamado particĂpio presente, pode servir, atualmente, a ambos os gĂȘneros, bastando para tanto que se faça anteceder do artigo desejado: o presidente (masculino) ou a presidente (feminino).
No latim, havia particĂpio passado, presente e futuro.
No portuguĂȘs, permaneceu apenas o primeiro, embora os outros dois ainda possam ser reconhecĂveis em algumas palavras, que, entretanto, perderam a força caracterĂstica dos verbos. ResquĂcios do particĂpio futuro aparecem em certas palavras terminadas em -ouro ("duradouro", "vindouro" etc). Do particĂpio presente, herdamos grande nĂșmero de palavras, tanto substantivos como adjetivos ou mesmo conectivos. Sua caracterĂstica formal Ă© a terminação "-nte", que indica agente de uma ação: estudante (o que estuda), fumante (o que fuma), presidente (o que preside) etc. Adjetivos sĂŁo provavelmente a maior parte dos termos derivados do particĂpio presente latino (estimulante, independente, ardente, quente, carente, decente, atraente, elegante, competente, valente etc.)
No portuguĂȘs, o gerĂșndio assumiu o lugar do particĂpio presente na expressĂŁo de ação em curso. DaĂ a terminação "-nte" estar associada a nomes, nĂŁo a verbos, mas, numa construção como "temente a Deus", por exemplo, pode-se dizer que hĂĄ um vestĂgio do particĂpio presente.
Note-se, porĂ©m, que essa terminação continua fĂ©rtil na lĂngua. AlĂ©m de termos derivados de verbos ("palestrante", "contribuinte"), hĂĄ os formados por analogia, caso de "cadeirante", palavra de entrada recente na lĂngua, calcada em "ambulante".
Entre os adjetivos, nĂŁo hĂĄ hesitação quanto a gĂȘnero -sĂŁo uniformes, sem flexĂŁo.
Os substantivos oscilam, ora assumindo a desinĂȘncia "-a'" de feminino, ora mantendo-se invariĂĄveis. "Infante", por exemplo, tem feminino ("infanta"). Ă bastante conhecida a peça musical de Ravel cujo tĂtulo Ă© traduzido para o portuguĂȘs como "Pavana para uma Infanta Defunta".
"Parente" também admite o feminino ("parenta").
Ă esse o caso ainda de "presidente", que pode, sim, assumir no feminino a forma "presidenta", existente na lĂngua hĂĄ muito tempo, embora de uso pouco comum.
Os que defendem o reforço da inclusĂŁo de gĂȘnero advogam ser a forma marcada a mais adequada neste momento.
ThaĂs Nicoleti de Camargo - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/11/10.
AIR FORCE ONE
A cobertura fotogrĂĄfica de assuntos polĂticos Ă© uma das mais estressantes e tambĂ©m a que pode mais facilmente cair na monotonia dos clichĂȘs. Bons profissionais, no entanto, conseguem tirar algo de novo - e plasticamente belo - de cenas que se repetem. Como o sobe e desce do presidente Barack Obama no "Air Force One", o aviĂŁo presidencial.
Confira:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/o-sobe-e-desce-do-presidente/
Kåtia Perin - Fonte: Veja - Edição 2190.
UM RARO EXEMPLO
Durante cinco longos anos, em reuniÔes que se sucederam em vårias partes do mundo, grupos de diversas nacionalidades e de diversos setores labutaram incansavelmente na construção do improvåvel: uma norma global balizadora dos elementos essenciais para uma nova cultura de gestão.
Num esforço de uma Babel com sinal invertido, governos, centrais sindicais, entidades empresariais, ambientalistas, grupos de defesa de direitos humanos e demais entidades da sociedade civil organizada deram um exemplo ao mundo.
O nascimento da ISO 26000, chamada a "norma internacional da responsabilidade social", Ă© o resultado e um modelo de colaboração estreita, horizontal, multissetorial, transnacional e multilateral que deveria erguer-se como sĂmbolo de como os processos globais no sĂ©culo 21 deveriam ser tratados.
Em vez da reiteração dos interesses nacionais, da disputa corporativa, da tentativa de hegemonizar o capital ou o trabalho, cada obstĂĄculo era enfrentado a partir dos interesses da sustentabilidade e da necessidade de se atender Ă s mĂșltiplas dimensĂ”es -governança, direitos humanos, comunidade, consumidores, boas prĂĄticas de gestĂŁo, meio ambiente, boas prĂĄticas trabalhistas- que compĂ”em os princĂpios da gestĂŁo socialmente responsĂĄvel.
A construção de critĂ©rios internacionais tem sido a matĂ©ria-prima da ISO, sigla em inglĂȘs que representa uma organização especializada em estabelecer parĂąmetros voluntĂĄrios de qualidade de processos, produtos e serviços.
Estes padrĂ”es começaram a se espalhar pelo mundo e estiveram na base da "revolução da qualidade" que mudou as empresas brasileiras a partir dos anos 80. Ao contrĂĄrio das normas que compĂ”em a "famĂlia ISO", a ISO 26000 nĂŁo Ă© certificadora. Seu objetivo foi o de estabelecer parĂąmetros de gestĂŁo sustentĂĄvel para organizaçÔes de quaisquer natureza. Mas, longe de enfraquecĂȘ-la, constitui-se aĂ tambĂ©m sua força. Se fosse certificadora, poderia ter inibida a sua implantação, e a sua rĂĄpida proliferação seria comprometida. NĂŁo sendo certificadora, ela passa a balizar e Ă© passĂvel de utilização conjugada com vĂĄrias outras normas de RSE jĂĄ existentes no Ethos, GRI, GHG, SAE, ILO e OCDE, entre outras entidades.
Vale ressaltar que o Brasil teve participação ativa não apenas com propostas que foram integradas à ISO 26000 como também com liderança. Junto com a Suécia, presidiu e esteve à frente do grupo internacional de trabalho responsåvel pela construção da norma, desempenhando papel decisivo para a continuidade das discussÔes até a conclusão final que hoje celebramos. Enfim, o que parecia uma utopia nasceu.
Ricardo Young - Fonte: Folha de S.Paulo - 08/11/10.
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