PARIS INUNDADA 1910
PARIS INONDÉ 1910
English:
http://www.greenfudge.org/2010/01/23/the-next-great-flood-of-paris-%E2%80%93-a-question-of-time/
Video: http://www.kewego.fr/video/iLyROoafIPwB.html
Paris Under Water: http://www.parisunderwater.com/
French: http://www.inondation1910.paris.fr/
Ela já era a cidade-luz, desfrutava do status de capital artÃstica e literária e, fazia algumas décadas, se tornara a metrópole mais moderna do mundo.
Mas, em janeiro de 1910, a glamourosa Paris sucumbiu à força da natureza e viu quase metade de sua área -bairros como Marais e Quartier Latin- ser tomada pelas águas, pela lama e a miséria.
A rara combinação de altos Ãndices de chuva, condições climáticas atÃpicas e localização geográfica foram os fatores que precipitaram a inundação.
Contudo a excessiva impermeabilização das ruas, largamente pavimentadas em 1860 pela reforma urbana que remodelara a cidade, potencializou esse efeito devastador.
A enchente, que completa cem anos, é tema de exposição na França e do livro "Paris Under Water" (Paris Debaixo d'Ãgua), de Jeffrey Jackson.
O historiador americano diz que a cidade foi refém de sua crença quase ingênua no progresso, embalada pela filosofia positivista então na moda.
Mas, "quando a tecnologia falhou, a população se sentiu traÃda", afirma Jackson.
Vincada por forte polarização social e econômica, Paris acabou sendo salva das águas pela inesperada solidariedade que desabrochou entre seus habitantes, partilhando a mesma desgraça.
Jackson, que leciona no departamento de história do Rhodes College, em Memphis (EUA), destaca outro aspecto fundamental: graças ao desenvolvimento de novas máquinas fotográficas, mais leves e fáceis de carregar, a capital submersa se tornou objeto de enquadramentos sem fim, que fizeram de sua agonia um evento midiático de alcance mundial.
LIVRO - "Paris Under Water" (ed. Palgrave Macmillan, 272 págs.), de Jeffrey Jackson.
Detalhes: http://www.parisunderwater.com/.
EXPOSIÇÃO - A Galeria das Bibliotecas, em Paris, mantém até 28/3 a mostra "Paris Inundada - 1910". Mais informações em http://www.inondation1910.paris.fr/.
Marcos FlamÃnio Peres - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/02/10.
VÃdeo: http://www.kewego.fr/video/iLyROoafIPwB.html
PAPEL DE PAREDE - EMIRADOS ÃRABES UNIDOS
Em Dubai, a noite é amplamente iluminada. Enquanto relâmpagos riscam o céu, o hotel Burj al Arab, em forma de vela e com 321 metros de altura, cintila à beira do golfo Pérsico. Foto de Maxim Shatrov.
Confira:
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/papeis-parede-fevereiro-530160.shtml?foto=3p.
Fonte: National Geographic - Edição 119.
MERECE SER VISITADO
Monte Verde, distrito de Camanducaia conhecido pelo clima frio e romântico, aparece no livro "501 Destinos que Merecem Ser Visitados", lançado neste mês pela editora Larousse. A equipe que visita e seleciona os lugares turÃsticos justificou a inclusão da localidade no ranking pela grande oferta de atividades ao ar livre, o perfume dos pinheiros frescos e eucaliptos que cercam a região e a vista espetacular do alto dos picos Chapéu do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida. A edição de luxo - que já está nas livrarias de todo o paÃs e custa R$ 99 - abrange cidades do mundo inteiro.
Élder Martinho – Fonte: O Tempo – 19/02/10.
O livro:
http://www.larousse.com.br/detalhes.asp?codigo=LRSE-501DEST&c
POLÊMICA NA CAPES
Para espanto de pesquisadores de USP, Unicamp e Unesp, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior) não incluiu representante de nenhuma das universidades públicas de São Paulo na Comissão de Preparação do Plano Nacional de Pós-graduação, que deverá funcionar nos próximos dez anos. As três respondem por mais da metade da produção cientÃfica brasileira e pela maior parte dos doutorados e mestrados.
O Presidente da agência federal, o carioca Jorge Guimarães recuou diante da reação negativa. Desculpou-se com o secretário de Ensino Superior de SP, Carlos Vogt, a quem pediu indicações para a comissão.
Segundo Guimarães, USP, Unicamp e Unesp ficaram de fora porque o prazo para formar a comissão era exÃguo e ele usou nomes de que já dispunha. "Estava lutando contra o relógio. Agora está tudo resolvido."
Não é a primeira polêmica a envolver o bioquÃmico Guimarães. Em 2009, ele criticou o modelo de financiamento de bolsas no exterior. "Continuaremos a mandar alunos para formar doutores num modelo que faliu o mundo? Esse modelo se mostrou totalmente anticientÃfico, para dizer o mÃnimo."
Painel - Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/02/10.
Capes - http://www.capes.gov.br/
ELITE DESINFORMADA
Está em fase de conclusão uma pesquisa, realizada pela Ipsos, mostrando que 31% dos brasileiros com ensino superior não sabem citar corretamente o nome de pelo menos um ministro -vamos repetir, apenas um nome. Estamos falando aqui das pessoas com maior nÃvel educacional.
Esse grau de desinformação ajuda a explicar um estranho fenômeno da polÃtica brasileira. Consigo entender que o prestÃgio de Fernando Henrique Cardoso não brilhe na população em geral, gerando um alto grau de rejeição: foram várias as crises que explodiram em sua gestão, especialmente no segundo mandato, entre as quais o apagão.
Grave, de fato, para o ex-presidente, é que sua credibilidade, mesmo entre a Ãnfima minoria dos diplomados em faculdade, esteja abaixo de celebridades como Zezé Di Camargo, Ronaldo Fenômeno, Gugu Liberato, Ivete Sangalo ou Hebe Camargo -o ranking da credibilidade foi montado pelo Datafolha.
Qualquer indivÃduo com um mÃnimo de informação e equilÃbrio, mesmo que não goste de Fernando Henrique, certamente reconhecerá que essa posição é historicamente injusta. Nesse ranking, Lula está, em geral, em primeiro lugar; entre os diplomados, em terceiro lugar. É justamente em cima disso que se está montando, nessa sucessão presidencial, uma empulhação marqueteira.
Até considero apropriado que Lula esteja nos primeiros lugares de credibilidade. Ao final de seu mandato, o paÃs poderia estar muito melhor: reformas deixaram de ser feitas, a gestão das obras é muito menor do que sua visibilidade publicitária, inchou-se e aparelhou-se a máquina pública.
Mas o fato é que o resultado final está acima do regular: o paÃs cresceu com inflação baixa e ampliaram-se os investimentos sociais. Isso significa menos gente miserável. Houve avanços significativos na área educacional.
Não tenho registro de uma situação no Brasil em que tivéssemos, ao mesmo tempo, democracia, crescimento econômico, inflação baixa e tantos investimentos sociais.
Só que Lula não seria o Lula que está aà sem Fernando Henrique. Ele herdou uma inflação baixa, reformas que favoreceram o crescimento econômico, leis que reduziram a indisciplina de gastos estatais e a base para a construção do Bolsa FamÃlia. No final mandato de FCH, seis milhões de famÃlias recebiam bolsas associadas à escola, à saúde e ao trabalho infantil, e já havia projetos para a unificação de todos esses programas.
Lula assegurou a estabilidade econômica e ampliou os gastos sociais. Em essência, é um governo de continuidade. É a imagem de uma corrida de bastão.
A empulhação marqueteira está no seguinte: o corredor que pegou por último o bastão vangloriar-se de ter conseguido ir muito mais longe. Não que os dois governos não possam ser comparados. Do jeito que está colocada, porém, a comparação pode servir para dar voto, mas pouco ajuda para uma análise crÃtica do paÃs -e aà está um "desserviço" educacional.
O levantamento da Ipsos indica que, apesar de todos os avanços da democracia, a desinformação é generalizada. Se pouca gente sabe indicar corretamente um único nome de ministro, menos ainda sabe avaliar as polÃticas públicas, cujos processos são complexos. São raros os eleitores capazes de discorrer sobre o papel de cada nÃvel de governo.
O resultado disso é que um dos principais responsáveis por um dos marcos históricos nacionais -o controle da inflação- não seja visto, mesmo por pessoas com educação mais avançada. O mesmo ocorre com alguém que mereça mais credibilidade do que celebridades fugazes. Para completar, tudo isso é transformado no principal mote de toda uma eleição presidencial.
PS- A julgar pela saraivada de crÃticas, misturadas com provocações, desferidas por FHC contra Dilma Rousseff, parece que o ex-presidente está desejando colaborar com o PT em sua estratégia de marketing.
Coloquei no www.dimenstein.com.br informações preliminares da Ipsos e o recorte por escolaridade sobre o ranking da credibilidade no Brasil.
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/02/10.
Ipsos - http://www.ipsos.com.br/
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php