FM - Faculdade Mental

AH! TIRIRICA!!!

O PRIMEIRO, A GENTE NUNCA ESQUECE...
Sem comentÃ¡rios...
(ColaboraÃ§Ã£o: Waldeyr EstevÃ£o)
Veja imagem ampliada:
http://copicola.com/2011/02/24/xequi-do-tiririca/

MAIS ACESSO
O governo mostra-se disposto a ceder em regras para investimentos em infraestrutura, a serem cumpridas por parte das concessionÃ¡rias de telefonia, em troca do envolvimento dessas empresas na expansÃ£o do acesso Ã internet.
O objetivo do Plano Nacional de Banda Larga Ã© levar uma conexÃ£o menos precÃ¡ria a 68% das residÃªncias brasileiras atÃ© 2014. Hoje, menos de 20% dos domicÃlios do paÃs dispÃµem do serviÃ§o.
Competiria Ã iniciativa privada, segundo a proposta em negociaÃ§Ã£o, vender pacotes de 600 Kbps (kilobits por segundo) de velocidade por atÃ© R$ 35 em suas Ã¡reas de concessÃ£o.
Note-se que essa quantidade de dados nÃ£o se enquadra na descriÃ§Ã£o de "banda larga" em paÃses ricos. O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia a universalizaÃ§Ã£o do serviÃ§o em seu paÃs prometendo conexÃ£o com velocidade mais de cem vezes superior Ã do plano brasileiro.
Em troca da garantia de preÃ§os mais baixos por parte das concessionÃ¡rias, o governo de Dilma Rousseff acena com a suspensÃ£o de algumas metas voltadas para a telefonia fixa e centros de processamento de dados e voz.
A proposta Ã© discutÃvel, embora avance em relaÃ§Ã£o ao que vinha sendo discutido atÃ© o final do governo Lula, quando se cogitou de a rediviva estatal TelebrÃ¡s ser a empresa responsÃ¡vel pela implementaÃ§Ã£o do plano.
Ã‰ mais razoÃ¡vel usar a rede privada jÃ¡ instalada para ampliar o fornecimento das conexÃµes. E, dado o controle de mercado que as empresas exercem em suas Ã¡reas de concessÃ£o, Ã© correto o governo negociar o compromisso com preÃ§os mais acessÃveis.
HÃ¡ uma demanda reprimida por serviÃ§os de internet no paÃs. Existem mais domicÃlios com computadores do que conectados Ã rede. PreÃ§os menores certamente diminuiriam a defasagem.
A ampliaÃ§Ã£o do nÃºmero de usuÃ¡rios tambÃ©m teria efeito em investimentos de infraestrutura, inclusive em parte das Ã¡reas mais deficitÃ¡rias, visadas pelas metas de que o governo pode abrir mÃ£o.
A proposta sÃ³ terÃ¡ o efeito pretendido se o Estado melhorar a sua capacidade de fiscalizaÃ§Ã£o sobre as concessionÃ¡rias. Ã‰ preciso impedir que os serviÃ§os prometidos sejam encarecidos por subterfÃºgios como a venda casada de acesso Ã internet e Ã telefonia.
A negociaÃ§Ã£o com as operadoras nÃ£o pode ignorar que os serviÃ§os atÃ© aqui prestados sÃ£o muito caros e ruins.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/02/11.

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