AS PESQUISAS QUE FALHARAM...
JORNAL DA ERROLOGIA!
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http://www.bioflukes.com/All/bioflukes
Facebook - http://www.facebook.com/journaloferrology
Souls (Society Of United Life Sciences) - http://www.soulsindia.in/soulsindia/
UFRJ - http://www.ufrj.br/
USP - http://www5.usp.br/
Nova revista vai publicar pesquisas que falharam. Periódico batizado de "Revista de Errologia" vai ser editado por brasileiro.
Objetivo é evitar que erros cometidos por um cientista sejam repetidos por outros e discutir seus motivos.
Hipóteses perdidas, experimentos que falharam e resultados que não foram encontrados em pesquisas cientÃficas agora terão um lugar ao sol. Ou pelo menos um lugar para serem publicados.
Um novo periódico cientÃfico, batizado de "Journal of Errorology" ("Revista de Errologia"), surgiu para contar a história de trabalhos que não seguiram o rumo esperado.
O objetivo da publicação, de acordo com o editor, o biólogo brasileiro Eduardo Fox, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), é discutir os furos de paradigma.
"Conhecer um experimento que falhou ou teve um resultado inesperado pode ser muito interessante para os cientistas", explicou Fox.
"É importante ter acesso à s experiências que não funcionaram. Isso evita que outros cientistas cometam o mesmo erro", analisa o cienciometrista Rogério Meneghini. Ele é coordenador do Scielo, base que reúne 911 revistas cientÃficas da América Latina.
SÓ SE ESTIVER CERTO
Hoje, a maioria dos periódicos cientÃficos não publica informações de pesquisas que "falharam". O foco dos trabalhos são os resultados positivos. Esse padrão dos artigos cientÃficos é, inclusive, ensinado em cursos de técnica de escrita feitos por editoras de periódicos e empresas especializadas na área.
Algumas revistas até publicam resultados inesperados -mas desde que já tenham uma explicação lógica.
"Estamos interessados em publicar situações em que os pesquisadores chegaram e que ainda não têm explicação cientÃfica", afirma Fox.
A ideia é promover a discussão dos cientistas-leitores na própria revista.
"Essa situação inesperada aconteceu comigo. Tinha hipótese de que, ao silenciar um determinado gene [suprimir sua função], uma abelha operária pudesse se desenvolver numa abelha rainha", conta o biólogo da USP de Ribeirão Preto, Francis Nunes.
"Mas meus dados mostraram que não houve tal modificação. Em termos cientÃficos, tais episódios não são considerados erros. São uma rejeição de uma hipótese."
O "Journal of Errorology" está aberto para receber trabalhos de cientistas de todo o mundo pelo site http://www.bioflukes.com/All/bioflukes.
Mas, de acordo com o editor, o grupo responsável pela publicação -uma sociedade cientÃfica internacional chamada Souls (Society Of United Life Sciences)- estuda alternativas para selecionar os textos recebidos.
Hoje, os periódicos cientÃficos têm um comitê que analisa os trabalhos por meio de pares (conhecida como "peer-review"): são dois cientistas para cada artigo recebido.
"Sabemos que esse sistema é falho e que muitos cientistas só aprovam o que lhes interessa", diz Fox.
A ideia é que os cientistas que interagirem nas discussões on-line sobre os artigos atuem como uma espécie de "peer-review" externo.
Outra novidade do "Journal of Errorology" é que ele será totalmente eletrônico.
"As publicações eletrônicas concentram os cientistas mais jovens. Mas é um caminho sem volta para as revistas cientÃficas", conclui Fox.
Sabine Righetti - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/01/12.
Facebook - http://www.facebook.com/journaloferrology
Souls (Society Of United Life Sciences) - http://www.soulsindia.in/soulsindia/
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USP - http://www5.usp.br/
ERROLOGIA
Errar é humano, bem se sabe. O que o senso comum em geral ignora é que errar, além de humano, pode também ser cientÃfico.
Persiste, para muitas pessoas, a imagem da ciência como um método infalÃvel para atingir verdades definitivas -derivando daà a ideia de que a crença na ciência pode ser da mesma ordem da que embasa um dogma religioso.
Ao contrário, é caracterÃstico de toda conclusão cientÃfica o seu caráter provisório; novas evidências se agregam, cotidianamente, ao corpo dos conhecimentos estabelecidos, de modo a comprová-los, negá-los ou corrigi-los.
Seja como for, a prática usual entre os pesquisadores consiste em só levar ao conhecimento público os resultados de experimentos bem-sucedidos. Ou seja, os que confirmam hipóteses apresentadas, ou que indicam, com dados verificáveis e novas explicações, a necessidade de reformular as anteriores.
Uma ideia ao mesmo tempo simples, útil e simpática promete mudar esse estado de coisas.
Uma nova publicação cientÃfica, o "Journal of Errorology", ou "Revista de Errologia", acaba de surgir na internet. Pretende divulgar os resultados negativos, vale dizer, experimentos que, por alguma razão, não "deram certo".
Hipóteses interessantes, mas que o teste da realidade não comprovou, deixariam assim de ser repetidas inutilmente por outros pesquisadores. Ao mesmo tempo, experiências que, por alguma falha, não tenham comprovado saberes consolidados podem ser preciosas, por exemplo, para o aperfeiçoamento das técnicas laboratoriais. O brasileiro Eduardo Fox, editor do novo periódico, dá um exemplo de sua própria prática. Queria investigar se, suprimindo a função de determinado gene, uma abelha operária poderia transformar-se em abelha rainha. O esperado não aconteceu -abrindo campo para novas hipóteses e, mais do que isso, tornando dispensável que se investissem tempo e recursos em experiências correlatas.
Como na colmeia onde a abelha-rainha e as operárias coexistem, também a ciência, ao lado dos lances individuais de gênio, vive e se aperfeiçoa pelo trabalho de milhares de pesquisadores que se debatem na rotina anônima da tentativa e do erro. Dos erros, melhor dizendo -cuja "contribuição milionária", no dizer do poeta Oswald de Andrade, passa a ser levada em conta inteligentemente.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/01/12.
UM MARCO CIENTÃFICO INSPIRADO NO BARALHO
O quÃmico Mendeleev criou a tabela periódica com base no jogo de paciência.
Para Robert Krebs, autor de "História e Uso dos Elementos QuÃmicos", "a tabela periódica é o esquema gráfico, mais elegante já concebido". A criação da tabela é obra do quÃmico russo, Dmitri Mendeleev, então um professor um tanto exótico e obscuro, e deu cabo de uma tarefa que enlouquecia os cientistas: dar sentido e ordem aos elementos quÃmicos. "A quÃmica na segunda metade do século 19 estava uma bagunça", resume Bill Bryson em "Breve História de Quase Tudo". Mendeleev botou ordem na casa em 1869 inspirado no jogo de paciência, em que as cartas são organizadas por naipes na horizontal e números na vertical.
Na tabela peródica, os "naipes" são os tipos de elementos (gases nobres, metais, etc.), e os "números das cartas" representam a quantidade de prótons nos núcleos de cada um.
História Maluca - Fonte: Aventuras na História - Edição 102.
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